Terapia cognitivo-comportamental para o tratamento de pacientes fibromiálgicos: estudo controlado e randomizado

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Data
2004
Autores
Falcao, Dircilene da Mota [UNIFESP]
Orientadores
Natour, Jamil [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivos: Avaliar a eficácia de um programa de terapia cognitivo-comportamental (TCC) no tratamento de pacientes fibromiálgicos Métodos: Sessenta pacientes com fibromialgia (de acordo com os critérios classificação do ACR) foram randomizados em dois grupos: um que foi submeti a uma intervenção com TCC (dividido em subgrupos de 5 pacientes) que consistiu de dez sessões, uma vez por semana, com relaxamento muscular monitorado por eletromiografia (EMG) (3 sessões iniciais) e manejo de estresse psicológico comportamental (7 últimas sessões) e outro com visitas médicas de rotina semanais, pelo mesmo período de tempo. Pacientes de ambos os grui receberam amitriptilina na dose de 25mg/dia ou ciclobenzaprina na dose 10mg/dia, além de paracetamol na dose de 750 mg cada 8 horas quando necessário. Avaliação cega foi realizada em todos os pacientes no início tratamento (TO), após o final de dez semanas (T1) e após três meses do seu final (T2) com os seguintes instrumentos: escala visual analógica de dor (VA questionário genérico SF-36, inventário de ansiedade-estado (DATE), inventário beck de depressão (IBD), escala de melhora (likert scale) e FIQ. O número comprimidos de paracetamol também foi usado como parâmetro de avaliação. Resultados: Nove pacientes (5 do grupo de intervenção e 4 do controle) for excluídas. Os grupos foram homogêneos quanto a variáveis demográfica quantitativas. Observamos diferença estatisticamente significante entre os grupos a favor do grupo submetido a TCC para as variáveis IBD (p= 0,01) e componente saúde mental do SF 36 (p= 0,012). Essa diferença foi observada T1 e permaneceu estável em T2. Os valores médios para essas variáveis grupo de intervenção (TCC) e controle no T0, T1 e T2 foram respectivamente 20.60, 7.56 e 10.60 versus 25.76, 13.96 e 15.61 para IBD; 44.00, 71.80 e 69 versus 38.30, 57.07 e 56.15 para saúde mental. O número médio de comprimi( de paracetamol usado no grupo submetido a TCC foi significantemente difere daquele do grupo controle (p= 0,043). Conclusões: A terapia cognitivo-comportamental foi superior a apenas consultas médicas de rotina nas variáveis depressão, saúde mental e número de comprimidos de paracetamol ingeridos pelas pacientes no período do estudo. Não foi demonstrada, no entanto, superioridade nas demais variáveis avaliadas.
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2004. 100 p.