Caracterizacao dos efeitos eletrofisiologicos in vivo da intoxicacao aguda por doses altas de cocaina em caes anestesiados com coracao normal

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Data
2002
Autores
Serra, Julio Cezar Uchoa [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
A intoxicacao por cocaina pode provocar arritmias ventriculares e supraventriculares, contudo seus efeitos eletrofisiologicos nao sao completamente entendidos. Oito caes (9-13Kg), anestesiados com propofol foram submetidos a estimulacao eletrica atrial e', ventricular programada utilizando' cateteres transvenosos posicionados em regiao de apendice atrial direito, apex de ventriculo direito e feixe de His, para avaliacao dos parametros eletrofisiologicos no estados basal e apos a infusao intravenosa de cocaina (12 mg/Kg bolus seguido de 0,22 mg/Kg/min por 25 min). O nivel plasmatico da cocaina (n=5) alcancou 6,73n0,56 pg/ml. A cocaina nao alterou significantemente a frequencia sinusal (539n83 vs 626n126 ms) e a pressao arterial sistolica (116n39 vs 141n33 mmHg) e diastolica (63n19 vs 85n26 ms). A cocaina prolongou a duracao da onda P (54n6 vs 73n4 ms, p<0,001), o intervalo PR (115n17 vs 164n15ms, p<0,001), a duracao do QRS (62n 10 vs 88n14 ms, p<0.001) e o intervalo QTc (252n34 vs 317n73 ms, p=0,04) mas nao do intervalo JT (193n35 vs 226n53 ms, p=NS). A cocaina prolongou os intervalos PA (9n6 vs 23n8ms, p<0,001), AH (73n16 vs 92n15 ms, p=0,03) e HV (35n5 vs 45n3 ms, p<0,001) assim como o ponto de Wenckebach (247n26 vs 280n28 ms, p=0,04). Houve um aumento importante da refratariedade atrial (138n8 vs 184n20 ms, p<0,001) e ventricular (160n15 vs 187n25 ms, p=0,03) a um ciclo de frequencia de 300 ms. Arritmias atriais nao foram induzidas em nenhum cao, seja no estado basal ou apos cocaina. Fibrilacao ventricular foi induzida em 2/8 caes no estado basal e 4/8 caes apos cocaina. Nao houve mudancas nos parametros hemodinamicos e eletrofisiologicos, tampouco foram induzidas arritmias atriais ou ventriculares nos 4 caes do grupo controle. Concluimos que a cocaina em altas doses exerce significantes efeitos classe I e parece aumentar modestamente a inducibilidade de fibrilacao ventricular, mas nao de arritmias atriais
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2002. 66 p. ilustab.
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