Analise da resposta da resistencia vascular pulmonar e da pressao arterial pulmonar a administracao de oxigenio e isoproterenol em pacientes portadores de grandes comunicacoes interventriculares com hipertensao arterial pulmonar

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Data
1997
Autores
Goncalves, Rosaly [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Grandes comunicacoes interventriculares (CIV) costumam evoluir com hipertensao arterial pulmonar (HP), por existir ampla comunicacao entre os ventriculos esquerdo e direito, com hiperfluxo pulmonar e exposicao da arvore arterial pulmonar a niveis pressoricos sistemicos. A manutencao prolongada deste regime de hiperfluxo e hipertensao pode levar ao desenvolvimento de alteracoes anatomicas nos pequenos vasos pulmonares, de carater evolutivo, conhecidas como doenca vascular pulmonar (DVP). Estagios avancados de DVP costumam evoluir com aumento da resistencia vascular pulmonar (RVP) ao fluxo sanguineo. Fatores transitorios, como hipoxia e hipercarbia, sao capazes de ocasionar vasoconstricao funcional dos vasos pulmonares, com elevacao adicional da RVP. A HP em um paciente com grande CIV pode dever-se, portanto, ao aumento do fluxo sanguineo pulmonar, a hiper-resistencia vascular pulmonar ou a uma combinacao desses dois fatores. Nessa situacao, a afericao isolada dos niveis pressoricos pulmonares nao traduz o estado do leito vascular pulmonar, sendo necessaria a determinacao dos valores da RVP. Torna-se importante, tambem, estabelecer o grau de vasoconstricao funcional presente, responsavel por aumentos transitorios e adicionais da RVP, sendo o teste com vasodilatadores pulmonares, durante o estudo hemodinamico, o metodo de escolha. No presente estudo, os dados hemodinamicos de 16 pacientes portadores de grandes CIVs com HP grave foram avaliados em condicoes basais e apos prova terapeutica com dois vasodilatadores pulmonares, oxigenio e isoproterenol. Notou-se uma reducao significativa dos valores calculados da RVP, tanto apos o teste com oxigenio (3,79 ± 3,66 unidades Wood), quanto apos a prova do isoproterenol (5,02 ± 3,58 unidades Wood), em relacao aos valores basais (10,31 ± 8,63 unidades Wood). Nao foi observada diferenca com significancia estatistica entre as duas provas. Em condicoes basais havia apenas 1 caso com RVP menor ou igual a 3 unidades Wood (valor considerado como o limite superior da normalidade), perfazendo 6,25% do total de casos. Apos a administracao de oxigenio, esse valor elevou-se para 9 casos (ou 56,25% do total), sendo essa diferenca significante do ponto de vista estatistico. Apos a prova com isoproterenol, observamos quatro casos (ou 25% do total) com RVP menor ou igual a 3 unidades Wood, mas nao foi detectada significancia estatistica. Comparando-se o numero de casos com RVP maior ou igual a 10 unidades Wood, que constituem situacoes do chamado oComplexo de Eisenmengero, observamos que, na situacao basal, havia 7 casos (ou 43,75% do total); com a prova de oxigenio, esse numero foi reduzido para apenas 1 caso (6,25%) e, apos a infusao de isoproterenol, para apenas 3 casos (18,75%), sendo as duas mudancas significativas do ponto de vista estatistico. Em relacao aos niveis pressoricos na arteria pulmonar, nao foi possivel se detectar diferenca estatisticamente significante dos valores sistolicos apos as duas provas terapeuticas, quando comparados com a situacao basal, embora se note uma tendencia a significancia com o teste do isoproterenol. Houve reducao significante dos niveis diastolicos e medios apos o uso de oxigenio e isoproterenol em relacao a situacao basal, mas nao se notou diferenca entre as duas provas
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 1997. 118 p.
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