Relacao do consumo de cafe e de cafeina com os niveis sericos das enzimas hepaticas e com o grau de lesao hepatica em pacientes portadores da Hepatite C

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2012
Autores
Machado, Silmara Rodrigues [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objetivo: Relacionar o consumo de cafe e de cafeina com parametros clinicos, bioquimicos e histologicos da hepatite cronica causada pela infeccao pelo virus da hepatite C em pacientes virgens de tratamento. Metodos: Estudo transversal com inclusao prospectiva, incluidos 136 pacientes portadores de hepatite C, sem tratamento, com biopsia hepatica (113 pacientes) ou com caracteristicas clinicas, ultrassonograficas e/ou endoscopicas compativeis com cirrose hepatica que excluissem a realizacao de biopsia (23 pacientes) e atendidos sequencialmente no Ambulatorio de Doencas Hepaticas da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina. Realizou-se avaliacao nutricional (antropometria e do consumo alimentar de cafe e de cafeina), avaliacao bioquimica (enzimas hepaticas, colesterol total e fracoes, triglicerides e glicemia e insulina) e avaliacao do indice de resistencia a insulina pelo metodo homeostatico (HOMA-IR - homeostasis model assesment insulin resistance). As analises estatisticas foram realizadas para o grupo 1 (individuos que consumiram < 123 mg de cafeina por dia u percentil 75%) em relacao ao grupo 2 (individuos que consumiram >/= 123 mg de cafeina por dia). Os valores foram expressos em media ± desvio padrao ou em percentagem e, os testes qui-quadrado ou teste exato de Fisher, Mann-Whitney, teste oto Student, correlacao de Spearman, analise univariada, regressao logistica bivariada e curva ROC (Receiver Operating Characteristic) foram utilizados. Resultados: Houve associacao inversa entre o consumo de cafeina e o grau de fibrose hepatica, ou seja, pacientes do grupo 2 foram associados a menor frequencia de fibrose hepatica graus 3 e 4 (23,5%) e maior frequencia de fibrose hepatica graus 0, 1 e 2 (76,5%), comparados aos pacientes do grupo 1 (54,9% e 45,1%, respectivamente) (p< 0,001). Tambem foi observado que pacientes do grupo 2 foram associados a menor frequencia de atividade periportal graus 3 e 4 (13,8%) e maior frequencia de atividade periportal graus 0, 1 e 2 (86,2%), comparados aos pacientes do grupo 1 (36,9% e 63,1%, respectivamente) (p< 0,001). Menor valor medio da concentracao serica de aspartato aminotranferase (AST x LSN) foi observado no grupo 2 (1,8 versus 2,3; p= 0,04). As variaveis inGestão de cafeina, genero, AST, alanina aminotransferase, gama glutamil transferase (gGT), colesterol total, HOMA-IR e atividade periportal foram associados a fibrose hepatica por meio da analise univariada. No entanto, na analise de regresao logistica bivariada, as variaveis inGestão de cafeina (OR= 0,16; IC 95%: 0,03-0,80), gGT (OR= 4,03; IC 95%: 1,06-15,36) e atividade periportal (OR= 12,22; IC 95%: 3,28-45,54) permaneceram associadas a fibrose hepatica. Nao foram identificadas associacoes do consumo de cafe e de cafeina com os aspectos nutricionais e com os parametros de sindrome metabolica e de resistencia insulinica. Conclusoes: O grupo com maior consumo de cafeina foi associado a menor media da concentracao serica de AST (x valor), a menor frequencia de pacientes com maiores graus de fibrose hepatica e de atividade periportal e ao menor risco de fibrose hepatica avancada. Ao contrario, a elevada concentracao serica de gGT e a atividade inflamatoria foram associadas ao maior risco de fibrose hepatica avancada
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2012. 88 p.
Coleções