Navegando por Palavras-chave "Biogeografia"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Filogenia molecular de chamaeza vigors, 1825 (aves, formicariidae) e implicações para a história evolutiva das florestas da América do Sul(Universidade Federal de São Paulo, 2016-06-24) Oliveira, Deborah Figueiredo Nacer de [UNIFESP]; Amaral, Fábio Sarubbi Raposo do [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)There are some extremely biodiverse regions in South America such as the Andes, the Amazon and the Atlantic Forest. The historical processes that originated and maintain such diversity are still not fully understood. Our goal was to explore the phylogenetic relationships between species of a bird genus (Chamaeza) that occurs in those three forest formations to better comprehend biodiversity formation processes from forests in space and time with special attention to the Atlantic Forest. We sequenced whole mitochondrial genomes (mtDNA) and approximately 2,400 regions of nuclear ultraconserved elements from five different species of Chamaeza representing a total of 14 out of 21 current taxa. We used both Bayesian Inference and Maximum Likelihood to construct phylogenies from those data. We dated the phylogeny inferred from mtDNA and then performed an ancestral range estimation based on five South American biogeographical dominions. All phylogenies recovered the same relationships between species and subspecies: one clade comprising Chamaeza ruficauda, C. mollissima and C. meruloides and another comprising C. nobilis and C. campanisona. Only this last species is paraphyletic, all others are monophyletic. The divergence time from these two major clades was estimated to be somewhere between 8.4 and 10.8 million years ago. All extant Chamaeza species would have splitted at the beginning of the Pliocene (approximately 5 million years ago) at the latest. Ancestral range estimations revealed that the genus probably originated in the Atlantic Forest and that posterior dispersal events were paramount to its history. Such faunal transitions between South American forests support the idea that the evolutionary histories of these biomes are essentially bound together and cannot be separated from one another, which reflects its dynamism and complexity. Moreover, our results show that the Atlantic Forest has an important role in both species differentiation and their provision to other biomes in the continent. Lastly, we believe that current Chamaeza nomenclature does not reflect the heterogeneity found in its members and a thorough revision of the genus should increase its diversity, which means that the number of Neotropical species as we know today is underestimated.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Quão frequentes foram as mudanças entre habitats florestais e não florestais na evolução de traupídeos (aves, Thraupidae)?(Universidade Federal de São Paulo, 2021-08-03) Cruz, Giovanna Viana [UNIFESP]; Amaral, Fábio Sarubbi Raposo do [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6554940862323689; http://lattes.cnpq.br/6116992963784894O ambiente pode ser um fator limitante no processo de diversificação de espécies, já que as diferenças no uso de habitat podem levar a divergência de linhagens. A paisagem da região Neotropical sofreu várias mudanças ao longo do tempo evolutivo, e existem evidências de taxas mais altas de especiação e diversificação de aves nessas regiões. A família Thraupidae é endêmica da região Neotropical e está distribuída em quase todos os hábitats terrestres dessa área, habitando uma grande variedade de ambientes. O presente estudo teve como objetivo avaliar a frequência das transições entre habitats florestais e não florestais das espécies da família Thraupidae. Para tanto, nós hipotetizamos que a maioria das transições ocorreram de áreas florestais para abertas, e que a ocorrência de radiações no mesmo tipo de habitat foram mais frequentes do que as mudanças de habitat. Para a realização deste trabalho, com informações disponíveis na literatura, classificamos o habitat de cada espécie em três categorias: aberto, semiaberto e fechado. Realizamos a reconstrução do estado ancestral por Máxima Verossimilhança e Máxima Parcimônia de 18 gêneros, sendo no mínimo um gênero representando cada subfamília do grupo, com base em uma filogenia abrangente em termos de amostragem, onde foram incluídas 353 espécies da família. Nossos resultados mostram que 41% das espécies possuem habitat preferencial semiaberto, 33% habitats florestais e 25% vivem em habitats abertos. A condição ancestral da família é de habitats florestais, e a maioria das transições ocorreu para habitats abertos ou semiabertos. As radiações locais para o mesmo tipo de habitat foram mais frequentes que as mudanças de habitat em nossa reconstrução. As transições mais frequentes para ambientes abertos apoiam achados anteriores com outros grupos taxonômicos, envolvendo transições de biomas florestais para abertos em comparação com mudanças para outra direção. Os traupídeos possuem grande variação morfológica e comportamental, e a colonização de novos habitats pode ter sucedido as grandes mudanças adaptativas que ocorreram ao longo da evolução da família. Assim como em outros trabalhos, nossos resultados mostram que a adaptação ao habitat aberto é recente na evolução das aves. Sendo assim, este estudo contribui para a compreensão de como ocorreram as dinâmicas de mudanças de habitat de grupos de espécies que vivem em áreas florestais e abertas, relacionando-se com evidências da formação dos biomas neotropicais.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Sistemática dos Alcyonacea (Cnidaria; Anthozoa) de águas rasas do Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2021-09-30) Carpinelli, Ágatha Nascimento [UNIFESP]; Kitahara, Marcelo Visentini [UNIFESP]; Cordeiro, Ralf Tarciso Silva; http://lattes.cnpq.br/7228145091477218; http://lattes.cnpq.br/0074852467021389; http://lattes.cnpq.br/5098696885569765; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Considerada monofilética, a subclasse Octocorallia (Cnidaria: Anthozoa) possui como sinapomorfias a presença de oito mesentérios completos e oito tentáculos em seus pólipos. Apesar de representar o grupo mais diverso dentre os cnidários, com aproximadamente 3.500 espécies recentes, e serem engenheiros ecossistêmicos com funções ecológicas ímpares, grande parte do conhecimento acerca dos octocorais ocorrentes no Brasil ainda se limita a dados não publicados. Desta forma, com o intuito de aprimorar o conhecimento desta subclasse, aprofundando o conhecimento acerca das lacunas sistemáticas destacadas pela revisão mais atual do grupo, o presente estudo desenvolveu: a) reconstruções evolutivas para analisar o caráter endêmico das espécies Neospongodes atlantica; b) descrição da espécie Thesea pyrrha sp. nov.; c) análises acerca da posição sistemática de linhagens brasileiras do gênero Leptogorgia; e d) a verificação biogeográfica e o isolamento genético entre províncias adjacentes com ênfase nos gêneros Heterogorgia, Muriceopsis e Plexaurella. Os dados moleculares, compostos pelo barcode estendido (mtMutS + COI + 28S) foram utilizados no auxílio da identificação/sistemática das espécies ocorrentes em águas rasas (<50 m) do Brasil. A partir da reconstrução evolutiva, foi possível gerar hipóteses mais robustas acerca das origens evolutivas desses gêneros em águas brasileiras e suas respectivas relações com octocorais de províncias adjacentes.