Navegando por Palavras-chave "Corantes"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Anterior capsule staining using 0.025% trypan blue in cataracts without red reflex(Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 2001-08-01) Marback, Eduardo Ferrari [UNIFESP]; Freitas, Lincoln Lemes de [UNIFESP]; Fernandes, Fernanda Pelegrino [UNIFESP]; Branco, Bruno Castelo [UNIFESP]; Belfort, Rubens Junior [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Purpose: To describe the use of anterior capsule staining in cataracts without red reflex using a 0.025% trypan blue solution. Methods: Six eyes of 6 patients with cataracts without red reflex were submitted to phacoemulsification using a direct injection of 0.2 to 0.5 ml of 0.025% trypan blue in the anterior chamber previous to viscoelastic injection. All patients had an ophthalmologic examination prior to surgery, as well as pre and postoperative corneal endothelial cell count. Results: In all cases the capsule became stained with a faint blue color that enabled an adequate visibility of the flap during the continuous curvilinear anterior capsulotomy (CCC). There were no intra-or postoperative complications. The endothelial cell loss varied between 1.8% and 26.6% (mean 12.8%). Conclusion: Staining the anterior capsule with 0.025% trypan blue solution allows a good visibility of the capsular flap and facilitates the confection of CCC in cataracts without red reflex.
- ItemSomente MetadadadosColoração in vivo para diagnóstico de lesões neoplásicas e displásicas da conjuntiva(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 1992) Neves, Renato Augusto [UNIFESP]; Belfort, Rubens Junior [UNIFESP]
- ItemAcesso aberto (Open Access)Corantes Vitais e Fontes de Iluminação para Cromovitrectomia: análise in vitro de osmolaridade, potencial hidrogeniônico e espectrofotometria(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013) Costa, Elaine de Paula Fiod [UNIFESP]; Farah, Michel Eid [UNIFESP]; Maia, Maurício [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6377105744231862; http://lattes.cnpq.br/1907009763960478; http://lattes.cnpq.br/5100754266768948; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Avaliar o papel das propriedades do potencial hidrogenionico (pH), osmolaridade, espectrofotometria e interacao luz-corante de nove corantes vitais para cromovitrectomia na toxicidade retiniana. Metodos: Nove corantes u indocianina verde (ICV), azul tripan (AT), azul brilhante (BriB), azul de bromofenol (BroB), vermelho do Congo (CR), light green (LG), fast green (FG), indigo carmine (IC) e Evans blue (EB) u diluidos em solucao salina balanceada (BSS), glicose a 5% e agua destilada, foram submetidos a medicoes de osmolaridade, pH e espectrofotometria. O espectro de absorcao dos corantes foi comparado as curvas de emissao luminosa de sete fontes distintas para vitrectomia. Celulas do epitelio pigmentado da retina (EPR) humano, ARPE-19, foram expostas por 10 minutos a sete solucoes de BSS com diferentes valores de pH (4; 5; 6; 7; 7,5; 8; 9) e a diferentes concentracoes de glicose com osmolaridade entre 143 e 2530 miliosmois (mOsm), na presenca e ausencia de AT 0,5 mg/ml. Solucoes de manitol foram usadas como controle de osmolaridade. As celulas tambem foram expostas por 10 minutos a 0,05 mg/ml de seis dos nove corantes (AT, BriB, BroB, FG, LC, IC) e a duas fontes de endoiluminacao (xenonio de alto brilho e vapor de mercurio). A avaliacao de viabilidade celular foi realizada pelo teste de brometo de 3-[4,5-dimetil-tiazol-2-il]-2,5-difeniltetrazolio (MTT). Resultados: A osmolaridade dos corantes diluidos em BSS e glicose apresentou variacao entre 257 e 385 mOsm e na diluicao em agua destilada entre zero u 54 mOsm. Solucoes com diferentes concentracoes de glicose mostraram-se toxicas mesmo em condicoes isosmolares com ou sem AT (p<0,001). Os valores de pH dos corantes nas tres diluicoes variaram de 2,6 a 9,85. Solucoes com pH abaixo de 7 e acima de 7,5 foram toxicas as celulas do EPR (p<0,001). Os corantes ICV, LG, FG, EB, AT, BroB, CR e IC demonstraram diferentes absorbancias de acordo com o diluente; e todos os corantes com excecao da ICV e do IC tiveram importante sobreposicao com o espectro de emissao das fontes de endoiluminacao. Dentre os iluminadores,o xenonio de dupla emissao com laser integrado apresentou a maior sobreposicao e o vapor de mercurio, a menor sobreposicao. Apesar disso, a exposicao luminosa das celulas do EPR coradas nao revelou aumento na toxicidade. Conclusao: Corantes diluidos em agua destilada e glicose a 5% apresentaram maiores variacoes de pH que a diluicao em BSS. Somente as solucoes de pH entre 7,0 e 7,5 nao diminuiram a viabilidade das celulas ARPE-19. O BriB foi o unico corante que nao apresentou variacao do espectro de absorbancia de acordo com o diluente. A menor interacao luz-corante detectada foi entre a ICV e a fonte de vapor de mercurio. Os corantes LG e FG 0,05 mg/ml foram toxicos as celulas ARPE-19 independente da exposicao luminosa. A exposicao luminosa nao aumentou a toxicidade dos corantes as celulas do EPR
- ItemSomente MetadadadosCromofibrobroncoscopia com azul de toluidina para o diagnóstico de lesões pré-neoplásicas, neoplásicas e metaneoplásicas em brônquios centrais de tabagistas(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 1999) Goncalves, José Julio Saraiva [UNIFESP]; Leão, Luiz Eduardo Villaça [UNIFESP]Todo ano, morrem cerca de 3,5 milhoes de pessoas de doencas relacionadas ao cigarro, cerca de 10 mil/dia no mundo. Estima-se que o fumo mate 80 mil ao ano no pais e seja responsavel por 90 por cento das mortes por cancer de pulmao. Os fumantes, de maneira generica, tem uma probabilidade de apresentar cancer do pulmao 22 vezes maior do que os nao-fumantes, sendo que 90 por cento dos portadores de cancer de pulmao morre como consequencia. Latu sensu no cancer de pulmao, no momento do diagnostico, apenas 25 a 40 por cento sao ressecaveis e apenas 20 por cento dos casos tem doenca localizada sendo que 25 por cento ja apresentam disseminacao linfatica e 55 por cento tem metastases a distancia. Nos pacientes assintomaticos ha uma sobrevida de cinco anos de 45 por cento, ao passo que quando sintomatico, cai para menos de lO por cento. A sobrevida para cancer precoce central e de aproximadamente 100 por cento, sendo imperiosa a deteccao precoce do cancer de pulmao. Em pacientes grandes fumantes assintomaticos o rastreamento de cancer pode diagnosticar 20 por cento dos casos por citologia de escarro, 72 por cento por radiografia de torax e 6 por cento por ambos. As tecnicas de diagnostico precoce, via broncoscopia pareciam promissoras mas, LAM et ai. (l 993) demonstraram que a broncoscopia convencional detecta apenas lO-20 por cento das lesoes precoces (48,4 por cento de sensibilidade), isto devido as caracteristicas das lesoes, pois apresentam minimas diferencas em relacao ao epitelio normal e, na maioria dos casos, poucos milimetros de diametro com uma espessura de O,2 a l mm. Os corantes vitais sao amplamente utilizados no incremento diagnostico de lesoes superficiais, sendo o mais conhecido em uso o teste de SCHILLER (l933), para o diagnostico precoce do cancer de colo uterino com lugol. Estes corantes mostraram ser seguros e de extremo baixo custo; sua utilizacao na endoscopia convencional, foi uma evolucao natural, com grande sucesso, sendo utilizado em praticamente todas as endoscopias do tubo digestivo. Com o uso do corante vital na via aerea por TARKKANEN et al. (l972), e VAROLI et al. (l986) A.T., tambem SINEV et al. (l980) e OUCHINNIKOV et al. (l980) A.M. pode-se observar que os tecidos neoplasicos coravam em azul intenso. Estes ultimos foram os primeiros a utilizarem o termo cromobroncoscopia. Neste estudo utilizou-se o azul de toluidina em 57 pacientes, fumantes ou ex-fumantes, que quando submetidos a broncoscopia diagnostica ...(au)
- ItemAcesso aberto (Open Access)Ensaios iniciais sobre as antocianinas do açaí: bases para uso como corante nas cirurgias oftalmológicas(Universidade Federal de São Paulo, 2022-06-23) Peris, Cristiane Siqueira (UNIFESP); Maia, Mauricio [UNIFESP]; Lima Filho, Acacio Alves de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0318610459546736; http://lattes.cnpq.br/6377105744231862; http://lattes.cnpq.br/9512511080556972Objetivos: 1- Avaliar as alterações de cor do corante natural de antocianina de açaí (Euterpe oleracea) nos diferentes valores de pH e osmolaridades; 2- classificar e quantificar as antocianinas presentes no corante natural de açaí (Euterpe oleracea); e 3- analisar a toxicidade do corante natural de açaí (Euterpe oleracea) em modelo de coelhos. Métodos: O produto foi obtido a partir do extrato natural que contém 0,5% de antocianina, pH de 5,5 (Grupo Centroflora, Botucatu São Paulo, Brasil), liofilizado e envasado em frasco âmbar previamente esterilizado em autoclave. A osmolaridade foi ajustada em 300 mOsm e o pH ajustado para 7,00, usando uma solução diluída de corante de antocianina em solução de tampão fosfato PBS (Ophthalmos, São Paulo, Brasil), e os valores de pH foram ajustados para uma solução tamponada com hidróxido de sódio e após as modificações químicas necessárias, foram obtidos solução de concentração de 0,5%, com coloração roxa, pH 7,06 e osmolaridade 304 mOsm, demonstrando grande afinidade pela MLI em 12 olhos cadavéricos testados. Cinco padrões primários de moléculas de antocianina de açaí (Euterpe oleracea) adquiridas da empresa ChromaDex® foram utilizadas como comparativo para a solução manipulada: taxifolina 25mg, orientina 25mg, isovitexina 25mg, homo-orientina 25mg e cianidina-3-0-glucosídeo 25mg. As concentrações de antocianinas na amostra foram quantificadas e qualificadas por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e espectrometria de massas (EM). Injeções intravítreas em coelhos nas concentrações de 10%, 25% e 35% do corante natural de açaí (Euterpe oleracea) foram realizadas, e os olhos controle receberam solução salina balanceada (SSB). Exames de eletrorretinografia (ERG), retinografia, angiofluoresceinografia (AFG), tomografia de coerência óptica (OCT), microscopia óptica (LM) e microscopia eletrônica de transmissão (MET) foram executados: antes das injeções intravítreas, bem como em 24 horas e 7 dias. Resultados: O corante ajustado à osmolaridade de 300 mOsm e o pH ajustado de 7,00 resultaram em coloração roxa. As cinco principais antocianinas descritas em literatura estão presentes no corante natural de açaí (Euterpe oleracea), sendo a cianidina-3-0-glucosídeo a mais prevalente. O uso do corante foi seguro nas concentrações de 10% e 25% no estudo em coelhos por não apresentar alteração morfológica de toxicidade significante; já na concentração de 35%, anormalidades compatíveis com toxicidade incipiente foram observadas. Conclusões: O corante extraído do fruto do açaí resultou em coloração roxa e após ajustes físico-químicos de osmolaridade (304 mOsm) e pH (7,06) adequados para uso na cromovitrectomia, apresentou boa afinidade pela MLI em olhos cadavéricos e, portanto, pode ser útil para cirurgia vitreorretiniana A cianidina-3-0-glucosídeo foi a antocianina mais encontrada. A concentração das antocianinas a 10% e 25% foram seguras em olhos de coelhos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Fotodegradação de corante orgânico em meio aquoso por fotocatálise plasmônica com uso de nanopartículas de Ag e TiO2(Universidade Federal de São Paulo, 2022-06-03) Helene, Gustavo [UNIFESP]; Pellosi, Diogo Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4319283598735971; http://lattes.cnpq.br/4531874999654499Os processos industriais levam a uma grande contaminação de água para reuso e descarte. Os atuais tratamentos fotocatalíticos normalmente baseados em óxidos metálicos como o dióxido de titânio - TiO2 são pouco eficientes, além de absorverem luz apenas na região UV do espectro eletromagnético, o que torna o processo economicamente ineficiente. A fim de melhorar suas propriedades eletrônicas, propomos aqui funcionalizar o TiO2 com nanopartículas de prata (AgNP). A AgNP apresenta forte absorção de luz na faixa do visível, a qual depende de seu tamanho e morfologia, e sua superfície favorece processos foto/eletroquímicos na superfície do TiO2. Assim, AgNPs de diferentes tamanhos e formas (esferas, prismas e bastonetes) foram sintetizadas em água e então depositadas na superfície do TiO2 usando 3-MPA como agente de ligação. Os nanohíbridos TiO2/AgNP possuem a vantagem de apresentar elevada absorção de luz nas regiões UV e visível do espectro, serem pouco solúveis em água (catálise heterogênea) e apresentam uma lenta recombinação elétron/lacunas, aumentando a eficácia fotocatalítica. Estes foram caracterizados através de espectrofotometria UV-Vis, Difração de Raio X (DRX), Microscopia eletrônica de transmissão (MET), Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Reflectância Difusa e Fotoluminescência (FL). A relação entre otimização estrutural do nanohíbrido TiO2/AgNP e seu poder fotocatalítico foi uma questão norteadora deste trabalho. A fotocatálise foi realizada com uma lâmpada policromática de Hg (emissão UV-Vis) para a degradação do corante alaranjado de metila (MO) como modelo de poluentes orgânicos persistente em água. A descrição da cinética da fotodegradação pelo mecanismo cinético de pseudo-primeira ordem Langmuir-Hinshelwood mostrou que nanohíbridos TiO2/AgNP são significativamente mais eficientes que o TiO2 puro e que tanto tamanho quanto morfologia da AgNP são importantes na degradação do corante em água. Para TiO2/AgNP esféricas, quanto menor a AgNP, maior a eficiência fotocatalítica. Já as amostras TiO2/AgNP prisma e bastonetes se mostraram ainda mais eficientes que as esferas, por conta de um mecanismo de geração de elétrons quentes nas suas estruturas. Desta forma, demonstra-se que a adsorção de AgNPs anisotrópicas é uma forma eficiente de melhorar as propriedades fotocatalíticas do TiO2 e que o design racional e controle sobre a morfologia das AgNP é um caminho para a melhor otimização do processo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Influência de diferentes massas molares de polietilenoglicol na extração de antocianinas de juçara utilizando sistema aquoso bifásico(Universidade Federal de São Paulo, 2019-06-26) Silva, Giovana de Miranda Guimarães [UNIFESP]; Braga, Anna Rafaela Cavalcante [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1145965338858435; http://lattes.cnpq.br/9736455415717462As cores estão conectadas com todos os âmbitos da vida humana podendo influenciar as tomadas de decisão diária, inclusive dos alimentos que são consumidos. Relatos apontam que corantes naturais eram comumente utilizados no Egito para colorir comida desde 1500 a.C. Porém durante a Revolução Industrial houve grande aumento na produção e consumo de corantes sintéticos devido a vantajosa relação entre custo e velocidade de produção. Recentemente hábitos mais saudáveis e a preocupação com o meio ambiente levou o mercado a aumentar a utilização de pigmentos naturais para colorir alimentos. Em 2015 a demanda global de pigmentos foi de 1500 Mega toneladas, sendo aproximadamente 42% de origem natural. As antocianinas abrangem o grupo mais diverso de pigmentos naturais e proporcionam uma gama de cores atrativas para alimentos, além de agir como antioxidante e anti-inflamatório no corpo humano. Este corante pode ser extraído do fruto da juçara com a utilização de polietilenoglicol como solvente por meio de extração líquido-líquido. Este trabalho tem como objetivo estudar a influência de diferentes massas molares de polietilenoglicol na extração de antocianinas pelos métodos diferencial do pH, fator de purificação, fator de recuperação e concentração média através da realização de três experimentos de procedimentos idênticos, porém com a utilização de massas molares de PEG de 1500 g/mol, 6000 g/mol e 8000 g/mol em cada condição avaliada. A melhor condição obtida para extração das antocianinas da polpa da juçara foi utilizando o PEG 8000 e pH 6,0 na fase topo, com fator de purificação 1,41, recuperação em 119,09% e concentração média 581,9 mg/100g. Através dos resultados obtidos, verificou-se que o aumento da massa molar de PEG influencia a extração da antocianina. Houve uma maior concentração média de antocianina observada nos PEGs 6000 e 8000 em relação ao PEG 1500 o qual apresentou resultados inferiores, principalmente ao se comparar a concentração média de 573 mg/100 g, uma diferença de 2% em relação ao PEG 8000 e 17% para o PEG 6000. Portanto o PEG 8000 obteve as melhores respostas de fator de recuperação e coeficiente de partição e além de possuir uma média de concentração média próxima ao PEG 6000.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Novos corantes vitais e instrumentos para cirurgia ocular(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2011-02-22) Rodrigues, Eduardo Buchele [UNIFESP]; Farah, Michel Eid [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivos: Este estudo contém cinco objetivos: 1. Realizar uma revisão atualizada do uso de corantes vitais em cirurgia ocular. 2. Apresentar os mecanismos de toxicidade retiniana por indocyanine green. 3. Avaliar a capacidade de novos corantes de tingir tecidos oculares. 4. Investigar a toxicidade retiniana de seis novos corantes em um modelo animal. 5. Introduzir um novo instrumento para tingir a membrana limitante interna, o Vitreoretinal Internal Limiting membrane Color Enhancer “VINCE”. Materiais e Métodos: 1. A literatura médica de 1993 a 2009 foi revisada para fornecer um sumário atualizado do conhecimento sobre o uso cirúrgico de corantes vitais para a cirurgia ocular. 2. Um estudo na literatura de 1998 a 2009 foi realizado para esclarecer os mecanismos da toxicidade depois da injeção intravítrea do indocyanine green. 3. Inicialmente, treze corantes foram usados na concentração de 0.05% e 0.5%: light green, fast green, methyl violet, crystal violet, congo red, eosin Y, sudan black B, evans blue, brilliant blue, bromophenol blue, methylene blue, toluidine blue e indigo carmine. Os corantes foram aplicados sobre a cápsula anterior, durante um minuto, para a execução da capsulorrexis em 96 olhos de porcos post-mortem. O vítreo foi removido manualmente e inserido, por um minuto, em solução de 2 ml contendo cada um dos corantes em um frasco. Os corantes foram aplicados sobre a membrana limitante interna durante um minuto, para realização de sua dissecção, seguido de exame de histologia. Na segunda etapa do procedimento, seis corantes foram selecionados; light green, fast green, bromophenol blue, brilliant blue, indigo carmine e evans blue para experimentos com olhos humanos cadavéricos, com metodologia semelhante. 4. Após a seleção de seis corantes, 90 coelhos foram utilizados para a realização dos experimentos de toxicidade retiniana. Uma quantidade de 0.05 ml com 0.5% ou 0.05% de light green, fast green, evans blue, brilliant blue, bromophenol blue e indigo carmine foi injetada na cavidade vítrea. Exame clínico, angiografia fluoresceínica, histologia com microscopia de luz e microscopia eletrônica de transmissão foram realizados no dias 1 e 7. 5. Um novo pincel foi construído a partir de um instrumento backflush modificado, contendo um compartimento de silicone descartável com o corante. Resultados: 1. Trypan blue é o principal corante para a visibilidade da cápsula anterior, mas bromophenol blue, brilliant blue e indocyanine green são alternativas em estudo. Indocyanine green, trypan blue, brilliant blue e triamcinolone acetonide são os principais corantes usados para a cromovitrectomia. O perfil de segurança dos corantes vitais encontra-se controverso até o momento. 2. A maior parte dos experimentos em animais e dos estudos clínicos indicou que a toxicidade retiniana é dependente da dose utilizada. Os principais mecanismos de toxicidade postulados após injeção intravítrea por indocyanine green são: a) Osmolaridade de soluções de indocyanine green; b) Lesão direta causada pela molécula de indocyanine green; c) Modificação bioquímica na membrana limitante interna; d) Íons; e) Toxicidade de indocyanine green potencializada pela luz; f) Produtos de decomposição da solução de indocyanine green. 3. Em olhos de porcos, 0.5% de toluidine blue, evans blue, light green, sudan black, crystal violet, fast green, methyl violet, indocyanine green, brilliant blue e bromophenol blue promoveram uma moderada coloração na cápsula anterior, entretanto, o trypan blue demonstrou forte afinidade. A coloração da membrana limitante interna com 0.5% de methyl violet, crystal violet, brilliant blue e sudan black induziram forte coloração. Methyl violet, crystal violet, sudan black, toluidine blue e methylene blue causaram lesão histológica em retinas de porcos. O vítreo ficou moderadamente corado com 0.5% de congo red, crystal violet, fast green, eosin Y, methylene blue, toluidine blue, brilliant blue, bromophenol blue e methyl violet, e fortemente com light green e evans blue. Em olhos cadavéricos, 0.5% de evans blue, light green e bromophenol blue causaram uma coloração moderada da membrana limitante interna, mas brilliant blue e indocyanine green promoveram forte tingimento. O vítreo foi moderado ou fortemente corado por todos os corantes. A cápsula anterior foi fortemente corada por 0.5% de light green e bromophenol blue. Membranas epirretinianas demonstraram forte afinidade a 0.5% de evans blue. 4. A angiografia fluoresceínica mostrou alterações focais na fluorescência por eventual lesão do epitélio pigmentado da retina nos olhos submetidos à aplicação de 0.5% de evans blue. Microscopias de luz e eletrônica revelaram alterações retinianas mais marcantes na retina externa com evans blue, light green e bromophenol blue. A injeção de brilliant blue a 0.5% causou alterações focais específicas nos fotorreceptores. Light green a 0.5% causou vacuolização difusa de células bipolares, após 1 e 7 dias. Injeção de evans blue a 0.5% resultou em perda significativa do número de células neurorretinianas no exame de 7 dias (P <0.05). O eletrorretinograma mostrou latência prolongada e diminuição da amplitude em olhos injetados com 0.5% de evans blue, light green, brilliant blue e bromophenol blue. 5. O VINCE permitiu a pintura seletiva da membrana limitante interna e membrana epirretiniana nos olhos de animais enucleados, enquanto as regiões centrais da mácula e retina periférica permaneceram sem contato com o corante no peroperatório. Conclusões: Os novos corantes brilliant blue, bromophenol blue, fast green e light green coram a membrana limitante interna. As membranas epirretinianas podem ser muito bem coradas com light green, fast green, bromophenol blue e evans blue. Todos os corantes possuem boa afinidade com o vítreo. Os corantes vitais fast green, light green, índigo carmine, bromophenol blue e brilliant blue, na dose baixa de 0.05%, demonstraram boa biocompatibilidade retiniana. O VINCE pode ser utilizado para minimizar a quantidade de corante aplicado sobre a superfície retiniana. O uso cirúrgico de novos instrumentos e corantes vitais na cirurgia ocular representam uma nova e importante área de investigação científica que permitem aprimorar os resultados cirúrgicos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)O uso de Luteína e Zeaxantina como corantes intraoculares para cirurgia oftalmológica(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013) Sousa-Martins, Diogo [UNIFESP]; Belfort, Rubens Junior [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4270399167335564; http://lattes.cnpq.br/3542269820453621; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Criar formulacoes intraoculares contendo Luteina e Zeaxantina, isolada ou combinada com Azul Brilhante ou Azul de Trypan, e estudar a seguranca e eficacia destas formulacoes em cirurgia de catarata e vitreorretiniana. Desenho: Desenvolvimento farmacotecnico e estudo experimental pre-clinico. Metodos: O estudo foi desenvolvido em quatro fases: (I) desenvolvimento farmacotecnico: foram criadas formulacoes intraoculares com base na escolha do veiculo, tecnicas de micronizacao, manipulacao, enchimento e esterilizacao e estabilidade das materiasprimas e produtos finais; (II) estudo em olhos cadavericos: foram realizadas cirurgias de catarata e vitreorretiniana de ceu aberto em 102 olhos cadavericos humanos, com um maximo de 12 horas apos obito, fazendo uso de uma escala de graduacao previamente validada para avaliacao da capacidade de tingimento dos tecidos e estruturas corneanas e retinianas; (III) estudo experimental oin-vivoo de toxicidade intravitrea: 26 coelhos dutch-belt usaram as formulacoes preparadas em (I) e realizou-se eletrorretinografia e analise histologica atraves de microscopia optica e eletronica, e (IV) estudo em cultura celular: foi feita avaliacao citotoxica e da proliferacao celular tanto em celulas do epitelio corneano humano como celulas do epitelio pigmentado retiniano humano. Resultados: Solucoes-corantes que fazem uso de oleo de ricino polietoxilado (Cremophor ELO) como veiculo, nao apresentam afinidade corante para a Capsula Anterior, Vitreo, Hialoide Posterior, Membrana Limitante Interna e Membrana Epirretiniana. Adicionalmente, as solucoes contendo Cremophor ELO mostraram-se citotoxicas e inibiram a proliferacao celular. Pelo contrario, solucoes-corantes contendo alcool polivinilico como veiculo mostraram-se eficazes e seguras nos modelos testados. Os testes de eficacia em olhos cadavericos mostraram apenas cinco formulacoes (sem Cremophor ELO) que coraram o vitreo menos de +++/4. Quanto a Capsula Anterior e Membrana Limitante Iinterna, duas formulacoes atingiram a maxima coloracao com os niveis mais baixos de Azul de Trypan e Azul Brilhante, respetivamente: a primeira, Luteina e Zeaxantina a 0,5% associada a Azul de Trypan a 0,04%, e a segunda, Luteina e Zeaxantina a 0,3% associada a Azul Brilhante a 0,025%. O estudo de toxicidade intravitrea mostrou que nenhuma formulacao testada exibe toxicidade oin-vivoo no vitreo e retina. Estes resultados foram corroborados com o teste de citotoxicidade e proliferacao celular, o qual demonstra a ausencia estatisticamente significativa de toxicidade celular nas formulacoes de Luteina e Zeaxantina isolada ou combinada com Azul de Trypan ou Azul Brilhante testadas, usando alcool polivinilico como veiculo. Conclusoes: As solucoes-corantes Luteina e Zeaxantina a 0,3%-1% associada a Azul Brilhante a 0,025% e Luteina e Zeaxantina a 0,5%-1% associada a Azul de Trypan a 0,04%, ambas em alcool polivinilico, foram as melhores formulas em termos de estabilidade, pH e osmolaridade. Estas mesmas formulacoes atingiram os melhores resultados na coloracao da Capsula Anterior, Vitreo e Membrana Limitante Interna de olhos humanos cadavericos. Os testes de toxicidade em coelhos e em cultura celula mostram que estas formulacoes sao seguras para uso em estudos clinicos em pacientes. As solucoes-corantes a base de Luteina e Zeaxantina poderao ser uma alternativa segura e eficaz em cirurgia de catarata e vitreorretiniana