Navegando por Palavras-chave "NLR Family, pyrin domain-containing 3 protein"
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- ItemEmbargoA influência da toxina botulínica A no aspecto final das cicatrizes resultantes de excisões de lesões tumorais benignas no dorso: um estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-07) Medina, Rebecca Ignacio Subirá [UNIFESP]; Bagatin, Ediléia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6478900066830476; http://lattes.cnpq.br/0022298406435263Fundamentos: Conseguir o melhor resultado cosmético possível é sempre uma preocupação do paciente e do cirurgião ao realizar uma cirurgia eletiva para exérese de lesão cutânea. Muitos fatores podem influenciar a aparência final de uma cicatriz, incluindo características de cada paciente e a localização do corpo em que o procedimento é realizado, além de características intrínsecas ao procedimento. Os mecanismos de cicatrização ainda não são completamente compreendidos, e é impossível eliminar completamente as cicatrizes. Por esse motivo, os esforços são direcionados para obter o melhor resultado estético e funcional possível. Para isso, diversas medidas são adotadas pelo médico no intraoperatório ou no pós-cirúrgico. Partindo da diversidade de fatores que podem ser modulados ao longo do processo cicatricial, diversos tratamentos foram propostos para prevenir ou tratar as cicatrizes disfuncionais ou inestéticas. Um destes tratamentos, que foi inicialmente discutido dentro do contexto da cicatrização de feridas no ano 2000, é a toxina botulínica tipo A. Estudos mais recentes exploram o papel da toxina na modulação de diferentes vias inflamatórias da pele, com possível repercussão no aspecto final das cicatrizes. Dentre as principais vias inflamatórias envolvidas no processo de reparo de feridas, o inflamassoma NLRP3 destaca-se por ser um complexo recentemente descrito e de grande relevância clínica, já que sua participação na fisiopatologia de diversas doenças tem sido demonstrada. Objetivos: Avaliar o impacto da toxina botulínica tipo A no resultado estético de cicatrizes resultantes de exéreses de lesões de pele no dorso, bem como avaliar o impacto da toxina botulínica tipo A na expressão do NLRP3 na pele. Métodos: Estudo clínico de intervenção terapêutica, prospectivo, randomizado, duplo cego e controlado. Foram incluídos no estudo 25 participantes, com idades entre 22 e 60 anos, fototipo de Fitzpatrick II a IV, com lesões de pele benignas no dorso (cistos infundibulares e nevos melanocíticos). Todos os participantes foram randomizados de forma cega para o grupo Tratamento (T) ou Controle (C). No primeiro dia de estudo (D0), todos os participantes foram submetidos à cirurgia de exérese fusiforme da lesão no dorso e à intervenção experimental (logo após a exérese cirúrgica). No momento da intervenção, toda a cicatriz foi tratada, com o grupo de tratamento (grupo T) recebendo toxina abobotulínica tipo A (BoNTA) (Dysport, Galderma) e o grupo controle (grupo C) recebendo injeções de solução de NaCl 0,9%, em volumes equivalentes, ambos no plano intradérmico. A dose aplicada foi de 3 unidades internacionais de BoNTA a cada 1cm da ferida operatória, em ambos os lados da linha de sutura - ou o volume equivalente de solução controle. Após um período que variou de 6 a 15 dias depois da cirurgia, todos os participantes foram submetidos à biópsia incisional com punch de 3 mm no ponto central de suas cicatrizes. Todos os participantes foram reavaliados após 6 meses da cirurgia (D180), quando foram avaliados clinicamente através da Escala de Avaliação Cicatricial do Paciente e do Observador (POSAS). A partir dos fragmentos de biópsia obtidos, foram realizadas avaliações de escore inflamatório, Picrosirius e imunohistoquímica com os marcadores NLRP3 e Alfa-SMA. Resultados: Na subescala de avaliação do observador (OSAS) não se verificaram diferenças de médias entre os grupos para nenhum dos seis itens avaliados, escore geral (p=0,145) ou escore "Opinião geral" (p=0,551). Na subescala de avaliação do paciente (PSAS), verificou-se diferenças de médias no item "Coceira na cicatriz" (p=0,018), favorecendo o grupo Tratamento. Entretanto, não se verificaram diferenças de médias do escore geral (p=0,263) e escore opinião geral (p=0,240). Não se verificaram diferenças de médias de largura do fuso cirúrgico (p=0,642), largura da cicatriz em D180 (p=0,572) ou variação relativa da largura da cicatriz em D180 em relação ao do fuso cirúrgico (p=0,123), entre os grupos controle e tratamento. Não se verificaram diferenças significativas no escore inflamatório (p=0,559), tampouco na densitometria vermelha (p=0,544) e densitometria verde (p=0,160) ao exame de Picrosirius red, na expressão tecidual de α-SMA (p=0,325) ou de NLRP3 na epiderme (p=0,571) e na derme (p=0,249), entre os grupos. Conclusão: Após a exérese de lesões de pele benignas no dorso, o tratamento intradérmico com toxina botulínica tipo A não impactou significativamente o resultado estético das cicatrizes, a proporção do infiltrado inflamatório, a remodelação do colágeno dérmico, a expressão de NLRP3 ou a expressão de alfa-SMA.