Navegando por Palavras-chave "Hyppocampal formation"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Caracterização eletrofisiológica dos padrões de atividade epileptiforme gerados pela formação hipocampal de pacientes com epilepsia temporal mesial resistente a fármacos antiepilépticos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-05-08) Garcia, Selvin Zacarias Reyes [UNIFESP]; Cavalheiro, Esper Abrao [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9867636928092492; http://lattes.cnpq.br/2724432307893523; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Estudos eletrofisiológicos in vitro em tecido humano têm se dedicado a avaliar a atividade epileptiforme na região do giro dentado, subículo e corno de Amon 2 do hipocampo humano, áreas que apresentam maior resistência à perda neuronal na epilepsia do lobo temporal associada à esclerose hipocampal. No entanto, ainda é desconhecido se as outras regiões da formação hipocampal também geram padrões de atividade epileptiforme. Aqui, investigamos as atividades populacionais do subículo, CA1, CA2, CA3, CA4 e giro dentado do hipocampo esclerótico de 30 pacientes com epilepsia do lobo temporal sistente a fármacos por eletrofisiologia in vitro, 143 fatias do hipocampo humano foram avaliadas. Seis padrões de atividade epileptiforme foram observados: eventos tipo interictal (49,0%); espículas periódicas ictais (18,2%); atividade tipo crises (22,4%); atividade tipo depressão alastrante (4,2%), atividade tipo crises tônica (1,4%) e não atividade epileptiforme (4,9%). Foi observada uma susceptibilidade diferente para gerar atividade epileptiforme entre as regiões do hipocampo, o giro dentado foi a região mais susceptível (43,4%), seguido do subículo (19,1%), CA4 (14%), CA1 (8,8%), CA2 (7,4%) e CA3 (7,4%). A incidência do padrão de atividade epileptiforme foi associada a regiões específicas da formação hipocampal; assim, os eventos tipo interictal foram predominantemente induzidos na área CA3 e CA4, espículas periódicas ictais no subículo, bem como na área CA2, e eventos tipo crise no giro dentado. Além disso, observou-se que cada região da formação hipocampal processa a atividade elétrica de uma maneira particular, desde que uma faixa de frequência específica foi observada na atividade epileptiforme gerada por cada área, sugerindo que as regiões do hipocampo geram as suas próprias oscilações de frequência na sinalização patológica epileptiforme. Neste estudo também foi investigado o padrão histopatológico de perda neuronal e a largura da camada granular no giro dentado nos espécimes do hipocampo, mas diferença estatística não foi observada entre dados histopatológicos com informações eletrofisiológicas e clínicas. Em conclusão, mostramos pela primeira vez que a atividade epileptiforme pode ser induzida nas diferentes regiões da formação hipocampal, mesmo em regiões que são severamente afetadas pela perda neuronal na epilepsia do lobo temporal associada à esclerose hipocampal. Estes achados com tecido humano podem-nos permitir abordar estudos futuros para investigar o papel específico das diferentes regiões do hipocampo na geração da atividade epileptiforme, além de poder obter informações sobre a dinâmica das redes envolvidas na transição da geração de crises epilépticas, assim como a fascinante possibilidade de investigar novos fármacos antiepilépticos diretamente no tecido humano.