Análise laboratorial das ceratites infecciosas secundárias à cirurgia refrativa
Data
2005-06-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: To describe the laboratory findings in patients with infectious keratitis, who underwent refractive surgery, correlating the surgical procedure and the time of infection manifestation, and the results of culture and smears. METHODS: The previous samples were obtained from patients submitted to radial keratotomy (RK), photorefractive keratectomy (PRK) and laser in situ keratomileusis (LASIK) at the Ophthalmology Department of UNIFESP. The infections were classified as early, when they occurred up to 30 days after the surgery, and late when diagnosed after 30 days. RESULTS: In 93 samples, 39 (42%) came from patients submitted to radial keratotomy, 14 (36%) being early infections and 25 (64%) late; 38 (41%) of LASIK, 21 (55%) being early and 17 (45%) late; 16 (17%) of photorefractive keratectomy, 10 (62.5%) being early and 6 (37.5%) late. Eighty-six samples were submitted to culture and smears for bacteria, 43 cultures (50%) and 43 smears (50%) were positive. Seventy-two samples were submitted to culture and smears for fungi, 2 cultures (3%) and 4 smears (6%) were positive. CONCLUSION: The agreement between culture and smear results was 80.2%; regarding the type of surgery there was no statistically significant relationship between time of onset of infection and surgery.
OBJETIVO: Descrever os resultados laboratoriais de amostras de pacientes com ceratite infecciosa pós-cirurgia refrativa. MÉTODOS: Foram avaliados pacientes do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP, que foram submetidos a tratamento para ceratite infecciosa, entre janeiro de 1988 e junho de 2001, e que haviam sido submetidos à ceratomia radial (CR), ceratotomia fotorrefrativa (PRK) ou laser in situ keratomileusis (LASIK). Previamente, as infecções foram classificadas como precoces, quando ocorreram até 30 dias após a cirurgia, e tardias quando diagnosticadas após 30 dias. RESULTADOS: Das 93 amostras, 39 eram de (42%) pacientes submetidos à ceratotomia radial, sendo 14 (36%) infecções precoces e 25 (64%) infecções tardias; 38 (41%) pacientes submetidos a LASIK, sendo 21 (55%) infecções precoces e 17 (45%) infecções tardias; 16 (17%) eram de pacientes submetidos à ceratotomia fotorrefrativa, sendo 10 (62,5%) infecções precoces e 6 (37,5%) infecções tardias. Oitenta e seis amostras de córnea coletadas foram submetidas a cultivo e esfregaço para bactérias, 43 cultivos (50%) e 43 esfregaços (50%) foram positivos. Setenta e duas amostras foram submetidas a cultivo e esfregaço para fungos, 2 cultivos (3%) e 4 esfregaços (6%) foram positivos. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos revelam uma concordância de 80,2% entre cultivo e esfregaço para bactéria. Não houve relação estatisticamente significante entre o tipo de cirurgia e o tempo de manifestação da infecção.
OBJETIVO: Descrever os resultados laboratoriais de amostras de pacientes com ceratite infecciosa pós-cirurgia refrativa. MÉTODOS: Foram avaliados pacientes do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP, que foram submetidos a tratamento para ceratite infecciosa, entre janeiro de 1988 e junho de 2001, e que haviam sido submetidos à ceratomia radial (CR), ceratotomia fotorrefrativa (PRK) ou laser in situ keratomileusis (LASIK). Previamente, as infecções foram classificadas como precoces, quando ocorreram até 30 dias após a cirurgia, e tardias quando diagnosticadas após 30 dias. RESULTADOS: Das 93 amostras, 39 eram de (42%) pacientes submetidos à ceratotomia radial, sendo 14 (36%) infecções precoces e 25 (64%) infecções tardias; 38 (41%) pacientes submetidos a LASIK, sendo 21 (55%) infecções precoces e 17 (45%) infecções tardias; 16 (17%) eram de pacientes submetidos à ceratotomia fotorrefrativa, sendo 10 (62,5%) infecções precoces e 6 (37,5%) infecções tardias. Oitenta e seis amostras de córnea coletadas foram submetidas a cultivo e esfregaço para bactérias, 43 cultivos (50%) e 43 esfregaços (50%) foram positivos. Setenta e duas amostras foram submetidas a cultivo e esfregaço para fungos, 2 cultivos (3%) e 4 esfregaços (6%) foram positivos. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos revelam uma concordância de 80,2% entre cultivo e esfregaço para bactéria. Não houve relação estatisticamente significante entre o tipo de cirurgia e o tempo de manifestação da infecção.
Descrição
Citação
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 68, n. 3, p. 353-356, 2005.