O perfil das moléculas de adesão na mobilização de células tronco hematopoéticas em doadores e pacientes com linfoma e mieloma múltiplo
Data
2008
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Atualmente, a célula-tronco hematopoética é a principal fonte celular utilizada em transplantes autólogos e alogênicos, em portadores de malignidades hematológicas submetidos a tratamento mieloablativo. As moléculas de adesão celular e quimiocinas têm um papel importante no processo de mobilização, uma vez que há interações adesivas entre a CTH e seus progenitores comissionados com os componentes da matriz extracelular no microambiente medular. Com o intuito de acumular conhecimentos acerca do envolvimento das MACs e quimiocinas durante o processo de mobilização conduzimos este estudo. Este incluiu 48 indivíduos sendo: 12 doadores alogênicos de CTH, 16 linfomas não-Hodgkin, 04 linfomas de Hodgkin e 16 portadores de mieloma múltiplo com indicação de auto-TCTH. Através da citometria de fluxo, estudamos em células mononucleares de MO, na população CD34+/CD45low, a expressão em intensidade média de fluorescência do VCAM-1(CD106), FLT-3 (CD135), CXCR4 (CD184), receptor do ácido hialurônico (CD44), L-selectina (CD62L), VLA-4 (CD49d e CD29), LFA-1 (CD11a), na pré e pós-mobilização de CTH. Os resultados foram comparados ao rendimento de células CD34+ no produto de leucaférese de grande volume (LGV). A concentração plasmática do FLT-3L e do SDF-1 foi medida em pg/mL por enzimaimunoensaio, nos períodos pré e pós-mobilização, e os resultados também foram correlacionadas com o rendimento de células CD34+ em LGV. No período pré-mobilização, nossos resultados mostraram diferenças quanto a expressão do CD44 e do CD49d, que foi em média, mais alto para o grupo de pacientes do que para os doadores, (p=0.010 e p=0.002 respectivamente). Um melhor rendimento de células CD34+ esteve associado à menor expressão de CD106, CD44, CD49d e CD29 (p=0.007, p=0.027, p=0.014 e 0.042, respectivamente). Encontramos uma maior concentração plasmática de FLT-3L para os pacientes do que para os doadores (p=0.01), independente do bom ou mau rendimento. Uma concentração mais baixa do SDF-1, média de 2289.25 700.08 pg/mL, pareceu estar associada ao bom rendimento de células CD34+ obtidas no produto de LGV. Na MO pós-mobilização, quando comparada à pré-mobilização encontramos uma menor expressão para o CD106, CD135, CD44, CD11a e CD29 (p=0.001, p=0.001, p=0.011, p=0.01 e p=0.011, respectivamente) embora sem associação com o rendimento de células CD34+. Para o CD184 o comportamento foi diferente, somente àqueles com CD34+ =5 x 106/kg em LGV apresentaram diferença na expressão, entre os períodos pré e pós-mobilização (p=0.036). Houve variação na concentração plasmática do FLT-3L e SDF-1, pré e pós-mobilização, mas sem relação com o rendimento. Nosso estudo confirmou o processo dinâmico que é a mobilização de CTH, na qual observamos variações significativas entre os períodos pré e pós-mobilização, para quase todas as MACs e quimiocinas estudadas. Os nossos achados referentes ao SDF-1 e XCR4 somente confirmaram a importância destas duas moléculas. Na pré-mobilização, o perfil de expressão do CD49d, CD29, CD44 e VCAM-1 poderá, quando analisado em maior casuística, apontar um possível marcador para o processo de mobilização. Isto, provavelmente nos permitirá identificar indivíduos com bom ou mau rendimento de células CD34+, implicando na adoção de protocolos diferenciados de mobilização.#Moléc
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São Paulo: [s.n.], 2008. 186 p.