Avaliacao da funcao renal de pacientes com tumor renal submetidos a nefrectomia radical ou parcial por via aberta ou laparoscopica

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Data
2010
Autores
Krebs, Rodrigo Ketzer [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivos: avaliar a evolucao da funcao renal por 12 meses em pacientes portadores de tumores renais submetidos a nefrectomia parcial ou radical, e a via de acesso tem influencia sobre os resultados. Determinar se hipertensao e diabetes afetam a evolucao da funcao renal e nos pacientes submetidos a nefrectomia parcial e o tipo de isquemia (quente ou fria) contribui para piora da funcao renal. Metodo: entre 2000 e 2007 foram selecionados 299 pacientes submetidos a tratamento cirurgico por tumor renal. Deste total, foram excluidos 71 por apresentarem creatinina maior que 2,5 mg/dl, taxa de filtracao glomerular inferior a 30 ml/min ou rim unico. Foram avaliados 228 pacientes sendo 97 submetidos a nefrectomia parcial (15 aberta e 82 laparoscopica) e 131 a nefrectomia radical (92 aberta e 39 laparoscopica). A funcao renal foi calculada pela formula de Cockcroft-Gault no pre-operatorio (TFG0) e apos 12 meses da cirurgia (TFG12). Os pacientes do grupo nefrectomia parcial aberta (NPA) submeteram-se a isquemia fria e os do grupo nefrectomia parcial laparoscopica a isquemia quente. Os pacientes foram divididos de acordo com a TFG0 em tres grupos. TFG > 90 ml/min, entre 60-89 ml/min e entre 30 e 59 ml/min. Foi considerada piora da funcao renal o paciente que teve queda do TFG12 suficiente para troca-lo de grupo. Resultados: A media do TFG0 no grupo submetido a nefrectomia parcial foi de 85,57±29,97 ml/min a apos o periodo observado passou a ser de 78,26±26,07 comuma variacao (&#916;TFG) de -7,31±12,84 ml/min) tendo uma queda percentual de 8,55%. No grupo submetido a nefrectomia radical a TFG0 foi de 76,10±30,41 ml/min e passou para 62,71±23,45 ml/min com uma variacao (&#916;TFG) de - 13,40±18,13 ml/min sendo uma perda percentual de 17,60%. A diferenca entre o &#916;TFG nos dois grupos foi estatisticamente significativa (p=0,003), mostrando que o grupo submetido a nefrectomia apresentou maior perda da funcao renal. A presenca de hipertensao nao conferiu maior risco de perda da funcao renal (p=0,233) assim como a diabetes (p=0,684). Quanto a perda da funcao renal, no grupo NR (n=131), 24 pacientes (18,32%) passaram para estagio 3 de IRC, sendo que 6 pacientes deste grupo evoluiram com TFG12 < 30 ml/min. No grupo NP (n=97), 6 pacientes (6,18%) passaram para estagio 3 de IRC e destes, dois com TFG12 < 30 ml/min. A analise multivariada mostrou que o tipo de procedimento (nefrectomia radical ou parcial) e o peso pre-operatorio interferiram negativamente sobre a evolucao da funcao renal. E tambem quando o tipo de procedimento e a via de acesso foram analisados com um coeficiente de interacao, esta variavel tambem mostrou interferir sobre a funcao renal. Conclusao: no periodo de 12 meses, os individuos submetidos a nefrectomia radical apresentaram piora mais acentuada da funcao renal do que os submetidos a nefrectomia parcial. A via de acesso (aberta ou laparoscopica) nao interferiu sobre a evolucao da funcao renal. A presenca de hipertensao ou diabetes nao afetou a evolucao da funcao renal. No grupo submetido a nefrectomia parcial, o tipo de isquemia (quente ou fria) nao alterou a funcao renal. E pacientes com baixa TFG no pre-operatorio, do sexo feminino, submetidas a nefrectomia radical aberta apresentaram maior risco de evoluir para insufiCiência renal cronica
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São Paulo: [s.n.], 2010. 65 p.
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