Identificação de células hipercrômicas em modelos experimentais de epilepsia do lobo temporal
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Data
1999
Autores
Covolan, Luciene [UNIFESP]
Orientadores
Mello, Luiz Eugenio Araujo de Moraes [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Os modelos experimentais da pilocarpina e do acido cainico, em diversos aspectos mimetizam a epilepsia de lobo temporal de humanos. Utilizando este dois modelos, decidimos avaliar a lesao neuronal nas diversas fases do processo epileptico. A identificacao de neuronios lesados apos status epilepticus (SE) ou crises espontaneas recorrentes (CERs) foi estudada predominantemente atraves da utilizacao de uma tecnica de impregnacao pela prata que permite a visualizacao de tais neuronios, corados em marrom, contra um fundo amarelo-caramelo, constituido pelos demais elementos (nao lesados) do tecido nervoso. O SE e consequentes CERs foram induzidos pela administracao sistemica de pilocarpina (320 mg/kg) ou de acido cainico (1O mg/kg). Parte do nosso objetivo foi avaliar a lesao neuronal frente a diferentes duracoes de SE induzido pela pilocarpina. Nossos resultados indicam que mesmo um SE de curtissima duracao determina lesao neuronal. Tambem avaliamos a lesao neuronal que sucede ao SE induzido pela pilocarpina em uma populacao neuronal especifica, as celulas granulares do giro denteado do hipocampo. Nossos resultados indicam que estas celulas sofrem alteracoes morfologicas tipicas de dois processos de morte neuronal: apoptose e necrose. A comparacao da lesao neuronal apos o SE induzido pela pilocarpina ou pelo acido cainico indica que o primeiro produz, em geral, lesao mais ampla e precoce que o segundo. Alem disto, ainda avaliamos, comparativamente, a lesao e a neurogenese das celulas granulares do giro denteado nos dois modelos experimentais. No mesmo estudo, tambem visamos identificar uma possivel correlacao entre a neurogenese das celulas granulares do giro denteado e o brotamento das fibras musgosas. Nossos resultados indicam que a neurogenese nesta populacao celular relaciona-se inversamente a lesao neuronal. Alem disto, nao foi possivel estabelecer uma relacao direta entre a neurogenese e o brotamento das fibras musgosas. Finalmente, avaliamos a ocorrencia de lesao celular em animais epilepticos cronicos apos uma CER ou a reinducao do SE utilizando o modelo da pilocarpina. Nossos resultados indicam que crises espontaneas, portanto de curta duracao, sao pouco capazes de lesar neuronios, sendo que em sua maioria, estes apresentam caracteristicas morfologicas de interneuronios. A segunda inducao do SE nao produz, ou reduz dramaticamente, a lesao neuronal nestes animais em comparacao a lesao desencadeada pelo primeiro episodio de SE...(au)
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 1999. 159 p. tab.