Navegando por Palavras-chave "Memoria"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Influência de diferentes tipos de exercício físico na memória e na atenção de jovens fisicamente ativos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-12-10) Augusto, Lucas Miom [UNIFESP]; Antunes, Hanna Karen Moreira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1464519773053362; http://lattes.cnpq.br/4315027412707997; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A prática regular de exercício físico e seus efeitos positivos sobre diversos aspectos da cognição e do humor são bastante reconhecidos na literatura científica. Porém, os resultados relacionados com a prática aguda (uma sessão) do exercício ainda não são claros. Alguns estudos apresentam relação positiva, outros negativa e ainda os que não exibiram relação. Um possível fator para essa divergência de resultados é a intensidade do exercício, outro fator relevante seria o nível de atividade física prévia dos indivíduos, ou seja, a quantidade de exercício realizada durante toda vida. Perante este quadro o presente estudo teve como objetivo investigar os possíveis efeitos na cognição e no humor entre dois protocolos distintos de exercício físico agudo em jovens fisicamente ativos. Participaram deste estudo 7 indivíduos jovens, eutróficos e fisicamente ativos, com média (±desvio-padrão) de idade, estatura, massa corporal, índice de massa corpórea (IMC) e VO2 pico de: 22,86±1,86 anos; 1,76 ± 0,04 m; 72,09 ± 7,64 kg; 23,25±2,46 kg/m2 e 57,50±5,28 ml.kg.min-1. Inicialmente os voluntários foram submetidos a um eletrocardiograma (ECG) de repouso e esforço, conduzido por um médico, e apenas aqueles que tiveram a saúde cardiovascular atestada foram inclusos na amostra. Após a liberação médica, os sujeitos passaram por duas condições experimentais de exercício físico com testes ergoespirométricos com um sistema metabólico (Quark PFT 4ERGO, Cosmed, Italy) em cicloergômetro de pernas (Excalibur Sport Lode, Netherlands): a) sessão em carga progressiva, com carga inicial de 70 watts com incrementos de 35 watts a cada 2 minutos, até a exaustão voluntária máxima, Teste Máximo (TM); b) sessão em carga retangular (CR), na intensidade do LV-I por um período de 20 minutos. Antes e imediatamente após os testes, os voluntários responderam a uma bateria cognitiva e de humor composta dos seguintes testes: Escala de Humor de Brunel (BRUMS), Digit Symbol, Trail Making Test parte A e B; Teste de Atenção Concentrada - Toulouse-Pieron; dois sub-testes da Escala Wechsler de Memória– Revisada (WMS-R) o Digit Span e Blocos de Corsi, Pares Verbais Associados, Teste de Recordação Livre de Palavras, Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) e por fim a Escala Subjetiva de Experiência em Exercício (SEES). Foram analisadas as concentrações de lactato e glicose sanguínea, pressão arterial e temperatura corporal com o intuito de relacionar a ativação metabólica com os efeitos cognitivos. Os testes foram realizados em intervalos de 1 semana e no mesmo período do dia evitando uma possível influência circadiana. Nossos dados sugerem que o TM se mostrou mais eficiente para melhorar a velocidade de resposta e coordenação visuo-espacial, enquanto a CR foi mais benéfica para memória declarativa e de longo prazo. Todavia, ambos os protocolos foram capazes de melhorar a atenção, velocidade motora, memória de longo prazo e processamento de informações. Tais alterações foram acompanhadas de uma diminuição da sensação de vigor e aumento na sensação de fadiga para TM e CR, porém no TM foi mais relevante o aumento da fadiga e diminuição da percepção de bem-estar. Concomitantemente a estas mudanças, foi observado aumento na concentração de lactato no sangue durante ambas as situações, e aumento significativo da pressão sistólica após o TM comparada a CR. Mais estudos são necessários para elucidar os efeitos das diferentes intensidades de exercício físico agudo na cognição e relacioná-los com o nível de atividade física prévia dos indivíduos.