Navegando por Palavras-chave "Moxonidina"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação das respostas cardiovasculares e simpáticas promovidas pela injeção de moxonidina no núcleo do trato solitário comissural de rato(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-03-31) Alves, Thales Biffe [UNIFESP]; Colombari, Eduardo Colombari [UNIFESP]; Moreira, Thiago dos Santos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0243906744273591; http://lattes.cnpq.br/4544450092427426; http://lattes.cnpq.br/0786967038980670; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Importantes drogas de ação anti-hipertensiva utilizadas na clínica médica são os agonistas adrenérgicos alfa2 e imidazólicos. Várias evidências têm sugerido que o efeito anti-hipertensivo desses fármacos é mediado, pelo menos em parte, pela ativação de receptores imidazólicos do tipo I1 presentes na região rostroventrolateral (RVL) do bulbo. Resultados do nosso grupo mostraram que a moxonidina pode produzir hipotensão por agir na região do núcleo do trato solitário comissural (NTScom). Experimentos in vitro mostraram que os efeitos hiperpolarizantes produzidos pela clonidina eram abolidos após a aplicação prévia do antagonista de receptores GABA-A bicuculina. Ademais, alguns trabalhos na literatura demonstraram que o bloqueio de receptores glutamatérgicos ionotrópicos no RVL foi capaz de prevenir a hipotensão produzida pela rilmenidina em ratos espontaneamente hipertensos. Desse modo, a nossa hipótese foi que a moxonidina, atuando em neurônios do NTScom e mediante sua ação integrada com receptores GABAérgicos e glutamatérgicos, poderia exercer os seus efeitos de hipotensão e simpato-inibição. Para isso, foram registrados a pressão arterial media e a atividade simpática do nervo esplâncnico. Foram utilizados ratos Wistar (250-350g, n = 6/grupo) anestesiados com uretano (1,2 g/kg, iv) e ventilados artificialmente. Nossos resultados evidenciaram que a injeção do antagonista de receptores adrenérgicos alfa2 ioimbina (10 nmol/50 nl) no NTScom foi capaz de bloquear as respostas hipotensora (Delta = -3 ± 2 mmHg, vs. moxonidina: Delta = -22 ± 4 mmHg) e a simpatoinibição (Delta = -2 ± 5%, vs. moxonidina: Delta = -26 ± 3% do basal) produzida pela injeção de moxonidina (5 nmol/50 nl) no NTScom. Similarmente, a injeção do antagonista de receptores GABAérgicos do sub-tipo A bicuculina (25 pmol/50 nl) na região do NTScom atenuou a hipotensão (Delta = -11 ± 3, vs. moxonidina: -28 ± 5 mmHg) e a simpatoinibição (Delta = - 13 ± 3% vs. moxonidina: Delta = -24 ± 2% do basal) promovida pela injeção de moxonidina no NTScom. Contudo, a administração do antagonista de receptores glutamatérgicos ionotrópicos ácido quinurênico (2,5 nmol/50 nl) na região do NTScom não foi efetivo em atenuar a hipotensão (Delta = -24 ± 3, vs. moxonidina: Delta = - 25 ± 9 mmHg) e a simpatoinibição (Delta = -22 ± 5% vs. moxonidina: Delta = -28 ± 9%, do basal) promovida pela injeção de moxonidina no NTScom. Os nossos resultados mostram também que as respostas hipotensoras e simpatoinibitórias promovidas pela injeção de moxonidina no NTScom não dependem da integridade dos neurônios catecolaminérgicos bulbo espinais da região rostroventrolateral do bulbo, sugerindo que os neurônios C1 não são essenciais para as respostas de redução da PA e atividade simpática exercida pela moxonidina. Assim, os efeitos anti-hipertensivos da moxonidina parecem carecer de mecanismos adrenérgicos alfa2 e GABAérgicos, mas não glutamatérgicos, pelo menos ionotrópicos, para exercer de forma significante o efeito hipotensor e simpatoinibitório.