Hemangiomas infantis orbitais: padrão imuno-histoquímico e influência no desenvolvimento da órbita

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Data
2013
Autores
Osaki, Tammy Hentona [UNIFESP]
Orientadores
Belfort, Rubens Junior [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivos: 1) comparar o perfil imuno-histoquimico de hemangiomas infantis e de lesoes cavernosas venosas encapsuladas da orbita; 2) determinar a idade de maturacao orbital numa populacao etnica homogenea; 3) comparar tres metodos de determinacao de volume orbital. Metodos: No primeiro estudo, vinte lesoes vasculares orbitais excisadas cirurgicamente e diagnosticadas clinica e histopatologicamente como hemangiomas infantis (10 casos) e lesoes cavernosas venosas encapsuladas (10 casos) foram submetidas a analise imuno-histoquimica pelo uso de: hematoxilinaeosina, azul de Alciano, tricromio de Masson, GLUT-1, CD31, CD34, D2-40, SMA,desmina e Ki-67. No segundo estudo, realizaram-se medidas orbitometricas em 42 cranios de esqueletos que pertencem a colecao permanente do Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia da Universidade de Harvard. A idade dos esqueletos foi determinada pela denticao. A determinacao do volume foi realizada utilizando-se esferas de vidro de um milimetro de diametro e uma proveta graduada. Medidas lineares foram realizadas com o auxilio de pincas e reguas de papel. As medidas obtidas foram compiladas em funcao da faixa etaria e foram analisadas estatisticamente. No terceiro estudo, o volume de uma das orbitas de oito cadaveres de seres humanos foi independentemente determinado por tres metodos: 1) tomografia de orbita associada ao uso de software para analise volumetrica tridimensional por dois radiologistas; 2) estas orbitas foram exenteradas e foi realizada a medida do volume pelo preenchimento da cavidade orbital com um molde, cujo volume foi posteriormente determinado pelo metodo de deslocamento de agua, por um unico observador; 3) as orbitas foram preenchidas com esferas de vidro de um milimetro, transferidas para uma proveta graduada para determinacao do volume. Tres examinadores repetiram estas medidas tres vezes. Resultados: Estudo 1) Todos os casos reagiram com os tradicionais marcadores de endotelio vascular CD31 e CD34 e mostraram-se negativos para D2-40, marcador especifico para endotelio linfatico. Todos os hemangiomas infantis foram positivos para GLUT-1, enquanto as lesoes cavernosas foram negativas para este marcador. Nos hemangiomas, o SMA corou a monocamada de pericitos e nas lesoes cavernosas este marcador corou as multiplas camadas de musculo liso da parede e celulas estromais intravasculares. A reatividade ao Ki-67 foi positiva nos hemangiomas e proxima de zero nas lesoes cavernosas. Estudo 2) O volume orbital adulto medio encontrado foi de 26,22 cm3. A analise estatistica baseada em regressao linear mostrou que 60% do volume orbital maximo foram atingidos aproximadamente aos quatro anos de idade, 75% aproximadamente aos aos nove anos, 90% aproximadamente aos 17 anos e 95% aproximadamente aos 22 anos. As dimensoes lineares da orbita aumentaram progressivamente com a idade. Estudo 3) A concordancia intraobservador foi boa para as medidas usando esferas e molde (p> 0,05%); a concordancia interobservadores foi boa para medidas realizadas com esferas e tomografia (p> 0,05%). Os valores obtidos com esferas e molde foram estatisticamente semelhantes (p> 0,05%); porem a concordancia entre medidas diretas (molde e esferas) e indiretas (tomografia computadorizada) nao foi satisfatoria (p< 0,05%). Conclusoes: 1) A avaliacao imuno-histoquimica de hemangiomas infantis e de lesoes cavernosas venosas da orbita demonstrou perfis distintos. Somente os hemangiomas mostraram-se GLUT-1 positivos em qualquer estagio de evolucao. Alem disso, a positividade das celulas endoteliais ao Ki-67 somente nos hemangiomas mostrou padrao proliferativo apenas nestas lesoes; 2) A orbita desenvolve-se rapidamente ate os quatro anos de idade, tem um crescimento mais lento ate os 17 anos e alcanca a maturidade por volta dos 22 anos; 3) Independentemente do metodo escolhido, a determinacao do volume orbital e complexa devido a dificuldade em se definir o limite anterior da orbita. Metodos diretos mostraram-se mais reprodutiveis, no entanto seu uso limita-se a estudos com cadaveres. Ja medidas indiretas mostraram-se menos precisas, mas permitem estudos em grandes populacoes e, se forem adotados padroes universais para definicao da entrada da orbita, parecem ser o melhor metodo para estudo do volume orbital do ser humano
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2013. 90 p.