Navegando por Palavras-chave "Diabetes gestacional"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Aleitamento materno e metabolismo da glicose em mulheres no puerpério: avaliação da mediação via biomarcadores associados à resistência à insulina, inflamação ou disfunção endotelial(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-26) Oliveira, Julia Martins de [UNIFESP]; Pititto, Bianca de Almeida [UNIFESP]; Dualib, Patricia Medici [UNIFESP]; https://lattes.cnpq.br/8433932854107690; https://lattes.cnpq.br/0218255159601463Introdução: A incidência de diabetes mellitus gestacional (DMG) vem aumentando exponencialmente nos últimos anos. É bem conhecido que o DMG é um importante fator de risco e preditor para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) mais tardiamente na vida da mulher. Estudos populacionais têm verificado que o aleitamento materno (AM) é capaz de diminuir o risco futuro de DM2. Observa-se que tal benefício é proporcional ao tempo de AM e, por motivos ainda não bem compreendidos, persiste por vários anos depois de cessado o AM. A fisiopatologia deste fenômeno ainda é pouco compreendida. Alguns biomarcadores tem sido relacionados na literatura aos mecanismos de resistência à insulina (RI), inflamação subclínica e disfunção endotelial - prolactina, adiponectina, copeptina, E-selectina, lipopolissacarídeos (LPS), zonulina e aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA). Deste modo, questionamos se estes biomarcadores poderiam ser mediadores da associação entre AM e tolerância à glicose no período puerperal. Objetivo: Avaliar a associação do AM com os marcadores do metabolismo glicídico e de RI (glicemia jejum, glicemia de 2 horas, insulina de jejum, HOMA-IR, HOMA-Beta, índice TyG, razão Tg/HDL) e testar o papel mediador dos biomarcadores. Material e Métodos: 95 mulheres (45 com diagnóstico de diabetes mellitus gestacional) maiores que 18 anos e com IMC ≥ 25/kg/m2 que faziam seguimento nos ambulatórios de pré-natal da UNIFESP-EPM foram acompanhadas do primeiro/segundo ou terceiro trimestre de gestação até dois a seis meses após o parto, durante os anos de 2018 a 2020. As participantes responderam a questionários padronizados e foram submetidas a avaliação clínica ao longo da gestação e no período puerperal. No dia da avaliação puerperal (realizada entre dois e seis meses após o parto), foi realizada coleta de exames laboratoriais. Ao final do estudo as pacientes foram divididas em dois grupos de acordo com o status de AM no momento da visita pós-parto (grupo AM com n=44 e grupo não-AM com n=51). Os dados clínicos e laboratoriais foram comparados entre os grupos AM e não-AM usando o teste t de Student e Mann Whitney (variáveis contínuas de distribuição normal ou não, respectivamente) ou teste do qui-quadrado (variáveis categóricas) com o auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences®, versão 16.0 (SPSS Incorporation, 2000). Para identificação do conjunto mínimo de fatores de confusão para uso nos ajustes das análises multivariadas, usamos a metodologia do DAG (Direct Acyclic Graphics) pela plataforma DAGGITY®. Foram realizadas análises de regressão linear com ajuste multivariado e análise de mediação com auxílio do programa Statistics and Data Science®, versão 17.0 (STATA). O P foi considerado estatisticamente significativo se <0,05. Resultados: No Artigo 1 verificamos que os grupos AM (n=44) e não-AM (n=51) eram homogêneos em relação à prevalência de DMG, IMC pré-gestacional, ingesta calórica diária, atividade física e perda ponderal no pós-parto. O grupo AM tinha níveis significativamente maiores de prolactina em relação ao grupo não-AM [47.8(29.6-88.2) vs. 20.0(12.0-33.8) ng/dL, p<0.001]. Também encontramos níveis menores de média (DP) ou mediana (IIQ) de glicemia de jejum [89.0(8.0) vs. 93.9(12.6) mg/dL, p=0.04], triglicerídeos (TG) [92.2(37.9) vs. 122.4(64.4) mg/dL, p=0.01], relação TG/HDL [1.8(0.8) vs. 2.4(1.6), p=0.02], índice TyG [8.24(0.4) vs. 8.52/90.53), p=0.005], insulina de jejum [8.9(6.3-11.6) vs. 11.4(7.7-17.0)μU/mL, p=0.048] e HOMA-IR [2.0(1.3-2.7) vs. 2.6(1.6-3.9), p=0.025] no grupo AM. A análise de Regressão linear com ajustes para potenciais fatores confundidores identificados pelo DAG (paridade, escolaridade, IMC pré-gestacional, DMG, via de parto, ganho ponderal durante a gestação e peso ao nascer) evidenciou uma associação estatisticamente significativa entre o AM e a glicemia de jejum [-6,37 (-10.91 a -1.83), p=0.006), o HOMA-IR [-0.27 (-0.51 a -0.04), p=0.024), o índice TyG [-004 (-0.06 a -0.02), p=0.001) e a relação TG/HDL [-0.25 (-0.48 a -0.01), p=0.038). A análise de mediação evidenciou que a prolactina não mediou as associações independentes entre AM e marcadores de metabolismo glicídico e RI, evidenciadas nos resultados da regressão linear. No Artigo 2 analisamos os grupos AM (n=44) e não-AM (n=51), considerando os biomarcadores de inflamação subclínica e disfunção endotelial (adiponectina, copeptina, E-selectina, LPS, zonulina e BCAA) como potenciais mediadores na relação entre amamentação e metabolismo glicídico e RI. Neste trabalho, verificamos que apenas os níveis de LPS foram estatisticamente diferentes entre os grupos, sendo que níveis mais baixos foram vistos no grupo AM: [6.8 (4.2-10.6) vs. 9.2 (6.9-11.5) ng/mL, p=0.048]. Nas análises de regressão linear com ajustes para fatores de confundimento (paridade, escolaridade, IMC pré-gestacional, ganho ponderal na gestação, DMG e via de parto), novamente evidenciamos associação inversa com significância estatística entre AM e glicemia de jejum [-6,30 (-10.71 a -1.89), p=0.005), HOMA-IR [-0.28 (-0.50 a -0.05), p=0.017], índice TyG [-004(-0.06 a -0.01), p=0.001] e razão TG/HDL [-0.23 (-0.46 a -0.01), p=0.001]. Criamos uma variável latente com uso do programa estatístico STATA® e a denominamos “inflamação subclínica” (IS). Nessa metodologia, a variável não é diretamente aferida, mas é inferida a partir dos 6 biomarcadores (adiponectina, copeptina, E-selectina, LPS, zonulina e BCAA). O uso desta variável torna mais robusta a análise estatística no sentido de compreender se inflamação subclínica pode mediar a melhora nos marcadores de metabolismo glicídico e RI observada no grupo AM. A IS não mediou, pela análise estatística de mediação, a melhora observada nos marcadores de RI e metabolismo glicídico mostrada no grupo de AM. Conclusão: O AM foi associado a melhora nos marcadores de metabolismo glicídico e RI após ajustes para fatores de confundimento, mesmo com um curto prazo de dois a seis meses após o parto em mulheres com e sem DMG. A prolactina e os biomarcadores relacionados à inflamação subclínica e disfunção endotelial não foram mediadores da associação vista entre AM e melhora nos marcadores de metabolismo glicídico e RI.
- ItemSomente MetadadadosAvaliação da galectina-1 e do perfil lipídico em gestantes com diabetes mellitus gestacional(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013) Gueuvoghlanian-Silva, Bárbara Yasmin [UNIFESP]; Daher, Silvia [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Avaliar em gestantes com e sem Diabetes Mellitus Gestacional(DMG) os niveis sericos de galectina-1 (Gal-1) nos 1º, 2º e 3º trimestres, a correlacao entre niveis sericos Gal-1, adiponectina e proteina C reativa (PCR) no 2º trimestre, a expressao de Gal-1 em celulas mononucleares de sangue periferico no 3º trimestre e polimorfismos do gene LGALS1. Alem disso, analisar o perfil lipidico de gestantes saudaveis, com DMG tratadas apenas com dieta e tratadas com dieta e insulina. Metodos: Foram incluidas no estudo 296 pacientes para as analises de Gal-1, adiponectina e PCR. As dosagens sericas foram realizadas por ELISA, as avaliacoes intracelulares por citometria de fluxo e os polimorfismos geneticos por reacao de polimerizacao em cadeia. Para a analise do perfil lipidico foram incluidas 90 gestantes em cada grupo, e o soro dessas pacientes foi analisado por fingerprinting lipidico atraves de espectrometria de massas por Electrospray. Resultados: Os niveis sericos de Gal-1 foram significantemente maiores nos 2º e 3º trimestres quando comparados ao 1º nas gestantes controles, porem o mesmo nao ocorreu no grupo DMG. Foi identificada correlacao negativa entre os niveis sericos de adiponectina e as concentracoes sericas de Gal-1 apenas em gestantes controles. Gestantes com DMG apresentaram maior frequencia do genotipo TT do polimorfismo rs4820294 do gene LGALS- . Foram observados 25 lipidios hiper-representados pertencentes as classes: fosfolipides, glicerideos, esfingolipidios, acidos graxos e esteroides, sendo 17 no grupo controle, 4 no grupo DMG com apenas dieta e 4 no grupo DMG com dieta e insulina. Conclusoes: A Gal-1 parece participar da fisiopatologia do DMG, uma vez que foram observadas alteracoes nos niveis circulantes desta proteina em gestantes diabeticas e ainda foi demonstrada associacao da doenca com o polimorfismo rs4820294 do gene LGALS- . Alem disso, a avaliacao do perfil lipidico mostrou diferencas importantes entre gestantes saudaveis, com DMG tratadas apenas com dieta e com DMG tratadas com dieta e insulina
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação de mediadores da resposta inflamatória em gestantes diabéticas(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2010-09-29) Gueuvoghlanian-Silva, Bárbara Yasmin [UNIFESP]; Daher, Silvia [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Background: Adiponectin is involved in glycemic regulation and in the physiopathology of obesity. Adiponectin gene polymorphisms may influence the expression of this molecule. The aims of this study were to assess adiponectin +45 (rs2241766) and -11377 (rs266729) gene polymorphisms and adiponectin serum levels in Brazilian women with gestational diabetes (GD) according to the patients´ prepregnancy body mass index (BMI). Methods: This case-control study involved 79 GD patients and 169 healthy pregnant controls (C) grouped according to BMI (normal < 25 and obese ≥ 25). Genomic DNA was extracted from peripheral blood, and polymorphisms genotyping were obtained by digesting PCR products with the following restriction endonucleases: SmaI (+45) and HhaI (-11377). Adiponectin serum levels were determined by ELISA. Data were analyzed by Mann-Whitney, chi-square or Fisher tests; p<0.05 was considered significant. Results: When both groups were analyzed, adiponectin serum levels were higher in C than in GD women (p=0.0004). Adiponectin serum levels were higher in normal weight versus obese women, both in the C (p=0.01) and in GD (p=0.03) groups, as well as in normal weight C versus normal weight GD (p=0.03) and in obese C compared to obese GD women (p=0.01). Conclusions: Our data suggest that there were no associations between GD and the analyzed gene polymorphisms. There was a significant association between adiponectin -11377 gene polymorphism and adiponectin levels in healthy pregnant women. GD women have decreased adiponectin levels independently of BMI.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos do exercício resistido no controle do diabetes gestacional(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-08) Batista, Tatiane Maria Querino [UNIFESP]; Gomes, Ricardo José [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2738281530091229; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O exercício físico, em suas mais variadas modalidades, é capaz de auxiliar na prevenção e no tratamento de doenças crônicas. Sendo então o Diabetes gestacional a doença crônica mais comum durante as gestações, esse estudo teve como objetivo compreender quais os efeitos do exercício resistido no controle do Diabetes gestacional, por meio do método de revisão literária narrativa, coletando dados dentro da base de dados PubMed. Espera-se encontrar a confirmação da eficácia da prescrição de exercício resistido para controlar o diabetes gestacional. Portanto, as buscas foram feitas a partir dos descritores “exercício resistido e diabetes gestacional”, “treinamento resistido e diabetes gestacional”. Foi utilizado apenas a língua inglesa, considerando publicações desde 2013 (últimos 10 anos). Foram incluídos 8 artigos, sendo 4 originais, 3 de revisão sistemática e 1 de meta-análise a partir dos estudos encontrados. Observou-se que praticar exercício resistido de forma moderada traz benefícios para o controle da DMG, já que aumenta a sensibilidade a insulina e ativa a vias de captação de glicose. Logo, o exercício resistido por si só, ou combinado com exercício aeróbico, foi capaz de promover melhora em marcadores de controle glicêmico, tais como, glicemia pós prandial e insulinemia. Com relação a glicemia em jejum, os estudos incluídos divergem, porém alguns apontam que este marcador melhorou após treinamento resistido. Portanto, apesar dos cuidados necessários para prática do exercício resistido por mulheres com diabetes gestacional, de maneira geral, os estudos indicam que esse protocolo de treinamento pode ser uma boa opção para controle ou prevenção da doença nessa população.
- ItemSomente MetadadadosEstudos dos níveis séricos de triglicerídios, colesterol, hipoproteínas e decorrente risco para coronariopatias, em gestantes diabéticas do tipo ll(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 1990) Amed, Abes Mahmed [UNIFESP]; Bertini, Anna Maria [UNIFESP]
- ItemSomente MetadadadosFatores de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus e tolerância a glicose diminuída em mulheres após diabetes diagnosticado na gravidez(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 1995) Schirmer, Janine [UNIFESP]; Bertini, Anna Maria [UNIFESP]
- ItemAcesso aberto (Open Access)Fatores relacionados à presença de recém-nascidos grandes para a idade gestacional em gestantes com diabetes mellitus gestacional(Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, 2009-01-01) Silva, Jean Carl; Bertini, Anna Maria [UNIFESP]; Ribeiro, Thaís Engel [UNIFESP]; Carvalho, Leonardo Souza De; Melo, Muriel Matias; Barreto Neto, Lauro; Universidade da Região de Joinville; Hospital Dona Helena; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)PURPOSE: to evaluate factors related to the presence of neonatal macrosomia in pregnant women with gestational diabetes mellitus. METHODS: 157 pregnant women presenting gestational diabetes mellitus in follow-up were retrospectively selected from January 2004 to July 2006. This group has been divided into two subgroups: one with newborns with weight in accordance with the gestational age (n=136) and another with macrosomic newborns (n=21). Maternal characteristics have been compared between the groups. The t-Student test was used for the analysis of equality hypothesis between the averages of the two groups, and chi-square test, to check the groups' homogeneity concerning ratios. RESULTS: the groups did not show any significant difference concerning the gestational age, body mass index, weight gain along the gestation, number of previous pregnancies, fast glycemia in the oral glucose tolerance test after the ingestion of 75 g (TOTG 75 g), gestational age at delivery, glycemic values during the treatment, and the type of treatment used (p>0.05). In the group with neonatal macrosomia, there was a higher two-hour-glycemia in the TOTG 75 g (p=0.02), higher gestational age at the treatment onset (p=0.02), and a lower number of appointments at the health service (p<0.01). When adjusted to a logistic regression model, the most important factor (p<0.01) found to predict neonatal macrosomia was the two-hour-glycemia in the TOTG 75 g. CONCLUSIONS: the factors more frequently related to neonatal macrosomia were late treatment onset and, consequently, lower number of appointments and chiefly, high two-hour-glycemia in the TOTG 75 g.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Glibenclamida no tratamento do diabete melito gestacional em estudo comparado à insulina(Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 2007-06-01) Silva, Jean C.; Bertini, Anna M. [UNIFESP]; Taborda, Wladimir [UNIFESP]; Becker, Felipe; Bebber, Fernanda R.l.; Aquim, Gabriela M.d.c.; Viesi, Juliana M.z.; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Maternidade Darcy Vargas; Universidade da Região de JoinvilleOBJECTIVES: To study glibenclamide as a treatment for gestational diabetes mellitus (GDM) and its impact on newborn birth weight and neonatal glycemia as compared to insulin. METHODS: A randomized and open-label clinical trial, conducted from October 1st, 2003 to March 8, 2005. Seventy-two pregnant women with gestational diabetes mellitus requiring drug therapy were randomized and allocated into two groups - insulin and glibenclamide. RESULTS: The general characteristics in both groups were similar, except for the results of the 75 g OGTT, which were higher in the glibenclamide group (p= 0.02). Maternal fasting and postprandial glucose levels presented no difference. Six (18.75%) pregnant women received the maximum dose of glibenclamide with no glycemic control. The birth weight was higher in the group treated with glibenclamide (p= 0.01), and the incidence of macrosomic newborns statistically different (p= 0.01). Neonatal hypoglycemia was more frequent (p= 0.01) in newborns of glibenclamide group, with one single case of persistent hypoglycemia. CONCLUSION: Glibenclamide can be the first line drug for glycemic control in most GDM patients. The birth weight and incidence of hypoglycemia were higher in the glibenclamide group, but with one single case of persistent hypoglycemia that required intravenous infusion of glucose.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Mulheres e a diabetes gestacional: experiências vivenciadas enquanto usuárias de unidades de saúde na Zona Noroeste de Santos(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-05) Brito, Giovana Lima [UNIFESP]; Devincenzi, Macarena Urrestarazu [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9369073345790021; http://lattes.cnpq.br/5077717112940168; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A diabetes gestacional é uma condição que gera o aumento do nível de glicose no sangue durante a gestação e isso pode causar complicações para mãe e bebê a curto e longo prazo. As intervenções diante a doença perpassam por questões que excedem apenas a alimentação e este projeto explora a relação entre o controle da doença e o processo de cuidado em contexto de vulnerabilidade social. O objetivo do trabalho foi compreender a experiência da mulher com diagnóstico de diabetes mellitus gestacional, em um contexto de vulnerabilidade social, em relação ao processo de adoecimento e cuidado, incluindo a alimentação. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, realizado em conjunto com o Projeto de Extensão “Tecendo a Rede de cuidado à saúde da mulher e da criança na Zona Noroeste de Santos” cadastrado no SIEX/PROEC Unifesp e aprovado no CEP Unifesp. O estudo foi conduzido no território do bairro Jardim Piratininga em Santos e na Unidade de Saúde da Família (USF) localizada no mesmo, onde foram feitas conversas, registradas em diário de campo, com trabalhadores da atenção básica como enfermeiras e agentes comunitários de saúde que possibilitaram a aproximação com usuárias do serviço diagnosticadas com diabetes gestacional e a pesquisa no sistema de prontuários online. Foram identificadas 9 mulheres com diagnóstico confirmado de diabetes gestacional nos anos de 2020 a 2023, que ainda moravam no território e estavam no período pós parto. Após tentativas de contato, foram realizadas entrevistas com 6 (seis) destas mulheres, para tratar sobre sua realidade e histórico de saúde, até chegar ao momento da gestação e no diagnóstico da diabetes e como isso impactou sua vida, as dificuldades encontradas ao longo deste processo, o que ela mudou em sua alimentação e quais orientações ela recebeu e seguiu durante o pré-natal e após o nascimento. Os resultados da pesquisa mostram que as orientações recebidas pelas usuárias tem como foco a diminuição do açúcar adicionado, pão e farinhas e que essa mudança de hábitos mostrou-se desafiadora, ainda assim, a motivação para seguir as recomendações se baseou na preocupação com a saúde do bebê. Também foi pontuada a importância do acompanhamento e o apoio dado pela USF e a satisfação com o atendimento tanto na USF quanto no serviço especializado. Sabe-se que a diabetes é uma patologia complexa que envolve o acesso a direitos básicos e condições de vida da população, por isso, é importante que os profissionais estejam atentos para essas questões durante o atendimento e tratamento desta condição, promovendo um cuidado integral às mulheres.
- ItemSomente MetadadadosParticipação da enfermeira obstetra na equipe de assistência a gestante diabética(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 1989) Schirmer, Janine [UNIFESP]; Bertini, Anna Maria [UNIFESP]
- ItemAcesso aberto (Open Access)Resultados preliminares do uso de anti-hiperglicemiantes orais no diabete melito gestacional(Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, 2005-08-01) Silva, Jean Carl; Taborda, Wladimir [UNIFESP]; Becker, Felipe; Aquim, Gabriela; Viese, Juliana; Bertini, Anna Maria [UNIFESP]; Universidade da Região de Joinville Departamento de Obstetrícia; Hospital Israelita Albert Eisntein; Universidade da Região de Joinvile; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)PURPOSE: to compare the effectiveness of glibenclamide and acarbose with that of insulin for the treatment of gestational diabetes mellitus (GDM), in regard to maternal glucose levels, newborn (NB) weight and neonatal hypoglycemia. METHODS: an open, randomized prospective study was carried out. Fifty-seven patients diagnosed with GDM were included. These patients required dietary control and additional therapy. Pregnant women were randomly alloted to one of three groups with different therapies: a control group making use of insulin therapy, a study group making use of glibenclamide and a study group making use of acarbose. The study took seven months (from October 1st 2003 to May 1st 2004). Assessed outcomes were maternal glucose levels in the prenatal period, the need for replacing therapy to achieve glucose level control, NB weight and neonatal hypoglycemia. Statistical analysis was determined by ANOVA with the level of significance set at 5%. RESULTS: maternal characteristics were similar in all the three groups. Glucose level control was not obtained in three of the patients who used glibenclamide (15%) and in seven (38.8%) of the patients who used acarbose. Regarding fasting and postprandial glucose level rates and average NB weight no difference between the three groups was observed. No statistical difference was found for fasting or postprandial glucose levels and average NB weight in any of the three groups. The rate of large for gestational age fetuses was 5.2, 31.5 and 11.1% for the groups treated with insulin, glibenclamide and acarbose, respectively. Neonatal hypoglycemia was observed in six NB. Four of these were from the glibenclamide group (21.0%). CONCLUSIONS: glibenclamide was more effective for glucose level control than acarbose but neither were more efficient than insulin. NB children whose mothers had been alloted to the glibenclamide group showed a higher rate of macrosomia and neonatal hypoglycemia when compared to those newborns whose mothers were subjected to other therapies.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Risco de diabetes gestacional conforme o índice de massa corporal: revisão sistemática da literatura com metanálise(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2009-10-28) Torloni, Maria Regina [UNIFESP]; Valente, Orsine [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objective: Assess and quantify the risk for gestational diabetes (GDM) according to pre-pregnancy maternal body mass index (BMI). Design: Systematic review of observational studies published in the last 30 years. Methods: Four electronic databases were searched for publications (1977- 2007).BMI was elected as the only measure of obesity and all diagnostic criteria for GDM were accepted. Studies with selective screening for GDM were excluded. There were no language restrictions. The methodological quality of primary studies was assessed. Results: 1745 citations were screened and 70 studies (2 unpublished) involving 671,945 women were included (59 cohorts and 11 case-controls). Most studies (81.4%) were of medium or high quality. Compared to women with a normal BMI, the unadjusted pooled OR of an underweight woman developing GDM was 0.75 (95% CI 0.69 to 0.82). The OR for women with overweight, class I and class II to III obesity were 1.97 (95% CI 1.77 to 2.19), 3.01 (95% CI 2.34 to 3.87) and 5.55 (95% CI 4.27 to 7.21), respectively. For every 1 kg/m2 increase in BMI, the prevalence of GDM increased by 0.92% (95% CI 0.73 to 1.10). Conclusions: The risk of GDM is directly associated with pre-pregnancy BMI. This information is important when counseling women planning a pregnancy.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Tratamento do diabetes mellitus gestacional com glibenclamida: fatores de sucesso e resultados perinatais(Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, 2007-11-01) Silva, Jean Carl; Heinen, Amanda; Scheidt, Mariana Benedet; Marcondes, Marina Abreu De Oliveira; Bertini, Anna Maria [UNIFESP]; Universidade da Região de Joinville Departamento de Ginecologia e Obstetrícia; Maternidade Darcy Vargas; Universidade da Região de Joinville; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)PURPOSE: to identify the factors related to successful gestational diabetes mellitus (GDM) management with glyburide and to evaluate perinatal outcomes. METHODS: prospective longitudinal study including 50 pregnant women with GDM who required complementary treatment to diet and physical activity, whose fetus presented normal abdominal circumference (AC) to ultrasound (pct<75). Study period was August 2005 to July 2006. Ultrasonography was carried out monthly. Glyburide was used until delivery, as long as glucose control was obtained and fetal AC was normal, being thus considered therapeutically successful. In case there was no glucose control or alteration in AC, management was switched to insulin therapy, being thus considered therapeutically unsuccessful. Pregnant women were divided into two groups: one therapeutically successful (n=29) and another therapeutically unsuccessful (n=21). The results evaluated were: therapeutic success, maternal characteristics and perinatal outcome. RESULTS: fifty-eight percent of the cases were successfully managed with glyburide. No difference was found (p>0.05) in either group, with regards to maternal age, glucose values at OGTT75g, maternal body mass index (BMI), number of pre-natal consultations, number of previous pregnancies. According to the logistic model of regression used, therapeutically successful pregnant patients had had a later diagnosis (p=0.02) and lower weight gain during gestation (p<0.01). Perinatal outcome did not differ in either group. CONCLUSIONS: patients with later diagnosis and lower weight gain are more likely to have successful GDM management with glyburide. Unsuccessful management with glyburide did not alter the perinatal outcome.