Navegando por Palavras-chave "Mebendazol"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise quantitativa e avaliação da estabilidade de mebendazol (Formas A e C) em suspensões por difração de raios X em pó utilizando o método Rietveld(Universidade Federal de São Paulo, 2021-09-09) Ticona, Julian [UNIFESP]; Cuffini, Silvia Lucia [UNIFESP]; Fandaruff, Cinira; http://lattes.cnpq.br/8798903082681874; http://lattes.cnpq.br/1508800998903956; http://lattes.cnpq.br/9411859719522984O controle das diferentes formas sólidas nos insumos farmacêuticos ativos (IFAs) é um desafio para a indústria farmacêutica. O Mebendazol (MBZ) é um anti-helmíntico de amplo espectro, indicado no tratamento de parasitoses, e apresenta as formas polimórficas A, B e C. Estes polimorfos exibem diferenças significativas nas propriedades de dissolução, as quais provocam alterações consideráveis no efeito terapêutico, sendo a Forma A semelhante ao placebo. O problema se agrava porque as farmacopeias apresentam discrepâncias no controle do polimorfismo em MBZ. Constatou-se que as farmacopeias Europeia e Britânica indicam a Forma C para uso como matéria-prima, entretanto, as farmacopeias dos Estados Unidos e a Brasileira, nada mencionam a respeito. Além disso, não há relatos a respeito de estudos de estabilidade polimórfica em suspensões farmacêuticas, em particular nas condições de temperatura e umidade preconizadas pela indústria farmacêutica. O objetivo do trabalho foi avaliar a estabilidade polimórfica de MBZ em suspensões e a cinética de transformação a partir da quantificação dos polimorfos A e C, de modo a melhorar o controle de matérias-primas e formulações. As amostras para o estudo foram preparadas com diferentes concentrações iniciais de referência da Forma A (1%, 5%, 10%, 20% e 30% m/m). Estas amostras foram armazenadas no período de 1 a 24 meses em condições de estabilidade prolongada (EP30°C/75%UR) e de 1 a 6 meses nas condições de estabilidade acelerada (EA40°C/75%UR). Um método foi desenvolvido e validado para realizar o processo de secagem e quantificação das Formas A e C nas amostras em suspensão. A coleta de dados foi realizada por difração de raios-X em pó (DRXP), e para a quantificação de fases foi utilizado o método de Rietveld e o programa Topas. Os requerimentos da indústria farmacêutica foram cumpridos para a realização destas medidas. A equação de Avrami foi usada para determinar os parâmetros cinéticos. Verificou-se a presença da Forma A em todos os produtos de MBZ disponíveis comercialmente, nas diferentes formulações farmacêuticas, tanto para uso humano quanto veterinário. Fica evidente, portanto, que este é um problema vigente para a indústria farmacêutica. Nas suspensões, em condição de EP, demonstrou-se que um valor inicial calculado de 4±1% de Forma A provocou uma transformação completa de Forma C para a Forma A em 9 meses. Em todas as suspensões, em condição de EA, a transformação da Forma C em A foi concluída aos 3 meses. Na condição de EA, e para concentrações iniciais de referência de Forma A superiores (20 e 30%), observou-se, conforme esperado, um aumento na velocidade de transformação. Estes resultados demonstram que nas suspensões, formulação de uso pediátrico, a transformação polimórfica acontece em tempos consideravelmente inferiores àqueles estabelecidos pela indústria farmacêutica como tempo de validade do produto (2 anos). Este trabalho apresenta de maneira inédita, o estudo cinético da transformação polimórfica do MBZ em suspensões, assim como um método de quantificação por DRX-MR validado das Formas A e C de MBZ. Cabe, portanto, às agências reguladoras e às Farmacopeias do Brasil e de outros países, revisar e implementar modificações nas especificações vigentes para este fármaco.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Investigação do perfil metabólico e mecanismo molecular associado a expressão de PVALB nos tumores de células de Hürthle e avaliação do efeito do Mebendazol no tratamento dos carcinomas da tiroide(Universidade Federal de São Paulo, 2021-05-19) Mendes, Thais Biude; Cerutti, Janete Maria [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1384038091754225; http://lattes.cnpq.br/1637309243013378; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O carcinoma papilífero da tiroide (CPT) é a neoplasia mais comum dentro de todos os carcinomas da tiroide, respondendo, na maioria dos casos, à terapia e apresentando um prognóstico favorável. No entanto, um subconjunto de CPT pode se desdiferenciar e progredir para o carcinoma anaplásico da tiroide (CAT), sendo este o subtipo mais agressivo, altamente invasivo e com sobrevida de 6 meses após o diagnóstico. Os CAT não respondem ao tratamento convencional com o radioiodo, existindo assim uma necessidade de desenvolver um tratamento mais eficaz e seguro para os pacientes com câncer de tiroide com alto risco de progressão e metástases. Assim o visamos avaliar o potencial antitumoral do mebendazol (MBZ) nas linhagens celulares de Carcinoma Carcinoma Papilífero da Tiroide (B-CPAP) e Anaplásico da tiroide (8505c). Avaliou-se os efeitos do tratamento do MBZ in vitro na proliferação, ciclo celular, morte celular via apoptose, migração e invasão celulares, bem como modulação das vias de sinalização por western blot. No estudo in vivo, realizou-se modelo ortotópico da tiroide. Deste último, avaliou-se a presença de metástase pulmonar, bem como a expressão de CD31 e Ki67 por imunohistoquímica. MBZ foi capaz de diminuir a proliferação celular ativando a morte celular via apoptose, pela ativação da caspase-3, bem como uma para no ciclo celular na fase G2/M. Na linhagem 8505c, MBZ inibiu a migração e invasão celular, bem como, inibiu a fosforilação de AKT e STAT3. No modelo in vivo, MBZ foi capaz de regredir 100% o tumor ortotópico (B-CPAP) e uma parada no crescumento tumoral na linhagem de carcinoma anaplásico (8605c). Os tumores apresentaram uma diminuição na expressão de marcadores de proliferação (Ki67) e de vascularização (CD31+). Os dados mostram que MBZ pode se tornar um importante agente terapêutico para o tratamento do carcinoma papilíifero e anaplásico da tiroide, apresentando baixa toxicidade e levando à regressão do tumor bem como a morte celular.