Análise da deglutição orofaríngea em pacientes com esclerose múltipla.

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Data
2013
Autores
Vicente, Laelia Cristina Caseiro [UNIFESP]
Orientadores
Gonçalves, Maria Inês Rebelo [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivos: Verificar a frequencia de alteracoes da degluticao nos individuos com esclerose multipla e quais sao os comprometimentos; identificar se as queixas de disfagia relatadas pelos pacientes sao compativeis com os achados videofluoroscopicos; e analisar o impacto na qualidade de vida relacionada a degluticao. Metodos: Participaram 80 individuos com esclerose multipla, sendo 66 (82,5%) mulheres e 14 (17,5%) homens, com idade entre 19 e 61 anos, media de 40,1 anos. O tipo de esclerose multipla apresentada por 61 (76,3%) individuos foi remitente recorrente; por 12 (15%), secundariamente progressiva; por quatro (5,0%) primariamente recorrente; e por tres (3,8%), primariamente progressiva. A Escala Expandida de Estado de Incapacidade variou de 0 a 8,0, com media de 3,97. Os participantes foram submetidos as avaliacoes clinica fonoaudiologica e videofluoroscopica da degluticao e a aplicacao do questionario de qualidade de vida em degluticao - Swal-QOL. Os dados foram analisados no programa R, tendo-se empregado medidas de tendencia central e dispersao, bem como os testes de Mann-Whitney, Nemenyi, Kruskal-Wallis, Exato de Fisher, Qui-Quadrado, Quase-Verossimilhanca, regressoes marginais logisticas e o coeficiente de correlacao de Sperman. O valor de significancia foi de 5%. Resultados: Na anamnese, 65% dos participantes referiram alguma queixa de comprometimento de degluticao, da qual 50% apontaram a dificuldade de engolir, sendo que 45% relataram sensacao de penetracao e/ou aspiracao, com frequencia de oAs vezeso (30%), durante a degluticao (31,2%) e com liquido (22,5%). Na avaliacao clinica, 47,5% apresentaram algum comprometimento do sistema estomatognatico, sendo a hipotonia a principal alteracao, e sobretudo na lingua (35%). Na videofluoroscopia, a fase faringea foi a mais comprometida (83,7%), caracterizada pela presenca de residuo na faringe (76,3%). Quanto a gravidade da disfagia, 57,5% foram classificados como degluticao funcional e 15,1% apresentaram variacao entre discreto e discreto/moderado. A penetracao alimentar ocorreu em 11,3% e a aspiracao em 2,6%, sendo silente em 81,8%. Houve associacao entre as queixas de sensacao de aspiracao relatadas na anamnese e a presenca de residuo na laringe (p=0,043), com uma razao de chance de 3,55, alem da sensacao de residuo e a presenca de penetracao/aspiracao durante a degluticao (p=0,026). Nao houve associacao entre residuo apos a degluticao e sensacao de acumulo de alimento, nem presenca de penetracao/aspiracao antes, durante ou apos a degluticao ou sensacao de penetracao/aspiracao. Quanto a qualidade de vida em degluticao, o dominio que obteve a maior pontuacao media foi a funcao social (94,6), alcancando a menor pontuacao os dominios fadiga (49,1) e sono (45,6), sendo que a media do escore geral foi de 75,3. Conclusoes: A presenca da disfagia orofaringea nos pacientes com esclerose multipla foi de 15,1%, com grau de comprometimento leve. Residuo na faringe foi a alteracao que mais ocorreu. A penetracao e/ou aspiracao alimentar, assim como, as associacoes entre as queixas de disfagia relatadas pelos pacientes e as alteracoes encontradas na videofluoroscopia foram pouco frequentes. Quanto a qualidade de vida relacionada a degluticao, os resultados revelaram que a doenca nao impacta negativamente este aspecto
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2013. 95 p.