Navegando por Palavras-chave "Clinical practice guidelines"
Agora exibindo 1 - 6 de 6
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Diretrizes clínicas sobre tratamento oncológico avaliadas pela ferramenta AGREE II ao longo do tempo(Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-23) Pereira, Natália Mesquita [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; Silva, Lucas Caetano Araújo; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937Introdução: A oncologia é uma área de bastante interesse na saúde mundial. São muitas as diretrizes clínicas publicadas nessa área e também muitos estudos são publicados relatando a qualidade dessas diretrizes com a segunda versão da ferramenta Appraisal of Guidelines for Research and Evaluation (AGREE II). Objetivo: Descrever os resultados de avaliação de qualidade metodológica de diretrizes clínicas com o AGREE II para a área de oncologia ao longo do tempo. Métodos: Análise das avaliações das diretrizes clínicas relacionadas a oncologia, encontradas pela extração de dados após a identificação de utilização correta da ferramenta AGREE II, após revisão metaepidemiológica. Resultados e discussão: Dentre o conjunto de dados colhidos das avaliações das diretrizes clínicas pela ferramenta AGREE II, para área da oncologia, foram incluídos 36 estudos com 281 diretrizes clínicas avaliadas, publicadas de 1997 a 2019, em sua maioria nos Estados Unidos, Canadá e Reino unido, sendo 66 diretrizes recomendadas, 88 recomendadas com modificações e 121 não recomendadas, com 6 diretrizes que não apresentaram resultados para cada domínio e isentas de classificações. Houve uma melhora de qualidade da produção após o lançamento da ferramenta e avanço até 2014, mas também há um aumento na quantidade de diretrizes clínicas lançadas, com uma diminuição conforme se avançam os anos, podendo relacionar tanto com o período de coleta das avaliações, quanto com os tipos de tratamento a serem desenvolvidos, além das diferenças dos serviços de saúde de cada local. Conclusão: Mostra-se necessária a contínua avaliação das diretrizes clínicas relacionadas à oncologia, afim de melhorar as condições de vida dos pacientes, visando um tratamento de qualidade e de forma padronizada, visando melhor aplicabilidade dependendo das condições disponíveis.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Medicamentos recomendados em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas sob ótica da comparação com diretrizes clínicas e indicações de uso off-label(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-30) Dourado, Andréa da Silva [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937; http://lattes.cnpq.br/6982142512250331Introdução: A elaboração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDTs) inicia em 2000 com o objetivo de suprir uma demanda ainda não atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, é de responsabilidade da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) auxiliar o Ministério da Saúde no processo de aprovação de PCDTs, bem como na avaliação de incorporação de tecnologias ao SUS. A publicação da Lei no 14.313/2022, que autoriza a dispensação de medicamentos com indicação de uso diferente da preconizada em bula brasileira e prevê a atualização de PCDTs de acordo com publicação de novas evidências, evidenciou dificuldades históricas associadas à priorização da elaboração e atualização desses documentos, bem como do processo de verificação e divulgação de medicamentos recomendados em PCDTs em caráter off-label. Define-se como utilização off-label aquela realizada em condições diferentes da prevista em bula cuja responsabilidade recai sob o médico prescritor. Objetivos: Verificar potenciais lacunas assistenciais e uso off-label de medicamentos a partir das recomendações sobre tratamento farmacológico previstas em PCDTs vigentes. Materiais e métodos: Foi realizada uma busca nos sites oficiais do governo federal para identificação de PCDTs vigentes e extração de informações sobre medicamentos recomendados e indicação de uso. Para cada um dos medicamentos recomendados foi realizada busca no site Consulta Anvisa para identificação da validade do registro e verificação da indicação de uso na bula – essas informações foram comparadas com o preconizado no PCDT. Para comparar recomendações de PCDTs e diretrizes clínicas internacionais, a lista de medicamentos recomendados em PCDTs foi comparada com a lista obtida a partir de recomendações de diretrizes clínicas publicadas em quatro repositórios internacionais. Resultados: Os PCDTs incluídos foram publicados entre 2002 e 2022 e reportavam 538 recomendações sobre o tratamento farmacológico. As condições mais abordadas entre PCDTs foram doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (n=27; 26,73%) e doenças do sistema músculo-esquelético e tecido conjuntivo (n=12;11,88%). Excluindo-se recomendações sobre medicamentos manipulados e isentos de registro, 55 (10,91%) recomendações presentes em 45 PCDTs (44,55%) estavam com situação regulatória irregular na Anvisa. Em relação às indicações off-label, 67 (66,33%) PCDTs apresentaram pelo menos uma especialidade farmacêutica recomendada em caráter off-label em relação à condição clínica tratada ou à faixa etária de utilização do medicamento, sendo que 20 PCDTs (19,81%) apresentaram 79 (7,74%) especialidades com indicação clínica distinta da prevista em bula, enquanto em 62 (59,40%) PCDTs foram identificadas 201 (44,86%) recomendações em caráter off-label para faixa etária. A população pediátrica foi a mais frequente entre as populações distintas da prevista em bula em recomendações off-label. Foram extraídas 501 recomendações de 83 diretrizes clínicas internacionais. Mais da metade das recomendações (n=220; 52,268%) foi considerada semelhante entre PCDTs e diretrizes e não foi encontrado qualquer conflito entre os documentos. Do total, 147 (34,91%) recomendações farmacológicas previstas em diretrizes clínicas internacionais não foram recomendadas em PCDTs. Conclusão: Com uma pequena proporção de especialidades farmacêuticas em situação regulatória irregular (cerca de 10%), não foram observadas lacunas assistenciais em PCDTs devido a medicamentos sem registro. A recomendação de especialidades farmacêuticas em caráter off-label foi frequente entre os PCDTs da amostra, sendo mais comum quando associada à faixa etária em comparação à indicação clínica. Mesmo com a maioria parte das recomendações de PCDTs sendo similares às de diretrizes clínicas – não sendo observados conflitos -, há muitas alternativas farmacológicas recomendadas em diretrizes que não são descritas em PCDTs.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Novo PCDT sobre diagnóstico e manejo da asma: qualidade metodológica e comparação com diretrizes clínicas internacionais(Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-11) Dourado, Andréa da Silva [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937; http://lattes.cnpq.br/6982142512250331A asma é uma doença heterogênea e complexa que afeta cerca de 339 milhões de pessoas ao redor do mundo. Em 2019, 8,4 milhões de pessoas referiram diagnóstico de asma ou bronquite asmática no Brasil. Para minimizar a morbimortalidade da doença, diretrizes clínicas (DCs) para o manejo da asma começaram a ser elaboradas nos anos 1980. Esses documentos são elaborados com o objetivo de orientar e promover a decisão baseada em evidências. No Brasil, possuem caráter normativo e são conhecidos como Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDTs). O PCDT de asma foi atualizado em 2021. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade metodológica e a concordância da versão atualizada do PCDT de asma em relação às recomendações de DCs internacionais. Materiais e métodos: Foi conduzida uma revisão sistemática para identificação de DCs com recomendações para o diagnóstico e manejo de asma em adultos no contexto de atenção primária à saúde. Os documentos recuperados passaram por elegibilidade por título e resumo e, posteriormente, texto completo. DCs internacionais incluídas as duas versões do PCDT de asma foram avaliadas para a qualidade metodológica com o instrumento AGREE II. DCs internacionais com pontuação superior ou igual a 60% nos domínios 3 e 6 da ferramenta foram classificadas como de alta qualidade e incluídas na comparação de recomendações. Para DCs com escore limítrofe no domínio 3 e/ou 6 - pontuação igual ou superior a 50%, foi realizado um consenso para classificação da sua qualidade e inclusão na comparação. Foi montado um compilado com recomendações extraídas de DCs de alta qualidade metodológica que foi comparado ao texto integral do PCDT de asma publicado em 2021. A versão atualizada do PCDT também foi comparada com sua versão anterior, publicada em 2013. Resultados: Dos 4.610 documentos identificados, 69 passaram pela elegibilidade por título e resumo e foram analisados por texto completo. No total, 25 DCs foram enviadas para avaliação metodológica pelo AGREE II e apenas sete foram consideradas como de alta qualidade. Comparado à sua versão anterior, o PCDT de asma de 2021 obteve escores maiores em quatro dos seis domínios da ferramenta de avaliação. Poucas discrepâncias foram encontradas entre o PCDT atualizado e DCs de alta qualidade. Em relação aos mesmos documentos, houve variabilidade de recomendações a respeito dos parâmetros de testes objetivos para a confirmação do diagnóstico de asma e indicações de medicamentos para diferentes etapas do tratamento farmacológico da asma. Conclusão: Mesmo com o aumento do escore na maioria dos domínios, o processo de elaboração do PCDT ainda precisa de estratégias de aperfeiçoamento. A melhora no domínio 3 evidencia o rigor metodológico adotado no desenvolvimento do documento, enquanto a redução significativa no escore do domínio 6 demonstra a falha na descrição de informações sobre o manejo de interesses conflitantes. DCs de alta qualidade e o PCDT de asma atualizado são concordantes em sua maior parte, mas apresentam variabilidade a respeito dos parâmetros recomendados para confirmação do diagnóstico de asma e sobre os medicamentos indicados para o tratamento da asma grave.
- ItemEmbargoQualidade metodológica de diretrizes clínicas internacionais: houve melhora ao longo do tempo?(Universidade Federal de São Paulo, 2023-01-30) Silva, Lucas Caetano Araújo [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937; http://lattes.cnpq.br/3530250251065908Introdução: A saúde baseada em evidências é uma alternativa para promover tomada de decisão que considere os melhores e mais atualizados estudos científicos, a fim de orientar especialistas na prática clínica. As diretrizes clínicas (DC) são documentos que sintetizam as evidências e as traduzem em recomendações usuais para a saúde. Tem sido observada uma quantidade maior de DC desde o início do século XXI, ainda que nem sempre com rigor metodológico. A segunda versão do Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation (AGREE-II) é o instrumento mais conhecido e usado pelo mundo para avaliação da qualidade metodológica de DC, mas seu uso deve ser adequado. Objetivo: Analisar a evolução da qualidade metodológica das DC ao longo do tempo relatada em estudos que reportaram cuidados mínimos na aplicação do AGREE-II. Métodos: Foi realizada revisão sistemática, sendo conduzidas buscas nas bases de dados Medline (via Pubmed), Embase, Cochrane Library e Lilacs, em 12 de junho de 2020. Dos estudos elegíveis, extraíram-se dados de características das DC, como ano de publicação, instituição elaboradora, região/país de origem, área clínica e os resultados das avaliações para cada domínio do AGREE-II, bem como nota geral, se disponível. Foi conduzida análise estatística com teste de Kruskal-Wallis (α=0,05) para avaliação da evolução da qualidade ao longo do tempo para todas as DC e para subgrupos desses documentos, de acordo com região de origem, instituição elaboradora e área clínica. Resultados e Discussão: Um total de 3.211 DC foram avaliadas nos 186 estudos incluídos. Para 23 DC, não foi possível identificar ano de publicação, fazendo que com a análise da qualidade ao longo do tempo compreendesse resultados da avaliação com AGREE-II para 3.188 DC, publicadas entre 1977 e 2020. Observou-se melhora da qualidade das DC para todos os domínios e para o escore geral do AGREE-II, a qual foi confirmada estatisticamente pela diferença significativa dos resultados dos escores medianos comparados entre os períodos de anos utilizados, com p<0,001 em todos os casos. Contudo, os domínios 2 (envolvimento das partes interessadas), 3 (rigor de desenvolvimento) e 5 (aplicabilidade) tiveram mediana dos escores no período final de análise próxima ou abaixo de 50%. A qualidade foi maior ao longo do tempo em todos os domínios somente para DC provenientes da América do Norte e Europa (p≤0,001), inclusive quando excluídos os resultados para DC de instituições com maior tradição na elaboração desses documentos (p<0,05). A melhora também foi observada quando analisadas separadamente as DC de acordo com o grupo elaborador: governos (p<0,001), sociedades profissionais (p<0,001) e grupos de pesquisa (p<0,001, exceto no domínio 5). Quando a qualidade das DC foi avaliada em subgrupos de 20 diferentes áreas clínicas, apenas para duas delas foi observada aumento de qualidade metodológica em todos os domínios do AGREE-II: neurologia (p<0,001) e ginecologia (p<0,001). Conclusão: Houve melhora na qualidade metodológica das DC publicadas ao longo do tempo tanto no geral, quanto para vários dos subgrupos analisados. Apesar disso, principalmente para os domínios 2, 3 e 5, ainda há oportunidade para melhoria observando as medianas calculadas, que permanecem aquém do desejado.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Síntese de recomendações de guias de prática clínica para farmacoterapia de osteoporose/(Universidade Federal de São Paulo, 2019-06-17) Martins, Tamiê de Camargo [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937Há uma relação direta entre o envelhecimento e a incidência das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Estas constituem um grande problema de saúde global, pela morbidade e mortalidade que causam. A osteoporose (OP) é uma DCNT multifatorial e os riscos que influenciam a sua manifestação podem ser individuais (fatores genéticos) ou ambientais. Para a padronização de condutas que auxiliam o raciocínio do profissional de saúde e a tomada de decisão terapêutica, tem-se o uso de Guias de Prática Clínica (GPC). A adaptação de recomendações de GPC de boa qualidade para a realidade local é uma boa opção para otimizar tempo e recursos. O objetivo deste trabalho foi sintetizar as recomendações sobre tratamento farmacológico extraídas de GPC de alta qualidade metodológica para o tratamento da OP. Os GPC para o tratamento de OP foram identificados pelo grupo de pesquisa CHRONIDE e avaliados por meio do instrumento AGREE II. As recomendações dos GPC de alta qualidade foram extraídas e posteriormente, sintetizadas e categorizadas de acordo com a população alvo de pacientes a que cada recomendação se referia, dando origem a quatro sínteses, sendo possível determinar quais os tópicos abordados de acordo com cada população alvo e comparar as recomendações, identificando aquelas que são consenso entre os GPC e as que diferem entre os documentos. Apesar da impossibilidade de se unificar as recomendações, devido a diferença entre as mesmas, elas se complementam. A maioria dos GPC recomenda o uso de bifosfonatos e outras opções terapêuticas para o tratamento de OP. Desta forma, a síntese de recomendações promove uma fonte de consulta fácil, confiável e atualizada para a tomada de decisão sobre o tratamento farmacológico e/ou processos de adaptações locais de GPC.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Síntese e adaptação de recomendações de diretrizes clínicas para cuidados na gestação e no puerpério(Universidade Federal de São Paulo, 2020-09-30) Brito, Patrícia Cristine Mandú de [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; Oliveira, Rosyanne Michele Marques de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7675699810501912; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937; http://lattes.cnpq.br/7934279726636245Tanto a gravidez quanto o puerpério são processos marcados por intensas alterações físicas e psicoemocionais que podem favorecer o surgimento de doenças ou agravar condições pré-existentes, aumentando os riscos de mortalidade materna. É fundamental que as mulheres recebam uma assistência médica de qualidade para proporcionar bons resultados durante e após a gravidez, e nesse contexto de melhoria as diretrizes clínicas (DC) baseadas em evidência mostram-se uma importante ferramenta para o cuidado das gestantes e puérperas. Considerando que são necessários recursos humanos, técnicos e financeiros para a elaboração de DC, uma alternativa assertiva para viabilizar a aplicação no cenário brasileiro é a adaptação de DC de boa qualidade já existentes considerando o contexto e realidade local. O objetivo deste trabalho foi sintetizar e adaptar recomendações sobre cuidados na gestação e puerpério obtidas a partir de DC elaboradas por instituições reconhecidas por produzirem DC de boa qualidade metodológica. As instituições foram descritas em estudos prévios e utilizou-se adicionalmente a plataforma de busca ECRI para elencar as DC a serem utilizadas. Também foi feita uma busca por documentos nacionais para respaldo das informações contidas nas DC elencadas. A maioria das recomendações das DC internacionais e documentos nacionais concordavam ou se complementavam, entretanto, especialmente quando o assunto estava relacionado às opções terapêuticas, dosagens e utilização de medicamentos e/ou suplementos e métodos diagnósticos, houve certas divergências. A recomendação de 5mg/dia de ácido fólico sugerida por documentos nacionais contradizendo às 0,4mg/dia indicada nas DC internacionais; a ausência do medicamento Labetalol para tratamento de distúrbios hipertensivos nos documentos nacionais; a não recomendação dos hipoglicemiantes orais para tratamento do diabetes Mellitus (DM) durante a gestação nos documentos nacionais enquanto estes apresentavam-se como opção terapêutica nas DC internacionais, são exemplos de recomendações conflitantes encontradas. Como resultado, 199 recomendações foram sintetizadas e adaptadas para uso local e benefício de mulheres grávidas e puérperas brasileiras.