Estudo da audicao e linguagem em criancas com Toxoplasmose Congenita diagnosticadas no periodo neonatal e tratadas precocemente
Data
2012
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivos: Descrever os resultados audiologicos e de linguagem de criancas com toxoplasmose congenita, diagnosticadas e tratadas precocemente; verificar se a presenca de riscos associados, bem como de sequelas neurologicas e visuais interfere nos resultados da audicao e linguagem; investigar se a adesao ao tratamento medicamentoso, no primeiro ano de vida, interferiu no diagnostico auditivo e de linguagem; verificar o padrao de maturacao das vias auditivas centrais nas criancas com toxoplasmose congenita. Metodos: Estudo dividido em tres partes e realizado com criancas oriundas do Programa Estadual de Triagem Neonatal de Minas Gerais. A primeira parte consistiu de analise observacional da audicao e linguagem de criancas com toxoplasmose congenita diagnosticadas no periodo neonatal e tratadas precocemente. Nesta parte foi realizada estatistica descritiva e comparados os resultados gerais com a presenca de sequelas. Na segunda parte foi feito um estudo caso controle dos exames de potenciais evocados auditivos de tronco encefalico. Na terceira parte foi feito um estudo longitudinal de parte da amostra que realizou tres avaliacoes eletrofisiologicas no decorrer do estudo. Resultados: 174 criancas realizaram avaliacao audiologica completa e, destas, 154 apresentaram audicao normal, seis (3,4%) apresentaram perda auditiva coclear, oito (4,6%) perda auditiva condutiva e seis (3,4%) alteracao central da audicao. Das criancas com perda auditiva coclear, apenas uma apresentou deficit unilateral de grau leve e as demais apresentaram deficit de grau minimo. Das 159 criancas com avaliacao de linguagem, 47 (29,5%) apresentaram alguma alteracao. Todas as criancas com alteracao central da audicao apresentaram retardo do desenvolvimento de linguagem. No estudo caso controle observou-se que ambos os grupos apresentaram diferencas nas respostas com o aumento da idade e houve uma pequena diferenca entre as respostas obtidas no grupo caso em comparacao com o controle em todas as faixas etarias. O estudo longitudinal mostrou a evolucao das respostas com o aumento da idade e apos os 23 meses as respostas ja estavam amadurecidas. Conclusoes: A ocorrencia de alteracao do desenvolvimento de linguagem em criancas com toxoplasmose congenita foi 29,5%, 3,4% apresentaram alteracao auditiva central e 3,4% perda auditiva coclear. A presenca de sequelas neurologicas associou-se a presenca de deficit auditivo central. A comparacao dos resultados a adesao ao tratamento medicamentoso antiparasitario nao foi significativa. A maturacao neural das vias auditivas das criancas com toxoplasmose foi similar a de criancas de mesma faixa etaria e sem a infeccao congenita. De modo geral, as respostas amadurecem no segundo ano de vida e se equiparam no terceiro ano de vida
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Citação
São Paulo : Brasilia: [s.n.], 2012. 112 p.