Problemas de comportamento em adolescentes portadores de cardiopatias

Data
2013
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivo: Analisar os problemas de comportamento em adolescentes com cardiopatia congenita e/ou adquirida e, analisa-los em comparacao com adolescentes do grupo controle. A percepcao dos pais dos adolescentes cardiopatas tambem foi avaliada. Metodos: Foi realizado um estudo de corte transversal em 130 adolescentes com cardiopatia congenita e adquirida, e 246 controles sem cardiopatia, com idade entre 11 e 18 anos. Foram aplicados a segunda parte do Youth Self Report e uma entrevista semiestruturada nos adolescentes cardiopatas e nos controles e o Child Behavior Checklist nos cuidadores primarios dos cardiopatas. Resultados: Os meninos do Grupo-Estudo se perceberam tendo menos problemas de comportamento quando comparados aos meninos do Grupo-Controle, exceto na subescala Problema Social (p=0,030). Os meninos do Grupo-Controle apresentaram resultados significantes nas escalas de Internalizacao (p=0,006), Externalizacao (p=0,005) e na escala de Total de Problemas (p=0,001). No Grupo-Estudo, as meninas apresentaram mais problemas na subescala Problema Social (p=0,031) em relacao as do Grupo-Controle. Ao comparar-se os cardiopatas por genero, as adolescentes apresentaram resultados significantes na escala de Externalizacao (p=0,030) e na subescala de Problemas de Atencao (p=0,010). Ao analisar-se os cardiopatas por faixa etaria, as meninas na adolescencia Media e Final e os meninos na adolescencia Inicial apresentaram mais problemas. Quanto a comparacao dos grupos diagnosticos, nenhuma diferenca significante foi encontrada entre cardiopatia congenita e adquirida e nem entre cardiopatia congenita acianotica e cianotica. Os cardiopatas operados nao diferiram dos nao-operados. Os cardiopatas com defasagem escolar, ou seja, aqueles com atraso escolar apresentaram resultados significantes nas subescalas Queixas Somaticas (p=0,020) e Ansiedade/Depressao (p=0,040). Os cardiopatas apresentaram escores significantemente menores quando comparados aos seus cuidadores primarios nas escalas de Internalizacao (p=0,001), Total de Problemas (p=0,002), nas subescalas de Retraimento (p=0,001), Queixas Somaticas (p=0,001) e na subescala de Problemas de Pensamento (p=0,013)
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2013. 150 p.