Ambliopia e déficit de acuidade visual de resolução de grades avaliados pelos potenciais visuais evocados de varredura na catarata congênita

Date
2005Author
Ejzenbaum, Fábio [UNIFESP]
Advisor
Salomão, Solange Rios [UNIFESP]Type
Tese de doutoradoMetadata
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Amblyopia and grating acuity deficit assessed by sweep visually evoked potentials in congenital cataractAbstract
Objetivos: Determinar o déficit de acuidade visual de resolução de grades e a ambliopia nas crianças operadas de catarata congênita, unilateral e bilateral, correlacionando o déficit com a presença de atraso do desenvolvimento neuropsico-motor, intensidade da opacidade, idade da correção cirúrgica, tipo de correção óptica pós-operatória, estrabismo e nistagmo. Métodos: A acuidade visual foi medida pelo potencial visual evocado de varredura em 55 pacientes operados de catarata congênita, 27 com cataratas unilaterais, 20 com cataratas bilaterais (36 olhos) e 8 pacientes com cataratas bilaterais e presença de atraso do desenvolvimento neuro-psico-motor (15 olhos). Foi utilizado como grupo controle 65 crianças sadias que tiveram a acuidade visual medida entre 1 e 36 meses de idade para o estabelecimento de normas de acuidade visual de resolução de grades. Resultados: A média do déficit de acuidade visual no grupo unilateral (0,71 ± 0,18 IogMAR ) foi estatisticamente maior do que os casos bilaterais (0,52 ± 0,19 IogMAR; p<0,001). A diferença interocular de acuidade do grupo unilateral (0,58 ± 0,2 IogMAR ) foi estatisticamente maior do que os casos bilaterais (0,10 ± 0,10 IogMAR; p<0,001). Nos grupos unilateral e bilateral sem atraso houve correlação positiva moderada e significante entre o déficit de acuidade visual , a intensidade da opacidade e a idade no momento da cirurgia. Nos casos de catarata unilateral, não houve diferença significante entre o déficit dos pacientes afácicos (0,70 ± 0,17 IogMAR) e pseudofácicos (0,73 ± 0,21 IogMAR; p =0,70). Nos casos de catarata congénita bilateral sem atraso não houve diferença significante no déficit entre os subgrupos com nistagmo (0,53 ± 0,21 logMAR) e sem nistagmo (0,50 ± 0,17 logMAR; p=0,20). Os casos com atraso (0,76 ± 0,24 IogMAR) apresentaram déficit estatisticamente maior do que os casos sem atraso (0,52 ± 0,19 IogMAR; p=0,004). No grupo unilateral não houve diferença no déficit entre os casos com estrabismo (0,59 IogMAR ± 0,18) e sem desvio (0,67 ± 0,27 IogMAR; p=0,355). No grupo bilateral sem atraso não houve diferença estatisticamente significante do déficit entre os subgrupos com estrabismo(0,54?0,21 logMAR) e sem desvio (0,55?0,13 logMAR); p=0,855). Conclusões: O déficit de acuidade visual dos casos unilaterais foi estatisticamente maior que os bilaterais sem atraso. A ambliopia (diferença interocular de acuidade) foi maior nas cataratas unilaterais do que nas bilaterais sem atraso. O déficit de acuidade foi maior quanto mais intensa a opacidade e quanto mais tardia a idade da correção cirúrgica tanto nos pacientes com catarata congênita unilateral e bilateral sem atraso. Não houve diferença significante do déficit de acuidade visual de pacientes com catarata congênita unilateral entre os pacientes afácicos e pseudofácicos, nos casos com e sem estrabismo e nos casos com e sem nistagmo. Os pacientes com atraso no desenvolvimento neuro-psico-motor e catarata bilateral tiveram déficit de acuidade maior qo que os com desenvolvimento neurológico normal#4#Catarata/co