Administração de análogo agonista do hormônio liberador de gonadotrofinas na forma de depósito versus aplicação diária em ciclos de reprodução assistida após prévia dessensibilização hipofisária
Data
2003
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Os analogos agonistas do hormonio liberador de gonadotrofina (GnRHa) sao amplamente utilizados nos ciclos de fertilizacao in vitro (FIV) para a dessensibilizar a hipofise, passo importante que precede a estimulacao controlada dos ovarios. Dentre os protocolos que os utilizam, o longo e o que propicia as melhores taxas de gravidez. Aqui o farmaco e administrado ate a supressao acentuada da funcao gonadal, que ocorre em, aproximadamente, 14 dias. Apos a supressao hipofisaria, pode-se empregar na estimulacao ovariana o hormonio foliculo-estimulante humano purificado (hFSH), a gonadotrofina de mulheres menopausadas (hMG), ou o hormonio foliculo-estimulante recombinante (FSHr)1. Existem duas maneiras de aplicar o GnRHa, quando se utiliza o protocolo longo: diariamente, em doses baixas, ou em doses altas, de longa duracao (na forma depot). No entanto, ha controversias no tocante ao numero de ampolas de gonadotrofinas a ser utilizado para estimular os ovarios, nos ciclos suprimidos com o GnRHa de absorcao lenta, bem como duvidas sobre a quantidade de foliculos desenvolvidos, numero de oocitos obtidos, taxa de fertilizacao, de implantacao e de gravidez por ciclo de tratamento. Proposicao: comparar agonistas de dose unica na forma depot, com aplicacoes diarias em ciclos de fertilizacao in vitro. Material e Metodos: o modelo de estudo foi uma revisao sistematica de ensaios clinicos controlados, aleatorios e identificados por pesquisa eletronica nos seguintes bancos de dados: MEDLINE, EMBASE, LILACS e BIBLIOTECA COCHRANE. Portanto, selecionaram-se aqueles que compararam a administracao unica, de deposito, com aqueles de uso diario, em protocolos longos. Foram avaliados os seguintes desfechos enumerados abaixo: 1. taxa de gravidez clinica por paciente; 2. taxa de gravidez por aspiracao folicular; 3. taxa de gravidez por transferencia de embriao; 4. numero de ampolas de gonadotrofinas utilizado; 5. numero de dias de tratamento com gonadotrofinas; 6. numero de oocitos obtido; 7. taxa de abortamento; 8. taxa de gravidez em curso ou nascidos vivos por ciclo iniciado; 9. Taxa de gravidez multipla; 10. Ocorrencia de sindrome de hiperestimulacao ovariana grave. Dois revisores analisaram, dentro do capitulo ocoleta e analise dos dadoso, o mascaramento de alocacao. Classificaram-no de tres maneiras: adequado, incerto e inadequado. Realizaram, ainda, a extracao dos dados, de forma independente. Todas as analises embasaram-se no metodo de intencao-de-trataro. Resultados e conclusoes: foram incluidos nesta pesquisa seis estudos que envolveram 552 mulheres. Neles, mostrou-se nao haver diferenca estatisticamente significante entre o GnRHa de deposito e do uso diario, quanto as taxas de gravidez clinica por paciente (desfecho primario). Entretanto, houve evidencia, estatisticamente significante, de que o GnRHa na forma de deposito consome-se de maior quantidade de ampolas de gonadotrofinas e aumenta a duracao do estimulo ovariano, em comparacao com o GnRHa de aplicacao diaria, nos ciclos de tratamento pela fertilizacao in vitro
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2003. 58 p.