Eficácia e segurança da lidocaína no tratamento da esclerose sistêmica

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Data
2010
Autores
Riera, Rachel [UNIFESP]
Orientadores
Trevisani, Virgínia Fernandes Moça [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivo: Avaliar a eficácia e a segurança da lidocaína no tratamento de pacientes com esclerose sistêmica. Métodos: Ensaio clínico randomizado duplo-cego realizado na Disciplina de Reumatologia e no Programa de Pós-graduação em Medicina Interna e Terapêutica da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. Foram incluídos pacientes com sintomas ou sinais de esclerose sistêmica difusa ou limitada há menos de cinco anos, de acordo com os critérios do American College of Rheumatology e que foram randomizados para receber lidocaína (2% sem vasoconstrictor) ou placebo por via intravenosa. A avaliação dos desfechos foi realizada antes, logo após (curto prazo) e seis meses após o término da intervenção (médio prazo). Foi feita análise por intenção de tratar. Resultados: Foram incluídos 12 pacientes em cada um dos grupos. Na avaliação realizada logo após o término da intervenção, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos quanto à frequência de pacientes que apresentaram melhora do escore cutâneo de Rodnan modificado, do número de ectasias e deleções na capilaroscopia periungueal, da qualidade de vida (avaliada pelo HAQ-DI), da pressão do esfíncter esofágico inferior e da amplitude das ondas peristálticas, avaliadas pela manometria esofágica, e da autoavaliação subjetiva global. Os resultados na avaliação em longo prazo foram mantidos nos dois grupos, com exceção do HAQ-DI, que apresentou redução nos dois grupos após seis meses. Conclusões: Apesar da fisiopatologia, da experiência inicial dos pesquisadores e do estudo de coorte anteriormente publicado favorecerem o uso da lidocaína para o tratamento de pacientes com esclerose sistêmica, este ensaio clínico mostrou ausência de efeito desta medicação nas alterações cutâneas, esofágicas e microvasculares, bem como na qualidade de vida dos pacientes, apesar da ausência de efeitos adversos significativos. No entanto, novos ensaios clínicos multicêntricos, mantendo o rigor metodológico, porém com um novo cálculo amostral e talvez doses diferentes e tempo de tratamento mais prolongado, ainda são necessários..
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2010. 116 p.