Navegando por Palavras-chave "Canabidiol"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise dos possíveis efeitos preventivos do canabidiol em um modelo animal de esquizofrenia: a ativação imune pela administração de ácido poliinosínico-policitidílico.(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-11-30) Peres, Fernanda Fiel [UNIFESP]; Abílio, Vanessa Costhek [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2393173678667897; http://lattes.cnpq.br/7696717599003359; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico de alta prevalência cujo tratamento farmacológico está associado a efeitos colaterais importantes e a altas taxas de refratariedade. O desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas e preventivas é, portanto, essencial. Recentemente, verificamos que o tratamento com canabidiol dos 30 aos 60 dias pós-natal previne o aparecimento de alterações comportamentais que modelam sintomas positivos e cognitivos da esquizofrenia no modelo da linhagem SHR. Esses dados sugerem a aplicação do canabidiol na prevenção deste transtorno. Objetivo: Padronizar o modelo de esquizofrenia da ativação imune pela administração de ácido poliinosínico-policiticílico (poly I:C) e verificar os efeitos preventivos do tratamento com canabidiol (dos dias 30 aos 60 pós-natal) neste modelo. Métodos: Nos experimentos 1, 2, 3 e 5, o poly I:C foi administrado no período pré-natal ? camundongas da linhagem C57Bl/6J foram tratadas com veículo ou poly I:C durante a gestação. As doses de poly I:C utilizadas, a via de administração e o período de gestação em que a administração aconteceu variaram ao longo dos experimentos: 2,5, 5 ou 10 mg/kg de poly I:C, no dia de gestação (GD) 9 por via intravenosa (experimentos 1 e 5); 20 mg/kg de poly I:C nos GDs 11, 12 e 13 por via intraperitoneal (experimento 2); 10 mg/kg de poly I:C nos GDs 9 e 17 por via intravenosa (experimento 3). No experimento 4, o poly I:C foi administrado em camundongos C57Bl/6J no período neonatal (dias 4-6 pós-natal), na dose de 5 mg/kg, por via intraperitoneal. Nos experimentos 4 e 5, avaliou-se também o efeito preventivo do tratamento com canabidiol (doses de 0,5 ou 1 mg/kg) durante a peri-adolescência (dias 30 aos 60 pós-natal). Em todos os experimentos, ao completarem três meses os animais machos foram submetidos às seguintes avaliações comportamentais: locomoção, interação social, alternação espontânea, reconhecimento de objetos, inibição pré-pulso, medo condicionado ao contexto e sensibilidade a psicoestimulantes. Resultados: O protocolo utilizado no experimento 1 induziu, na prole, hiperlocomoção e déficit de interação social ? alterações comportamentais que modelam, respectivamente, os sintomas positivos e negativos da esquizofrenia. A hiperlocomoção desse modelo é prevenida pelo tratamento com canabidiol (1 mg/kg) dos dias 30 aos 60 pós-natal (experimento 5). Os protocolos utilizados nos experimentos 2, 3 e 4 não induziram alterações comportamentais necessárias para a caracterização de um modelo animal de esquizofrenia. Conclusão: Os resultados indicam que modelo desenvolvido no experimento 1 pode ser utilizado no estudo dos sintomas positivos e negativos da esquizofrenia, e reforçam o potencial preventivo do canabidiol com relação aos sintomas positivos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Autofagia mediada pelo canabidiol em modelo de Doença de Parkinson em Caenorhabditis elegans(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-28) Kano, Rodrigo Issamu [UNIFESP]; Pereira, Gustavo José da Silva [UNIFESP]; Trindade, Claudia Bincoletto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/616900663495182; http://lattes.cnpq.br/7125107888186769; https://lattes.cnpq.br/8098981250558712O envelhecimento é o fator de risco primário para doenças neurodegenerativas como a Doença de Parkinson (DP). Muitos indivíduos acometidos pela DP recebem tratamento farmacológico paliativo que ajudam a controlar as manifestações clínicas da doença, porém, sem inibir sua progressão. Neste contexto, embora o canabidiol (CBD) tenha sido cada vez mais estudado na DP, devido a seus efeitos no sistema nervoso central e por apresentar efeitos neuroprotetores, o seu mecanismo de ação ainda não está totalmente elucidado. Muitas evidências apontaram para um papel do CDB na indução da autofagia em vários modelos celulares e animais. Sabe-se que a deficiência da autofagia leva ao acúmulo citosólico de agregados proteicos ubiquitinados, que são características importantes de processos neurodegenerativos, como os corpos de Lewis na DP, que são formados principalmente pela proteína α-sinucleína. Desta forma, o objetivo deste projeto foi estudar a ação do CBD em modelos in vivo da Doença de Parkinson, avaliando a modulação da termotolerância, o papel da autofagia e uma possível via de ação HLH-30/TFEB. Foram utilizados modelos de C. elegans transgênicos, para expressão de GFP::LGG-1 e GFP::HLH-30, para a avaliação das proteínas LC3 e TFEB, respectivamente. A microscopia de fluorescência foi utilizada para avaliar os efeitos do CBD na formação de pontuações e a translocação de HLH-30/TFEB para o núcleo para avaliar uma possível indução da autofagia através da ativação do HLH-30/TFEB após o tratamento de CBD. Verificou-se também a possível modulação do CBD na longevidade pelo ensaio de termotolerância em diferentes concentrações, CBD 0,1 µM, CBD 0,5 µM, CBD 1 µM, CBD 5 µM e CBD 100 µM. Os dados obtidos por microscopia de fluorescência sugeriram a ativação do fluxo autofágico pela via TFEB após o tratamento com CBD a 100 μM por 2 horas. Dessa forma, esse estudo contribui para uma melhor compreensão sobre os potenciais alvos terapêuticos canabinoides e como perspectiva futura um possível papel neuroprotetor.
- ItemSomente MetadadadosAvaliação da ativação da micróglia e desmielinização em um modelo experimental para Esclerose Múltipla após administração de Canabidiol e diferentes fases da doença(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2019-05-30) Souza, Stefanie Ane Valerio De [UNIFESP]; Arisi, Gabriel Maisonnave [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Multiple sclerosis (MS) is a chronic, autoimmune, and neurodegenerative inflammatory disease that affects approximately 2.5 million people worldwide. The symptoms are due to neuroinflammation and demyelination, so understanding these mechanisms may contribute to alternative forms of treatment. The recent description of endocannabinoid system as a modulating element of the central and peripheral nervous system and its interface with immune cells has caused interest in the use of phytocannabinoids such as cannabidiol (CBD) as adjuvant therapy in MS. The objective of this work was to investigate the effects of CBD administered in different phases of an experimental model for MS in the clinical course of the disease, as well as in the demyelination and modulation of glial cells. For this, experimental autoimmune encephalomyelitis was induced in 8-week C57BL / 6 female mice (n = 80 mice; CEUA nº 3710191016) by subcutaneous injection of an emulsion containing CFA with peptide MOG35-55, combined with pertussis toxin i.p. on days 0 and 2. Animals were monitored for 21, 24 or 28 days and graded from 0 to 5 for the observed flaccid paralysis. Animals received cannabidiol 10mg / kg or vehicle solution i.p. for 10 days at different intervals: on days 5 to 14 or 14 to 23 post-induction. A clinical score, as well as spinal cord damaged area were evaluated after the treatment. There was no significant reduction in the clinical scores of the disease in the groups that received cannabidiol previously (days 5-14) or after (days 14-23) the disease onset. In addition, there was no significant difference in area of spinal cord injury in both cases. This study indicate that cannabidiol, as monotherapy was not effective in improving motor symptoms in EAE experimental model.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da atividade antidepressiva da associação entre os fitocanabinoides delta-9-tetrahidrocanabinol e canabidiol em camundongos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012) Maia, Lucas de Oliveira [UNIFESP]; Carlini, Elisaldo Araujo [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)As evidencias obtidas em estudos pre-clinicos demonstram que as substancias contidas na planta Cannabis sativa L., os fitocanabinoides, e outras drogas que atuam sobre o sistema endocanabinoide apresentam efeitos em modelos animais preditivos de atividade antidepressiva. Entretanto, os efeitos da interacao entre os principais fitocanabinoides farmacologicamente ativos, o (u)-trans-Δ9-tetrahidrocanabinol (Δ9-THC) e o canabidiol (CBD), sao desconhecidos nestes modelos. Neste sentido, este estudo buscou avaliar os efeitos da interacao entre o Δ9-THC e o CBD nos testes da natacao forcada (TNF), suspensao pela cauda (TSC) e inibicao da hipotermia induzida por apomorfina (IHA) em camundongos. Camundongos suicos machos adultos receberam uma administracao aguda intraperitoneal (i.p.) de Δ9-THC (1, 1,25, 2,5 e 5 mg/kg), CBD (1, 5 e 10 mg/kg), a associacao entre Δ9-THC e CBD (proporcoes de 1:1 e 1:8), imipramina (5, 15 e 30 mg/kg) ou veiculo e foram submetidos aos testes trinta minutos apos a administracao das drogas. Os efeitos do Δ9-THC (0,625, 1,25, 2,5, 5 e 10 mg/kg, i.p.) sobre a atividade locomotora dos camundongos tambem foram avaliados utilizando caixas de atividade locomotora. Os resultados mostraram que o Δ9-THC (5 mg/kg) induziu efeitos sugestivos de atividade antidepressiva no TNF e efeitos sugestivos de atividade depressiva no TSC. O CBD administrado isoladamente nao alterou os parametros avaliados nas doses testadas. Contudo, o CBD (5 mg/kg) atenuou os efeitos do Δ9-THC (5 mg/kg) sobre a imobilidade no TNF e no TSC quando estes compostos foram administrados simultaneamente. Nao houve efeito de ambos os compostos estudados sobre a hipotermia induzida por apomorfina (10 mg/kg). Estes resultados demonstram que o CBD interfere nos efeitos do Δ9-THC sobre a imobilidade em camundongos, evidenciando uma interacao farmacologica entre estes fitocanabinoides sobre o desamparo comportamental
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação de possíveis dimorfismos sexuais nas alterações comportamentais e efeitos preventivos do canabidiol em modelos animais de esquizofrenia(Universidade Federal de São Paulo, 2023-01-17) Rodrigues, Gabriela Doná [UNIFESP]; Abílio, Vanessa Costhek [UNIFESP]; Loss, Cássio Morais [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5880914070732996; http://lattes.cnpq.br/2393173678667897; http://lattes.cnpq.br/4754452735025537A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico de alta prevalência que afeta a vida social, a capacidade de trabalho dos pacientes e cuja gravidade e progressão dos sintomas são sexualmente dimórficos. Apesar das diferenças sexuais serem evidentes em vários aspectos do transtorno, o dimorfismo sexual na esquizofrenia tem sido pouco explorado em estudos pré-clínicos. Os tratamentos disponíveis para a esquizofrenia não são eficazes para todos os sintomas e estão associados a altas taxas de refratariedade e a importantes efeitos colaterais. Nesse cenário, torna-se fundamental o desenvolvimento de estratégias preventivas eficazes e com baixa incidência de efeitos colaterais. Recentemente, verificamos que o tratamento com canabidiol (CBD) – um componente não psicomimético da Cannabis sativa – durante a peri-adolescência (30-60 dias pós-natal) previne o aparecimento de alterações comportamentais que mimetizam os sintomas positivos em camundongos machos no modelo de administração pré-natal de Poly I:C. O 1o objetivo do presente estudo foi investigar possíveis dimorfismos sexuais nas alterações comportamentais observadas em dois modelos animais para o estudo da esquizofrenia: a ativação imune pré-natal por Poly I:C e a administração aguda de anfetamina. Nosso 2o objetivo consistiu em investigar dimorfismos sexuais nos possíveis efeitos preventivos do tratamento crônico com CBD sobre as alterações comportamentais induzidas pelo modelo da Poly I:C. Para o modelo de ativação imune pré-natal, fêmeas C57 foram tratadas aos 12 dias de gestação com Poly I:C ou veículo. Na prole resultante, foi administrado CBD (1mg/kg) ou veículo entre os dias 30 e 60 pós-natal. Avaliações comportamentais (atividade locomotora, preferência social, inibição prepulso da resposta de sobressalto e reconhecimento de objetos) foram realizadas aos 61-65 e 91-95 dias pós-natal. O tratamento pré-natal com Poly I:C diminuiu a preferência social em fêmeas aos 90 e promoveu um aumento de sobressalto em ambos as idades nos machos e aos 90 dias em fêmeas, indicando dimorfismos sexuais no modelo. O tratamento com CBD modificou a resposta de sobressalto diferentemente na prole controle e na prole do modelo Poly I:C. Para o modelo da anfetamina, camundongos C57 de ambos os sexos receberam uma injeção aguda de anfetamina (5 mg/kg) e foram observados para avaliação da atividade locomotora e da inibição prepulso da resposta de sobressalto. Fêmeas apresentaram uma resposta hiperlocomotora à anfetamina mais acentuada e uma menor intensidade de sobressalto. Em conclusão, este trabalho mostra a importância da busca de estratégias preventivas para a esquizofrenia, a importância de se estudar dimorfismos sexuais e a vantagem do uso modelos animais diferentes, uma vez que mimetizam aspectos diferentes de um mesmo transtorno.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação dos efeitos preventivos do canabidiol e caracterização de um traço latente relacionado à esquizofrenia na linhagem SHR(Universidade Federal de São Paulo, 2021-04-29) Peres, Fernanda Fiel [UNIFESP]; Abílio, Vanessa Costhek [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2393173678667897; http://lattes.cnpq.br/7696717599003359Introdução: A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico associado a altos custos pessoais e sociais. O tratamento farmacológico da esquizofrenia apresenta altas taxas de refratariedade e promove efeitos adversos significativos. Nesse contexto, tem-se buscado estratégias preventivas para esse transtorno. Em trabalhos anteriores, verificamos que o tratamento com canabidiol (CBD), na dose de 0,5 mg/kg, durante a peri-adolescência (30 aos 60 dias pós-natal) previne a manifestação de alterações comportamentais em um modelo animal de esquizofrenia, a linhagem de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). No entanto, não se sabe quais os mecanismos moleculares responsáveis por esse efeito preventivo benéfico. Objetivo: Avaliar os efeitos de um tratamento com CBD durante a peri-adolescência sobre as concentrações centrais de monoaminas e BDNF, no modelo da linhagem SHR. Métodos: Ratos machos das linhagens SHR e Wistar (linhagem controle) foram tratados com 0,5 mg/kg de CBD o veículo, por via intraperitoneal, dos 30 aos 60 dias (n = 6-7/ grupo). As concentrações de BDNF e monoaminas foram dosadas por ELISA e HPLC, respectivamente, aos 61 e aos 90 dias de vida. Essa quantificação foi realizada em três regiões relevantes para a fisiopatologia da esquizofrenia: o córtex pré-frontal, o estriado e o hipocampo. Resultados: O tratamento com CBD aumentou as concentrações de BDNF no estriado e as reduziu no hipocampo em animais de 61 dias de ambas as linhagens. O CBD também promoveu, aos 61 dias, diminuição das concentrações de serotonina e aumento do turnover desse neurotransmissor (razão entre as concentrações de 5-HIAA e serotonina) no córtex pré-frontal. Aos 90 dias, os animais tratados com CBD apresentaram aumento das concentrações pré-frontais de 5-HIAA. Conclusão: O efeito preventivo benéfico do CBD pode estar relacionado às modificações promovidas por esse composto sobre as concentrações de BDNF na peri-adolescência, bem como por uma modulação das concentrações pré-frontais de serotonina e seus metabólitos, a qual se estende até pelo menos um mês após o término do tratamento.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Benefícios da prática de exercícios físicos na qualidade do sono de crianças com Transtorno do Espectro Autista: uma revisão sistemática da literatura(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-04) Romero, Marcos Felipe Cunha Policarpo [UNIFESP]; Lambertucci, Rafael Herling [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5826005580515987; http://lattes.cnpq.br/2184254308431553; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)INTRODUÇÃO: O autismo é um espectro amplo de condições caracterizado por dificuldades na interação social, padrões repetitivos de comportamento e interesses restritos. A qualidade do sono desempenha um papel fundamental no bem-estar e desenvolvimento saudável de crianças com autismo. Distúrbios do sono são comuns nesse grupo e podem agravar sintomas, afetando concentração, humor e habilidades de comunicação. Uma rotina de sono consistente, um ambiente propício para o descanso e intervenções adaptadas são essenciais para melhorar a qualidade de vida dessas crianças, outro aliado importante para auxiliar no tratamento de pessoas com autismo é a pratica de exercício físico. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão da literatura para sistematizar os efeitos da prática de exercícios físicos para a qualidade do sono de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura de artigos publicados no idioma inglês ou português, no qual os estudos selecionados utilizaram exercício físico como intervenção visando uma melhora da qualidade do sono de crianças com transtorno do espectro autista (TEA). As bases de dados utilizadas como base de busca foram: Embase, Pubmed, Scopus e Web of Science. RESULTADOS: Quatro estudos foram incluídos na revisão, totalizando 175 crianças investigadas. De uma forma geral, os resultados sugerem que a prática regular de exercícios físicos traz melhorias significativas para o sono de crianças com TEA, em especial após um programa de intervenção com exercícios físicos que envolvem predominantemente características aeróbias.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Canabidiol como princípio ativo e suas formas farmacêuticas(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-03) Perecim, Larissa Esteves [UNIFESP]; Silva, Diogo de Oliveira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3738323217529957A Cannabis sativa L., popularmente conhecida como maconha, tem uma história que remonta a milênios. Seu uso foi documentado desde 4.000 a.C. na China e na Índia para várias finalidades, incluído têxteis, alimentares e medicinais. Seu uso se espalhou pelos continentes asiáticos, europeus e norte-americanos, mas declinou no início do século XX com a inconsistência de resultados científicos. Ao passar os anos e muitas descobertas, os compostos mais abundantes da cannabis foram caracterizados, sendo nomeados de canabidiol (CBD) e tetraidrocanabinol (THC), os quais fazem parte da classe dos canabinoides. Com mais de 500 compostos identificados, incluindo 125 canabinoides, a cannabis desperta interesse médico e científico, apesar das restrições legais em muitos países. O CBD e o THC são objetos de estudos e utilizados medicinalmente pois apresentam potencial terapêutico comprovado para diversas enfermidades. No Brasil, a agência reguladora aprovou o registro de mais de 50 medicamentos à base de canabidiol, o que reflete um grande avanço na aceitação do medicamento no país. O CBD pode ser utilizado em medicamentos e técnicas adequadas de extração e purificação são necessárias para a obtenção de um canabidiol e qualidade. As apresentações farmacêuticas as quais são à base da cannabis são de grande diversidade, entretanto no Brasil o seu uso é feito através de medicamentos sob venda controlada. A evolução da legislação brasileira quanto ao uso de medicamentos a base de derivados da cannabis é constante e as perspectivas futuras visam garantir acesso seguro aos tratamentos e aumento da conscientização púbica sobre os benefícios e riscos da cannabis e os canabinoides.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Canabinoides para o tratamento de transtornos por uso de substâncias: uma revisão narrativa de escopo das atuais evidências(Universidade Federal de São Paulo, 2023-05-04) Fernandes, João Ariel Bonar [UNIFESP]; Fidalgo, Thiago Marques [UNIFESp]; Filev, Renato [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2903624241263332; http://lattes.cnpq.br/2125056709432095; https://lattes.cnpq.br/1787226140577380Contexto: A prevalência dos Transtorno por Uso de Substâncias (TUS) está aumentando, junto da necessidade de desenvolver abordagens para reduzir seus danos associados, o que inclui a investigação de alternativas como os canabinoides. Apesar de apresentarem resultados promissores, as evidências atuais são limitadas. Esta revisão de escopo concentra-se nas limitações e potencialidades dos tratamentos com canabinoides para quadros de TUS. Métodos: Examinamos ensaios clínicos controlados randomizados (RCTs) que investigaram o uso de CBD e THC como tratamento farmacológico para TUS em adultos, e avaliamos o risco de viés usando a Cochrane Risk of Bias Assessment Tool 2, seguindo as expectativas das diretrizes PRISMA para Revisões de Escopo. Resultados: Incluímos dez RCTs, dos quais seis demonstraram baixo risco de viés, e encontramos resultados positivos para o tratamento do Transtorno por Uso de Cânabis, enquanto resultados contraditórios foram encontrados para o Transtorno por Uso de Opioides e resultados inconclusivos para o tratamento do Transtorno por Uso de Cocaína. Conclusões: Observamos o potencial do CBD e THC para tratar alguns TUS, mas as evidências são limitadas. RCTs robustos com amostras maiores e períodos de acompanhamento mais longos são necessários para avaliar resultados para diferentes populações de pacientes com TUS. Novos medicamentos a base de canabinoides e políticas baseadas em evidências científicas podem avançar o tratamento de TUS. Uma abordagem abrangente de tratamento e escolhas metodológicas cuidadosas podem beneficiar pacientes com TUS.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Citotoxicidade e participação de receptores CB1, CB2 E TRPV-1 na morte celular induzida por canabinoides em células tumorais(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-23) Yoshikawa, Cindy Naomi [UNIFESP]; Trindade, Claudia Bincoletto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6169006634951828; https://lattes.cnpq.br/5154423376094568Objetivo: Avaliar o potencial citotóxico e a indução de morte celular por compostos canabinoides (canabidiol, canabidivarina e canabigerol), tanto isoladamente quanto em associação à cisplatina, em modelos celulares de osteossarcoma e neuroblastoma. Além disso, estudar a participação dos receptores CB1, CB2 e TRPV1 nestes processos de morte celular. Métodos: Foi realizado o ensaio de redução MTT para avaliar a viabilidade celular das células SaOS-2, U2OS e SH-SY5Y após exposição aos canabinoides isoladamente e em conjunto com a cisplatina nos períodos de 24 e 48 horas. Após, a avaliação da expressão de receptores CB1, CB2 e TRPV-1 foi realizada por imunofluorescência. De acordo com os resultados apresentados, foi realizada a citometria de fluxo com as células SH-SY5Y, com marcação simultânea de 7-AAD e anexina V-FITC para detecção de morte celular. Por fim, para verificar a indução de ferroptose e necroptose, assim como a participação dos receptores canabinoides e vaniloides nos eventos de morte celular foi realizado novamente o ensaio de MTT com a adição dos antagonistas dos receptores e inibidores de ferroptose e necroptose. Resultados: Em células de osteossarcoma (SaOS-2 e U2OS), não houve efeitos citotóxicos do CBD, mas foi observada diminuição significativa na viabilidade celular em uma das linhagens quando exposta à CBDV. Entretanto o CBG apresentou ações contraditórias nas duas linhagens celulares. Os compostos não reverteram as ações da cisplatina após 48 horas de exposição, com exceção do CBG na linhagem U2OS. Nessas células, a expressão dos receptores CB1 e TRPV-1 foi verificada. Já em células de neuroblastoma (SHSY5Y), não foram observadas alterações na viabilidade celular nos grupos tratados com CBDV. No entanto, o CBG reverteu a ação da cisplatina, indicando que seu uso em tratamentos adjuvantes não é recomendado. O canabidiol apresentou efeitos citotóxicos significativos em concentrações elevadas (100 µM), com significativa apoptose tardia e necrose, porém, não foi verificada ativação de necroptose ou ferroptose. Adicionalmente, não foi observada alteração na ação citotóxica do CBD na presença dos antagonistas dos receptores CB1, CB2 e TRPV-1. Conclusões: Os compostos não apresentaram atividade antitumoral em osteossarcoma e neuroblastoma, já que as ações citotóxicas observadas envolveram o uso de altas concentrações dos canabinoides testados. Nas células de neuroblastoma, os receptores CB1, CB2 e TRPV-1 estão mediando ações não necessariamente ligadas à morte e sobrevivência celular. Entretanto, a ausência de reversão dos efeitos da cisplatina indica que os compostos CBD e CBDV podem ser usados juntamente com quimioterápicos antitumorais para controlar efeitos adversos, sem comprometer a eficácia da terapêutica.
- ItemSomente MetadadadosO efeito anti-epiléptico do canabidiol(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 1979) Cunha, Jomar Medeiros [UNIFESP]; Carlini, Elisaldo Araujo [UNIFESP]
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito anti-inflamatório e anticonvulsivante do Canabidiol durante duas fases do ciclo estral de ratas no modelo de crise convulsiva induzida por PTZ(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2019-02-28) Janisset, Nilma do Rocio Lara de Lima [UNIFESP]; Monteiro, Beatriz de Oliveira [UNIFESP]; Romariz, Simone Amaro Alves [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4734652251203877; http://lattes.cnpq.br/0245964878412260; http://lattes.cnpq.br/4734652251203877; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Cannabidiol (CBD) is one of the major cannabinoids present in Cannabis sativa with great therapeutic potential. According to evidence from preclinical and clinical studies, CBD was shown to have anticonvulsive effect and has recently been proposed for the treatment of epileptic seizures. Approximately 70% of women with epilepsy face additional challenges on seizures exacerbation due to hormonal changes that occur during the menstrual cycle. Given the impact of hormonal influences on seizure activity and potential complications of treatments, the goal of the present study was to investigate the influence of two phases of the estrous cycle of female rats on the protective effect of CBD in seizures induced by pentylenetetrazole (PTZ). Wistar female rats in the estrus (E) and diestrus (D) phases were treated with vehicle (CTRL) or CBD (50mg/kg). One hour after CBD treatment, acute generalized seizures were induced by administration of PTZ (60mg/kg), and the following parameters were recorded: mortality, latency, duration and quantity of seizures. After 24h, half of animals from each group were perfused and their brains processed by immunohistochemistry for the microglial marker Iba-1, and in the other half, blood was collected for the analysis of the pro-inflammatory interleukin IL-1β levels. Behavioral parameters of seizure and inflammatory responses were analyzed and the results suggested that CBD have protective effects in estrous phase by reducing the mortality rate and quantity of seizures. Additionally, CBD in estrous phase reduced acute inflammatory responses altering the pattern of microglia expression and interleukin levels. Our findings indicated that CBD has distinct anticonvulsive effects in the two estrous cycle phases, altering the inflammatory response that occurs after acute seizures. The present results indicate that, this protective effect is influenced by hormonal variations, showing prominent effect during the estrus phase. Our study may help to clarify some issues related to the therapeutic potential of CBD in catamenial epilepsy and may contribute to the development of new therapies in the future.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos comportamentais do tratamento com canabidiol via aleitamento materno em um modelo neonatal de esquizofrenia(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-12) Mitu, Thais Yukari [UNIFESP]; Abílio, Vanessa Costhek [UNIFESP]; Lara, Marcus Vinicius Soares de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6801037800131675; http://lattes.cnpq.br/2393173678667897; http://lattes.cnpq.br/5557376567544058A esquizofrenia é um distúrbio incapacitante do neurodesenvolvimento com prevalência mundial de cerca de 0,3%. Apesar de haver medicamentos disponíveis para o tratamento da esquizofrenia, estes promovem efeitos adversos e atuam efetivamente apenas contra os sintomas positivos. Com base nisso, alternativas terapêuticas vêm sendo estudadas, com destaque para o canabidiol (CBD), um dos principais compostos da planta Cannabis sativa. O CBD tem se mostrado uma alternativa em potencial por possuir propriedades terapêuticas tanto para os sintomas positivos quanto negativos e cognitivos da esquizofrenia, apresentar maior nível de segurança em relação a outros canabinóides, induzir menores efeitos adversos em comparação aos antipsicóticos tradicionais e não produzir efeitos psicomiméticos. Portanto, a intervenção com CBD durante períodos cruciais para o neurodesenvolvimento, como a amamentação, pode ser uma nova estratégia terapêutica preventiva para a esquizofrenia. Assim, e considerando o dimorfismo sexual relacionado aos sintomas da esquizofrenia, este projeto visa caracterizar o comportamento do modelo animal de esquizofrenia induzido por MK801, um antagonista não competitivo dos receptores NMDA, em proles (machos e fêmeas) expostas ao CBD via amamentação. Os possíveis efeitos terapêuticos do CBD foram avaliados em dois momentos: a partir do dia pósnatal (DPN) 30 e novamente a partir do DPN90 (ainda não concluídos). Observamos diferenças sexuais tanto na resposta ao MK801, em que os machos do modelo apresentaram um déficit de memória na tarefa de reconhecimento de objetos, quanto no tratamento com CBD, que evitou o déficit nas fêmeas do modelo MK801 na tarefa social, aos 30 dias de idade. De grande relevância, nossos resultados apontam um efeito benéfico do CBD via aleitamento materno sobre déficits de comportamento social induzido em fêmeas jovens pelo tratamento com MK801.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos de um tratamento preventivo com canabidiol sobre a micróglia em um modelo animal de esquizofrenia: a linhagem SHR(Universidade Federal de São Paulo, 2022-11-23) Moreira, Lucas Roberto [UNIFESP]; Abilio, Vanessa Costhek [UNIFESP]; Loss, Cássio Morais [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5880914070732996; http://lattes.cnpq.br/2393173678667897; http://lattes.cnpq.br/3493321565259434A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico grave, reduzindo a qualidade e expectativa de vida do paciente. Manifesta-se geralmente no final da adolescência/início da vida adulta com sintomas dos tipos positivos, negativos e déficits cognitivos, tendo curso neuroprogressivo e com altas taxas de suicídio. Dentre os fatores fisiopatológicos associados ao desenvolvimento da esquizofrenia, destaca-se a neuroinflamação e a participação da micróglia. Nosso grupo demonstrou o potencial preventivo do canabidiol (CBD quando administrado na peri-adolescência (dos 30 aos 60 dias de vida) em atenuar o desenvolvimento de alterações comportamentais na idade adulta em um modelo animal de esquizofrenia – a linhagem SHR (Spontaneously Hypertensive Rats). Esse modelo apresenta um curso de desenvolvimento dessas alterações comportamentais que mimetizam a fase prodrômica na esquizofrenia: a hiperlocomoção, que modela os sintomas positivos do transtorno, é vista em animais adultos (90 dias) mas não em animais jovens (30 dias). Com base nesses dados prévios do nosso grupo, os objetivos desse estudo foram: 1) quantificar a micróglia (por meio de marcação com Iba-1) em regiões do hipocampo e do estriado de ratos SHR e Wistar (controle) tratados ou não com canabidiol dos 30 aos 60 dias de vida; 2) avaliar se aos 60 dias - momento em que termina o tratamento preventivo com CBD e a quantificação microglial foi avaliada – já haveria um aumento de locomoção (mimetizando os sintomas positivos da esquizofrenia) na linhagem SHR. Nossos resultados, ainda preliminares, indicam que não houve qualquer alteração na marcação da micróglia no hipocampo (regiões CA1 e GD) ou estriado em animais SHR ou promovidas pelo tratamento com canabidiol. Na região CA3 do hipocampo, uma diminuição da marcação foi vista em animais SHR. Paralelamente, a análise da atividade locomotora evidenciou que aos 60 dias a hiperlocomoção ainda não é vista na linhagem SHR. Esse conjunto de resultados, em decorrência de este projeto ter sido desenvolvido durante a pandemia, apresenta importantes limitações: 1) o seu N amostral ainda é baixo; 2) não foram realizadas avaliações morfológicas ou marcações específicas que pudessem diferenciar micróglias ativadas ou não; 3) outras regiões, também associadas com a fisiopatologia da esquizofrenia (como o córtex pré-frontal) não puderam ser avaliadas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos do canabidiol e possível dimorfismos sexuais em um modelo animal de autismo(Universidade Federal de São Paulo, 2022-11-25) Teodoro, Lucas [UNIFESP]; Abílio, Vanessa Costhek [UNIFESP]; Loss, Cássio Morais [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5880914070732996; http://lattes.cnpq.br/2393173678667897; http://lattes.cnpq.br/8914867495346491O transtorno do espectro autista (TEA) é o transtorno do neurodesenvolvimento que mais cresce no mundo. Caracteriza-se por déficits na comunicação e interação social, bem como pelo aparecimento de comportamentos repetitivos e estereotipados. A prevalência é maior em homens do que em mulheres, mas as mulheres escondem melhor seus defeitos, o que se reflete nas diferentes taxas de prevalência entre os sexos e na idade mais avançada do diagnóstico na população feminina. As medidas farmacológicas atualmente têm baixa eficácia, e algumas evidências clínicas e pré-clínicas sugerem o canabidiol (CBD) como uma possibilidade terapêutica. A exposição gestacional ao ácido valpróico (VPA) é um fator de risco para o desenvolvimento do TEA e um modelo animal amplamente utilizado para avaliar alterações comportamentais associadas ao transtorno. Assim, os objetivos deste estudo foram: 1) avaliar em diferentes idades possíveis dimorfismos sexuais sobre as alterações comportamentais observadas no modelo animal de autismo induzido por VPA (atividade motora, sociabilidade, processamento sensório-motor e comportamento repetitivo); e 2) avaliar possíveis efeitos benéficos do CBD sobre essas alterações comportamentais no modelo animal de autismo induzido por VPA. Para isso, foram realizados dois experimentos. No Experimento 1, foi realizada uma bateria de testes comportamentais em períodos diferentes do desenvolvimento (DPN 30-32, DPN 45-47 e DPN 60-62). A bateria de testes comportamentais consistiu no teste de interação social, teste de marble burying e o teste de inibição pré-pulso (PPI). No experimento 2, os animais foram tratados cronicamente com CBD (0,5 mg/kg) durante 30 dias pós-desmame (DPN 22-51) e uma série de testes comportamentais foram realizados em dois períodos de desenvolvimento: o período peripuberal (DPN 30-34) e no início da fase adulta (DPN 60-65). A bateria de testes comportamentais consistiu em dois dias campo aberto, um teste de interação social, um teste de preferência social, um teste de marble burying e um teste de PPI. Observamos que a administração de VPA durante a gravidez induz mudanças comportamentais que podem diferir entre sexos e idades. O tratamento com CBD mostrou evidências de um potencial efeito benéfico no déficit social induzido no modelo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos do canabidiol na recuperação muscular: revisão narrativa da literatura(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-21) Almeida, João Pedro Fernandes Santiago [UNIFESP]; Santos, Ronaldo Vagner Thomatieli dos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9928572887023286; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A recuperação muscular pós-exercício é um tópico de amplo interesse entre indivíduos praticantes de exercício físico, por conta das manifestações físicas, fisiológicas e cognitivas do acúmulo de fadiga. A atenção da comunidade científica nos últimos anos se voltou à busca por novos métodos capazes de otimizar o tempo de recuperação. Estudos de corte transversal mostram uma grande prevalência no uso de anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) por praticantes de exercício físico e atletas, visando principalmente o seu efeito analgésico nos sinais clínicos da dor muscular de início tardio (DMIT), mas também a resolução completa do processo de recuperação muscular. Nesse âmbito, o canabidiol (CBD) tem demonstrado ser uma alternativa mais segura aos AINEs, com poucos efeitos colaterais relacionados ao seu uso. O mecanismo de ação do CBD nos processos relativos à recuperação muscular é complexo, e ocorre pelas suas interações com uma variedade de receptores do sistema endocanabinóide, com o potencial de modular diversas funções relacionadas a esses processos. Entre essas funções, o presente estudo destacou o dano muscular induzido por exercício, a resposta inflamatória, o DMIT e o sono como componentes fundamentais para uma recuperação otimizada. Para entender as possíveis aplicações da administração de CBD em um contexto de recuperação muscular, realizou-se uma revisão narrativa da literatura disponível na base de dados Pubmed utilizando, de forma combinada, os descritores "canabidiol", "exercício físico", "dano muscular induzido por exercício", "inflamação" ou "sono" como base, entre os anos 2010 a 2023. As evidências disponíveis até o momento parecem promissoras, mas não permitem afirmar que o uso de CBD seja eficaz na melhora de parâmetros da recuperação muscular. Poucos ensaios clínicos direcionaram seu objeto de pesquisa a essa temática, e a literatura se apropria de estudos não relacionados ao exercício físico para criar hipóteses. Conclui-se que o nível de evidência dos efeitos do CBD na recuperação muscular ainda é considerado muito baixo, com a pouca quantidade de ensaios clínicos mostrando algum efeito direto entre as variáveis de estudo. A crescente prevalência do uso de CBD entre praticantes de exercício físico está embasado em evidências empíricas, percepções subjetivas de resultados positivos, e estudos in vitro.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Estratégias de investigação in vitro e ex vivo dos efeitos do canabidiol sobre aspectos morfológicos e funcionais de células neurais(Universidade Federal de São Paulo, 2021-03-08) Quintella, Miguel Lins [UNIFESP]; Monteiro, Beatriz de Oliveira [UNIFESP]; Romariz, Simone Amaro Alves; http://lattes.cnpq.br/9325741054357205; http://lattes.cnpq.br/0245964878412260; http://lattes.cnpq.br/3865956747218713Introdução: Evidências recentes indicam que o canabidiol (CBD) possui ação neuroprotetora e anti-inflamatória, podendo atuar também como anticonvulsivante, antioxidante e ansiolítico. No entanto, alguns estudos têm demonstrado efeitos tóxicos e pró-apoptóticos do CBD, e o modo pelo qual o CBD atua sobre o sistema nervoso central ainda é desconhecido. Portanto, para compreender esses efeitos contraditórios uma possível estratégia é investigar a ação do CBD in vitro. Objetivo: Assim, o presente estudo teve como proposta analisar in vitro, em células neurais e em fatias (slices) de cérebro, os efeitos do CBD em aspectos morfológicos da doença de Alzheimer (AD), e funcionais da dependência química. Métodos: A tese foi organizada em dois capítulos. No capítulo 1 investigamos as alterações evidenciadas na formação das esferas, migração, crescimento de neuritos e morte neuronal de células neuroprogenitoras (NPC) e de células de neuroblastoma (N2a), na presença do CBD. O peptídeo β-amiloide (Aβ) foi adicionado à cultura como modelo de uma situação patológica simulando aspectos do processo inflamatório da AD e da toxicidade de Aβ. No capítulo 2, investigamos a influência do CBD na liberação de dopamina em fatias do estriado de camundongos tratados com CBD, avaliada por voltametria cíclica, mimetizando um aspecto da dependência química. Assim, foram utilizadas técnicas in vitro de culturas de neuroesferas e de células N2a, e ferramenta eletroquímica de voltametria cíclica de registro em slice, para avaliar aspectos morfológicos e funcionais das possíveis alterações causadas pelo tratamento com CBD. Resultados: Verificamos que o CBD exerce efeito no crescimento e formação de esferas, além de promover morte celular e reduzir a migração e o brotamento de neuritos. Além disso, células tratadas com Aβ também apresentaram redução da viabilidade celular, do crescimento da neuroesfera e de neuritos. As análises por voltametria mostraram não haver diferenças nos níveis de dopamina liberada no estriado de animais tratados com CBD. Em culturas de NPC e N2a foi possível identificar alterações morfológicas promovidas pelo tratamento com CBD. Porém, as análises por voltametria cíclica indicaram que o tratamento prévio com CBD não alterou a liberação de dopamina no estriado. Conclusão: CBD modificou o padrão de viabilidade, proliferação, migração e projeções de neuritos, que poderiam potencializar as alterações presentes na AD. Este estudo oferece insights in vitro sobre os efeitos do CBD.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Estudo da autofagia modulada pelo Canabidiol em modelos celulares de infecção por SARS-CoV-2(Universidade Federal de São Paulo, 2023-02-14) Araujo, Beatriz Grisolia [UNIFESP]; Pereira, Gustavo José da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7125107888186769; http://lattes.cnpq.br/3452685876406431A autofagia é um processo catabólico endolisossomal altamente regulado e fundamental para a manutenção da homeostase celular. Evidências sugerem grande potencial da modulação da autofagia no tratamento da infecção por SARS-CoV-2, devido a estratégias adotadas pelo mesmo para modular esse mecanismo e usá-lo de modo pró-viral. O canabidiol (CBD), fitocanabinóide presente abundantemente na planta Cannabis sativa, tem sido reportado como um possível tratamento à COVID- 19, no entanto, o mecanismo autofágico mediado pelo CBD nesse contexto está em discussão. Neste presente estudo, avaliou-se o papel da modulação da autofagia, a partir do CBD, na infectibilidade de duas linhagens celulares (Vero-E6 e Beas-2B) ao SARS-CoV-2. A partir dos resultados obtidos pelo PCR em tempo real, demonstrou- se que a concentração de CBD [1 μM] foi a mais efetiva em diminuir o número de cópias virais em ambos modelos celulares, com as variantes B 1.1.7 ou Ômicron. Além disso, os níveis de expressão de ECA2 e TMPRSS2 não foram modulados pelo CBD, exceto ECA2 na concentração [10 μM] onde há uma diminuição da sua expressão, além de, aparentemente, não influenciarem no número de cópias virais. Por fim, através da técnica de Western Blotting, observou-se um aumento dos níveis de LC3II e p62 devido a infecção pelo SARS-CoV-2 Ômicron. Adicionalmente, o CBD foi capaz de diminuir os níveis de p62 a partir das concentrações de [1 μM] e [10 μM], evidenciando que o SARS-CoV-2 estaria possivelmente bloqueando a fase final da autofagia a seu favor e que o CBD tem potencial de reverter esse processo a partir da modulação autofágica. Dessa forma, esse estudo adiciona importantes informações sobre o potencial terapêutico do CBD, além de elucidar o papel da autofagia na COVID-19. Palavras-chave: SARS-CoV-2, Canabidiol, Autofagia.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Estudo da modulação da autofagia pelos compostos canabinoides em modelos de neurodegeneração em Caenorhabditis elegans(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-01) Guedes, Erika da Cruz [UNIFESP]; Pereira, Gustavo José da Silva [UNIFESP]; Reckziegel, Patrícia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7046429718251220; http://lattes.cnpq.br/7125107888186769; http://lattes.cnpq.br/7765105091553486Distúrbios neurodegenerativos progressivos, como a doença de Parkinson (DP), não possuem tratamentos de cura ou de longo prazo. Com o envelhecimento acelerado da população global e o consequente aumento na prevalência de doenças associadas à idade, há um crescente interesse em pesquisas sobre esses distúrbios. Estudos indicam que o processo de autofagia, responsável pela homeostase celular, pode estar comprometido em doenças neurodegenerativas. Neste contexto, investigamos a ação do canabidiol (CBD) como possível agente neuroprotetor na DP usando o modelo de C. elegans exposto à reserpina. Além disso, usamos cepas transgênicas de C. elegans que expressam a α-sinucleína, proteína considerada marcador patológico da DP. Nossos resultados demonstraram que o CBD reverteu as alterações locomotoras induzidas pela reserpina e essa resposta foi independente dos receptores NPR-19 (receptor ortólogo para o receptor canabinoide central tipo 1 de mamíferos). As avaliações morfológicas dos neurônios dopaminérgicos cefálicos (CEPs) indicaram que o CBD também reverteu os danos neuronais induzidos pela reserpina, aumentando o número de vermes com neurônios CEPs intactos. Mecanisticamente, demonstrou-se que o CBD também reduziu o acúmulo de espécies reativas de oxigênio (EROs) e a expressão de α-sinucleína em vermes mutantes, sendo esse efeito provavelmente mediado pela ativação da autofagia via fator de transcrição EB (TFEB). Em conjunto, nossos resultados forneceram evidências de que o CBD pode atuar como neuroprotetor em neurônios dopaminérgicos, reduzindo a neurotoxicidade e o acúmulo de α-sinucleína, destacando seu potencial no tratamento da DP.
- ItemSomente MetadadadosEstudo de alguns fatores envolvidos na interacao farmacologica entre o delta 9 - tetrahidrocanabinol e o canabidiol(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 1980) Zuardi, Antonio Waldo [UNIFESP]