Sobrevida de recem-nascido de muito baixo peso em maternidade privada do municipio de São Paulo na decada de noventa

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Data
2003
Autores
Mello, Filomena Bernardes de [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objetivo: Avaliar a sobrevida intra-hospitalar em recem-nascidos de muito baixo peso (RNMBP), determinar os fatores demograficos associados a sobrevida, alem de descrever a idade e as causas de obitos em uma maternidade privada durante uma decada. Material e Metodo: Coorte de 963 neonatos com peso ao nascer (PN) entre 500-14998 sem anomalias congenitas, nascidos de jan/91 a dez/00 no Hospital e Maternidade Santa Joana, São Paulo. A sobrevida foi avaliada segundo o PN e a idade gestacional (IG). Os fatores demograficos associados a sobrevida foram analisados atraves de regressao logistica. A determinacao das causas de obitos seguiu a classificacao canadense. Resultados: A populacao de 963 RNMBP incluiu cerca de 1 por cento dos 121.325 nascidos vivos na maternidade estudada na decada. Foi constituida de 956 (99 por cento) pre-termos, sendo 365 (38 por cento) RN 500-9998 e 265 (32 por cento) RN <28 semanas. A media de PN foi 10788 e de IG foi 29 semanas, sendo 39 por cento pequeno/IG, 52 por cento masculino, 22 por cento gemelar e 68 por cento parto cesareo. Dos 963 RNMBP, 664 (69 por cento) sobreviveram ate a alta hospitalar. Segundo o PN 500-7498, 750-9998, 1000-12498 e 1250-14998, a sobrevida em 1991 foi, respectivamente, de zero, 6 por cento, 60 por cento e 80 por cento, aumentando para 15 por cento, 71 por cento, 93 por cento e 96 por cento em 2000. Quanto a idade gestacional, em 1991 e 2000, a sobrevida em RN de 24-27 semanas foi zero e 62 por cento, nos de 28-31 semanas foi 44 por cento e 88 por cento e naqueles de 32-36 semanas foi 88 por cento e 96 por cento. Nenhum dos 53 RN com IG <24 semanas sobreviveu. A analise de regressao logistica mostrou que a chance de um RNMBP sobreviver aumentou 0,004 por grama de PN e 0,316 por semana de idade gestacional mais 0,357 por ano de nascimento. Alem disso, a chance de um RN feminino sobreviver foi 1,5 vez a apresentada por um do sexo masculino. Os fatores adequacao PN/IG, gemelaridade e parto nao influenciaram na sobrevida. Dos 299 obitos, 85 (28 por cento) ocorreram ate 24 horas e 112 (38 por cento) entre 2 e 6 dias, sendo as causas: E infeccao - 108 (36 por cento), sindrome do desconforto respiratorio (SDR) - 89 (30 por cento), asfixia - 36 (12 por cento), imaturidade - 22 (7 por cento), enterite necrosante - 12 (4 por cento), desnutricao fetal -7 (2 por cento) e outras - 26 (9 por cento). A proporcao de obitos por SDR, asfixia e desnutricao diminuiu durante a decada, enquanto que a de infeccao aumentou ate 41 por cento em 2000. Das 108 mortes por infeccao, 43 i (40 por cento) aconteceram ate 72 horas de vida. Conclusoes: No decorrer da decada de noventa, a sobrevida dos RNMBP aumentou conforme o ano de nascimento, principalmente naqueles do sexo feminino com PN>750g e IG?26 semanas. A medida que SDR, asfixia e desnutricao diminuiram como causa de obito, infeccoes precoces e tardias comecaram a ocupar um papel preponderante. Apesar dos investimentos em avancos tecnologicos e em recursos humanos direcionados aos RN MBP, mais esforcos devem ser dirigidos, em especial aos RN com PN de 500-7498 e IG de 24-25 semanas, quanto a prevencao das infeccoes de origem materna e neonatal a fim de alcancar taxas de sobrevida semelhantes aos paises desenvolvidos
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2003. 168 p.
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