Perfil epidemiológico dos óbitos neonatais precoces associados à asfixia perinatal no interior do estado de São Paulo nos anos de 2001 a 2003

Data
2007
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objetivo: Descrever a frequencia e o perfil epidemiologico dos obitos neonatais precoces associados a asfixia perinatal no Interior do Estado de São Paulo no trienio 2001-2003. Metodo: Estudo transversal dos obitos associados a asfixia ocorridos antes de 168 horas no periodo de 1/01/2001 a 31/12/2003 em 19 Direcoes Regionais de Saúde (DIR VI a XXIV) do Estado de São Paulo. Considerou-se obito associado a asfixia perinatal se, em qualquer linha da Declaracao de Obito, estavam escritas as causas: hipoxia intra-utero (P20.0, P20.1, P20.9), asfixia ao nascer (P21.0, P21.1, P21.9) ou sindrome de aspiracao de meconio (P24.0) conforme o CID 10 (OMS). Os dados foram obtidos por meio de bancos eletronicos e copias das Declaracoes de Obito e das Declaracoes de Nascido Vivo fornecidos pela Fundacao SEADE. Os obitos associados a asfixia foram classificados conforme a DIR e as frequencias foram calculadas em relacao ao numero total de nascidos vivos e ao numero total de obitos neonatais precoces. A analise descritiva dos obitos evitaveis incluiu 23 variaveis (local de nascimento e obito, maternas e neonatais) em relacao ao numero de observacoes validas. Resultados: No trienio, 903.568 nasceram vivos nas 19 DIR e aconteceram 7.310 obitos neonatais precoces, dos quais 1.636 foram associados a asfixia perinatal, o que correspondeu a 1,81 obitos por mil nascidos vivos e a 22,4 por cento das mortes do periodo neonatal precoce. O declinio das mortes precoces associadas a asfixia perinatal foi de 16 por cento no trienio. Das 19 DIR, cinco (Sorocaba, Santos, Marilia, Assis e Registro) destacaram-se pelas maiores taxas de obito associado a asfixia perinatal. Das 23 variaveis estudadas, 19 apresentaram 92-99 por cento de observacoes validas e quatro tiveram 86-89 por cento. Nos 1.472 obitos precoces evitaveis associados 11 asfixia perinatal, 74 por cento nasceram no mesmo municipio de residencia, 61 por cento em entidades beneficentes sem fins lucrativos, 60 por cento no periodo diurno, sendo que 84 por cento morreram no local do nascimento e 64 por cento antes de 24h de vida. Caracteristicas maternas: idade 20-34 anos - 65 por cento, parceiro fixo - 64 por cento, escolaridade 8 anos - 46 por cento, donas de casa - 74 por cento, primi/secundigesta ¬64 por cento, 7 consultas de pre-natal - 42 por cento, gravidez unica - 93 por cento, parte vaginal - 53 por cento, presenca de intercorrencias clinicas e obstetricas - 16 por cento. Caracteristicas neonatais: idade gestacional 37 semanas - 49 por cento, peso 2500g - 46 por cento, sexo masculino - 57 por cento, raca/cor branca - 82 por cento, Apgar ≤3 no l°min - 70 por cento, Apgar ≤3 no 5°min - 42 por cento e sindrome de aspiracao meconial - 22 por cento. Conclusao: No Interior do Estado de São Paulo, a frequencia de obito neonatal precoce associado a asfixia foi elevada com variacao entre as 19 DIR e declinio no decorrer do trienio. Apesar da heterogeneidade regional, os obitos ocorreram, em quase metade dos casos, em recem-nascidos a termo que, na maioria das vezes, nasceram no periodo diurno e faleceram antes de 24 horas, no mesmo hospital de nascimento. Estes dados alarmam e apontam para a necessidade de maior intervencao na assistencia de Saúde prestada durante o parto e o nascimento nessa regiao desenvolvida do pais
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2007. 118 p.