Navegando por Palavras-chave "Mastite lactacional"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise do manejo de mastite lactacional de mulheres atendidas em hospitais de São Paulo, Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2022-06-13) Silva, Márcia Juliana Mello da [UNIFESP]; Coca, Kelly Pereira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8167230363189115; http://lattes.cnpq.br/2589928115803568Introdução: A mastite é um problema comum em mulheres durante a fase de lactação, estimada em até 20% das mulheres que amamentam. Escolher o tratamento certo e fornecer informações e orientações terapêuticas para a mulher com mastite lactacional é de grande importância para assegurar o manejo adequado e prevenir o desmame precoce. Objetivo: Investigar a assistência prestada a mulheres com mastite lactacional em três hospitais de São Paulo. Método: Estudo transversal, multicêntrico, com coleta de dados retrospectiva, desenvolvido em três hospitais públicos ligados a Bancos de Leite Humano de São Paulo. Fizeram parte da amostra prontuários de mulheres atendidas entre janeiro de 2017 e dezembro do 2018. A coleta foi realizada no período de junho de 2020 a dezembro de 2021, por meio da plataforma RedCap. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e do teste Qui-Quadrado, associação foi significativa quando o valor de p foi menor que 0,05 (p<0,05). Resultados: Foram identificados 148 casos de mastite, a média da idade das mulheres foi de 27,25 anos (DP: ± 6,33), a maioria (59,7%, 77/129) tinha ≤ 8 semanas pós-parto, 50% (37/74) eram primíparas, 57,5% (75/113) tiveram parto vaginal e 82,6% (38/46) estava em aleitamento materno exclusivo. Quanto à mastite identificada, a maioria (88,6%, 124/140) era unilateral, a maioria das mulheres (68,3%, 69/101) apresentou persistência dos sinais e sintomas por ≥ 48 horas, 93,8% (136/145) relataram dor local, 77,2% (112/145) apresentaram mama inflamada/eritema, 72,9% (105/144) nódulo palpável, 33,3% (41/123) lesão mamilar e 11,7% (17/145) presença de exsudato. Foi identificado que 23,6% (35/148) das mulheres tiveram solicitação de ultrassom da mama, sendo 54,3% (19/35) com diagnóstico de abscesso mamário e 2,7% (4/148) com registro de cultura do leite materno. Sobre o manejo não medicamentoso realizado, apenas 49,3% (73/148) receberam esse tipo de tratamento, destas 46,6% (69/148) foram orientadas quanto aos cuidados com as mamas e 10,8% (16/148) das mulheres receberam orientação para manter a amamentação. Quanto ao tratamento medicamentoso, 71,6% (106/148) receberam antibioticoterapia e, destes, 64,2% (68/106) com antibiótico da classe das cefalosporinas e 39,2% (58/148) com prescrição de analgésicos. Conclusão: A assistência prestada às mulheres com mastite lactacional nos hospitais estudados mostrou-se deficiente, com baixa valorização da dor e prescrição de analgésicos, assim como das orientações para o manejo não farmacológico da mastite lactacional.