Estudo da prevalência das mutações do fator V Leiden G1691A, da protrombina G20210A e da MTHFR C677T e da presença de anticorpos anticardiolipina em pacientes submetidos a transplante renal e seu efeito sobre complicações
Data
2006
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
O transplante renal representa a opcao terapeutica de melhor custo / beneficio para os pacientes com insufiCiência renal cronica terminal e, apesar do crescente entendimento dos mecanismos moleculares envolvidos na rejeicao ao aloenxerto, dos recentes avancos nas tecnicas de transplante renal, ao uso de drogas imunossupressoras mais potentes e mais seletivas (anticorpos monoclonais) e o melhor conhecimento da resposta celular e humoral em orgaos transplantados, aliados a maior experiencia acumulada no tratamento das complicacoes pos-transplante, um numero significativo, que pode chegar a 20 por cento, de orgaos sao perdidos no primeiro ano. A literatura referente as causas de trombofilia hereditaria em pacientes submetidos a transplante renal mostra que a frequencia para um mesmo defeito pode apresentar variacoes importantes entre diversos autores, dependendo principalmente dos criterios de selecao dos pacientes e das caracteristicas etnicas dos individuos que habitam as regioes geograficas onde estes estudos sao realizados. A principal proposicao de nosso trabalho foi estudar a prevalencia de algumas causas de trombofilia hereditaria nos pacientes que foram submetidos a transplante renal. A prevalencia da mutacao do FVL em individuos normais varia com a composicao etnica da populacao considerada. Tanto nos estudos europeus como no presente estudo, a prevalencia da mutacao do FVL foi semelhante em pacientes com transplante renal e em individuos normais que representaram o grupo controle em estudos do tipo caso-controle e que procuravam estabelecer o risco relativo de ocorrencia de tromboembolismo venoso. No estudo atual 8,2 por cento dos pacientes apresentaram perda do enxerto e somente um deles foi positivo para a mutacao do FVL. Nenhum paciente que apresentou tromboembolismo venoso e trombose de enxerto foi positivo para a mutacao. Dessa forma, nao encontramos associacao entre o FVL e complicacoes avaliadas: tromboembolismo venoso, trombose do enxerto e/ou perda de enxerto em pacientes transplantados renal o objetivo do trabalho foi avaliar a prevalencia destas mutacoes e determinacao de anticorpos anticardiolipina em pacientes transplantados renais. A prevalencia da mutacao do fator V Leiden e MTHFR foi semelhante da populacao normal, nao encontrando associacao com trombose e/ou perda de enxerto. A prevalencia da mutacao do gene da protrombina e maior em pacientes submetidos ao transplante renal do que a observada em individuos normais, nao mostrando associacao com trombose e perda do enxerto. . A prevalencia de ACA positiva e bastante elevada nestes pacientes, mas sua presenca nao mostrou efeito deleterio no enxerto. Conclusao: Em nossos pacientes transplantados renais a prevalencia das mutacoes e anticardiolipina nao se comportou como fator de risco para pior evolucao do enxerto renal
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São Paulo: [s.n.], 2006. 87 p.