Funcao do nervo vago na inducao de febre por aplicacoes intraperitoneais de LPS

Date
2009Author
Jorge, Fernando Americo [UNIFESP]
Type
Tese de doutoradoMetadata
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Vagus nerve function on febrile by intraperitoneal LPS injectionAbstract
O nervo vago foi por muito tempo visto como um nervo sem funcao definida. Mas estudos relativamentes recentes veem demonstrando que este nervo pode ter um papel fundamental no controle da resposta febril e inflamacao. A vagotomia subdiafragmatica e efeitos com antiinflamatorios corticoides foram analizados na febre induzida por LPS. A administracao intraperitoneal de LPS produz uma resposta febril caracteristica com duracao de 6 horas, com um pico na 2º hora (1.4±0.6 ºC), apos a administracao de LPS. A expressao do mRNA do receptor B1 atingiu um pico no hipotalamo aos 30 minutos e permaneceu por 6 horas apos o LPS. A febre induzida pelo LPS foi bloqueada pela VGX cronica e pela dexametasona (0.5 mg .kg-1, sc). Dexametasona bloqueou a expressao do mRNA do receptor B1 no hipotalamo, mas nao no figado, enquanto a VGX bloqueou a expressao do mRNA do receptor B1 em ambos os tecidos. A vagotomia subdiafragmatica aguda nao bloqueou a expressao dos receptores de cininas no hipotalamo e figado dos animais, provavelmente pelo estimulo causado pela intereacao do LPS com receptores CD14 e Toll-Like na membrana das celulas ou na circulacao sanguinea. A expressao do mRNA do receptor B2 e $-actina no hipotalamo e no figado nao foram afetadas por quaisquer dos tratamentos. O tratamento com capsaicina mostra que ainda ocorre expressao dos receptores em figado e hipotalamo, mas o perfil de febre causado por LPS e diferente do normal, o mesmo que acontece quando ha a lesao do Pa5, ocasionando um desequilibrio no controle da temperatura. Os achados mostram uma correlacao entre a expressao dos receptores de cininas e nervo vago, a importancia da presenca do nervo vago intacto para a producao de pirogenios endogenos e controle da resposta febril no organismo