Navegando por Palavras-chave "Contracultura"
Agora exibindo 1 - 5 de 5
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Almanaque Navilouca (1974): itinerários da marginalidade artística no Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2021-02-18) Lucio, Amanda Costa Ferreira [UNIFESP]; Toledo, Maria Rita de Almeida [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0174591208393017; http://lattes.cnpq.br/3202323802172421Esta pesquisa tem como escopo a análise do Almanaque Navilouca, organizado pelos poetas Torquato Neto e Waly Salomão, lançado intencionalmente em primeira e única edição em 1974, reunindo produções de artistas plásticos, cineastas e poetas do período. Após 1968, a repressão militar promovida pela decretação do AI-5 ocasionou o fechamento dos espaços culturais, e contraditoriamente, acirrou o desenvolvimento de diversos embates no campo das artes e da cultura, aflorando a elaboração de novos espaços de atuação. O Almanaque, observado como um espaço situado à margem da cultura institucional, exercitou a liberdade de criação e opinião, articulando um circuito de arte “marginal” no Brasil dos “anos de chumbo” (1969-1974) da ditadura civil-militar. Com o objetivo de identificar os elementos que orientaram e influenciaram intelectualmente os artistas envolvidos, operando como traços de aproximação do grupo, a pesquisa desenvolvida analisa o impresso como espaço de sociabilidade que, permite o exame da fermentação intelectual, o desenvolvimento de sensibilidades, referências e experiências trocadas entre os participantes. Para tanto, mobilizando a bibliografia sobre o tema, a investigação analisou a materialidade do Almanaque, a fórmula editorial adotada, junto às correspondências trocadas entre alguns participantes, também sua recepção pela imprensa do período. Desta forma, o impresso foi compreendido como um espaço no qual se articularam traços de aproximação afetiva e intelectual dos envolvidos, que ao compartilharem das mesmas referências e processos de produção, conduziram um projeto cultural orientado pelo imperativo da “invenção” artística, materializando um discurso que dimensionava a subversão das práticas culturais estabelecidas e o comportamento como formas de ação política. O que marca a intencionalidade da produção da Navilouca – como uma “trincheira” artística – é o delineando de outros parâmetros para o processo criativo, apresentando uma nova sensibilidade artístico-cultural durante a primeira metade da década de 1970.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Uma estética marginal: mangueBit : princípios e legados(2018-06-28) Bessa, Audrey Manfredini [UNIFESP]; Fontes Filho, Osvaldo [UNIFESP]O MangueBit é uma movimentação cultural que superou as fronteiras da música e afetou cultura, sociedade e política, sendo profundamente marcante para a produção cultural brasileira e revolucionário para a cena artistíca pernambucana. Tendo como lema a diversão levada a sério, somada à ética punk/hip-hop do faça-você-mesmo, criou o senso de cooperação que trouxe a capacidade de tomar iniciativas sem esperar apoio dos órgãos de cultura oficial. Na periferia das produções (fora do eixo Rio – São Paulo), o MangueBit foi o canal aberto da periferia e levou ares desse cosmopolitismo de pobre para o mundo. Através das análises de produção textual, musical e audiovisual analisaremos a fala marginal profundamente ligada com o espaço em que eles produzem e suas contradições. Ao falar de onde se vive, o MangueBit se tornou-se uma manifestação que ainda hoje influencia diferentes ideias do debate social, demonstrando a relevância do movimento.
- ItemAcesso aberto (Open Access)“Eu não quero mesmo nada, eu não tenho nada a ver com isso”: Um estudo sobre o álbum fonográfico “Sociedade da Grã-ordem Kavernista apresenta Sessão das 10”(Universidade Federal de São Paulo, 2023-01-27) Melo, Bruna Bartholomeu de [UNIFESP]; Ferreira, Gabriela Nunes [UNIFESP]; https://bv.fapesp.br/pt/pesquisador/103878/gabriela-nunes-ferreiraO objetivo deste estudo é analisar o álbum "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta: Sessão das 10", de autoria de Edy Star, Miriam Batucada, Sérgio Sampaio e Raul Seixas (CBS Discos, 1971), enquanto obra-produto da canção popular-comercial brasileira. À luz dos ensejos metodológicos de Marcadet (2007), busca-se identificar o sentido, o campo social e as formas do produto fonográfico, diante dos processos de criação, produção, circulação e recepção (NAPOLITANO, 2005) das canções que o compõem, buscando explicações para a abrupta interrupção do ciclo do disco nos processos da música gravada. Finalmente pode-se concluir que o disco foi censurado pela própria gravadora que o produziu, sendo privado de circulação até seu relançamento oficial pela gravadora Polysom em 2008. A investigação assume uma abordagem exploratória de caráter qualitativo e contempla pesquisa bibliográfica e documental. Em um primeiro eixo, pretende-se perscrutar o panorama histórico, sociocultural e contra cultural do tempo-espaço de produção do álbum – Rio de Janeiro, final da década de 60 e início de 70 (DIAS, 2008; NAPOLITANO 2005; FAVARETTO 2017, 2019) e referenciado em Naves (2010), avançar-se-á para compreensão dos aspectos estéticos, performáticos e críticos que permeiam, singularizam, significam e situam o álbum Kavernista nos percursos da canção popular brasileira. As análises objetivaram reconstruir o objeto no “aqui-agora” desta pesquisa, contribuindo assim com os estudos que tomam o álbum fonográfico como artefato documental que agrega e produz valores socioculturais.
- ItemSomente MetadadadosEx – O jornal da contracultura no Brasil: o futebol como subterfúgio(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-12-05) Perez, Rodrigo [UNIFESP]; Jorge, Janes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3847048096593932; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)This paper is an analysis of Ex- Journal, a countercultural joural published between 1973 and 1975. It brings a brief history of the military dictatorship installed in Brazil and describes how it was produced, adressed thematics, form used in editing and how the jornal treated, in indirect and transversal ways, political issues. Then a theme is cut out for analysis. It's treated all approaches of the jornal on the football theme, as used, and demonstrate the intention, of sometimes mislead the reader and draw his attention through the theme for political affairs of edtors.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Jornal Presença (1971): uma manufatura em circulação na imprensa underground brasileira na década de 70(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-30) Lucio, Amanda Costa Ferreira; Toledo, Maria Rita de Almeida; Ferla, Luis Antonio Coelho; http://lattes.cnpq.br/0174591208393017; http://lattes.cnpq.br/3414564900325538; http://lattes.cnpq.br/3202323802172421O jornal Presença, publicado em dois números no final de 1971, fez parte de uma série de publicações undergrounds que emergiram no início da década de 1970 no Brasil. Esses jornais fomentaram espaços de reflexão e divulgação das práticas relacionadas à contracultura, estimulando a criação de campos de atuação para uma comunidade de jornalistas, poetas, artistas, escritores e outros agentes, e a formação de um público leitor específico. Embora impresso no Rio de Janeiro e editado por Rubinho Gomes, Antonio Henrique Nitzsche e Joel Macedo, o jornal articulou um circuito envolvendo indivíduos de diversas regiões do país e do exterior. Esta dissertação também inaugura uma análise dedicada ao impresso, propondo, por meio da observação de sua arqueologia, uma leitura da contracultura fora de suas designações rígidas enquanto momento histórico, revisando sua proposta homogênea ao analisar uma atuação “contra a cultura” emergente no período dos anos de chumbo (1968-1972) da ditadura civil-militar brasileira, circunscrita aos fenômenos locais na apropriação das reverberações desse imaginário que chegavam de outros locais como referência. Na aproximação dos “artistas marginais”, vinculados à vanguarda e ao experimental, com as práticas contraculturais, identificou-se a articulação de uma nova sensibilidade que agenciou ambos imaginários, subvertendo a objetividade na reformulação da linguagem e das formas, enquanto também criticava a sociedade industrial. Essa prática foi reforçada pelo contato com outros grupos, publicações e referentes culturais de contextos geográficos variados, como Nova York e Londres, permitindo a apropriação de modelos editoriais da imprensa underground em uma rede de contatos transnacional que ampliou a circulação dessas fórmulas no Brasil. Para tanto, o estudo tomou como método analítico a materialidade enquanto forma produtora de sentido, o exame dos modelos de leitura, espaços de circulação e atuação dos intelectuais na mediação desses trânsitos culturais para identificar os referentes partilhados, assim como suas redes de sociabilidade, identificadas e examinadas a partir de correspondências, entrevistas e publicações na imprensa, de modo a investigar como suas representações atribuíram elementos para a elaboração da “imprensa subterrânea” brasileira como parte de uma rede que envolveu a circulação de sujeitos e impressos.