Navegando por Palavras-chave "Hybridization"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise cromossômica em lagartos sexuados e partenogenéticos do gênero Loxopholis (Squamata: Gymnophthalmidae), com ênfase no complexo L. percarinatum e L. ferreirai de municípios do Rio Negro, Amazônia(Universidade Federal de São Paulo, 2022-01-28) Goes, Gabriela Farias de [UNIFESP]; Pellegrino, Katia Cristina Machado [UNIFESP]; Brunes, Tuliana Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9171734528043729; http://lattes.cnpq.br/2943679523037970; http://lattes.cnpq.br/8148787271281387O complexo de espécies Loxopholis percarinatum reúne lagartos pequenos partenogenéticos diploides e triploides e espécies sexuadas novas ainda não descritas que ocupam o folhiço das florestas neotropicais da América do Sul. A abordagem citogenética é bastante adequada para a caracterização de diferenças em níveis de ploidia, bem como no entendimento da origem da partenogênese e dos potenciais parentais envolvidos na hibridização. Um estudo molecular recente demonstrou que o ancestral paterno de L. percarinatum 2n seria o ancestral de L. ferreirai, espécie também endêmica da região do Rio Negro e que ocorre em florestas de Igapó. O presente estudo teve como objetivo principal determinar a ploidia de indivíduos do complexo Loxopholis percarinatum, incluindo fêmeas unissexuais e os bissexuais parentais de localidades ao longo do Rio Negro na Amazônia brasileira. Adicionalmente, investigou-se os cariótipos de L. ferreirai de novas localidades da região do médio Rio Negro para além da área de endemismo da espécie. As preparações cromossômicas obtidas diretamente do epitélio do intestino e testículos foram analisadas em coloração convencional e diferencial (AgNO3 e bandas C). De um total de 46 fêmeas partenogenéticas analisadas, foi confirmada a ploidia de 20 em 10 novas localidades. Cerca de 85% das fêmeas apresentaram cariótipo com 3n=66 (30 macrocromossomos - M + 36 microcromossomos - m) em Rorainópolis-RR, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro (AM). A diferença na morfologia dos três primeiros (M) dos cariótipos 3N reforça a origem híbrida dessas fêmeas uni-3N. Em 15% das fêmeas, foi observado cariótipo 2n=44 (20M+24m) em Novo Airão-AM e na localidade-tipo Peixe-Boi-PA. Fêmeas uni-2N possuem Ag-RONs em par de (m), enquanto as uni-3N mostraram marcação da RON em um único (m), sugerindo possível expressão uniparental de genes. Os machos da nova espécie bissexuada exibiram células meióticas compatíveis com o cariótipo de 2n=44 (20M+24m). Em L. ferreirai foi observado o cariótipo 2n=44 (20M+24m) e presença de RONs heteromórficas em um par de (m), além de bandas C positivas fracamente marcadas em regiões pericentroméricas e teloméricas. Não foram observados cromossomos sexuais diferenciados em nenhum dos cariótipos. Nossos achados indicam que a citogenética é uma abordagem importante para a identificação do limite das espécies unissexuais do complexo L. percarinatum com diferentes níveis de ploidia.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Cariótipos e evolução cromossômica de lagartos da subfamília Teiinae (Teiidae) com contribuições sobre a partenogênese(Universidade Federal de São Paulo, 2022-09-23) Castello, Rodrigo Jardim [UNIFESP]; Pellegrino, Katia Cristina Machado [UNIFESP]; Brunes, Tuliana Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9171734528043729; http://lattes.cnpq.br/2943679523037970; http://lattes.cnpq.br/5119556912845489Os estudos citogenéticos em lagartos da subfamília Teiinae (Teiidae) ainda são restritos a menos de 50% das espécies conhecidas, sendo a maioria baseado em coloração convencional. Essa abordagem permite identificar variações cromossômicas espécie-específicas úteis à sistemática e taxonomia, principalmente de grupos complexos, bem como na compreensão sobre a evolução cromossômica e origem de espécies assexuadas. Estas espécies partenogenéticas são formadas principalmente por eventos de hibridização e, em Squamata, a maioria pertence à subfamília Teiinae. Este trabalho pretendeu ampliar a caracterização dos cariótipos de espécies sexuadas e partenogenéticas de Teiinae, assim como discutir a evolução cromossômica da subfamília e seus gêneros num contexto filogenético. Foram amostradas nove espécies e quatro novas linhagens de Ameivula, Cnemidophorus, Glaucomastix e Kentropyx em coloração convencional e diferencial (AgNO3 e Banda C) e para reconstruir o número de cromossomos e estrutura do cariótipo ancestral de Teiinae, foi empregado o software ChromEvol v.2.0 e a função rayDisc (pacote CorHMN) no software R. Dentre as linhagens sexuadas, Ameivula apresentou 2n=50 e NF=86, G. itabaianensis 2n=48/50 e NF=80, e Kentropyx 2n e NF=50; e a constrição secundária e AgRON foram observadas na região distal do braço longo de ambos os homólogos dos pares 5, 5 e 1, respectivamente. Nas linhagens assexuadas de provável origem híbrida A. aff. nativo apresentou 2n=49 (NF=78), A. nativo 2n=48 (NF=72) e C. cryptus 2n=50 (NF=51) todas com heteromorfismos em diferentes pares e a constrição secundária e AgRON ativa na região distal do braço longo de apenas um homólogo dos pares 4, 3 e 1, respectivamente. Marcações bandas C positivas foram observadas em regiões centroméricas e teloméricas de Ameivula e Kentropyx, não havendo cromossomos parcial ou totalmente heterocromáticos em G. itabaianensis. A reconstrução do número e estrutura inferiu que o cariótipo ancestral de Teiinae possuía 2n e NF=50 com RON no par 1 e de Ameivula e Glaucomastix 2n=50, NF=86 e RON no par 5. Os cariótipos descritos confirmam a amplitude cariotípica de Teiinae (2n=46 a 56), não sendo encontradas variações espécies-específicas na AgRON e Bandas C. O cariótipo conservado das espécies sexuadas de Ameivula na Caatinga pode ser decorrente de fluxo gênico frequente, com formação de híbridos não partenogenéticos. O cariótipo de G. itabaianensis é o segundo descrito para o gênero e sugerimos uma possível presença de cromossomos B, embora análises complementares sejam ainda necessárias. A dominância nucleolar foi constatada nas espécies partenogenéticas, as quais provavelmente devem estar expressando a cópia materna do DNAr. Adicionalmente, os heteromorfismos cromossômicos e a reconstrução da ploidia e estrutura do cariótipo ancestral de A. nativo e C. cryptus trazem contribuições que apoiam a hipótese de hibridização para a origem dessas partenoformas. Com base nas reconstruções, hipotetizamos que a evolução cromossômica de Teiinae ocorreu principalmente por meio de fissões cêntricas e inversões pericêntricas, onde o número de braços é o caráter mais variável entre os gêneros e alguns grupos de espécies em Teiinae. Futuras abordagens utilizando técnicas de citogenética molecular, poderão revelar evidência de variações espécie-específicas e permitir uma melhor compreensão sobre os rearranjos nos cariótipos das espécies sexuadas e partenogenéticas que moldaram a evolução cromossômica de Teiinae.
- ItemSomente MetadadadosOrigem e diversificação do lagarto partenogenético Loxopholis percarinatum (gymnophthalmidae: ecpleopodini), um complexo de espécies endêmico da Amazônia(Universidade Federal de São Paulo, 2016-11-22) Silva, Andre Robson Justino da [UNIFESP]; Pellegrino, Katia Cristina Machado [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)The small lizards of the genus Loxopholis inhabit the leaf litter of Central and South America tropical forests. The genus includes 10 bisexual species and the unisexual L. percarinatum, the latter widely distributed throughout the Amazon forest. Previous studies based on a small sample (N=20) suggested that L. percarinatum is a species complex with diploid (2n=44) and triploid (3n=66) lineages. Recently, the first males were described from two populations of L. percarinatum at the northwestern Amazon, suggesting the existence of bisexual populations in the complex. Until now, the origin of parthenogenesis of L. percarinatum it is not clear. This study aims to expand the previous works in number of individuals, geographical localities sampled and nuclear markers analysed, in order to: i) reconstruct the phylogenetic relationships among the unisexual 2n and 3n lineages with the bisexual populations, as well as between the complex and the remaining species of Loxopholis, advancing in the comprehension about the origin of parthenogenesis in the L. percarinatum species complex; ii) characterize the genetic divergence of the species complex; e iii) investigate the genetic and geographic structure of the 2n and 3n lineages. Sample consisted of 98 specimens of L. percarinatum from 56 localities of Brazil and two from French Guiana, and also eight species of Loxopholis (guianense, ferreirai, hexalepis, osvaldoi, parietale, snethlageae, rugiceps e southi). Partial sequences from mtDNA (NADH4 + tRNA histidine: 682bp) and nuclear DNA (NT3 and KIAA2018: 1085bp) were obtained. Phylogenetic analyses included Bayesian Inference and Maximum Likelihood, and haplotype genealogies and genetic divergence (pairwise distance) were estimated. The mtDNA recovered three main well-supported lineages: unisexual 2n (Uni/2n), unisexual 3n (Uni/3n) e bisexual with two sub-lineages (Santa Isabel do Rio Negro e Rio Jufari, AM). The bisexual populations ascribed to L. percarinatum were grouped sister to the Uni/3n lineage, with high support. Large mtDNA genetic divergences between the unisexual and bisexual (8.8%) and between the 2n and 3n (10.3%) lineages corroborate the ancient process of diversification for this species complex. Both mtDNA and nDNA greatly suggest that specimens from Santa Isabel do Rio Negro represent a potential new species, contrary to a previous study based on morphology. This still undescribed species and assigned to the bisexual 2n (Bis/2n) lineage, seems to be related to the origin of the parthenogenesis, being the maternal parent of both Uni/2n e Uni/3n lineages. The combined analyses of nDNA regions indicated L. ferreirai and L. hexalepis as the closest species to the L. percarinatum complex; the former as a potential paternal parent. Finally, hypotheses implying hybridization events of those mentioned species are herein proposed, however a spontaneous origin of the parthenogenetic L. percarinatum species complex cannot be rejected.