Navegando por Palavras-chave "Transtorno mental"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Comparação de recomendações de diretrizes clínicas de alta qualidade metodológica para o cuidado em saúde mental na gestação(Universidade Federal de São Paulo, 2022-10-25) Oliveira, Rosyanne Michele Marques de [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937; http://lattes.cnpq.br/7675699810501912Introdução: Durante a gestação, os transtornos de saúde mental e o uso de psicotrópicos podem ser pauta de discussão entre profissionais da saúde e gestantes. A comparação e discussão de recomendações de diretrizes clínicas (DC) de alta qualidade pode contribuir para qualificar o processo de decisão considerando a escassez de estudos clínicos com grávidas e a chance de discordância entre o que é recomendado nas DC. Objetivo: Sintetizar as recomendações de DC de alta qualidade metodológica sobre o tratamento farmacológico de gestantes com transtornos mentais e epilepsia. Métodos: A partir de uma revisão sistemática, foram identificadas e avaliadas 38 DC sobre o cuidado de transtornos de saúde mental na gestação, publicadas ou atualizadas a partir de 2015. Somente DC de alta qualidade metodológica (escore ≥ 50% nos domínios 3 [rigor de desenvolvimento] e 6 [independência editorial] da segunda versão do AGREE-II) foram incluídas no estudo. As recomendações das DC selecionadas foram extraídas por dois avaliadores independentes, e tabuladas, organizadas em tópicos e comparadas quanto à concordância, divergências e complementação, e por fim, sintetizadas por um avaliador. Resultados: Das 38 DC avaliadas na revisão sistemática, 24 (63,2%) foram consideradas de alta qualidade metodológica, o que mostra que é possível encontrar documentos sobre o cuidado de transtornos de saúde mental na gestação. Dessas, 17 DC apresentaram 144 recomendações sobre o tratamento farmacológico de gestantes com transtorno mental, depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno bipolar e epilepsia, o que é compatível com a relevância desses transtornos e do tópico. Observou-se concordância quanto as orientações gerais sobre o uso dos psicotrópicos e das principais classes farmacológicas, independentemente do transtorno para os quais foram recomendados. Para depressão moderada a grave, recomenda-se o uso de antidepressivos, principalmente da classe dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), mas apenas uma DC orienta que a sertralina possa ser mais indicada. As DC recomendam a manutenção do uso de antipsicóticos - exceto por uma delas que recomenda interrupção em caso de tratamento de manutenção do transtorno bipolar, principalmente no primeiro trimestre - e contra o uso de antipsicóticos de depósito. Para grávidas que desenvolvem mania ou psicose, recomenda-se o uso de haloperidol ou clorpromazina. Para transtornos de ansiedade graves, ISRS são considerados primeira linha no tratamento em uma das diretrizes, bem como o uso de curto prazo de benzodiazepínicos para tratar sintomas moderados a graves de ansiedade. Para epilepsia recomenda-se o uso de antiepiléptico na menor dose efetiva e não há recomendação para monitoramento de rotina concentrações séricas, exceto para os fármacos fenitoína e lamotrigina. Especificamente sobre o lítio, duas DC recomendam contra seu uso enquanto outras DC não recomendam nem contra ou a favor do uso em grávidas; já sobre o uso de valproato, 5 DC são categóricas contra seu uso na gestação. Conclusão: A síntese das recomendações permitiu compilar recomendações de diferentes DC para tratamento de gestantes com transtornos mentais e epilepsia, assim como a comparação se houve, ou não, orientações divergentes sobre o tópico. Na maioria das vezes, as recomendações eram genéricas, preconizando-se principalmente a necessidade de avaliação de risco e benefício e discussão com a gestante.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Educação Física e Saúde Mental: Percepção de alunos da Educação Física sobre o papel e inserção da profissão no NAPS(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-12-10) Rizzetto, Renata Silva [UNIFESP]; Braga-Campos, Florianita Coelho [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1629546162394732; http://lattes.cnpq.br/1318270904775004; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este trabalho tem como tema a Educação física e a Saúde Mental. Esse estudo teve como objetivo analisar a percepção dos alunos de educação física que realizaram intervenções na rede de saúde mental de Santos no eixo Trabalho em Saúde da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), em relação ao papel e inserção da educação física nos Núcleos de Apoio Psicossocisal (NAPS). Embora o Eixo Comum (Trabalho em Saúde) tem como objetivo o trabalho em equipe interdisciplinar com alunos dos seis cursos atuando juntamente, este trabalho discutirá como as participações da educação física são vistas nesta composição. Foi realizada uma entrevista semiestruturada com oito voluntários, e posteriormente foram transcritas e analisadas para recolher os depoimentos. Para a análise de dados as informações obtidas foram dividas em categorias não – apriorísticas, permitindo analisar de forma qualitativa os elementos apresentados. Foram destacados as falas dos entrevistados à partir dos aspectos mais comentados pelos autores durante estudo de referenciais teóricos sobre a temática. Os temas que se mostraram centrais foram: a vivência do comum a equipe multiprofissional do NAPS, articulação do serviço de saúde mental, papel e inserção da educação física nos NAPS. Foi possível encontrar diversos aspectos em comum citados pelos voluntários, sendo que os mesmos não apresentavam discordância em seus depoimentos em relação as temáticas abordadas. Após analisar todos os dados e realizado a discussão, conclui-se que a prática das novas concepções de cuidar e conviver com usuários no NAPS, não segue a transformação proposta. Que a oferta de outras atividades e quantidade de trabalhadores oferecidas nos NAPS é escassa, e a concepção de território em que esta o serviço e o local que os usuários estão inseridos não é considerada. Além de afirmar que a Educação Física tem importante papel a desenvolver na equipe de saúde mental, mas a sua presença na equipe multiprofissional do NAPS não é reconhecida.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Estadiamento clínico e identificação de risco para transtornos mentais: apresentação de modelos teórico e empírico como propostas de prevenção em saúde mental(Universidade Federal de São Paulo, 2022-03-10) Asevedo, Graccielle Rodrigues da Cunha [UNIFESP]; Araripe Neto, Ary Gadelha de Alencar [UNIFESP]; Bressan, Rodrigo Affonseca [UNIFESP]; Paula, Cristiane Silvestre de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4824419385318370; http://lattes.cnpq.br/8241114701792148; http://lattes.cnpq.br/8107200180236710; http://lattes.cnpq.br/9894638545635537Introdução: Os Transtornos Mentais são doenças complexas em que o curso e a apresentação clínica são modulados por interações entre fatores biológicos e ambientais em janelas específicas do desenvolvimento. São categorizados e diagnosticados como síndromes com critérios operacionalizados em uma lista de sintomas e apresentam uma heterogeneidade clínica significativa, com sobreposição de sintomas entre transtornos distintos, altas taxas de comorbidades e sobreposição de aspectos neurobiológicos. Os tratamentos disponíveis são pouco eficazes em evitar a progressão da doença e desfechos desfavoráveis, especialmente quanto a aspectos de funcionalidade. Reconhecimento precoce e prevenção em saúde mental são passos essenciais para garantir melhores prognósticos. Alguns modelos de identificação precoce e estadiamento clínico foram propostos para transtorno bipolar, esquizofrenia, depressão, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Ao classificar separadamente os diagnósticos, esses modelos não abordam as mencionadas sobreposições entre aspectos psicopatológicos e neurobiológicos dos transtornos mentais. Vários modelos atuais de reconhecimento de pessoas em risco são tautológicos, por serem essencialmente baseados em psicopatologia, sendo os sintomas clínicos e o prejuízo funcional já existentes os principais preditores de desenvolvimento de transtornos mentais. Além disso, frequentemente exigem avaliações clínicas extensas realizadas por equipes especializadas, dificultando a sua aplicação nos contextos clínicos habituais. Objetivo geral: Avançar nas propostas existentes de prevenção em saúde mental, desenvolvendo um modelo teórico transdiagnóstico e investigando como um novo modelo empírico de reconhecimento precoce de grupos de risco para desenvolvimento de depressão podem contribuir no campo de prevenção. Objetivos específicos: Estudo 1: Desenvolver e descrever como um modelo teórico abrangente de risco e estadiamento clínico para transtornos mentais pode ser utilizado para a aplicação de estratégias de prevenção. Estudo 2: Avaliar o desempenho de um modelo identificação de adolescentes de risco para depressão (IDEA) numa amostra de coorte (INPD). Métodos: Estudo 1: Revisão da literatura e proposta de um novo modelo de estadiamento clínico abrangente e facilmente aplicada na prática clínica para transtornos mentais. Estudo 2: Análise de validação externa, calibração e discriminação de um modelo de identificação de adolescentes de risco para depressão numa coorte com 1.442 adolescentes. Resultados: Estudo 1: Um modelo de estadiamento clínico incluindo sintomas clínicos, funcionalidade e fatores de risco foi proposto - Risk Assessment, Clinical staging, Functional impairment, (RCF). A estratificação dos fatores de risco (R) inclui 3 clusters desenvolvidos de acordo com o modelo ecológico (individual, interpessoal e sociedade / comunidade) com efeito aditivo. A avaliação de sintomas / psicopatologia - estadiamento clínico (C) varia de indivíduos saudáveis a pacientes com transtornos mentais graves. O comprometimento funcional (F) compreende quatro estágios, variando de nenhum comprometimento a comprometimento grave. Estudo 2: A área sob a curva avaliando a capacidade discriminativa do modelo foi de 0,65. A performance geral do modelo, medida pelo escore de Brier foi boa, embora pior que sua performance no modelo original. A discriminação e performance geral melhoram após ajuste do modelo com área sob a curva de o,69 e escore de Brier de 0,10. Conclusão: Estudo 1: O modelo RCF apresenta estratificação de risco e estadiamento clínico independente de distúrbios específicos. A estrutura proposta avança em relação aos modelos atuais ao incluir avaliação funcional e incorporar conhecimentos sobre fatores de risco à prática clínica. Permite uma avaliação rápida e simples que pode informar os médicos para delinear estratégias de prevenção. Ao considerar também a funcionalidade, os indivíduos com transtornos mentais graves receberão mais provavelmente intervenções específicas para prevenir declínios adicionais. Estudo 2: Este modelo com oito preditores demográficos e sociais facilmente obtidos foi capaz de predizer depressão além do acaso entre adolescentes em uma amostra diversa do mesmo país. Os modelos de predição podem ajudar a desenvolver métodos mais precisos para combinar vários fatores de risco em uma medida de risco estimado, adicionando informações confiáveis ao julgamento clínico. A avaliação independente em outras amostras é uma etapa essencial para avaliar a validade do modelo original. Etapas adicionais devem incluir melhorias no modelo e estudos adicionais do escore de risco em populações com altos níveis de sintomas subclínicos para melhorar a prestação de serviço precoce e a tomada de decisão clínica.