Mortalidade por paracoccidioidomicose no Brasil (1980 a 1995): estudo descritivo

Date
1999Author
Coutinho, Ziadir Francisco [UNIFESP]
Advisor
Petri, Valeria [UNIFESP]Type
Dissertação de mestradoMetadata
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Mortality of paracoccidioidomycosis in Brazil (1980 a 1995): descriptive studyAbstract
Foram estudados 3.181 obitos por paracoccidioidomicose (PCM) no Brasil a partir de series temporais de 16 anos (l980-1995). No periodo, a PCM mostrou grande magnitude e baixa visibilidade, destacando-se como oitava causa de mortalidade por doenca predominantemente cronica ou repetitiva, entre as doencas infecciosas e parasitarias, alem de apresentar a mais elevada taxa de mortalidade entre as micoses sistemicas. Alinhou-se com as grandes endemias brasileiras, tais como doenca de Chagas, tuberculose, malaria, esquistossomose, sifilis e hanseniase, perfiladas abaixo da AIDS. A taxa de mortalidade media anual foi de 1,487 por milhao de habitantes, revelando tendencia secular em queda, (reducao de 35,81 por cento ). Observou-se que a distribuicao espacial nao foi homogenea entre as diferentes regioes e Unidades Federadas. O Sul (com a maior taxa regional) e o Sudeste apresentaram tendencia a queda no periodo. A Regiao Centro-Oeste foi o segundo coeficiente mais alto do Pais, apresentando tracado irregular com tendencia a ascensao. Houve registro de obitos pela endemia em cerca de pelo menos um quinto dos municipios brasileiros (22,71 por cento de sua area). A densidade geral de obitos por PCM no Pais foi 3,7285 obitos/lO.OO0km2 A PCM prevaleceu como endemia de residentes nas areas nao metropolitanas. A taxa de mortalidade predominou em individuos do sexo masculino, com 84,75 por cento dos obitos e razao de masculinidade de 562 homens/lOO mulheres. O grupo etario entre 30 e 59 anos e dos individuos com 60 anos e mais foram os mais atingidos. O estudo mostrou que a taxa de mortalidade pode ser considerada marcador para definir a PCM como importante agravo de Saúde no Brasil