Navegando por Palavras-chave "Polissonography"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Tradução, adaptação transcultural, validação e sugestão de novos pontos de corte no instrumento de avaliação STOP BANG em pacientes brasileiros com apneia obstrutiva do sono(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-09-28) Neves Junior, Jose Apolinario Silva [UNIFESP]; Silva, Helga Cristina Almeida da [UNIFESP]; Tardelli, Maria Angela [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9044839480768622; http://lattes.cnpq.br/0844918862241102; http://lattes.cnpq.br/1802609716774068; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Traduzir, adaptar e validar o questionário STOP-Bang para a população brasileira e verificar a adequação do ponto de corte proposto do questionário STOP- Bang à nossa amostra. Método: Foi realizada a tradução-tradução reversa do STOP-Bang. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, a versão aprovada em português foi utilizada em 10 pacientes com Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) para avaliar sua aceitabilidade e compreensão, que foram consideradas satisfatórias. O questionário foi então aplicado em 71 pacientes submetidos previamente à polissonografia e classificados de acordo com a severidade utilizando o índice de apneia e hipopneia (IAH) segundo a Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono (ICSD-2, 2005), em quatro subgrupos: controle e SAOS leve, moderada e acentuada. As características demográficas, IAH, os itens e a pontuação final do questionário STOP-Bang foram comparados entre grupos. Resultados: A maioria da amostra foi formada por homens na 5a década, de etnia caucasiana com ensino médio completo. Os antecedentes familiares mais comuns foram a SAOS e a hipertensão arterial sistêmica (HAS); e os pessoais foram as doenças pulmonares e a HAS. A medicação de utilização mais comum foi anti- hipertensivo. As mulheres tiveram valores de altura, peso, circunferência do pescoço (CP), IAH e pontuação do STOP-Bang menores do que os homens. A CP maior que 40 cm estava mais presente nos homens. A idade foi menor no subgrupo controle em relação ao subgrupo SAOS moderada. O peso, índice de massa corpórea (IMC) e frequências de ronco e CP maior que 40 centímetros foram maiores no subgrupo SAOS acentuada em relação ao controle. Pontuação STOP-Bang mostrou valor significantemente maior nos grupos com SAOS (mediana/inter-quartis 25-75%: SAOS leve 5/3,5-6, moderada 4,5/4-5, e acentuada 5/4-6) versus controle (mediana/inter-quartis 25-75%: 2,5/1-4). Os subgrupos SAOS moderada e acentuada apresentaram frequência de pausa respiratória maior do que o grupo controle. Houve associação positiva alta entre o STOP-Bang e o peso, CP e o IAH; já com o IMC a associação positiva foi moderada. O IAH obteve correlação positiva moderada com o peso, a CP e o IMC, e correlação positiva baixa com a idade. O STOP-Bang foi maior quando quaisquer umas das variáveis qualitativas estavam presentes (CP, ronco, sonolência, pausa respiratória e HAS), enquanto que o valor do IAH foi maior apenas com as variáveis: CP, ronco e pausa respiratória. A análise das propriedades diagnósticas do questionário STOP-Bang para todos os escores por meio da curva ROC, em cada um dos subgrupos de SAOS isoladamente, sugere que nos subgrupos SAOS leve (IAH 5 a 14,9), moderada (IAH ≥15 a 30) e acentuada (IAH >30), os respectivos escores 3, 4 e 6 no STOP-Bang apresentariam os melhores valores de especificidade e valor preditivo negativo, com valores de sensibilidade aceitáveis. A análise de todos os três grupos de SAOS em conjunto, conforme o valor do IAH (≥5, ≥15 e ≥30) mostra que o ponto de corte geral ideal para detecção da SAOS seria de 6. Conclusão: A versão do questionário STOP-Bang, traduzida, adaptada e validada numa amostra de brasileiros, identificou pacientes com SAOS, porém com menor sensibilidade e maior especificidade em comparação aos estudos internacionais prévios que utilizaram tanto a versão original como a traduzida do STOP-Bang para o diagnóstico da SAOS. O uso de diferentes pontos de corte na versão brasileira do questionário STOP-Bang, em relação ao ponto de corte de 3 proposto originalmente, melhorariam o desempenho para detecção dos pacientes com SAOS mais acentuada.