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- ItemAcesso aberto (Open Access)A compreensão de ensinar para profissionais de Educação Física atuantes em academias de ginástica(Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-17) Cruz, João VItor [UNIFESP]; Oliveira, Rogério Cruz de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5847188428462650; http://lattes.cnpq.br/9696025844802980; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O ensinar se constitui como cerne de uma proposta educativa em Educação Física, no entanto, a mercantilização das práticas corporais no contexto das academias de ginástica parece limitar a proposta. Posto a problemática, o estudo teve como objetivo analisar a compreensão de ensinar para professores de Educação Física atuantes em academias de ginástica e compreender os desdobramentos da compreensão de ensinar dos mesmos na sua prática profissional. O trabalho foi submetido ao comitê de ética sob CAAE no 59384222.6.0000.5505 e todos os participantes assinaram um Registro de Consentimento Livre e Esclarecido (RCLE). Trata-se de uma pesquisa descritiva com caráter qualitativo, que busca elucidar questões particulares de determinado contexto. O estudo foi desenvolvido em uma academia de um bairro emergente em Santos - SP. Participaram 4 profissionais de Educação Física que assinaram o termo de consentimento, sendo três homens e uma mulher. Como critérios de inclusão os participantes deveriam trabalhar apenas na profissão, não atuar em modalidades coletivas no estabelecimento e possuir mais de 18 anos. Para produção de dados, utilizou-se a observação participante que na linha de Geertz (1989) considera-se importante não só olhar, mas vivenciar essa realidade com os atores. Além disso, foi utilizado a entrevista estruturada como instrumento de coleta de dados. Foi utilizado um diário de campo para anotar a dinâmica das aulas a partir de um roteiro de observação que para fins deste estudo abarcou observar os conteúdos e suas respectivas estratégias metodológicas. As entrevistas foram feitas no último mês de observação após convite e aceite dos participantes. Os professores trabalhavam em duas modalidades de aula: o Treinamento Personalizado [TP] – máximo 3 alunos/hora - e a Musculação Plus [MP] - até vinte alunos independente do horário. A compreensão do ensinar para professores das academias de ginástica está ligada aos conceitos de formação, sociabilidade e produtividade que dão nome às respectivas características desse ponto do estudo. Os conceitos atrelados ao ensinar podem remeter perspectivas do ensinar mais críticas, no entanto, algumas dinâmicas de aula atravessaram, também, nuances tradicionais. Com base nos dados, em relação às possibilidades de ensino, é possível vinculá-las à disponibilidade da academia, disponibilidade dos alunos, treinamento profissional e disponibilidade do professor. Ambos serviços da academia aparentam se legitimar principalmente dentro do paradigma biomédico de produção de saúde que pode considerar ou não particularidades dos alunos. As relações de trabalho, marcadas pelos papéis que o palco das academias de ginástica pode apresentar influenciam os vínculos consolidados. É possível que os vínculos possam contribuir para mobilizar o ensinar a uma perspectiva mais emancipatória, no entanto, o prognóstico é que estes por si só não são 4 capazes de possibilitar sozinhos essa mobilização. Mais do que isso, fatores como a formação profissional e melhores condições de trabalho soam importantes, esta segunda parece contrastante com os caminhos que a indústria do fitness tem tomado.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Significados que mulheres com sobrepeso atribuem as academias(Universidade Federal de São Paulo, 2021-08-23) Santos, Gabriela Albino [UNIFESP]; Costa-Rodrigues, Emília Amélia Pinto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4159801560618581; http://lattes.cnpq.br/7437533131087613; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O corpo feminino tem sido estereotipado e o padrão imposto são das imagens midiáticas das mulheres magras. Essa imposição social vem gerando grande impacto na autoestima e saúde das mulheres, gerando insegurança, devido a isso, elas criam uma imagem e expectativas ao ambiente das academias, se baseando nos significados que ela apropria daquilo que vivencia e/ou daquilo que ouve. Sendo assim, é importante aprofundar os estudos acerca do que essas mulheres sentem de impeditivos ou estimulantes, acolhedores ou não das práticas de atividade física nas academia. Desta maneira, o objetivo geral deste estudo consistiu em analisar os significados que as mulheres com sobrepeso atribuem às academias. Os objetivos específicos são: Compreender as emoções e sentimentos das mulheres em relação aos seus corpos e a prática da atividade física(AF); Investigar a importância que as mulheres dão à saúde e a estética e suas relações com a prática da atividade física. Para tanto, foram selecionadas mulheres maiores de 18 anos, com IMC ≥ 25, que não apresentam nenhum tipo de lesão que impossibilite a prática de atividade física. Foi elaborado um questionário, divulgado via internet através das redes sociais whatsapp, facebook e instagram, A coleta de dados se deu através de questionário online, via Google Forms, que abordou a relação delas com a atividade física, academia e a relação com seus corpos, retiramos algumas questões do Questionário sobre a imagem corporal (BSQ), outro instrumento utilizado foi a escala de silhueta para adultos, os dois conjuntamente avaliaram o grau de (In)satisfação corporal das voluntárias. 42 mulheres responderam ao questionário online, maioria (13) entre seus 40 a 50 anos. 23 apresentam quadro de obesidade e 19 com sobrepeso. A maior parte das participantes reside no estado de São Paulo, principalmente da cidade de São Bernardo do Campo. As medidas de distanciamento social devido à pandemia de COVID-19 causaram um aumento de quase 20% de pessoas que passaram a não praticar AF e 21,43% das pessoas passaram a realizar em casa. Os principais motivadores que levaram a realizar AF foram saúde 92,5% e emagrecimento 72,5%. Sentimentos positivos são gerados quando praticam AF, mas também quando não conseguem se sentem principalmente culpadas 61%. Os motivos mais destacados por desistirem de frequentar academia foram financeiro 38,46% e não gostar do ambiente 33,3%. Observou-se que 52,38% das participantes apresentam sentimento de não pertencimento ao ambiente da academia, destacando por relatos, os olhares preconceituosos, desconforto com o ambiente e falta de atenção e acolhimento por parte dos profissionais de educação física. Evidenciou-se uma elevada insatisfação corporal através dos resultados do BSQ adaptado e da escala de silhuetas para adultos, sendo que 95,12% desejam ter uma silhueta menor que a atual. Conclui-se que a elevada insatisfação corporal parece contribuir para a existência de impedimentos emocionais e sociais e que devem ser levados em consideração na prática de AF dentro das academias e no atendimento ao público feminino com sobrepeso e obesidade.