Estudo comparativo dos resultados radiográficos no tratamento cirúrgico da doença de Legg-Calvé-Perthes, entre a osteotomia de Salter e a acetabuloplastia aumentada: análise de 90 quadris
Data
1997
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
O autor faz um estudo comparando os resultados radiograficos entre a osteotomia de SALTER (1961, 1966) e a Acetabuloplastia Aumentada (CAUDLE & CRAWFORD, 1988), em 83 criancas portadoras da Doenca de Legg-Calve-Perthes (DLCP). Os 43 pacientes (50 quadris) tratados pela osteotomia de SALTER (1961, 1966) formam o Grupo 1, e os 40 pacientes (40 quadris) submetidos a Acetabuloplastia Aumentada (CAUDLE & CRAWFORD, 1988) constituem o Grupo 2. O Grupo 1 e formado por 11 (25,58%) meninas e 32 (74,42%) meninos, enquanto que no Grupo 2 ha 4 (10%) meninas e 36 (90%) meninos. A idade media e 6,81 anos no Grupo 1 e 6,32 anos no Grupo 2. Todos os pacientes do Grupo 2 sao brancos, e apenas duas criancas (4,65%) do Grupo 1 sao nao-brancas. No Grupo 1 o lado afetado e o direito em 14 (32,56%) pacientes, e o esquerdo em 22 (51,16%). No Grupo 2 ha 16 (40%) pacientes com o lado direito acometido, e 24 (60%) com o lado esquerdo envolvido. A bilateralidade esta presente em 7 (16,28%) do Grupo 1, e nenhum do Grupo 2. Em relacao a fase evolutiva, o Grupo 1 tem 18 (36%) quadris em necrose, 28 (56%) em fragmentacao, e 4 (8%) em reossificacao; no Grupo 2, 16 (40%) quadris encontram-se na fase de necrose, 23 (57,5%) no estagio de fragmentacao, e 1 (2,5%) no de reossificacao. Todos os quadris que se encontram em necrose, sao incluidos no grupo B de SALTER & THOMPSON (1984), assim como todos aqueles em estagio de fragmentacao sao classificados nos grupos 3 e 4 de CATTERALL (1971). Os 50 quadris do Grupo 1 mostram a artrografia pre-operatoria com a seguinte distribuicao nos grupos de LAREDO (1992): 29 (58%) no grupo III, 18 (36%) no grupo IV e 3 (6%) no grupo V. No Grupo 2, apenas 23 quadris sao submetidos a artrografia pre-operatoria, com 14 (60,87%) incluidos no grupo III, 8 (34,78%) no grupo IV, e 1 (4,35%) no grupo V. O valor medio do angulo de WIBERG (1939) pre-operatorio e 16,7º no Grupo 1 e 19,4º no Grupo 2. O valor das diferencas percentuais (%) do angulo de WIBERG (1939), medido nos periodos pos-operatorio imediato e pre-operatorio mostra-se significativamente maior no Grupo 2. O % do angulo de WIBERG (1939), medido nos periodos final e pos-operatorio imediato, e maior, sob o ponto de vista estatistico, no Grupo 1, e dentro deste Grupo, e maior na faixa etaria de 4 a 6 anos. O % do angulo de WIBERG (1939), medido nos periodos final e pre-operatorio, nao defere de maneira significativa, ao compararmos o Grupo 1 ao Grupo 2, sendo entretanto significativamente maior na faixa etaria de 4 a 6 anos no Grupo 1. O % do angulo de WIBERG (1939), medido nos periodos final e pos-operatorio imediato, e significativamente maior nos quadris com resultado bom, segundo o metodo de MOSE (1980), no Grupo 1; neste mesmo quesito, os quadris com resultado bom do Grupo 1 mostram valor maior, sob o ponto de vista estatistico, do que aqueles com o mesmo resultado pertencentes ao Grupo 2. O % do angulo de WIBERG (1939), medido nos periodos final e pre-operatorio, e significativamente maior nos quadris com resultado bom, segundo o metodo de MOSE (1980), no Grupo 1. A distribuicao dos resultados bons, regulares e maus, segundo o metodo de MOSE (1980), nao difere de maneira significativa, ao compararmos o Grupo 1 ao Grupo 2
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 1997. 164 p.