Navegando por Palavras-chave "Efeitos adversos"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da orientação médica sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos(Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP, 2004-03-01) Auchewski, Luciana; Andreatini, Roberto; Galduróz, José Carlos Fernandes [UNIFESP]; Lacerda, Roseli Boerngen de; Universidade Federal do Paraná Departamento de Farmacologia; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas PsicotrópicasOBJECTIVES: Benzodiazepines are among the most prescribed drugs indicated as anxiolytics, hypnotics, myorrelaxants or antiepileptics. Their main side effects are: reduced psychomotor activities, interaction to other drugs, like alcohol, and the development of dependence. In the present study it was evaluated the quality of the medical directions given to patients about those side effects. METHODS: One hundred and twenty patients (39 men and 81 women), mean age of 48 years old, who visited pharmacies in Curitiba to buy prescribed benzodiazepines, were interviewed by an open or directive questionnaire designed to obtain the medical directions about benzodiazepines side effects. RESULTS: Directions about the three main benzodiazepines side effects were observed only in 13% of the patients, 27% had received at least two and 40% only one, while 19% reported no directions. It suggested that the medical orientation was precarious and its quality was not influenced by the patients' educational level, the kind of medical attendance or the specialty of the physician. The main orientation cited was ''don't drink'' (85%), followed by ''don't drive or operate machines'' (46%), while few orientations about the risk to develop dependence on benzodiazepines was observed (31%). CONCLUSION: This suggests that physicians were worried about the alcohol interaction risk, which can be dangerous for the patients. The high number of patients using benzodiazepines continuously for more than one year (61%), the unsuccessfully attempt to stop using BZD (94%) and the poor information about the duration of the treatment (22%) were all related to the low medical worry about dependence on benzodiazepines.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos adversos de doses repetidas subanestésicas de escetamina subcutânea na depressão resistente ao tratamento(Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-08) Del Sant, Lorena Catarina [UNIFESP]; Mari, Jair de Jesus [UNIFESP]; Sarin, Luciana Maria [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2541192381649759; http://lattes.cnpq.br/5783141369706484; http://lattes.cnpq.br/8742184868684024A cetamina é uma droga anestésica com poderes dissociativos usada principalmente para anestesia e alívio da dor. Seu efeito farmacológico se dá sobre os receptores NMetilD aspartato (NMDA) no cérebro, que estão envolvidos na regulação do humor, cognição e percepção da dor. A ação da cetamina sobre os receptores NMDA leva a um aumento na liberação do neurotransmissor glutamato, o que desencadeia uma cascata de reações bioquímicas que, em última instância, resulta nos efeitos antidepressivos, analgésicos e pode produzir uma série de efeitos psicológicos e físicos, incluindo alívio da dor, sedação e alucinações. Nos últimos anos, a cetamina tem mostrado potencial como um antidepressivo de ação rápida em baixas doses sob supervisão médica para pacientes com transtorno depressivo resistente ao tratamento (TRD). A cetamina é uma mistura racêmica de dois enantiômeros, a escetamina (enantiômero S) e a arcetamina (enantiômero R). Eles diferem em sua orientação tridimensional, o que significa que eles têm pequenas diferenças em suas propriedades farmacológicas. A principal diferença entre a (S) cetamina e a (R)cetamina é sua potência e afinidade por diferentes receptores no cérebro. A (S)cetamina é conhecida por ser mais potente e ter maior afinidade com o receptor NMDA, que é o principal alvo dos efeitos antidepressivos da cetamina. Acreditase também que a (S)cetamina tenha menos efeitos colaterais, tais como dissociação e alucinações, em comparação com a (R)cetamina. Em geral, a (S)cetamina mostrouse mais eficaz no tratamento de depressão e distúrbios de humor, enquanto a (R)cetamina pode ser mais útil para o controle da dor e anestesia. Em março de 2019, a US Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso da escetamina como spray nasal sob a marca Spravato para depressão resistente ao tratamento em combinação a terapia antidepressiva oral. Esta decisão veio após vários ensaios clínicos que demonstraram a eficácia da escetamina em reduzir rapidamente os sintomas da depressão, incluindo pensamentos suicidas, em pacientes que não haviam respondido a outros tratamentos convencionais focados na modulação do sistema monoaminérgico. Entretanto, devido a seu potencial de abuso e efeitos colaterais, tais como dissociação, sedação e aumento da pressão arterial, a escetamina só está disponível através de um programa restrito chamado REMS (Risk Evaluation and Mitigation Strategy). Os pacientes devem ser monitorados e tratados em um ambiente de saúde sob a supervisão de um profissional de saúde. A escetamina é uma medicação considerada segura e bem tolerada, mas como todos os medicamentos, ela pode causar eventos adversos. Os eventos adversos mais comuns relatados em ensaios clínicos para o tratamento da depressão incluem: dissociação (sentirse desapegado de si mesmo ou do ambiente), tontura, náusea, cefaleia, sedação, vertigem (uma sensação de girar), visão embaçada, aumento da pressão arterial e vômitos. Os efeitos adversos são geralmente bem tolerados, seguros, autolimitados e dose dependentes. Podem ser modulados a depender da via de administração utilizada (via intravenosaIV está associada a maior incidência de efeitos adversos em comparação a intranasal ou subcutânea). A via subcutânea (SC) possui biodisponibilidade semelhante a IV em 40 minutos de infusão, é segura, de fácil manuseio e baixo custo, sendo, portanto, uma alternativa para o uso na atenção pública de saúde primária. Os objetivos dessa tese são i) avaliar os efeitos colaterais de infusões subcutâneas repetidas de escetamina em pacientes com depressão resistente ao tratamento unipolar e bipolar e revisar dados da tolerabilidade e segurança do uso escetamina para tratamento da depressão resistente a tratamento na literatura, ii) avaliação da tolerabilidade e segurança de 394 infusões subcutâneas repetidas de escetamina para o tratamento de pacientes com diagnóstico de transtorno depressivo unipolar e episódio depressivo bipolar resistentes ao tratamento usual encaminhados para a Clínica de Cetamina do Programa de Doenças Afetivas (PRODAF) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) no período de abril de 2017 à dezembro de 2018. Medidas de segurança como avaliação de sinais vitais, nível de consciência, presença e quantificação de sintomas psicotomiméticos foram avaliados durante infusões com duração de 120 minutos. Doses de dextrocetamina variaram de 0,5mg/kg à 1mg/kg na concentração de 50mg/ml conforme resposta do paciente, iii) avaliar os efeitos psicotomiméticos e sedativos em infusões subcutâneas repetidas de escetamina em pacientes com depressão resistente ao tratamento unipolar e bipolar e revisar dados da tolerabilidade e segurança do uso escetamina para tratamento da depressão resistente através de uma análise retrospectiva de 394 injeções subcutâneas de escetamina dadas a 70 pacientes com TRD que foram administradas uma vez por semana durante um ensaio de seis semanas em conjunto com terapia antidepressiva oral; doses entre 0,5 a 1,0 mg/kg foram administradas de acordo com a resposta do paciente; os sintomas dissociativos foram avaliados usando a Escala ClinicalAdministered Dissociative States (CADSS) 30 e 60 minutos após cada tratamento semanal (dia 1, 8, 15, 22, 29 e 36) iv) realizar uma revisão da literatura que explora a tolerabilidade e segurança cardiovascular, efeitos dissociativos do uso de escetamina no tratamento de transtornos depressivo resistente a tratamento. Os resultados obtidos foram que as injeções de escetamina subcutânea são seguras do ponto de vista cardiovascular e dissociativo. As mudanças na pressão arterial foram leves e bem toleradas para doses de até 1 mg/kg. A via SC é um método simples e seguro de administração de escetamina, mesmo para pacientes com comorbidades clínicas, incluindo obesidade, hipertensão, diabetes e dislipidemia. Entretanto, 14/70 pacientes experimentaram hipertensão transitória emergente (pressão arterial sistólica superior a 180 mmHg e/ou uma pressão diastólica superior a 110 mmHg ou mais). Portanto, recomendamos fortemente o monitoramento da pressão arterial durante 90 minutos após a dosagem de escetamina. Como a escetamina SC tem um custo baixo, dosagem menos freqüente (uma vez por semana) e é um procedimento mais simples quando comparado às infusões intravenosas, com impacto para a saúde pública. Com o tempo, a evolução dos escores CADSS demonstrou uma diferença média significativa de CADSS a 60 minutos após a injeção (p = 0,010) ao longo das seis infusões. Os escores médios do CADSS aos 60 min. nos dias 22, 29 e 36 foram semelhantes. Não houve diferenças entre os escores médios do CADSS 30 min após as injeções, nenhuma correlação clínica entre resposta e sintomas dissociativos, nenhuma correlação entre tempo e características demográficas e clínicas e nenhuma interação entre tempo e medicação combinada. Concluise que a escetamina subcutânea no tratamento da TRD é segura e bem tolerada mesmo na presença de comorbidades clínicas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos adversos no tratamento do diabetes tipo 2(Universidade Federal de São Paulo, 2018) Neres, Larissa Vitória [UNIFESP]; Machado, Meira Maria Forcelini [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4132670114734847O Diabetes é uma doença que atinge grande parte da população mundial e os números de portadores dessa doença só aumentam. Sua patogenia envolve a elevação dos níveis séricos de glicose em decorrência da deficiência das células beta-pancreáticas na produção de insulina (DM1) ou ainda, da diminuição da sensibilidade dos receptores de insulina (DM2), sendo esta última a forma mais prevalente da doença. A insulina e o glucagon são os hormônios que regulam os níveis de glicose no organismo, sendo a insulina responsável pela redução dos níveis glicêmico do sangue, ao passo que o glucagon possui função oposta ao aumentar a glicemia por meio da degradação do glicogênio reservado no fígado. O paciente diabético, geralmente, apresenta comorbidades, tais como síndrome metabólica e hipertensão arterial, agravando o quadro clínico. A mudança no estilo de vida é fundamental para o tratamento da doença. Além de nova dieta e inserção de exercícios físicos na rotina, a doença pode exigir tratamento medicamentoso para controle. As classes de fármacos utilizadas para tratamento do diabetes tipo 2 são as biguanidas, as sulfoniluréias, as tiazolidinedionas, os análogos de GLP-1, os inibidores de DPP-IV, inibidores da alfa glicosidase, glinidas, amilomiméticos e insulina. Todos possuem eficácia em sua ação, porém cada um possui vantagens e desvantagens durante seu uso. O profissional de saúde deve se atentar às interações medicamentosas, às advertências, às contraindicações e às reações adversas de cada fármaco para prescrição e bom desenvolvimento do tratamento. Os efeitos adversos podem variar de intensidade leve à grave, trazendo sérios riscos aos pacientes. Estudos demonstram que os efeitos adversos podem ser responsáveis pela falta de adesão ao tratamento, sendo um fator importante na escolha da terapia. Essa revisão literária tem como objetivo contextualizar a importância dos efeitos adversos no tratamento do diabetes tipo 2 e suas consequências na evolução do quadro clínico por meio de dados estatísticos e resultados de referências científicas sobre o tema.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Exposição ao ruído e percepções de efeitos à saúde em professores e professoras universitários(Universidade Federal de São Paulo, 2023) Manabe, Leticia Matiko [UNIFESP]; Fiorini, Ana Claudia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7734716272173098; http://lattes.cnpq.br/1435319809829781Introdução: O ruído ambiental, também conhecido como poluição sonora, pode ocasionar diversos prejuízos à saúde, além de interferir no desempenho do trabalho. Objetivo: Avaliar as queixas de saúde relacionadas à exposição a ruído em professores(as) de uma universidade de São Paulo. Método: Estudo epidemiológico do tipo transversal de inquérito realizado em professores(as) que atuam no Campus São Paulo da Universidade Federal de São Paulo. O procedimento incluiu a aplicação de questionário estruturado para avaliar as percepções do ruído no ambiente de trabalho e as queixas de saúde. Foi realizada análise estatística descritiva. Resultados: A amostra consistiu em 98 professores, dos quais 73,5% eram do gênero feminino, com a média de idade de 52,3 anos. Quanto ao tempo de docência, a média foi de 20,2 anos, variando de 1 ano a 48 anos. Em média, os participantes dedicaram cerca de 4,33 horas por dia ao ensino. A maioria classificou sua saúde como Boa (44,9%) ou Ótima (31,6%), enquanto 50% indicaram que o ruído atrapalha as atividades de ensino às vezes. Em relação à percepção do ruído, a média de incômodo foi de 5,78. Quanto aos efeitos pessoais do ruído, a maioria dos professores mencionou que o ruído impede a concentração (42,1%), não os deixa agressivos (94,9%) e não os afeta (85,7%). Cerca de 59,2% referiram que o barulho os deixa cansados. Na avaliação do incômodo e sensibilidade, as médias variaram de 5,53 a 5,71, numa escala de 0 a 10. Os efeitos do ruído no cotidiano incluíram distração (51%) e interferência no trabalho/estudo (51%), com 50% mencionando também exaustão. Conclusão: Surpreendentemente, a percepção positiva da saúde contrasta com pesquisas anteriores e embora sintam alguma interferência do ruído, muitos não consideram isto prejudicial. Assim, faz-se necessário enfatizar a abordagem complexa e multidimensional para entender os efeitos do ruído nas atividades educacionais.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Genotoxicidade e mutagenicidade induzida pelo crack em múltiplos órgãos de camundongos C57BL/6J(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-10-14) Yujra, Veronica Quispe [UNIFESP]; Ribeiro, Daniel Araki [UNIFESP]; Oshima, Celina Tizuko Fujiyama [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8007052437699905; http://lattes.cnpq.br/9969803499258672; http://lattes.cnpq.br/7290625113244129; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Sabe-se que substâncias presentes no meio ambiente e também para o uso e consumo podem ser genotóxicas e/ou mutagênicas. Atualmente um grande número de pessoas tem contato com drogas ilícitas entre elas o crack. No Brasil, existem poucos estudos experimentais sobre ação toxicogenêtica desta droga, seja no primeiro uso ou no uso crônico. Isto decorre das implicações legais, da dificuldade de se isolar o efeito em poliusuários e da não existência de modelos animais estabelecidos para esse estudo. Objetivo: Avaliar a genotoxicidade e mutagenicidade, induzida em sangue, cérebro, fígado e rim de camundongos, pela aplicação única (intraperitoneal) de 4,5; 9 e 18 mg de crack/kg, sugerindo um modelo de estudo e avaliando possíveis correlações dose-dependentes. Materiais e Métodos: Foram utilizados 20 camundongos BL57/6J com 90 dias de idade, divididos em 3 grupos tratados (CRACK 4.5; CRACK 9 e CRACK 18) e 1 Controle (n=5). O crack utilizado com permissão judicial (Ordem 1122/2013) foi caracterizado pelo método de espectrofotometria de massa pela UNESP Câmpus Litoral, evidenciando o pico de cocaína. 24h depois da injeção intraperitoneal do crack ou de solução fisiológica os animais experimentais foram eutanasiados tendo seus tecidos: sangue, cérebro, fígado e rim, submetidos ao Ensaio do Cometa, técnica de eletroforese que determina os níveis de instabilidade genômica conforme protocolo de Tice et al. (2000). Além disso, amostras de medula óssea e fígado foram processadas e submetidas à quantificação de danos celulares permanentes pela contagem de micronúcleos conforme protocolos de Alves e Lima (2003) para eritroblatos e Almeida et al (2005) para hepatócitos. Foi realizada avaliação histopatológica do fígado na busca de alterações morfológicas. Os resultados foram analisados por meio do programa Graph Pad Prism 5.0 utilizando-se teste Kruskal-Wallis e comparações de Dunn, quando necessário (n.s. 95%) com p<0,05). Resultados: O Ensaio do Cometa mostrou alterações genotóxicas nos valores do Momento de Cauda do grupo CRACK 18 quando comparado ao grupo Controle, nas amostras de sangue e cérebro (p<0,05), o fígado e o rim apesar de também apresentarem alterações, estas não foram significativas. A contagem de micronúcleos não evidenciou diferenças significativas em nenhuma das doses administradas, assim como na análise histológica do fígado. Conclusões: Na dose de 18mg/kg o Crack é um agente genotóxico, sendo o cérebro e o sangue os tecidos mais sensíveis à exposição aguda; entretanto nenhuma das doses exerceu efeito mutagênico em células de sangue ou fígado.
- ItemAcesso aberto (Open Access)O impacto na saúde de indivíduos que utilizam recursos ergogênicos(Universidade Federal de São Paulo, 2023-06-19) Pissinato, Giovanna Cristina Pinheiro [UNIFESP]; Garcia, Raphael Caio Tamborelli [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7921656182943609Os esteroides anabolizantes (EA) são moléculas derivadas da testosterona que possuem funções anabólicas. Essas substâncias são usadas principalmente por atletas, mas seu uso também é muito difundido na academia para melhorar a aparência física. Devido ao impacto negativo dos efeitos colaterais na saúde dos usuários, o uso de EAAs tornou-se uma preocupação de saúde pública. Este estudo tem como objetivo abordar o uso de recursos ergogênicos em indivíduos para fins estéticos e esportivos, alertando o seu impacto em cada sistema do corpo humano, bem como os principais efeitos adversos à saúde. Para tal, realizou-se a busca de artigos científicos no site Pubmed/Medline (www.pubmed.com.br) utilizando as palavras-chaves e seus descritores de Mesh: “Anabolism”, “Ergogenic” e “Anabolic Steroids”. Foram incluídas revisões sistemáticas, estudos clínicos e observacionais, sendo eles em inglês, português e espanhol, entre 1987 e 2022, resultando em 52 publicações selecionadas. Embora existam evidências de melhora na performance dos usuários, ainda é relatada uma alta prevalência de efeitos adversos decorrentes do uso de EAAs. A literatura descreve diversos efeitos negativos em todos os sistemas do corpo humano, tais como acne, ginecomastia, impotência e infertilidade, diminuição do número de espermatozoides, hipertrofia do clitóris, redução da função do miocárdio e agressividade. Tal fato gera preocupações sobre o uso dessas substâncias e reforça a necessidade de compreender e ponderar os benefícios e malefícios acerca dos impactos advindos do uso de EAAs.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Os impactos sociais e de saúde do anticoncepcional hormonal oral na vida da mulher(Universidade Federal de São Paulo, 2021-02-11) Oliveira, Laura Alves de [UNIFESP]; Nappo, Solange Aparecida [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4675292090990088A descoberta e posterior comercialização do anticoncepcional hormonal oral foi um marco que uniu as reivindicações sociais da época. Ainda, atrelando os hormônios sexuais estrógeno e progesterona ao comportamento das mulheres, foram abertas as portas para o início desta inovação que se tornou um dos métodos contraceptivos mais utilizados pelo público feminino atualmente. Juntos, os hormônios agem no organismo mimetizando a funcionalidade do estrógeno e progesterona endógenos, impedindo que ocorra o processo de ovulação, e, consequentemente, a fertilização. O anticoncepcional hormonal oral é útil para outras indicações além da contracepção como quadros de endometriose e síndrome do ovário policístico, por outro lado, apresenta efeitos adversos que podem comprometer a saúde da mulher. Existem fatores contribuintes para a ocorrência do uso irracional deste medicamento. Algumas empresas realizaram a divulgação de benefícios secundários que o anticoncepcional hormonal oral pode oferecer como função principal para promover sua venda. No Brasil, a abertura para uso irracional ocorre por ser um medicamento onde a venda sem receita médica não é incentivada, é sinalizado no próprio medicamento, porém ocorre. Frente a este cenário, o presente trabalho apresenta os impactos, em um contexto social e de saúde, do anticoncepcional hormonal oral na vida da mulher. Analisa, através da revisão da literatura, que a responsabilidade da contracepção foi atrelada a mulher sem dar a devida importância para as consequências e demonstrando que o olhar para chance de ocorrência de fatores de risco de acordo com cada perfil individual é fundamental ao considerar este medicamento para uso. Ressalta-se que atualmente existem outras opções de métodos contraceptivos que não utilizam hormônios e devem chegar ao alcance do conhecimento da população. Foram pesquisados artigos em bases cientifcas como Scielo, Google Acadêmico, Web of Science e PubMed e livros que possuíam em seu conteúdo o assunto buscado. A metodologia adotada para busca foram artigos e livros publicados entre os anos de 1994 e 2020 em idiomas em português, espanhol e inglês.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Reações adversas vasculares e não vasculares a preenchedores de face: revisão sistemática de relatos de caso(Universidade Federal de São Paulo, 2022-11-24) Cruz, Ana Paula Silveira [UNIFESP]; Yarak, Samira [UNIFESP]; Rieira, Rachel [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0591884301805680; http://lattes.cnpq.br/1185841743749408; http://lattes.cnpq.br/7738538087316790Fundamento: O preenchimento cutâneo facial é um dos procedimentos cosméticos minimamente invasivos mais comuns. Apresenta popularidade crescente por promover o rejuvenescimento da pele com menor downtime. Entretanto, à medida que as indicações, o número de produtos comercialmente disponíveis e o número de procedimentos realizados aumentam há, proporcionalmente, um aumento do risco de surgimento de reações adversas moderadas a graves a esses biomateriais. Objetivo: Identificar e analisar os relatos de caso sobre reações adversas vasculares e não vasculares causadas por preenchedores e bioestimuladores em face, e seus tratamentos. A partir do conhecimento destes dados epidemiológicos, identificar possíveis fatores que poderiam causar ou potencializar determinadas reações adversas, e identificar condutas ou tratamentos com maior ou menor sucesso na resolução desses casos. Métodos: Revisão sistemática de relatos e série de casos realizada segundo a metodologia proposta pelo Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions sobre reações adversas vasculares e não vasculares causadas por intervenções estéticas do tipo preenchimento cutâneo na face de adultos previamente hígidos, realizado por qualquer profissional de Saúde, em qualquer intervalo de tempo após a realização do procedimento. As seguintes bases de dados eletrônicas foram buscadas: Medline, Embase, CENTRAL, clinicaltrials.gov, Opengrey e Anais de congressos da área. O processo de seleção e extração dos dados foi realizado em duplicata de forma independente. Um formulário de extração de dados padronizado foi utilizado e a avaliação da qualidade da publicação dos relatos e das séries de casos incluídos foi feita utilizando a ferramenta CARE. Resultados: Foram incluídos 378 casos (relatados em 251 estudos) de reações adversas vasculares e não vasculares. Destes, 96 casos foram de reações vasculares, 270 de não vasculares e 12 casos não identificaram o tipo de reação. Nas reações vasculares, foi possível observar o predomínio das reações causadas por Ácido Hialurônico. No entanto, a gordura autóloga apresentou maior risco de causar perda visual, evento adverso mais impactante para o paciente. Dentre as reações adversas não vasculares, foi possível observar o predomínio das reações tardias e, nestas, uma prevalência maior do uso de substâncias não biodegradáveis. Os tratamentos descritos, tanto para as reações não vasculares viii como vasculares, foram uma combinação de medicamentos e/ou procedimentos, o que dificultou análises mais aprofundadas a respeito dos tratamentos de maior sucesso.. Conclusões: Os profissionais devem ter conhecimento adequado das reações adversas vasculares e não vasculares que apresentam risco moderado a grave. O entendimento dessas reações adversas possibilitará manejo precoce na condução da prevenção.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Validação psicométrica da versão português-Brasil do Liverpool Adverse Events Profile (LAEP) em pacientes com epilepsia parcial sintomática e epilepsia generalizada idiopática(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2011-06-29) Martins, Heloise Helena [UNIFESP]; Guilhoto, Laura Maria de Figueiredo Ferreira [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Realizar a tradução, adaptação cultural e validação para o Português do Liverpool Adverse Events Profile (LAEP) e avaliar sua confiabilidade e validade em pacientes com epilepsia parcial sintomática (EPS) e epilepsia generalizada idiopática (EGI) (ILAE, 1989). O LAEP é uma escala que mede a percepção dos pacientes em relação aos efeitos adversos (EAs) das drogas antiepilépticas (DAEs). Casuística e metodologia: Pacientes maiores de 18 anos, alfabetizados e em uso de DAEs em doses estáveis por no mínimo um mês foram recrutados para responder o LAEP (19 questões). Esta versão foi administrada a um grupo de pacientes consecutivos no setor de Epilepsia do Hospital São Paulo. A confiabilidade teste-reteste foi determinada através do coeficiente intraclasse (ICC) após 2 semanas e a consistência interna pelo coeficiente alfa de Cronbach (CAC). A validade construtiva foi acessada por variáveis sócio-demográficas e clínicas e pelos inventários Quality of Life in Epilepsy Inventory (QOLIE-31) e Hospital and Anxiety Depression (HADS) ambos validadas para o Português previamente. O Coeficiente de Correlação de Pearson foi utilizado no estudo das associações entre o LAEP e os outros instrumentos. Análises de variância, testes t-Student e de Fisher foram as medidas estatísticas usadas no estudo das variáveis clínicas e socio-demográficas. A significância estatística foi considerada para valores de p<0,005. Resultados: 100 pacientes foram incluídos, 61 (61,0%) tinham EPS e 39 (41,0%) EGI, com média de idade de 34,5 anos (DP=12,12) e 56 (56,0%) eram do sexo feminino. Politerapia (com 2 ou mais DAEs) era usada por 69 (69,0%) pacientes. Carbamazepina (CBZ) foi a DAE mais comumente utilizada em toda a amostra (43,0%). A média do LAEP foi de 37,6 (DP=13,35) e os EAs mais freqüentemente reportados em toda a amostra foram Sonolência (35,0%), Problemas de memória (35,0%) e Dificuldade de concentração (25,0%). A consistência interna foi alta como demonstrado pelo coeficiente alfa de Cronbach 0,903 (0,872-0,928). A confiabilidade foi satisfatória de modo geral, com ICC variando entre 0,370 (Dificuldade de manter o equilíbrio do corpo) a 0,737 (Tontura). Os itens com ICC menor (Dificuldade de manter o equilíbrio do corpo, Problemas na boca e gengiva, Ganho de peso) foram aqueles melhor confirmados por exame físico médico. A correlação entre o LAEP e o QOLIE-31 foi alta (r=-0,804, p>0,001) e a ocorrência de EAs foi associada a piores resultados no QOLIE-31 e HADS. Pontuações elevadas no LAEP foram associadas ao número de DAEs (p=0,005), gênero feminino (p<0,001), idade maior (34,5-70 anos) (p<0,001) e presença de crises não controladas (p=0,045). A pontuação total no LAEP nos dois grupos de epilepsia foi semelhante. Variáveis clínicas que influenciaram o LAEP no grupo EGI foram freqüência de crises (p=0,050), presença de crises tonico-clônico generalizadas (p=0,031) e politerapia com três ou mais DAEs (p=0,003). No grupo EPS o único fator significativo foi a politerapia (p=0,003). Pacientes que faziam uso de CBZ em altas doses (>800 mg/dia) apresentaram pontuações mais baixas nos itens: Nervosismo e/ou agressividade (p=0,006), Perda de cabelo (p=0,045), Dificuldade de concentração (p=0,003), Problemas na boca e na gengiva (p=0,001), Depressão (p=0,042) e pontuação total (p=0,025). Pacientes que tomavam ácido valproico em doses altas (>1.000 mg/dia) demonstraram pontuações mais elevadas nos itens: Dificuldade de manter o equilíbrio do corpo (p=0,005) e Vontade de agredir (p=0,037). Conclusão: A versão Português-Brasil do LAEP foi confirmada como um instrumento confiável e válido para avaliar EAs em pacientes com epilepsia com ressalvas importantes sobre os sintomas físicos. Este estudo demonstrou que os itens do LAEP foram associados aos EAs das DAEs de forma específica e sem padrão nítido dose-dependente. Embora a pontuação geral do LAEP não tenha se mostrado útil em diferenciar EAs em epilepsias distintas como EPS e EGI, esta escala subjetiva pode ser utilizada como triagem continuada nos ensaios clínicos com DAEs que afetam os itens por ela estudados.