Fatores de avaliação precoce da mortalidade em lesões cranioencefálicas causadas por projetil de arma de fogo em população civil

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Data
1998
Autores
Freitas, Paulo Eduardo Peixoto de [UNIFESP]
Orientadores
Bonatelli, Antonio de Pádua Furquim [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Foram estudados 417 casos de ferimentos craniencefalicos por projetil de arma de fogo ocorridos em populacao civil, com o objetivo de determinar os fatores que influenciam sobre o prognostico precoce quanto a mortalidade. Foram selecionados pacientes com ferimento unico, que chegaram com vida ao hospital em um periodo de ate seis horas apos o trauma, e que evoluiram para o obito apos a internacao ou permaneceram internados por pelo menos 48 horas. Estas lesoes foram mais comuns em jovens do sexo masculino e mais causadas por agressoes ou suicidios do que por causas ditas acidentais. As regioes anteriores foram as mais atingidas, predominando os ferimentos penetrantes com relacao aos transfixantes do cranio. Para avaliar o estado neurologico do paciente foram adotados dois criterios - I) dividindo-os em cinco grupos clinicos, 2) utilizando da Escala de Coma de Glasgow (ECG). A maior parte dos pacientes (72,4 por cento ) se apresentavam comatosos no momento da intemacao (ECG < 9). Para avaliar a trajetoria intracraniana do projetil, se adotou o metodo de, a partir da radiografia de cranio, dividi-lo em dois planos (sagital e coronal), de modo que existissem quatro quadrantes. Foi observado que em 61,9 por cento dos casos o projetil cruzou o plano sagital e em 50,6 por cento ele atravessou o plano coronal. Em apenas 18,7 por cento dos pacientes o projetil nao cruzou nenhum dos dois planos. A mortalidade global foi de 63,1 por cento , nao sendo influenciada, significativamente, por variaveis como idade ou sexo do paciente, causa da ocorrencia, calibre do projetil, local de entrada no cranio, presenca de hematoma intracraniano ou pelo tratamento instituido. Foram considerados como fatores prognosticos significativos o estado neurologico do paciente quando de sua intemacao e a trajetoria do projetil - morreram 93,2 por cento dos pacientes comatosos com ECG < 6 e 91,4 por cento entre os que apresentaram ferimentos em que o projetil cruzou tanto o plano coronal como o sagital. Por outro lado, apenas 1,9 por cento dos pacientes acordados sem sinais neurologicos focais e 3,8 por cento entre os que o projetil nao atravessou nenhum dos planos evoluiram para obito. Levando-se em consideracao que o prognostico quanto a mortalidade e considerado um dos criterios mais importantes a influir sobre a decisao cirurgica, se concluiu que pacientes em coma profundo com lesoes bi-hemisfericas e de varios lobos cerebrais apresentam muito mau...(au)
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 1998. 212 p. ilustab.