Investigação do transplante heterólogo de quelóide na bolsa jugal do hamster (Mesocricetus auratus)

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Data
2003-08-01
Autores
Hochman, Bernardo [UNIFESP]
Ferreira, Lydia Masako [UNIFESP]
Bôas, Flaviane Cássia Vilas [UNIFESP]
Mariano, Mario [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: To describe the integration of keloid heterograft into hamster (Mesocricetus auratus) sub-epithelium. METHODS: The sample is formed by 18 male hamsters, not isogenetic ones, aged between 10 and 14 weeks. Keloid fragments were obtained from keloid scars of the breast region of adult female mulatto patient. Each hamster received keloid fragments into both of its pouches, in a total of 36 grafted fragments. Animals were distributed into 6 groups for having their grafts assessed in the days 5, 12, 21, 42, 84, and 168. A macroscopic assessment is performed by comparing the pouch containing the grafted fragment, at each time point, with the same pouch in the immediate post surgical moment through a comparison of standardized photographs. Under microscope, the presence of blood vases is considered within the conjunctive tissue of the grafted fragment, as a criterion of its integration. Other events, as keratin secretion, the presence of cellular infiltrated, and epithelium and keloid collagen fibers aspects are also analyzed. RESULTS: Macroscopy reveals intensive vascularization of the pouch up to 12 days from the transplant, and the presence of constant dark brown pigmentation on the grafted keloid fragments. In microscopy the integration of keloid fragments is found by the presence of blood capillary vases within conjunctive tissue. The presence of intensive cellular inflammatory type infiltrated up to 12 days is also observed, as well as the remaining of keloid epithelium up to 21 days, and the appearing of melanocytes from the day 42. CONCLUSION: Hamster cheek pouch represents, a priori, an experimental model for the investigation of keloid.
OBJETIVO: Descrever a integração do transplante heterólogo de quelóide no subepitélio da bolsa jugal do hamster (Mesocricetus auratus). MÉTODOS: A amostragem consiste de 18 hamsters machos, não isogênicos, com 10 a 14 semanas de idade. Fragmentos de quelóide foram obtidos de cicatrizes queloideanas da região mamária de paciente adulta parda. Cada hamster foi enxertado em ambas as bolsas com fragmentos de quelóide, totalizando 36 fragmentos enxertados. Os animais foram distribuídos, em 6 grupos, para exame dos fragmentos enxertados com 5, 12, 21, 42, 84 e 168 dias. Uma avaliação macroscópica é realizada comparando a bolsa contendo o fragmento enxertado em cada período com a mesma bolsa no pós-operatório imediato, mediante a comparação de fotografias padronizadas. À microscopia, considera-se a presença de vasos sangüíneos no tecido conjuntivo do fragmento enxertado como critério de integração do mesmo. Outros eventos, como secreção de queratina, presença de infiltrados celulares e aspecto do epitélio e das fibras colágenas do quelóide, também são observados. RESULTADOS: A macroscopia revela intensa vascularização na bolsa até 12 dias de enxertia, e a presença constante de pigmentação castanho-escura nos fragmentos de quelóide enxertados. Na microscopia constata-se a integração dos fragmentos de quelóide pela presença de capilares sangüíneos no tecido conjuntivo. Observa-se, também, a presença de intenso infiltrado celular do tipo inflamatório até 12 dias, a permanência do epitélio do quelóide até 21 dias, e o aparecimento de melanócitos a partir de 42 dias. CONCLUSÃO: A bolsa jugal do hamster representa, a priori, modelo experimental para investigação do quelóide.
Descrição
Citação
Acta Cirurgica Brasileira. Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia, v. 18, n. 4, p. 266-271, 2003.
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