Análise da progressão da fibrose hepática em portadores de co-infecção pelos vírus da hepatite C e vírus da imunodeficiência humana, na era da terapia antiretroviral altamente ativa (HAART)

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2005
Autores
Pace, Fábio Heleno de Lima [UNIFESP]
Orientadores
Silva, Antonio Eduardo Benedito [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introdução: Na era dos modernos antiretrovirais, existem poucos estuda do comportamento laboratorial e histológico da hepatite C, em indivíduo HIV-positivo. A velocidade de progressão da fibrose hepática e os fatores associados a graus avançados de estadiamento ainda estão indefinidos. Objetivos: Analisar as características da hepatite C crônica em indivíduos HIV-positivo, determinar a taxa de progressão da fibrose hepática (TPF) induzida pelo HCV e os fatores envolvidos no desenvolvimento de graus avançados de estadiamento. Comparar com aspectos laboratoriais e histológicos da hepatite C crônica em indivíduos imunocompetentes. Casuística e Métodos: Foram incluídos indivíduos HIV-positivo com HCV-RNA detectável, independente do nível de aminotransferases e com fragmento da biópsia adequado à análise histológica. Foram analisadas variáveis epidemiológicas, clínicas, laboratoriais e histológicas. Para a determinação da TPF dividiu-se o grau de estadiamento pelo de tempo de infecção em anos. A fim de analisar os fatores relacionados ao estadiamento avançado (E≥2) dois foram formados: G1-ausência de septos fibrosos (E<2); G2-presença de fibroseseptal (E≥2). Para identificar as variáveis associadas com a rápida progressão da fibrose hepática dois grupos foram formados conforme a mediana da TPF. Os fatores com P < 0,20 na análise uni-variada foram submetidos a análise de regressão logística. As características laboratoriais e histológicas dos portadores de co-infecção HCV-HIV foram comparadas com aquelas de pacientes infecção crônica somente pelo HCV, pareados na relação 1:1 por sexo, idade na infecção e tempo de infecção pelo HCV e consumo de álcool. Resultados: Foram incluídos no estudo 50 pacientes, 80 por cento do sexo masculino. A média da idade na época da infecção pelo HCV foi de 21,5 ± 7,9 anos e a média do tempo de infecção pelo HCV foi de 17,5 ± 5,5 anos. O uso de DIV foi o risco em 86 por cento dos pacientes. Entre os pacientes avaliados, 98 por cento estavam em uso de antiretrovirais, 82 por cento em HAART. A contagem de células CD4 foi superior 200/mm³ e a carga viral do HIV foi inferior a 400 cópias/mm³ em 84 por cento e amostra, respectivamente. A ALT foi normal em 26 por cento dos pacientes analisados. O grau de estadiamento foi inferior a 2 em 64 por cento da amostra. A idade na biópsia maior que 35 anos e a atividade parenquimatosa ≥3 foram associadas de modo independente a graus de estadiamento avançado (E ≥2). A TPF apresentou mediana de 0,074 UF/ano. Na análise de regressão logística a idade na biópsia maior que 35 anos, o sexo masculino e o grau de APP ≥2 foram associados de modo independente a rápida progressão da fibrose hepática (TPF>0,074 UF/ano). As características laboratoriais e histológicas da hepatite C crônica foram semelhantes entre os indivíduos HIV-positivo e imunocompetentes. Conclusões: A presença de aminotransferases normais e de graus mínimos de fibrose hepática são características comuns da hepatite C crônica em indivíduos HIV-positivo. Os fatores envolvidos na rápida progressão da fibrose hepática foram a idade na biópsia maior que 35 anos, o sexo masculino e o grau de APP≥ 2. Na era da HAART, a hepatite C crônica, em indivíduos HIV-positivo, não apresenta maior gravidade quando comparados a indivíduos imunocompetentes.
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2005. 151 p.
Coleções