Navegando por Palavras-chave "Estigma"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)A educação de jovens e adultos e suas relações com práticas excludentes: retratos com base no programa de residência pedagógica(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-04) Melo, Sidney dos Santos [UNIFESP]; Freitas , Marcos Cezar de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6855478178963979; http://lattes.cnpq.br/0613253564408029Este Trabalho de Conclusão de Curso - TCC é um relato de experiência vivenciado em uma escola de Educação de Jovens e Adultos no bairro dos Pimentas em Guarulhos/SP com uma turma de educandos(as) com idades superior aos 40 anos. Trata-se da imersão e das escrevivências através da rememoração do que ali, na sala de aula, vivenciamos. Analisamos neste trabalho práticas exclusivas e segregacionistas ditas inclusivas, numa sociedade neoliberal que abraça o discurso da diversidade e diferença, mas exige o máximo de eficiência, perfeição e resultados iguais de todos a todo instante. Esse enredo está entrelaçado e atravessa a minha trajetória acadêmica no curso de Pedagogia na Universidade Federal de São Paulo enquanto discente e futuro docente.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise qualitativa e quantitativa das narrativas de pessoas com Epilepsia(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2019-11-20) Contier, Ana Teresa Ribeiro [UNIFESP]; Cavalheiro, Esper Abrao [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9867636928092492; http://lattes.cnpq.br/6417065027928537; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Purpose: The purpose of this study was to analyze how people with two well-defined epilepsies, mesial temporal lobe epilepsy related to hippocampal sclerosis (MTLE/HS) and juvenile myoclonic epilepsy (JME), give meaning to the experience of stigma and the complications of seizures. Methods: Thirty-three participants (n=19, MTLE/HS) were investigated, through their clinical and psychosocial parameters, emotional ratings related to narratives arising from two questionnaires: a first-person perspective questionnaire centered on the experiences felt directly by the participants and a third-person perspective questionnaire focused on the participant's perception of the experiences of other people with epilepsy (PWE). Thematic analysis was applied to the narratives and the nonparametric Mann-Whitney U test was used for clinical data and emotional ratings related to the narratives. Results: 201 narratives were collected. Twelve typologies were identified. Only JME group participants produced “Epilepsy as part of life” narratives. Statistically significant differences in the emotional ratings between stigma and seizure complications narratives were found for the JME group (U = 675, p-value = 0.040). In the third-party experience questionnaire among the MTLE group, the ratings of their own emotions had a significantly lower median compared to JME (U = 2570; p-Value = 0.001). Conclusion: The identification of narrative typologies could have clinical value as it could lead to a better understanding of recurrent difficulties faced by patients. Even though the experiences reported by the participants had inherent subjectivity, statistically significant patterns in the emotional ratings still emerged.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Aplicação do programa Amigos da Demência para a comunidade da Universidade Federal de São Paulo: estudo piloto(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-28) Cezarino, Gabriela Pereira [UNIFESP]; Mattos, Emanuela Bezerra Torres [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3746624378040152; http://lattes.cnpq.br/8829876694389690; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução. O envelhecimento populacional tem levado a um aumento significativo na incidência da demência, afetando a vida dos indivíduos acometidos e também de seus familiares e cuidadores, trazendo desafios consideráveis como os estigmas e o isolamento. Inspirado no modelo inglês Dementia Friendly Community, o Programa “Amigos da Demência” visa melhorar a qualidade de vida das pessoas com demência por meio da criação de um ambiente mais acolhedor e inclusivo. Objetivo. Avaliar a aplicação da sessão piloto do programa Comunidade Amiga da Demência, realizada na comunidade da Universidade Federal de São Paulo. Metodologia. A Sessão Amigos da Demência na UNIFESP/Campus Baixada Santista, realizada em novembro de 2023, atraiu participantes via grupos de WhatsApp. As inscrições online com consentimento informado precederam a sessão, que foi avaliada por questionários pré e pós-sessão. Todos os dados foram tabulados em planilha Excel. Resultados e Discussão. As participantes foram mapeadas quanto à proximidade com a demência e avaliadas quanto ao seu conhecimento sobre, revelando equívocos, como a crença de que toda demência é do tipo Alzheimer e está associada ao envelhecimento saudável. Os resultados da aplicação do piloto foram positivos, destacando o impacto e a importância de programas como o Amigos da Demência para diminuir barreiras e criar uma comunidade compassiva. Conclusão. É notório o quanto o estigma público associado à demência está relacionado a desinformação e a importância de programas sociais direcionados a demência para a criação de uma comunidade mais acolhedora e empática. Apesar de suas limitações, o piloto apresentou impactos positivos em seus participantes e sua expansão é necessária para avaliar e aprimorar seus efeitos, podendo gerar contribuições favoráveis à comunidade.
- ItemEmbargoAvaliação da implementação da Comunidade Amiga da Demência em Santos: um estudo piloto(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-06) Meneghetti, Giulia [UNIFESP]; Rebello, Giulia Meneghetti [UNIFESP]; Mattos, Emanuela Bezerra Torres [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3746624378040152; http://lattes.cnpq.br/3624684414271482; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento da demência. Esta condição afeta as funções cognitivas, pode acarretar alterações de comportamentais e gerar dependência gradual na medida em que evolui. A cidade de Santos tem o percentual de 21,21% de pessoas idosas entre os habitantes, sendo de grande importância projetos que agreguem conhecimento e redução ao estigma associado a doença. Objetivo: Implementar o projeto piloto “Comunidade Amiga da Demência” na Universidade Federal de São Paulo campus Baixada Santista. Método: O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo. Em seguida, foi divulgado junto à comunidade acadêmica para que os interessados se inscrevessem via link de formulário. O estudo aconteceu no período de março a outubro de 2024. Os critérios de inclusão foram: ter idade igual ou superior a 18 anos, trabalhar e/ou estudar na UNIFESP/Baixada Santista e não ter tido disciplinas relacionadas à demência, mas através do acesso contínuo do conteúdo. A sessão informativa teve duração de 1 hora. Todos os participantes receberam um link pré e pós sessão para colher informações sociodemográficas e de conhecimento sobre a demência. Todos os resultados foram tabulados em planilha Excel e analisados estatisticamente. Resultados: Participaram 12 pessoas. Após a sessão informativa, pode-se interpretar uma mudança positiva na percepção das participantes sobre a demência. A análise quantitativa trouxe que, após a sessão, a maioria dos participantes reconheceu a capacidade das pessoas com demência de realizar atividades diárias e a importância da inclusão das pessoas com demência e cuidadores no meio social. Conclusão: O programa Amigos da Demência é uma importante tecnologia social para a promoção de conscientização e inclusão de pessoas com demência, evidenciando a necessidade de políticas públicas e ações comunitárias para o melhor bem-estar desse grupo na sociedade.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Caracterização das mulheres usuárias de crack no Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2021-02-23) Lázaro, Alana Mahara da Silva [UNIFESP]; Nappo, Solange Aparecida [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4675292090990088; http://lattes.cnpq.br/9077524518008310Pessoas que usam crack são um grupo específico entre as modalidades de uso de cocaína, de forma que a literatura considera danos ampliados e maior condição de marginalização para esse grupo. As mulheres usuárias apresentam comportamentos de risco, como a troca de sexo por droga, que as colocam em situação de extrema vulnerabilidade, sofrendo marginalização entre os próprios usuários. Sendo o olhar sobre as especificidades de gêneros necessário para um melhor aporte quanto a saúde dessas usuárias, o presente trabalho foi elaborado com o objetivo de realizar uma revisão da literatura entre os anos de 2010 à 2020 gerando uma abordagem acurada para esse grupo. Foram explorados temas como: tratamento, assistência e prevenção de riscos, baseando-se em objetivos específicos quanto à epidemiologia, o início do uso, meios de obtenção da droga, consequências para a saúde da usuária, efeitos sociais, gravidez, maternidade e visão da sociedade. Evidenciou-se que a abordagem com a visão de gênero e uma busca pela origem dos padrões vivenciados por essas mulheres não são comuns. Foi percebida uma necessidade de atenção à saúde mental, contracepção e educação sexual. As mulheres usuárias de crack vivem em um contexto de vulnerabilidade e submissão antes, durante e após a dependência química. Essa pesquisa pode contribuir com uma visão abrangente da vivência das mulheres usuárias de crack no Brasil para a sociedade e servir de base para o desenvolvimento de novas pesquisas, como nas lacunas que encontramos em relação as consequências sociais enfrentadas por esse grupo, contracepção, vivência das usuárias que doam seus filhos e trabalho contra a visão estigmatizada entre profissionais da saúde que lidam com essas mulheres.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Ciranda na prisão: o direito à infância das crianças filhas da população carcerária(Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-01) Modestino, Eloisa Torrão [UNIFESP]; Serrão, Célia Regina Batista [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5786181991530429; http://lattes.cnpq.br/1973905316192590Este trabalho deriva do projeto de Iniciação Científica e faz parte do projeto de extensão Ciranda na prisão: o direito à infância das crianças filhas da população carcerária, junto ao Observatório dos Direitos Educativos da População Carcerária da Universidade Federal de São Paulo. O estudo encontra-se também circunscrito na interseção dos campos de pesquisa sobre a Infância e o Sistema Prisional. Tem por objetivo geral conhecer e visibilizar a infância das crianças filhas e filhos da população carcerária por meio da identificação dos elementos que constituem e caracterizam a infância desses sujeitos mediante a escuta de pais, mães e/ou responsáveis participantes de organizações que assistem familiares da população carcerária, tal como a Associação de Amigos/as e Familiares de Presos/as (AMPARAR) e da escuta, por meio de brincadeiras, jogos e conversas com crianças que visitam seus familiares quinzenalmente na Penitenciária José Parada Neto, localizada em Guarulhos. Essa pesquisa foi desenvolvida em três etapas: sendo a primeira o levantamento e os estudos do referencial teórico sobre a temática Infância e Sistema Prisional. Tratou-se da revisão da literatura para a produção de aporte teórico-metodológico inicial. O segundo momento foi dedicado à pesquisa documental e bibliográfica sobre o tema da pesquisa e análise dos materiais localizados: i) nas páginas oficiais dos órgãos governamentais, de âmbitos nacional e estaduais, responsáveis pelos dados da população carcerária; ii) no acervo documental da AMPARAR, e iii) nas plataformas da Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo). A terceira etapa foi realizada com a participação de membros e membras da AMPARAR e com as crianças que visitam seus familiares na Penitenciária José Parada Neto. Nas entrevistas, buscamos compreender a percepção dos adultos sobre o cotidiano das crianças em casa e durante as visitas, assim como a percepção sobre seus desejos e necessidades diante da situação social que enfrentam. Já nas conversas e brincadeiras com as crianças buscamos depreender sobre seus sentimentos e percepções a respeito do contexto que vivem e sua relação com o sistema prisional. Os resultados apontam tanto para o reconhecimento sobre a importância de manutenção de vínculos entre as crianças e seus familiares privados de liberdade, como para a necessidade de construção de espaços e práticas específicas para receber as crianças nos dias de visita, visto que do ponto de vista da percepção familiar e das crianças, estas desejam a manutenção dos vínculos e gostam de visitar seus pais e mães na unidade prisional. Apontam também para a necessidade de diálogo com as crianças sobre a realidade que vivenciam para melhor compreensão dos significados e sentidos que são atribuídos à condição de vida a qual estão inseridas, a fim de ampliar a produção de conhecimentos acadêmicos na área.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Corpo, sexualidade, estigma entre profissionais do sexo(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018) Adonis, Vanessa Priscilla Almeida [UNIFESP]; Silva, Cristiane Gonçalves da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0245338799993359; ; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este trabalho de conclusão de curso resulta de uma pesquisa realizada junto a três mulheres cisgêneras profissionais do sexo inseridas no mercado, há, pelo menos, 2 anos. A metodologia utilizada baseou-se numa abordagem qualitativa, realizando entrevistas semiestruturadas com profissionais do sexo que trabalham em circuitos da cidade de São Paulo. A justificativa do estudo pautou-se em desenvolver uma reflexão que buscou perceber como essa mulher se enxerga nas dimensões trazidas da condição de profissional do sexo. Assim, essa pesquisa teve como objetivo compreender como as profissionais do sexo entendem e enxergam seu próprio corpo, não apenas em sua constituição anatômica, mas buscando entender os significados e representações subjetivas, construídas socialmente. A pesquisa buscou também compreender como vivem e entendem sua sexualidade e como significam sua existência e compreendem o estigma relacionado à profissão. Com base nas entrevistas e reflexões, um dos objetivos foi elaborar uma proposta de oficina educativa com mulheres profissionais do sexo, buscando problematizar temas de gênero, sexualidade e corpo que possa compor a prática profissional da fisioterapia, agregando dimensões culturais e sociais para discutir a genitália feminina a partir das experiências das próprias mulheres, para que possam conhecer melhor o próprio corpo, inclusive anatomicamente. Os resultados do estudo revelaram que as participantes não tinham afinidade com os termos sexualidade e genitália. Todas valorizam e investem no corpo a partir do modelo padrão vigente e o entendem como central para a profissão. O estigma revelou-se no fato de duas delas esconderem a profissão das pessoas de seu convívio como uma forma de se proteger. O trabalho também possibilitou elaborar uma proposta educativa para a prática profissional e alguns elementos da vida das mulheres profissionais do sexo
- ItemAcesso aberto (Open Access)Esquizofrenia e participação social: a percepção do portador em relação ao estigma e discriminação(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2010-01-27) Pimentel, Fernanda de Almeida [UNIFESP]; Jorge, Miguel Roberto [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Studies show attitudes and discriminatory behaviors of the general population in relation to people who have schizophrenia. Moreover, anticipated discrimination and self stigma lead to feelings of devaluation, and contribute for a negative perception of themselves and their illness leading to increased isolation and poor self esteem. Stigma and discrimination harm the users´ life and have negative effects in their social participation. Objective: To examine the phenomenon of discrimination, both experienced and anticipated, in the everyday life of people who have schizophrenia. Methods: The study was carried out in São Paulo, with 50 users at the Schizophrenia Program (PROESQ) of the Federal University of São Paulo and at the Orientation Services in Schizophrenia (S.O.eSq.) of the Brazilian Schizophrenia Association (ABRE). Study design: A transversal cohort with a convenience sample, through the application of a semistructured questionnaire “Discrimination and Stigma Scale – DISC-10, developed by Thornicroft et al. (2009), translated to Portuguese and culturally adapted to Brazilian socio-cultural reality. The scores for the analysis of the answers of the questionnaire were divided according to the categories of lived discrimination perceived as disadvantageous, indifferent, and advantageous, and of the presence or the absence of anticipated discrimination and self stigma. Results: People with schizophrenia perceived their experience of lived discrimination as indifferent more than disadvantageous or advantageous. Negative discriminatory attitudes (disadvantageous) were perceived mainly as a result of having the diagnosis of schizophrenia, in their relationship with relatives and in making or maintaining friends. Experiences of positive discrimination (advantageous) were rare. People with schizophrenia who had been involuntarily admitted do hospital, in the majority of situations, perceived their experiences of discrimination as disadvantageous. In relation to anticipated discrimination and self stigma, users reported having experienced it in association with feeling the need to hide the diagnosis of the mental illness, giving up to competing or in applying for work, apprenticeship or study, giving up searching for a relationship or in keeping an intimate relationship, and in giving up doing something important due to the diagnosis of mental illness. Users who have been involuntarily admitted a psychiatric hospital felt more disrespected, humiliated or punished in their contact with mental health professionals. However, they didn’t experience in any aspect, a denial of the social benefits or social security that they were entitled to. Moreover, users that felt disrespected, humiliated or punished in their contact with mental health professionals described more experiences of disadvantageous discrimination. The study found a positive association between the presence of anticipated discrimination and self stigma and the experience of discrimination felt as disadvantageous. Being involuntarily admitted to a psychiatric hospital increased almost seven times the chance of the discrimination experienced as disadvantageous. Conclusions: We found that users perceive stigmatized and discriminatory attitudes in several domains of life and experiment self stigma, and that these experiences have a negative impact in their opportunities of social participation. The present study contributes to affirm the importance of the users` view in the planning of actions to address these issues, having them as active participants in such process.
- ItemEmbargoEstigma e autocompaixão em familiares cuidadores de pessoas com demência(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-25) Faria, Maria Gabriela Naponuceno de [UNIFESP]; Horta, Ana Lucia de Moraes [UNIFESP]; Faria, Marina Noto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8311947920849311; http://lattes.cnpq.br/6589995987863639; http://lattes.cnpq.br/3628291235775943Introdução: Com o aumento da longevidade da população brasileira, aumenta a incidência de enfermidades crônicas e degenerativas associadas à idade, como as demências. A família é a primeira linha de cuidado das pessoas com demência. A alta demanda por cuidado desses familiares pode trazer consequências negativas para a saúde de quem cuida, sendo um deles o estigma por afiliação. Estudos mostram que a autocompaixão apresenta potencial de melhorar a relação das pessoas com o estigma. Objetivo: O estudo buscou compreender, através da metodologia qualitativa, a percepção dos familiares cuidadores de pessoas com demência em relação ao estigma internalizado e a autocompaixão. Método: A pesquisa utilizou metodologia qualitativa, através da realização de entrevista individual semiestruturada com familiares cuidadores de pessoas com demência. O roteiro apresentou perguntas norteadoras abertas, com objetivo de gerar reflexão sobre o estigma e a autocompaixão. As entrevistas ocorreram de forma remota, via Google Meet e tiveram seu áudio gravado com a permissão dos participantes. Posteriormente, as gravações foram transcritas na íntegra e submetidas à análise de conteúdo com o auxílio do software NVivo. Resultados: Foram concebidas 3 categorias: Experiência de ser um cuidador familiar de pessoa com demência; Percepções sobre autocompaixão; Percepções sobre estigma.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Estigma na Demência: estudo exploratório na perspectiva de munícipes da Baixada Santista(Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-15) Melo, Beatriz Delgado de [UNIFESP]; Mattos, Emanuela Bezerra Torres [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3746624378040152; http://lattes.cnpq.br/3060940542309229; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O envelhecimento populacional é uma realidade ao redor do mundo. O aumento do número de idosos, chamado de transição demográfica, e a transição epidemiológica trouxe a mudança no padrão de doenças infectocontagiosas para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dentre as DCNTs, encontram-se os Transtornos Neurocognitivos, também conhecidos como demência. Esta é uma doença crônico-degenerativa, isto é, não possui cura e gera uma deterioração progressiva na saúde, sendo o aspecto cognitivo o mais afetado. A progressão e sintomas da doença variam de acordo com o subtipo observado, dentre eles estão a Doença de Alzheimer (DA), Demência Vascular, Demência Frontotemporal e Demência de Corpos de Lewy. Além dos prejuízos para a autonomia do sujeito, há a influência do estigma relacionado à doença. Diante disto, torna-se necessário o estabelecimento de estratégias como a Comunidade Amiga da Pessoa com Demência, visando o aumento da qualidade de vida desta população. Objetivo: Compreender o estigma na demência na perspectiva dos munícipes da Baixada Santista. Método: A pesquisa foi desenvolvida por meio de um questionário disponibilizado no Google Docs, através de um link. Teve início após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de São Paulo e da Prefeitura de Santos. O questionário foi dividido em seções. Na primeira, constava o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e as demais abarcavam o perfil socioeconômico, questões sobre a demência e a comunidade amiga da pessoa com demência, respectivamente. Os dados foram tabulados em planilha de Excel e analisados estatisticamente. Resultados e Discussão: Participaram da pesquisa 184 pessoas, 82,1% eram mulheres, 29,9% com idade entre 18 a 29 anos, renda mensal total predominante (33,7%) foi de 3 a 5 salários mínimos, a maioria (64,7% com escolaridade ensino superior completo e principal município de residência sendo Santos (72,8%). Foram encontrados dados que confirmam a necessidade da implementação da comunidade amiga da pessoa com demência. Uma parcela significativa dos respondentes referiu não ter conhecimento prévio de tal estratégia. Considerações Finais: Foi possível concluir que a população da Baixada Santista vivencia os desdobramentos do estigma na demência, podendo se beneficiar de estratégias como a comunidade amiga da pessoa com demência, que visam a redução do estigma.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Estigma relacionado à demência no Brasil: conhecendo para intervir(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-14) Godoy, Carolina [UNIFESP]; Ferri, Cleusa Pinheiro [UNIFESP]; Oliveira, Déborah [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3232426949659754; http://lattes.cnpq.br/2524029270331859; http://lattes.cnpq.br/8192499147944180Introdução: Pessoas que vivem com demência frequentemente enfrentam estigma e discriminação. No entanto, existe uma escassez de pesquisas sobre esse tema em países de baixa e média renda, onde a maioria das pessoas com demência vivem. Objetivos: Este trabalho teve dois objetivos principais: explorar, por meio de uma análise secundária de uma base de dados existente, as crenças e atitudes em relação à demência na população brasileira (estudo 1); e contribuir para o desenvolvimento de uma intervenção anti-estigma relacionado à demência (estudo 2). Método: No estudo 1 foi realizada uma análise secundária de um banco de dados internacional da Alzheimer's Disease International (ADI) sobre o conhecimento e as atitudes em relação às pessoas que vivem com demência em quatro grupos: cuidadores, profissionais de saúde, pessoas que vivem com demência e o público geral. Foram utilizados dados do Brasil (n=2.907) para comparar esses diferentes grupos, além de utilizar a regressão logística para identificar características sociodemográficas dos participantes relacionadas aos diferentes domínios do estigma. Paralelamente, no estudo 2, foi delineada uma intervenção para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) com foco em educação e contato social, e estruturada para ser aplicada em grupo, com duração total de 9 horas. Resultado: No estudo 1 observou-se que um em cada três profissionais de saúde acredita que a demência faz parte do envelhecimento natural e consideram que não é importante fornecer um diagnóstico formal/explicito para pessoas que vivem com demência. Mais da metade do público geral acredita que outras pessoas não querem ser amigas de pessoas que vivem com demência, quase 32% dos cuidadores acreditam que indivíduos que vivem com demência representam perigo para outras pessoas, e mais de 30% dos cuidadores e profissionais de saúde consideram que há escassez de fontes confiáveis de informações sobre essa condição. Diferentes formas de estigma foram identificadas nos quatro grupos, mesmo com o alto nível de escolaridade dos participantes. No estudo 2, a intervenção anti estigma foi composta por conteúdos relacionados à demência e ao estigma, além de dinâmicas interativas para permitir que os participantes vivenciem de forma sociocognitiva e emocional os temas propostos. A simplicidade da linguagem foi uma preocupação central, visando apresentar os conteúdos de forma acessível e facilitar a compreensão dos ACS. O protocolo para um estudo de viabilidade desta intervenção foi gerado. Conclusão: O estudo 1 alerta que o estigma relacionado à demência é alto no país e pode ser ainda maior do que o que foi encontrado neste estudo. Isso reforça a importância de se aumentar o conhecimento sobre a demência na sociedade como um todo e ampliar os estudos na área, com melhor representação das características da população brasileira. Os resultados deste estudo podem contribuir para o direcionamento das mudanças necessárias tanto nos serviços destinados ao cuidado centrado nas pessoas com demência e seus familiares como no desenvolvimento de novos serviços e de políticas públicas. Neste sentido, espera se que a intervenção elaborada no estudo 2, cujo desdobramento será um estudo de viabilidade, mostre os seus benefícios para mudanças de atitudes e comportamentos dos ACS, com implicações diretas e indiretas tanto na qualidade do cuidado oferecido por esses profissionais, como no aumento do reconhecimento, realizado por eles, de casos existentes de demência em seus territórios.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Estigma social, inclusão social e reinserção no mercado de trabalho após o transplante de órgãos e tecidos(Universidade Federal de São Paulo, 2022-08-18) Arakaki, Edson [UNIFESP]; Roza, Bartira de Aguiar [UNIFESP]; Schirmer, Janine [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3721636964139813; http://lattes.cnpq.br/9255434835123749; http://lattes.cnpq.br/2349934110267445Estudos anteriores analisaram a associação entre dados demográficos e o retorno ao trabalho após o transplante de órgãos e tecidos. Até o momento, as relações entre a qualidade de vida, a situação laboral após o transplante, assim como a percepção de estigma, que podem interferir com o retorno ao trabalho e a qualidade de vida, não foram descritas. O objetivo deste estudo é avaliar a inserção laboral do transplantado, a associação da percepção do estigma social e a qualidade de vida com dados demográficos. Método: Trata-se de estudo prospectivo, observacional para estabelecer associação entre estigma e qualidade de vida de pacientes transplantados membros da Associação Brasileira de Transplantados (ABTx). As variáveis foram coletadas por meio de questionários sociodemográficos, de qualidade de vida (SF-36) e uma escala de percepção de estigma, entre julho e setembro de 2021. O questionário foi aplicado no formato Google Forms, e encaminhado por via eletrônica para o cadastrado da ABTx com idade superior a 18 anos. Resultados: A média da idade foi de 42,4 (DP=11,3) anos, e somente 53,7% dos respondentes retornaram ou iniciaram o trabalho após o transplante, com tempo mediano para reinserção de 2,3 anos (IC95%: 1,8 - 2,9 anos). A probabilidade de retorno ou inserção ao mercado de trabalho (curva de Kaplan-Meyer) após 1, 5 e 10 anos foi de 67,4%, 40,0% e 33,5%, respectivamente. Na regressão linear multivariada, o retorno ao trabalho foi associado com a faixa etária (p=0,013), cor (p=0,031), classe socioeconômica (p<0,001), tipo de transplante (p=0,008) e atividade remunerada antes do transplante (p<0,001). O escore do estigma foi inversamente proporcional aos domínios de qualidade de vida e mostrou-se fortemente associado a inserção laboral. Conclusões: A qualidade de vida mostrou-se menor do que a da população em geral e a percepção de estigma apresentou impacto na qualidade de vida. O retorno ao trabalho é uma condição multifatorial, porém, o estudo mostrou que a percepção de estigma pelo transplantado está também associada a reinserção laboral. Esta situação pode ser minimizada pela implementação de ações por equipes multiprofissionais ainda na fase pré-transplante.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Estudo transversal de dois anos das informações sobre esquizofrenia divulgadas no maior jornal diário brasileiro(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2010-11-24) Dubugras, Maria Thereza Bonilha [UNIFESP]; Mari, Jair de Jesus [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Aim: To describe and analyze information on schizophrenia present in articles about health and non-health related issues, published between 1/1/2007 e 12/31/2008, by the largest Brazilian national newspaper, Folha de S.Paulo (FSP). Method: An electronic search of the FSP database was conducted using the terms: schizophrenia, schizophrenic(s), psychotic episode, psychosis and psychotic(s). A content analysis was performed. Descriptive information on the disease was extracted from health articles, synthesized and compared with the disorder description among the current scientific literature. Popular and metaphoric uses of the terms were analyzed. Articles were rated against health communication attributes; and against inappropriate coverage indicators. The presences of the common myths about mental disorders were examined. Results: The electronic search identified a total of 687 articles, 219 of them fulfilled the inclusion/exclusion criterious (75 texts on health and 144 about non-health related issues). The thematic categories with the highest number of health articles were: mental disorders and violence, treatment. Articles about treatment emphasized the benefits of antipsychotics, discussed health services, and described a new intervention. Schizophrenia terms were identified in texts about non-health related issues on fictional reviews, disorder description (including non pathological features described as schizophrenia), pejorative labels, and humoristic expressions. The metaphoric meanings identified included: contradiction, splitting/ multiplicity, lack of meaning and conflict, 80% of the metaphors presented a negative connotation. Conclusions: FSP divulgated information about the genetic factors, the risk of drug-induced psychosis and the benefits of antipsychotics, which may contribute to stigma-reducing toward pharmacological treatment. Additionally, the newspaper described stories of individuals with schizophrenia integrated into society; however, news about crimes allegedly committed by affected individuals surpassed positive stories both in number and emphasis. Articles presented inappropriate language and stigmatizing messages. Results suggest that the complexity of the disorder, its multifaceted etiology, individual differences and therapeutic alternatives were not widely discussed. Articles about non health related issues associated schizophrenia and violence or creativity, divulgated myths and stigmatized images. Dialogue among media and health professionals, affected individuals and their families may improve media coverage about schizophrenia.
- ItemAcesso aberto (Open Access)(im)Possibilidades discursivas das AIDS: uma abordagem psicanalítica da articulação entre sujeito, saber e verdade no processo saúde-adoecimento de homens gays que vivem com HIV(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-08) Rocha, Francisco José de Araujo [UNIFESP]; Pereira, Pedro Paulo Gomes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1474930426841995; https://lattes.cnpq.br/6735760022658290A síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV/AIDS) é uma epidemia globalizada contando já com mais de 75,7 milhões de pessoas infectadas e 32,7 milhões de óbitos devido a doenças relacionadas à aids desde a identificação dos primeiros casos em 1981. Há também uma epidemia paralela de significações, sendo construída por múltiplos significados, narrativas e discursos que se cruzam ou mesmo se sobrepõem. Os discursos biomédicos, religiosos e do ativismo social exerceram um papel crucial na construção dessas duas epidemias e parecem também interferir nos processos saúde-adoecimento das pessoas que vivem com HIV/AIDS. Através das narrativas de homens gays que vivem com HIV há três ou mais décadas, essa pesquisa buscou compreender as articulações entre sujeito, saber e verdade na relação daqueles homens com seus corpos e processo saúde-adoecimento. Para tanto foram realizado um mapeamento de significantes e uma análise discursiva tendo como referencial a teoria dos quatro discursos de Jacques Lacan. Através deste mapeamento discursivo, sob a perspectiva da psicanálise em interface com os campos da saúde coletiva e da antropologia, procurou-se verificar como esses discursos se relacionam com os processos saúde-adoecimento dos pacientes bem como quais os laços sociais e efeitos eles produzem. Como achado da pesquisa, ao se tomar o estigma como discurso do mestre, foi demonstrando como este produz posições de assujeitamento, identificações com o próprio vírus do HIV e como há uma montagem de uma realidade a partir de fantasias que interfere na própria construção do que seria ser uma pessoa que vive com HIV para cada um dos sujeitos. Um outro achado importante da pesquisa foi que que o corpo produzido por pelo saber biomédico é um corpo adoecido que deve ser submetido a regimes terapêuticos estritos e vigilância constante. Contudo esse corpo docilizado e colonizado pelo saber biomédico não coincidiu com o corpo constituído por pulsões e apreendido a partir das narrativas dos sujeitos em suas relações complexas com os processos saúde-adoecimento. Por fim, conclui-se que se faz urgente uma aposta na sustentação de uma escuta orientada pela psicanálise dentro dos aparelhos de saúde para que as pessoas que vivem com HIV possam narrar e testemunhar suas histórias e, então, produzirem posições discursivas que possibilitem subverter a lógica de assujeitamento do estigma.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Impacto do estigma no manejo clinico dos transtornos mentais na atenção primária(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-02-08) Rojas Vistorte, Angel Olider [UNIFESP]; Mari, Jair de Jesus [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5783141369706484; http://lattes.cnpq.br/0507476619809231; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: O tratamento de transtornos mentais comuns em unidades da atenção primária tem sido sugerido como estratégia prioritária para garantir que todos os portadores de transtornos mentais tenham acesso à abordagem terapêutica que necessitam. Porém, médicos da atenção primária enfrentam importantes obstáculos para o diagnóstico e tratamento de transtornos mentais, por não estarem capacitados para fazê-lo, ou por apresentarem atitudes estigmatizantes em relação a eles. Objetivo: Avaliar como o estigma relacionado aos transtornos mentais pode afetar os cuidados oferecidos aos pacientes com transtornos mentais comuns na atenção primária. Método: No primeiro artigo foi realizada uma revisão sistemática da literatura das atitudes estigmatizantes que apresentam os médicos da atenção primária com respeito às pessoas com transtornos mentais. No segundo artigo foi realizado o processo de tradução, adaptação e validação de um instrumento que avalia os níveis do estigma nos médicos da atenção primária. E no terceiro artigo foi realizado análises da associação entre as condutas clínicas e os níveis de estigma, assim como a identificação de potenciais fatores associados às atitudes estigmatizantes. Os artigos 2 e 3 foram baseados em uma amostra de médicos que trabalham em unidades de atenção primária no Brasil, Bolívia, Chile. Participaram 550 profissionais dos quatro países. As condutas clínicas dos médicos em relação aos transtornos mentais comuns foram investigadas por meio de vinhetas clínicas. As atitudes estigmatizantes foram avaliadas por meio do questionário Mental Illenss: Clinicians’ Attitudes Scale (MICA v4). Resultados: Após aplicar critérios de elegibilidade, onze artigos foram incluídos na revisão. Os médicos de atenção primária apresentaram atitudes estigmatizantes com respeito às pessoas com transtornos mentais, e mostraram atitudes mais negativas em relação aos pacientes com esquizofrenia do que com pessoas com depressão. Os dois modelos na validação do MICA v4 demonstraram uma boa confiabilidade e ajuste para as amostras em Espanhol e Português (Português: CFI=0.927; TLI=0.913; RMSEA= 0.066; Spanish: CFI=0.945; TLI=0.935; RMSEA= 0.068). 70% dos médicos que atuam na atenção primária reconhecem a presença de um transtorno mental nas vinhetas apresentadas, e 80.9% se sentem capacitados para diagnosticar e tratar pessoas com transtornos mentais comuns. Mais de 90% dos médicos da Bolívia, Cuba e Chile concordaram em tratar os pacientes apresentados nas três vinhetas. Não encontramos diferenças significativas entre os quatro países nas pontuações dos níveis de estigma no MICA v4 (M=36.1, SD=8.3). O gênero (p = .672), a idade (p = .171), os anos de experiência (p = 0,28) e treinamento (p = .673) não estão relacionados ao estigma. Aqueles médicos que não se sentem preparados para o diagnóstico e tratamento de transtornos mentais apresentam maiores níveis do estigma (t(385)=2.5, p<0.01). Médicos com níveis mais baixos de estigma apresentaram maior probabilidade de não encaminhar para um psiquiatra os pacientes com sintomas de depressão e somatoformes. Conclusões: As versões do MICA v4 em espanhol e português possuem boas propriedades psicométricas, boa consistência interna e são aplicáveis e aceitáveis para o contexto latino-americano. Há uma correlação entre níveis de estigma e habilidade do médico para cuidar adequadamente dos transtornos mentais na atenção primária. Atitudes estigmatizantes podem atuar como uma barreira importante para que os pacientes recebam o tratamento que eles precisam.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Jovens universitários nipo-brasileiros: a construção de identidades entre Japão e Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-27) Fukuda, Aline Beatriz Antunes [UNIFESP]; Carneiro, Alan Silvio Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/5225826480901413; https://lattes.cnpq.br/2013509202018045A imigração japonesa para o Brasil, a imigração brasileira para o Japão e o retorno dos nipo-brasileiros para o país de origem são fenômenos conhecidos e bastante estudados no campo da sociologia e da antropologia e, inclusive, da psicologia social, no entanto, as dimensões de reconstrução das identidades dos jovens nipo-brasileiros no Japão a partir da língua portuguesa ainda são um fenômeno a ser mais estudado. Especialmente quando temos a oficialização, através da Declaração de Yokohama, pela comunidade de imigrantes, do fim simbólico da chamada Era Dekassegui e o início da Era dos Brasileiros Residentes no Japão, considerando que atualmente mais de 60% dos brasileiros que vivem no Japão têm visto de permanência. O foco desta pesquisa são os jovens nipo-brasileiros que ingressam em universidades no Japão para estudar português. A presente pesquisa parte de minha experiência como professora de português nesses cursos, ao longo de dez anos, na Universidade de Kanda (Kanda University of International Studies, KUIS) e na Universidade Sofia (Sophia University), a partir da qual pude identificar alguns padrões de comportamento entre esses estudantes no que se refere à formação identitária, como por exemplo, a escolha por manter sua nacionalidade brasileira no anonimato. Devido ao fenótipo e pela proficiência do idioma japonês, pois a maioria desses jovens estudou em escolas japonesas, esses estudantes facilmente são vistos como japoneses natos. No entanto, é visível a busca pela construção de uma identidade brasileira ao longo dos quatro anos de formação universitária. Por essa razão, a presente pesquisa tem como objetivo geral analisar se o estudo do português influência na formação identitária de jovens nipo-brasileiros universitários. Para tanto foi feita uma pesquisa bibliográfica sobre migrações brasileiras para o Japão, sobre o significado de ser nikkei no Japão e sobre o ensino de português nesse contexto. Como metodologia de geração de dados foram aplicados formulários e entrevistas semiestruturadas, realizadas à distância, por meio digital, com alunos, ex-alunos, professores brasileiros e professores japoneses, sendo um deles, o coordenador do curso de Língua Portuguesa da Universidade de Kanda. A análise dos dados desta pesquisa levou a uma compreensão dos principais fatores que são relevantes nos processos de construção identitária de jovens e adultos nipo-brasileiros no Japão e a importância da formação universitária em língua portuguesa na desconstrução de estereótipos negativos em relação a essas identidades.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Juventude imigrante: estigma, conflito e circuito de lazer na cidade de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2020-09-24) Pires, Bruno Rafael De Matos [UNIFESP]; Albuquerque, Jose Lindomar Coelho [UNIFESP]; Universidade Federal de São PauloThis research addresses the integration of young immigrants and children of Bolivian, Peruvian, and Paraguayan immigrants in the leisure spaces of the city of São Paulo. As discussed throughout the analysis, immigrants of these nationalities live daily with the stigmas created by the local society. These stigmas are passed on from parents to children and have been influencing how they build their identity, occupy city spaces for leisure activities, relate to Brazilians and other immigrants, and also how they react to that negative characterization produced by the receiving society. The research avoids the tendency to view immigrants simply as a workforce (Sayad, 1998). The methodologies adopted were field observation in places frequented by young Bolivian, Peruvian, Paraguayan, and other South American immigrants, such as Coimbra street and Kantuta square, conducting semistructured interviews with young immigrants and their families as well as informal conversations, held at different moments with Brazilian and immigrant interlocutors. As a result, it was figured out that Coimbra street is not the only place frequented by immigrant youth, while other spaces are increasing in the metropolitan region of São Paulo. Among them, the night parties located in Vila Maria, Pari, and Centro are standing out, as well as an MC battle which, is known by its organizers as Batalla Callejera.
- ItemEmbargoNão existe assassino em série no Brasil: um olhar às representações midiáticas desses indivíduos(Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-08) Castro, Mariana Cassiano [UNIFESP]; Zanni, Karina Piccin [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2301401745605695; http://lattes.cnpq.br/7937804930602198; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Desde os tempos primórdios, a oralidade se constituiu como a forma de conhecer e transmitir histórias. Com o surgimento de tecnologias escritas e online, a eternização delas passou a ser, de fato, realidade. Assim, levantamos os homicídios seriais ocorridos e repercutidos no Brasil. Considerando que a tipologia “assassino em série” não está contemplada na Legislação Brasileira, se fez fundamental a elaboração de uma definição, possibilitando esta pesquisa. Isto posto, através da observação dos termos utilizados para representar esses indivíduos nas mídias, assim como da análise das consequências relacionadas ao ideário social deles, gerado diante do silenciamento legal destas pessoas, o presente artigo tem o intuito de explorar e apontar problemas encontrados ao bestializar esses indivíduos, através do papel das mídias nesta relação, tal como no impacto da estigmatização destes sujeitos. Diante dessas análises, surge uma pergunta a ser respondida: Afinal, os brasileiros acreditam que existem assassinos em série no Brasil?
- ItemSomente MetadadadosA noção de indivíduo nos filmes Batman (1989) e Batman, O Retorno (1992) no universo fantástico de Tim Burton(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013) Nakashima, Tatiana Silva [UNIFESP]; Rovai, Mauro Luiz [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0720071392894568; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)The purpose of this study is search the individual notion what is build up in the movies Batman (1989) and Batman, The Return (1992) of the American director Tim Burton. The thought is to reflect and analyze some themes in these works, like: the identity search and stigma, the detour behavior models and the female figure. Generally, are aboard characters what were introduced in a world that we can call outsiders and they want integrate and adjust on the society. These themes are present in both movies and we will analyze the static aspects of the called fantastic burtonic universe.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Pelos muros e traços: o desenho como possibilidade de expressão da infância de crianças filhas de pessoas privadas de liberdade(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-31) Pinto, Ingridy Steffanie Targino [UNIFESP]; Serrão, Célia Regina Batista [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5786181991530429O presente trabalho deriva do Projeto de Extensão ‘’Ciranda das crianças: o direito à infância dos filhos e filhas de pessoas privadas de liberdade’’, vinculado ao Observatório dos Direitos Educativos da População Carcerária e ao Observatório da Violência contra as Mulheres da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) campus Guarulhos, e inspirado nas Cirandas Infantis promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Desde 2022, a Ciranda das Crianças acontece quinzenalmente aos sábados e domingos, de maneira alternada, na Penitenciária José Parada Neto, localizada em Guarulhos, das 7h às 12h, aproximadamente. Por meio das brincadeiras, jogos e do livre desenhar, proporcionar-se um espaço no qual meninos e meninas expressam-se livremente, produzindo culturas infantis e criancizando (Gobbi, 2022). Assim surge a inquietação de nos aprofundarmos no universo dos desenhos infantis, mais especificamente na potência que o espaço destas manifestações infantis ocupa na Ciranda das Crianças, tornando-se objetivo deste Relato de Experiência. Como referencial teórico-metodológico, recorremos a Albano (2013), Iavelberg (2021), Gobbi (2023), Godoi (2016), Goffman (1998), Qvortrup (2010), Sarmento e Pinto (1997) e Serrão e Graciano (2020). Concluímos que é necessário repensar o espaço que o desenho ocupa em nossas abordagens pedagógicas, tanto em espaços escolares quanto não-escolares. No que tange à Ciranda, o desenho desempenha um papel fundamental em nossa prática, possibilitando melhor compreensão da Infância, da vida das crianças e de seus mundos. O desenho infantil e seu processo de criação contribuem para a aproximação da realidade vivenciada pelas crianças filhas de pessoas em situação de cárcere e para a promoção da superação de preconceitos socialmente construídos e atrelados às crianças e suas famílias.