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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da microbiota de mulheres gestantes com e sem diabetes e de seus descendentes entre 2 e 6 meses de idade(Universidade Federal de São Paulo, 2021-10-26) Dualib, Patricia Medici [UNIFESP]; Pititto, Bianca de Almeida [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8433932854107690; http://lattes.cnpq.br/7357544374981502Objetivo: Analisar a composição da microbiota intestinal em cada trimestre da gestação e no puerpério de mulheres com e sem diabetes mellitus gestacional (DMG) pareadas por peso, bem como de seus bebês. Material e Métodos: O primeiro estudo foi uma revisão sistemática comparando a microbiota intestinal de mulheres com e sem DMG ao longo dos 3 trimestres da gestação. Após a revisão, fizemos um estudo que acompanhou 115 gestantes 18 anos, com IMC 25/kg/m2, com (n = 56) ou sem DMG (n = 59) admitidas nos ambulatórios de pré-natal da UNIFESP-EPM durante o primeiro/segundo ou terceiro trimestre de gestação durante os anos de 2018 a 2020. Destas, 84 mulheres, com (n = 40) ou sem diagnóstico de DMG (n = 44), foram reavaliadas no puerpério juntamente com seus respectivos bebês. Elas foram avaliadas com questionário padronizado, recordatório alimentar, exame clínico e coleta de amostras biológicas. Os dados clínicos e laboratoriais foram comparados entre os grupos com e sem DMG usando o teste t de Student e Mann Whitney ou teste qui-quadrado conforme fosse apropriado, com o auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences®, versão 16.0 (SPSS Incorporation, 2000). O perfil molecular da microbiota fecal foi obtido por meio do sequenciamento da região V4 do gene 16S rRNA (Illumina® MiSeq) e do pacote R utilizado para as análises. Foi calculada a alfa diversidade das amostras com e sem DMG nos diferentes momentos para as mães (gestação e puerpério) e os bebês. Para avaliar a beta diversidade, de acordo com diagnóstico de DMG, tipo de parto e aleitamento, foi usada a técnica de Principal Coordinate Analysis (PCoA), utilizando a distância de Jensen-Shannon e o teste de Permanova. Foi avaliada, também, a abundância relativa de bactérias, utilizando critérios rigorosos de p < 0,01 e descartando as bactérias que apresentavam abundância relativa de 0% em uma grande parte das participantes. As correlações entre as bactérias e parâmetros clínicos e laboratoriais foram testadas e consideradas estatisticamente significativa, se p < 0,01. Resultados: A revisão sistemática (Artigo 1) incluiu 23 estudos, envolvendo 3560 mulheres, que compararam a microbiota intestinal na gestação nos diferentes trimestres e foi visto que existe uma relação entre a microbiota intestinal e o DMG. Análises do estudo atual (Artigo 2) mostraram que mulheres com DMG (n=56) eram mais velhas [33.2 (6.2) vs. 28.1 (5.9) anos, p<0.01] e tinham um maior número de gestações do que as tolerantes normais (n=59). Apesar de apresentarem índice de massa corporal (IMC) semelhante [30.2 (3.9) vs. 29.2 (3.7), kg/m2, p = 0.39)], as mulheres com DMG apresentaram maior circunferência do pescoço no terceiro trimestre [36.5(2.4) vs. 34.6 (2.1) cm, p < 0.01). Em comparação com a ingestão de macronutrientes, o grupo não diabético consumiu mais carboidratos e menos proteína no primeiro e segundo trimestres gestacionais do que os GDM e menos proteína no terceiro trimestre. Não houve diferença na diversidade alfa e os grupos não diferiram em relação à estrutura geral da microbiota. Uma maior abundância de Bacteroides no grupo GDM foi encontrada. Foi observada uma correlação positiva entre as abundâncias de Christensenellaceae e Intestinobacter com a glicose plasmática pós-sobrecarga de 1 hora e uma correlação negativa entre Enterococcus e o nível de glicose plasmática de 2 horas. As abundâncias de Bifidobacterium e Peptococcus aumentaram no terceiro trimestre gestacional em ambos os grupos. No puerpério (Artigo 3), as mulheres com DMG anterior (n = 40) eram mais velhas [33.3 (5.9) vs. 28.6 (6.1) anos, p = 0,01], tiveram mais gestações [2.9 (1.7) vs. 1.9 (1.3), p = 0.04], níveis mais elevados de glicose plasmática pós sobrecarga de 2 horas [116.3 (38.5) vs. 98.5 (19.0) mg/dl, p = 0.02], HbA1c [5.6 (0.4) vs. 5.3 (0.3)%, p = 0.02] e colesterol LDL [126.6 (45.3) vs. 110.7 (27.0 ) mg/dl, p = 0.01] do que as mulheres com tolerância normal à glicose (n = 44) durante a gravidez. Em relação à dieta materna, apenas a ingestão total de fibras foi maior nas mulheres com DMG no período puerperal [11.9(9.1-14.5) vs 6.8 (3.9-13.9) g, p = 0.04]. As mulheres DMG amamentavam exclusivamente mais seus bebês com significância limítrofe [26 (60.5) vs. 19 (40.4) %, p = 0.06]. Além disso, esses bebês tiveram uma frequência maior de complicações neonatais, incluindo icterícia. As estruturas da microbiota intestinal das puérperas e seus bebês eram semelhantes. Estratificando de acordo com o tipo de parto, a abundância relativa do gênero Victivallis foi maior nas mulheres que tiveram parto normal. A exposição dos bebês ao aleitamento materno exclusivo foi associada a uma maior abundância de Bacteroides e Staphylococcus. O teste de abundância diferencial mostrou correlações com parâmetros clínicos e laboratoriais diversos. Conclusão: O estudo atual não observou diferença estrutural da microbiota intestinal ao longo da gestação ou no período pós-parto de mulheres e seus bebês com peso equivalente pré- e peri-gestacional (sobrepeso ou obesidade) de acordo com a presença ou não de DMG. No entanto, algumas abundâncias de gêneros mostraram associações com período da gestação e o metabolismo da glicose, o que pode motivar o aprofundamento do conhecimento sobre as alterações fisiológicas e fisiopatológicas da microbiota ao longo da gestação, contribuindo para implicações adicionais na prevenção e manejo do diabetes gestacional no futuro. No puerpério notamos maior abundância de Victivallis nas mães que tiveram parto normal, além da associação deste gênero com parâmetros metabólicos, que podem sugerir benefícios para o metabolismo energético destas mulheres. Em bebês amamentados caracterizamos a maior abundância de gêneros de bactérias que podem representar uma evolução ecológica da microbiota intestinal mais precoce, o que pode significar mais um benefício do aleitamento para bebês provenientes de gestação de risco, como a gestação em mulheres com obesidade e DMG. Porém estudos prospectivos são necessários para comprovar se, de fato, Bacteroides e Staphylococcus estarão associados a uma composição favorável da microbiota intestinal mais tarde na vida. Nossos resultados contribuem para a compreensão dos eventos precoces da vida na microbiota intestinal e seu possível papel no metabolismo futuro. O seguimento destas participantes poderá ajudar a esclarecer as hipóteses levantadas no presente estudo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da microbiota intestinal e sua relação com o diabetes mellitus gestacional(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-08-31) Godoy, Ramon Vitor Cortez de [UNIFESP]; Daher, Silvia [UNIFESP]; Neves, Carla Taddei de Castro [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2153017362476065; http://lattes.cnpq.br/5938358901097469; http://lattes.cnpq.br/2696457123234327; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) é a principal endocrinopatia da gestação, está associado a diversas complicações para mãe e para o feto. A microbiota intestinal materna participa de muitas funções no metabolismo, mas ainda não está estabelecido qual é o padrão de composição da microbiota de gestantes, e qual sua relação com o desenvolvimento do DMG. Objetivo: Avaliar e comparar o padrão da microbiota intestinal de gestantes saudáveis, gestantes com DMG e de não gestantes. Métodos: Este estudo transversal recrutou gestantes saudáveis e com DMG no terceiro trimestre gestacional e mulheres não gestantes. Foram avaliados os níveis séricos de fetuína-A e sCD14, e foram coletadas amostras de fezes para avaliação da microbiota intestinal. As concentrações séricas de fetuína-A e sCD14 foram mensuradas por ELISA, e as amostras de fezes foram avaliadas por sequenciamento de nova geração. Resultados: 80 participantes foram incluídas, sendo 18 não gestantes, 39 gestantes saudáveis e 23 gestantes com DMG. Comparando os grupos entre si observamos que os níveis séricos de fetuína-A foram mais altos no grupo de gestantes saudáveis, enquanto que as concentrações de sCD14 foram mais elevadas nas não gestantes. A análise da microbiota intestinal não apresentou diferenças significantes entre os grupos em relação a filos e gêneros, porém o grupo de gestantes com DMG apresentou maior riqueza e diversidade nos índices de alfa diversidade Conclusão: Este estudo mostra tendência a uma microbiota eubiótica no grupo de não gestantes, e aumento da diversidade microbiana nos grupos de gestantes saudáveis e com DMG, que apresentaram uma composição semelhante através da análise realizada.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Dieta Vegetariana e Microbiota Intestinal: O Estado da Arte(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-07) Garrido, Mariana Santos [UNIFESP]; Speridião, Patrícia da Graça Leite [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7520873457028761; http://lattes.cnpq.br/7069284905902177; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A complexa relação entre a dieta vegetariana, microbiota intestinal e saúde, sob a ótica da influência da dieta na composição e função da microbiota intestinal. Objetivo: Discutir e entender a relação entre dieta vegetariana e a microbiota intestinal. Método: Trata-se de um estudo de revisão narrativa no qual abordou-se uma análise ampla da literatura. O levantamento de dados da literatura foi realizado no período dos últimos 5 anos (2019-2023), nas bases de dados Lilacs, Scielo, PubMed, entre outras, utilizando-se os descritores “dieta vegetariana; microbiota intestinal; dieta; disbiose”, em português, inglês e espanhol. Resultados: Observou-se a promoção da microbiota diversificada e, potencialmente, benéfica pela dieta vegetariana, mas a análise das pesquisas consultadas revelou resultados não uniformes, evidenciando a necessidade de estudos mais abrangentes e padronizados. O conceito de disbiose foi considerado, indicando desequilíbrios na microbiota que podem afetar a saúde gastrointestinal. Nas condições de cardiometabolismo, diabetes, doenças inflamatórias intestinais e câncer, a dieta vegetariana mostrou efeitos positivos, embora as evidências ainda careçam de consenso. Aspectos psicológicos, sociais e econômicos também foram ponderados na análise da qualidade de vida associada ao vegetarianismo. Considerações Finais: Em síntese, este trabalho ressalta a complexidade das relações e destaca a necessidade contínua de pesquisas, para melhor compreensão e embasamento de intervenções nutricionais e políticas de saúde pública.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Diferenças na composição da microbiota intestinal em pacientes com infarto agudo do miocárdio na presença ou ausência de diabetes mellitus tipo 2(Universidade Federal de São Paulo, 2022-03-31) Kato, Juliana Tieko [UNIFESP]; Fonseca, Francisco Antonio Helfenstein [UNIFESP]; Fonseca, Henrique Andrade Rodrigues da; França, Carolina Nunes; http://lattes.cnpq.br/4644910503257565; http://lattes.cnpq.br/6580677601405775; http://lattes.cnpq.br/2393476657163442; http://lattes.cnpq.br/7429418398846160Introdução: A microbiota intestinal (MI) é considerada um potencial alvo terapêutico para a doença arterial coronariana, entretanto, poucos estudos avaliaram as alterações e a influência da composição da MI no pós infarto agudo do miocárdio (IAM). Há uma dificuldade em estabelecer uma assinatura microbiana devido aos inúmeros fatores confundidores, como por exemplo, a associação com outras patologias, dieta, uso de medicamentos e a localização geográfica, que mostra ter grande influência na composição da MI. Além disso, estudos realizados em animais não conseguem ser extrapolados para humanos. Objetivo: Identificar as alterações na composição da microbiota intestinal em indivíduos com diabetes mellitus do tipo 2 (DM) ou sem DM [pré-diabéticos (PDM) e não diabéticos (NDM)] nas primeiras 24 horas (T0), 30 (T1) e 180 dias (T2) após infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Métodos: Foram incluídos 173 pacientes do protocolo BATTLE-AMI e sequenciadas 355 amostras de fezes, a análise da metagenômica foi realizada utilizando a técnica que se baseia na extração de DNA e amplificação do gene rRNA 16S, os dados foram processados pela plataforma Miseq (Illumina) e analisados utilizando o software Illumina 16S Metagenomics. Outras análises das amostras foram feitas no programa SPSS versão 21 utilizando testes não paramétricos, para comparação entre grupos foi utilizado o teste Mann-Whitney e para amostras pareadas o teste de Friedman. O nível de significância foi de p<0,05, e quando necessário os valores de p das amostras fecais foram ajustados por teste de comparações múltiplas FDR (False Discovery Rate). Os indivíduos foram divididos em grupos no momento basal, de acordo com os valores de hemoglobina glicada (HbA1c), <5,7% (NDM, n=23), 5,7 a 6,5% (PDM, n=33) e >6,5% (DM, n=29). Resultados: No momento basal foram encontradas diferenças significativas entre o grupo NDM vs DM, com aumento do filo Firmicutes (P-FDR=0,035) e classe Clostridia (P-FDR=0,041), além de, redução do filo Verrucomicrobia (P-FDR=0,035) e classe Verrucomicrobiae (P-FDR=0,045) no grupo NDM. Ainda no momento basal, não foram encontradas diferenças na α-diversidade entre os grupos, porém, a β-diversidade mostrou que o grupo PDM diferia em relação a NDM. Em T1 houve um aumento do gênero Dickeya no grupo DM vs NDM (P-FDR=0,05) e PDM (P-FDR=0,01), já em T2 observou-se um aumento do filo Verrucomicrobia em DM vs NDM (P-FDR=0,02). A análise entre os tempos mostrou diminuição do filo Bacteroidetes (P-FDR=0,04) e aumento de Proteobacterias (P-FDR=0,04) em T0 vs T1, além de, aumento da família Lachnospiraceae (P-FDR=0,04) T2 vs T0. A análise pareada de 45 indivíduos mostrou diferenças entre as abundâncias relativas do filo Bacteroidetes (P=0,02) com redução em T0 vs T2 e alterações dos gêneros Faecalibacterium (P<0,01) com aumento em T0 vs T1 e T2, Streptococcus (P=0,04) diminuídos em T1 vs T2 e Prevotella (P=0,02) reduzido em T0 vs T2. A α-diversidade mostrou uma redução de T1 e T2 vs T0, e a análise de β-diversidade não mostrou diferença significativa. A razão Firmicutes/Bacteroidetes não diferiu entre os grupos e tampouco entre os tempos. Conclusão: Houve diferença na composição da MI apenas dos grupos NDM vs DM nos três tempos. Além disso, em conjunto foi observado um perfil mais inflamatório no momento basal com melhora em 180 dias após o infarto.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos do consumo da biomassa de banana verde na microbiota intestinal e parâmetros glicêmicos em pacientes com pré-diabetes ou diabetes(Universidade Federal de São Paulo, 2023-07-27) Freitas, Thiago Tavares de [UNIFESP]; Fonseca, Francisco Antonio Helfenstein [UNIFESP]; França, Carolina Nunes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6580677601405775; http://lattes.cnpq.br/2393476657163442; http://lattes.cnpq.br/0272857832197973Introdução: A obesidade e o diabetes possuem crescente prevalência populacional, contribuindo para múltiplas complicações cardiovasculares e renais. Estratégias de baixo custo e de fácil implementação a nível populacional têm sido propostas. A composição da microbiota intestinal tem sido relacionada com obesidade, inflamação, doenças cardiovasculares e metabólicas. Objetivos: Avaliar os efeitos do consumo da biomassa de banana verde em parâmetros do metabolismo glicêmico e mudanças na composição da microbiota intestinal em pacientes pré-diabéticos ou diabéticos. Métodos: Estudo clínico prospectivo, aberto, avaliou os efeitos do consumo diário de aproximadamente 40 gramas da biomassa da banana verde (correspondente a 4,5 g de amido resistente) em pacientes com diabetes ou pré-diabetes, durante seis meses, na composição da microbiota intestinal e em parâmetros glicêmicos. Foi realizado sequenciamento da subunidade 16S do rRNA, com identificação do filo, gênero e espécie das bactérias que foram obtidas no período pré-intervenção e após seis meses da terapia nutricional. Resultados: Os parâmetros antropométricos não se modificaram com o tratamento, tanto entre os pacientes com diabetes como entre os pré-diabéticos, no entanto, foi observada redução nos níveis de hemoglobina glicada entre os pacientes com diabetes (p<0,008), bem como entre os pré-diabéticos (p<0,0001), ao final do tratamento. O consumo de biomassa de banana verde mostrou modificações expressivas e favoráveis na relação dos filos Firmicutes/Bacteriodetes, especialmente entre os pacientes com pré-diabetes, particularmente pelo maior aumento do filo Bacteroidetes, ao lado de modificações na composição de gênero e espécies de várias bactérias. Conclusões: O consumo da biomassa da banana verde teve impacto favorável em parâmetro glicêmico associado com mudança na composição da microbiota intestinal, em pacientes com diabetes ou pré-diabetes.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A influência da 2’-fucosil-lactose, galacto-oligossacarídeo e fruto-oligossacarídeo na microbiota intestinal de lactentes saudáveis(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-01) Lazarini, Tamara [UNIFESP]; Morais, Mauro Batista de [UNIFESP]; Tonon, Karina Merini [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2442452609232782; http://lattes.cnpq.br/5056114729141952; http://lattes.cnpq.br/2956255006664860Objetivo: Os oligossacarídeos do leite humano (HMOs) são considerados o segundo carboidrato mais abundante do leite humano e com impacto positivo no estabelecimento de uma microbiota intestinal infantil saudável. Analisar a influência dos oligossacarídeos 2´-FL (2-Fucosil-Lactose), GOS (Galacto-oligossacarídeo) e FOS (Fruto-oligossacarídeo), na modulação da microbiota intestinal de lactentes saudáveis em aleitamento artificial foi o principal objetivo do estudo. Métodos: Foram examinadas fezes de 87 lactentes no 1º. e 4º. mês de vida: grupo LM (n=28) em aleitamento materno como referência, grupo HMO (n=29) alimentados com a fórmula experimental com 2´-FL+GOS+FOS e o grupo GOS/FOS (n=30) alimentados com a fórmula controle com GOS+FOS. As amostras fecais foram analisadas utilizando o kit DNA/RNA Shield R1101 e a extração de DNA foi realizada utilizando o kit ZymoBIOMICS DNA Miniprep. A região bacteriana V3 e V4 do gene 16S rRNA foi amplificada e sequenciada no MiSeq Illumina. As sequências geradas foram analisadas utilizando o software QIIME2. Os testes de variância ANOVA, Kruskal-Wallis, índices de riqueza Chao1 e Shannon, as distâncias UniFrac e o teste de Adonis foram utilizados para as diferentes análises estatísticas. Para as vertentes clínicas foram consideradas as variáveis antropométricas e dados dos questionários autopreenchidos. Resultados: O Actinobacteriota foi o filo mais prevalente nos grupos HMO (60,4%) e LM (46,6%), e o Firmicutes apresentou maior abundância relativa para o grupo GOS/FOS (42,4%). A Bifidobacterium e a Escherichia-Shigella foram os dois gêneros bacterianos mais abundantes ao final do estudo nos três grupos. Os lactentes alimentados com fórmulas apresentou maior abundância relativa dos gêneros [Ruminococcus]_gnavus_group. O grupo LM apresentou maior abundância relativa do gênero Lacticaseibacillus em relação ao grupo GOS/FOS. Os grupos que receberam aleitamento artificial apresentaram maior alfa-diversidade da microbiota intestinal quando comparado aos lactentes amamentados (p>0,05). A análise de beta-diversidade não mostrou diferença segundo o tipo de parto ou sexo dos lactentes, no entanto, apresentou diferença estatisticamente significante segundo o tipo de alimentação por grupo, na matriz UNIFRAC ponderada (p< 0,004) e não-ponderada (p< 0,001). Todos os lactentes tiveram crescimento adequado para a idade, sem efeitos adversos. Conclusões: A adição de oligossacarídeos (2’-FL, GOS e FOS) nas fórmulas infantis não aproximou a alfa diversidade da microbiota intestinal dos lactentes em aleitamento artificial à do referencial do leite materno. A beta-diversidade dos três grupos (HMO, GOS+FOS e LM) foram diferentes entre si no final do estudo. A adição da molécula de HMO (2´-FL) em uma fórmula infantil com a combinação de prebióticos GOS+FOS, proporcionou maior abundância relativa do filo Actinobacteriota e do gênero Bifidobacterium ao final da intervenção, que foi similar ao grupo do leite materno (p>0,05). Do ponto de vista clínico, se associou com menor tempo de irritação e mais horas de sono por noite em relação aos demais grupos.
- ItemSomente MetadadadosInfluência da administração de simbióticos durante o período perinatal sobre o desenvolvimento da asma alérgica experimental da prole em duas linhagens de camundongos(Universidade Federal de São Paulo, 2017-12-11) Fukumori, Claudio [UNIFESP]; Ribeiro, Fernando Augusto de Oliveira [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Exposure to microorganism in early life has been linked to health and disease throughout life by influencing the composition of the intestinal microbiota. It is known that the decrease in microbiota diversity as well as the absence of exposure to some bacteria is associated with the development of allergic asthma. Thus, strategies to modulate the intestinal microbiota early in life with the purpose of preventing or attenuating the development of asthma are very interesting. It is also important to know if the host genetics influences the effects of those strategies. This study aims to verify if the administration of a synbiotic (combination of fibers and a probiotic) to parents during the perinatal period exerts some influence on the development of experimental asthma in the respective offspring of A/J and C57BL/6 mice strains. We used the standardized AIN93 ration modified with a mixture of pectin and resistant dextrin together with intragastric inoculation of the probiotic Bifidobacterium longum 51A to the mother; this synbiotic was not given to the mothers of the control group. Seven weeks after weaning, pulmonary inflammation was induced with ovalbumin in the offspring. The analysis of inflammation was evaluated through bronchoalveolar lavage, histological analysis for mucus, ovalbumin-specific antibodies and cytokines. The diversity and composition of the intestinal microbiota of the pups was also evaluated. Our results show that host genetics are relevant to the effects on experimental asthma when the synbiotic was used. Improvement of lung inflammation was observed in C57BL/6 offspring whose mother was treated with synbiotic compared to the offspring of untreated mother, as well as decreased mucus. This was not observed in A/J offspring whose mothers were treated with synbiotic. Interestingly, there was an increase in intestinal microbiota diversity in the A/J, but not in C57BL/6, which showed increased Lactobacillus that can be associated with regulatory effects.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Influência da via de parto sobre a microbiota intestinal de ratos e potencial impacto sobre a microbiota e a morfofisiologia reprodutiva e hepática(Universidade Federal de São Paulo, 2021-09-28) Santiago, Marcella da Silva Araujo [UNIFESP]; Perobelli, Juliana Elaine [UNIFESP]; Avellar, Maria Christina Werneck [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5534065920525009; http://lattes.cnpq.br/2047233951021632; http://lattes.cnpq.br/8226230963005626; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O trato gastrointestinal é hospedeiro de cerca de 10¹³ bactérias, vírus, fungos e protozoários. Vivendo em comunidade, estes formam a microbiota intestinal, que desempenha papéis imprescindíveis ao hospedeiro, desde proteção contra patógenos até modulação do sistema imunológico e metabolismo de xenobióticos. A via de parto é o principal fator modulador da microbiota intestinal do neonato, havendo diferenças quantitativas e qualitativas entre recém- nascidos via parto vaginal (PV) ou parto por cesárea (PC). O PC tem sido relacionado a impactos na microbiota intestinal e aumento do risco a diversas doenças ao longo da vida. No entanto, poucos são os dados relacionando o perfil da microbiota intestinal com a morfofisiologia e microbiota de outros tecidos periféricos, como por exemplo, fígado e testículo. Hipotetizamos (i) que a via de parto modula a composição da microbiota intestinal de forma persistente, alterando sua composição ao nascimento e ao longo da vida pós-natal dos indivíduos com (ii) impacto na microbiota e morfofisiologia de tecidos periféricos, como fígado e testículo. Portanto, o objetivo do presente estudo foi estabelecer um modelo pré- clínico em ratos Wistar para correlacionar a via de parto (PV ou PC) com o perfil da microbiota intestinal ao nascimento (24 horas após o parto; DPN 1) e ao final do período de lactação (21 dias após o parto; DPN 21) além de avaliar a microbiota do fígado e testículo. Ainda, foram avaliados aspectos histológicos do fígado, testículo e epidídimo destes animais. Para isso, ratos Wistar machos foram divididos em dois grupos experimentais: a) grupo PV, nascidos por parto vaginal; b) grupo PC, nascidos via parto cesariana. Foram realizadas: a) Análises de metagenômica da região v4 do RNA ribossomal (rRNA) 16S de bactérias em amostras biológicas dos filhotes machos no DPN 1 (cólon) e DPN 21 (cólon, fezes, fígado e testículo) para avaliação do perfil da microbiota desses tecidos; b) Análises histopatológicas em amostras biológicas dos filhotes machos no DPN 21 e DPN 53 (fígado, testículo e epidídimo). No DPN 1, houve diferença qualitativa (diversidade bacteriana) e quantitativa (abundância relativa) de bactérias da microbiota intestinal nos animais PC quando comparados aos animais PV. No DPN 21, as microbiotas intestinais de ambos os grupos experimentais apresentaram um perfil sutilmente mais diverso do que o observado no DPN 1 entre os grupos PV e PC, porém com diferenças mais significativas quanto à abundância relativa dos táxons identificados. A via de parto influenciou a diversidade e abundância relativa da microbiota hepática, mas não de forma significante a microbiota testicular. Os animais no DPN 21 nascidos via PC apresentaram maior incidência de patologias no testículo (maior número absoluto de células acidófilas e vacúolos epiteliais em 100 cortes de túbulo seminífero; redução do volume do compartimento luminal), em relação aos animais PV. No DPN 53, entretanto, as histopatologias do testículo dos animais PV e PC foram similares, assim como no fígado dos animais nos DPN 21 e 53. Os epidídimos dos animais no DPN 21 e 53 PV e PC apresentaram infiltrados inflamatórios no compartimento intersticial, e epitélio com aspecto cribriforme. No DPN 53, os animais nascidos via PC ainda apresentaram diminuição do número relativo de espermatozoides presentes no lúmen epididimário. Tais dados sugerem um atraso no desenvolvimento e maturação do sistema reprodutor nos animais nascidos via PC. Portanto, o presente estudo indica que o rato é um modelo experimental adequado para o estudo de microbiota intestinal e teciduais em animais nascidos por diferentes vias de parto, corroborando com dados clínicos da literatura. Destaca-se que a padronização e validação dessa estratégia experimental permitirá o desenvolvimento de estudos adicionais subsequentes, que permitam melhor entender os mecanismos pelos quais a via de parto impacta o perfil da microbiota ao nascimento e ao longo da vida pós-natal do animal, permitindo assim avançar nessa temática de forma translacional para a geração de recomendações para a prática clínica.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A jornada de três meses com restrição calórica e suplementação com probióticos na busca pela melhora da composição corporal, da inflamação e do comportamento alimentar em homens adultos que vivem com obesidade(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-29) Lucin, Glaice Aparecida [UNIFESP]; Santos, Ronaldo Vagner Thomatieli dos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9928572887023286; http://lattes.cnpq.br/8129249619853502Objetivo: A obesidade é caracterizada pela massa corporal desproporcional para a estatura, com acúmulo excessivo de tecido adiposo e acompanhada de um quadro de inflamação crônica e sistêmica de baixo grau. A suplementação com probióticos pode ser uma alternativa adicional para o seu tratamento. No entanto, dúvidas ainda persistem. Por isso, esse trabalho teve como objetivo avaliar se 12 semanas com intervenção de restrição calórica (RC) associada à suplementação com probióticos promoveria melhora na composição corporal, na inflamação sistêmica e no comportamento alimentar de homens que vivem com obesidade. Métodos: Estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, de dois grupos paralelos com homens adultos vivendo com obesidade grau I e II submetidos à intervenção de RC associada à suplementação probiótica por 12 semanas. 13 participantes foram alocados aleatoriamente para receber diariamente 2 de sachês de 1g cada da formulação de 1x109 UFC de cada espécie probiótica: Lactobacillus acidophilus NCFM, Lactobacillus rhamnosus HN001, Lactobacillus paracasei Lpc-37 e Bifidobacterium lactis HN019 e 12 participantes para receber placebo, composto por maltodextrina. Todos os participantes receberam uma dieta com RC de 30% do gasto energético total (GET). A composição corporal, os níveis plasmáticos de leptina, grelina, insulina, adiponectina, GLP-1, PYY, TNF-α, IL-6, IL-10 e o comportamento alimentar foram avaliados antes e depois da intervenção. Resultados: Ambos os grupos apresentaram redução de massa corporal total (p<0,001), IMC (p<0,001), percentual de gordura corporal (p<0,001), massa gorda (p<0,001), área de gordura visceral (p<0,001), circunferência abdominal (p<0,001), circunferência de cintura (p<0,001), circunferência de quadril (p<0,001)) e circunferência de pescoço (p<0,001). Não houve diferença entre os grupos. No comportamento alimentar, foi observada diminuição significativa nas pontuações de descontrole alimentar e alimentação emocional no grupo que recebeu probióticos (p=0,018 e p=0,035 respectivamente). Não foram observadas diferenças significativas nas concentrações plasmáticas de hormônios e citocinas: grelina, insulina, GLP-1, leptina, adiponectina, TNF-α, IL-6, e IL-10. Conclusão: A intervenção de RC foi eficaz em promover melhora na composição corporal, porém a suplementação probiótica não apresentou efeitos adicionais. Ao contrário do comportamento alimentar, onde a suplementação probiótica ofereceu benefícios superiores aos alcançados apenas pela RC. A intervenção combinada de RC e suplementação probiótica reforça a hipótese de que o eixo intestino-cérebro pode influenciar o comportamento alimentar, um fator crucial no combate à obesidade.
- ItemRestritoA microbiota intestinal e o eixo intestino-cérebro no transtorno do espectro autista(Universidade Federal de São Paulo, 2023-07-11) Camargo, Luís Otávio Santos [UNIFESP]; Pereira, Claudia Cristina Alves [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3199500117313184; http://lattes.cnpq.br/7201639636016497; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O presente trabalho selecionou 16 artigos que abordavam a correlação do Transtorno do Espectro Autista (TEA), o eixo intestino-cérebro e a microbiota intestinal. A epidemiologia do TEA mostra que a prevalência tem aumentado ao longo dos anos, com estimativas de 1,19% a 2,27% nas populações estudadas. A causa do TEA envolve uma relação complexa entre fatores genéticos e ambientais, sendo o microbioma um dos fatores ambientais que desempenham papel importante. Estudos mostram que o parto cesáreo e fatores maternos durante o pré-natal, como infecções e estresse, podem afetar a composição da microbiota do bebê. A microbiota intestinal saudável se desenvolve nos primeiros anos de vida e é influenciada por fatores como ambiente, alimentação, antibióticos e método de parto. A composição da microbiota intestinal de um adulto é dominada pelos filos bacterianos Bacteroidetes e Firmicutes. Os sintomas gastrointestinais, como diarreia e constipação, são comuns em crianças com TEA, e a gravidade desses sintomas está relacionada ao grau das características do espectro. Além disso, crianças com TEA apresentam uma microbiota intestinal menos diversificada. Essas informações mostram a relação entre a microbiota intestinal e o TEA, sugerindo que alterações na composição da microbiota podem contribuir para os sintomas gastrointestinais e outros aspectos do transtorno. No entanto, é importante ressaltar que ainda não existe uma compreensão completa da causalidade do TEA e mais pesquisas são necessárias para entender melhor essa relação.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Microbiota Intestinal, Inflamação e Ação dos Probióticos: O Estado da Arte(Universidade Federal de São Paulo, 2021-03-01) Silva, Heloisa Alves da [UNIFESP]; Pereira, Claudia Cristina Alves [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3199500117313184; http://lattes.cnpq.br/3175231844223131; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A adequada composição de microrganismos da microbiota intestinal acarreta no equilíbrio e bom funcionamento necessário para manter a resposta fisiológica do organismo. O desequilíbrio entre bactérias benéficas simbiontes e patogênicas determina a condição denominada disbiose, em que espécies simbiontes normalmente dominantes acabam sendo superadas em quantidades por microrganismos patogênicos que aumentam excessivamente em número. A disbiose intestinal favorece alteração das funções da barreira intestinal que pode gerar inflamação envolvida em várias doenças crônicas. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi identificar o papel da microbiota intestinal em diferentes condições clínicas e sua relação com o desequilíbrio do sistema imunológico ao desencadear a inflamação, além da possibilidade de tais processos serem modulados com a suplementação de probióticos. Material e Métodos: O presente estudo trata-se de uma revisão da literatura no qual foram selecionados artigos na base eletrônica de dados Pubmed/Medline. A busca de artigos publicados se limitou aos últimos 10 anos (2010 a 2020) e foram aplicados os descritores “gastrointestinal microbiome”, “probiotics”, “inflammation”. Resultados e Discussão: É possível observar a possibilidade de modulação da microbiota intestinal na prevenção e controle de inúmeras condições que envolvam alteração do estado imunológico e desequilíbrio inflamatório. A suplementação de probióticos pode ser considerada uma estratégia terapêutica ao trazer benefícios ao organismo no intuito de modular a imunidade e prevenir ou controlar determinadas condições de doenças. Conclusão: A disbiose intestinal pode prejudicar a saúde do seu hospedeiro e culminar no aparecimento ou agravamento de algumas doenças. Microrganismos comensais benéficos devem ser preservados em quantidade e qualidade para modular o microbioma intestinal. Diferentes cepas probióticas podem influenciar beneficamente células do sistema imunológico e diminuir a inflamação causada pela disbiose intestinal.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Tecnologia e funcionalidade dos probióticos e prebióticos(Universidade Federal de São Paulo, 2023-06-29) Darviche, Munir [UNIFESP]; Yoshida, Cristiana Maria Pedroso [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3546808357732166; http://lattes.cnpq.br/6784791501283623Alimentos funcionais são alimentos, ou ingredientes alimentares, convencionais, que podem promover efeitos benéficos à saúde devido a presença de substâncias bioativas, que são componentes de alimentos (por exemplo, fibras, vitaminas, carotenóides, compostos fenólicos, microrganismos probióticos e outros) e possuem mecanismos de ação específicos no organismo. Dentre os compostos bioativos, têm-se os probióticos e os prebióticos. Os probióticos são microrganismos vivos, com capacidade de colonizar o trato gastrointestinal humano, promovendo melhorias à saúde intestinal e consequentemente, podem regular as respostas imunes do organismo. Os prebióticos são compostos não digeridos e que são utilizados como substratos energéticos para os microrganismos que colonizam o trato gastrointestinal dos seres humanos, promovendo uma seleção positiva de cepas colonizadoras no ambiente intestinal. Ambos os bioativos vêm sendo empregados em uma variedade de alimentos funcionais (com boas expectativas de crescimento no mercado global) - produtos lácteos e de panificação, sorvetes, sucos de frutas, chocolates, entre outros - de maneira isolada ou combinados, como uma alternativa de manutenção da saúde humana via microbiota intestinal, visto a influência dos microrganismos que colonizam o trato gastrointestinal para o metabolismo e imunidade do indivíduo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi apresentar os alimentos funcionais probióticos e prebióticos, indicando as condições necessárias para que sejam categorizados como “probiótico” ou “prebiótico”, os principais microrganismos e compostos utilizados em produtos alimentícios, visando as funcionalidades à microbiota intestinal e, consequentemente, à saúde dos consumidores. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica de publicações entre os anos de 2012 e 2023 nas plataformas Web of Science, Pubmed e Google Acadêmico, utilizadas para o levantamento de artigos científicos, e os sites “pesquisa.anvisa.gov.br”, “https://isappscience.org/” e Google, nos quais foram encontradas informações de mercado, guias e regulamentações.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Uso da fibra de cana de açúcar na alimentação e seu efeito na inflamação alérgica das vias aéreas(Universidade Federal de São Paulo, 2018-11-19) Freitas, Andressa Rodrigues de [UNIFESP]; Ferreira, Caroline Marcantonio [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2611231931842917; http://lattes.cnpq.br/2317871645160333Asma é uma doença crônica das vias aéreas, caracterizada principalmente por hiperreatividade brônquica, produção exacerbada de muco e eosinofilia. Nos países ocidentais observa-se um aumento nos casos de asma, isso se deve as mudanças nos hábitos dietéticos, consumo de alimentos com poucas fibras. Algumas fibras dietéticas podem modular a microbiota intestinal e o sistema imunológico. Sabendo-se também que é importante aproveitar alimentos que estão sendo desperdiçados e que podem ser potencialmente importantes para saúde, esse trabalho objetiva avaliar o potencial terapêutico das fibras que compõem o bagaço de cana-de-açúcar na asma alérgica experimental. Portanto, os animais foram alimentados com ração AIN93M com substituição de 6% de amido de milho por fibras do bagaço da cana, enquanto que os animais controle se alimentaram apenas com ração AIN93M. Todos os animais, exceto os não alérgicos, foram sensibilizados via intraperitonial com ovalbumina (OVA) e hidróxido de alumínio. Os desafios foram realizados via intratraqueal apenas com OVA e PBS. A inflamação foi avaliada através do lavado broncoalveolar (LBA) quanto a presença de eosinófilos e neutrófilos, também foi avaliado a inflamação no tecido pulmonar através da peroxidase eosinofílica (EPO) e mieloperoxidase neutrofílica (MPO). Ao analisar o lavado broncoalveolar, os animais alérgicos que se alimentaram com a fibra da cana apresentaram melhora na inflamação com diminuição no número de leucócitos. Porém, não observamos diferença estatística para a peroxidase eosinofílica e neutrofílica. Logo, pode-se concluir que as fibras encontradas no bagaço da cana foram capazes de diminuir o infiltrado inflamatório nos pulmões.