Efeito do exercicio fisico supervisionado sobre a funcao endotelial e celulas progenitoras endoteliais em pacientes com lupus eritematoso sistemico

Data
2012
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivos: avaliar o efeito do exercicio fisico supervisionado sobre a funcao endotelial e numero de celulas progenitoras endoteliais (EPCs) em pacientes com lupus eritematoso sistemico (LES). Objetivos secundarios: avaliar o efeito do exercicio fisico supervisionado sobre os niveis de fator de crescimento derivado do endotelio (VEGF), atividade da doenca, qualidade de vida, fadiga, percepcao de esforco e variaveis do teste ergoespirometrico. Pacientes e Metodos: estudo prospectivo, nao randomico, em que mulheres com LES (18 a 45 anos) com disponibilidade para realizar exercicio fisico foram alocadas no grupo exercicio (GE) para a pratica de exercicio fisico supervisionado por uma hora, tres vezes por semana, por 16 semanas. Aquelas que nao tiveram disponibilidade para esta atividade foram alocadas no grupo controle (GC). Intervencao: caminhada com velocidade de frequencia cardiaca do limiar ventilatorio-1 obtida em teste ergoespirometrico e monitorada por frequencimetro durante o treinamento. Nos tempos zero (T0) e 16 semanas (T16) foram realizadas avaliacoes da funcao endotelial por ultrassonografia da arteria braquial com vasodilatacao mediada pelo fluxo (VMF); EPCs foram avaliadas por citometria de fluxo; VEGF por ELISA; atividade da doenca pelo SLEDAI; qualidade de vida pelo SF-36; indice de percepcao de esforco pela escala de Borg e fadiga pela escala de gravidade de fadiga. Analise estatistica: teste de normalidade, teste t de Student; testes nao parametricos para dados com distribuicao nao normal. Valores de p<0,05 foram considerados significantes. Resultados: 18 pacientes foram alocadas no GE e 20 no GC. A media de idade foi de 33,2&#61617;7,8 anos e o tempo medio de doenca de 94,2&#61617;80,5meses. Apos 16 semanas, no GE houve aumento da VMF (6,3&#61617;6,7% vs 14,1&#61617;9,1%, p=0,006), sem alteracao na dilatacao induzida pela nitroglicerina (20,9&#61617;6,1% vs 24,3&#61617;7,9%, p=0,147). No GC nao houve alteracao da VMF (8,4&#61617;8,2% vs 9,4&#61617;5,7%, p=0,598) e da dilatacao induzida pela nitroglicerina (26,7&#61617;7,1% vs 26,1&#61617;7,0%, p=0,985). Com relacao ao numero de EPCs, antes e apos 16 semanas, nao observamos diferenca nos dois grupos: GE [mediana 0,0078% (0 a 0,1230%) vs 0,0037% (0 a 0,0300%); p=0,112]; GC [0,0044% (0 a 0,2470%) vs 0,0039% (0 a 0,0500%); p=0,394]. Nao houve diferenca antes e apos 16 semanas com relacao aos niveis de VEGF no GE (381,0±269,2pg/ml vs 320,3±236,8pg/ml, p=0,102) e no GC (393,4±213,2pg/ml vs 361,7±188,0pg/ml, p=0,619). Com relacao as variaveis do teste ergoespirometrico, no GE, houve melhora na tolerancia ao exercicio (12,3&#61617;2,4min vs 13,4&#61617;2,6min, p=0,027), velocidade maxima (7,7&#61617;1,0km/h vs 8,3&#61617;1,2km/h, p=0,027) e velocidade de limiar ventilatorio 1 (5,6&#61617;0,7km/h vs 6,1&#61617;0,9km/h, p=0,005). Apos treinamento fisico observamos melhora tambem da capacidade funcional (64,2&#61617;23,0 vs 77,8&#61617;18,7, p=0,026), vitalidade (58,9&#61617;21,0 vs 74,2&#61617;18,8, p<0,001) e da fadiga (3,7&#61617;1,9 vs 2,6&#61617;1,1 p=0,023). Nao houve diferenca em nenhum desses parametros no GC. Nao houve diferenca no escore de SLEDAI nos dois grupos. Conclusao: O exercicio fisico e uma estrategia util para a melhora da funcao endotelial, fadiga, capacidade aerobica e qualidade de vida, sem piora da atividade da doenca em pacientes com LES
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São Paulo: [s.n.], 2012. 108 p.
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