Vitamina D3 associada ao tratamento insulinico intensivo no diabetes melito do Tipo 1 A de diagnostico recente

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Data
2011
Autores
Gabbay, Monica Andrade Lima [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
O diabetes melito tipo 1A (DM1A) e causado por um complexo processo autoimune associado com alteracao da imunidade humoral e celular que levam a destruicao das celulas &#946; e a dependencia insulinica. Nos ultimos anos, varios estudos tem sido conduzidos em pacientes DM1A de diagnostico recente, com o objetivo de silenciar ou modular estas alteracoes imunes e preservar a funcao das celulas &#946;. Evidencia de estudos animais e in vitro sugerem um papel funcional da vitamina D3 como modulador do sistema imune adaptativo e outros estudos associam a sua defiCiência ao DM1A. Alem disso, tem sido demonstrado que a vitamina D3 inibe processos pro inflamatorios. No primeiro artigo, um estudo randomizado duplo cego placebo controlado avaliamos o efeito da vitamina D3 sobre a resposta de citocinas Th1/Th2, o comportamento dos linfocitos T reguladores e a funcao residual das celulas &#946; em 35 pacientes DM1A com diagnostico inferior a 6 meses de diagnostico e com peptideo-C inicial &#61619; 0,6 ng/ml. A administracao de 2000U/dia de vitamina D3 mostrou-se segura durante o periodo do estudo (18 meses) e sua associacao ao tratamento intensivo com insulina mostrou um relativo papel protetor para a secrecao residual de peptideo-C, apresentando o grupo de intervencao uma queda do peptideo-C significativamente menos acentuada que o grupo placebo (-14% x -46%). A avaliacao seriada das interleucinas e quimiocinas estudadas mostrou que houve um aumento significativo na CCL2 e na subpopulacao de celulas T reguladoras (CD4+CD25+FoxP3+), o que pode ter tido influencia na lentificacao do processo autoimune e na reducao na velocidade de queda da secrecao residual de insulina em pacientes com DM1A nessas condicoes.No segundo estudo, avaliamos a relacao entre os titulos dos anticorpos anti-pancreaticos GAD65 e IA-2 com marcadores imunoreguladores (citocinas e celulas T reguladoras), geneticos (HLA e PTPN22) e funcao de celulas &#946; (peptideo-C). Nos observamos que o anticorpo anti-GAD foi negativamente associado ao CXCL10 (r=-0.452; p=0.011) e CCL2 (r=-0.656; p=0.000) enquanto IA-2A mostrou uma correlacao negativa com o IL-10 (r=-0.385; p=0.027). Por outro lado, HLA DR3, DR4 ou DR3/DR4 assim como polimorfismos do PTPN22 nao mostraram nenhuma associacao com os anticorpos pancreaticos ou citocinas estudadas. Nao houve associacao entre os anticorpos anti-pancreaticos e o peptideo-C. Os niveis de citocinas sericas perifericas (IL-12, 1L-6, IL-1&#946;, TNF&#945;, IL-10) e quimiocinas (CXCL10, CXCL8, CXCL9, CCL2) foram significativamente mais altos nos pacientes DM1A de diagnostico recente comparado aos controles saudaveis (p<0.001). Em resumo, a vitamina D3 associada a terapia insulinica intensiva mostrou um relativo papel protetor para a secrecao residual de peptideo-C dos pacientes com DM1A de diagnostico recente, onde o possivel mecanismo possa ser o aumento das celulas T reguladoras. Por outro lado, individuos DM1A apresentam um perfil de citocinas pro-inflamatorio comparado a controles saudaveis sendo que os titulos de anti-IA-2 parecem associar a um perfil de citocinas perifericas mais inflamatorias que os anticorpos anti-GAD.
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2011. 171 p.
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