Navegando por Palavras-chave "Apneia obstrutiva do sono"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Alterações cardiovasculares na síndrome da apneia obstrutiva de grau leve(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-09-30) Guimarães, Thais de Moura [UNIFESP]; Bittencourt, Lia Rita Azeredo [UNIFESP]; Poyares, Dalva Lucia Rollemberg [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4176832922554657; http://lattes.cnpq.br/6882391059348792; http://lattes.cnpq.br/2722909630440738; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A existência de repercussões cardiovasculares relacionadas à Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) já está bem estabelecida na literatura. Entretanto, a maioria dos estudos aborda pacientes com índices de apneia-hipopneia moderada a grave. Objetivo: Avaliar o efeito da Apneia Obstrutiva do sono (AOS) de grau leve em parâmetros cardiovasculares, tais como pressão arterial (PA) de 24 horas e função endotelial. Métodos: A amostra foi composta por voluntários de ambos os gêneros; idade entre 18 e 65 anos e índice de massa corpórea maior ou igual 35Kg/m2. Foram selecionados 2 grupos: grupo AOS leve, que apresentava IAH entre 5 e 15 e grupo controle, com índice de apneia-hipopneia (IAH) < 5, índice de distúrbio respiratório (IDR) < 5, índice de despertar (ID) < 15 e escala de sonolência de Epworth < 10. A avaliação entre grupos foi composta por exame físico, exames laboratoriais, polissonografia de noite inteira, monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA) e avaliação da função endotelial da microvasculatura pela tonômetria arterial periférica (EndoPAT®). Para análise estatística foi realizada análise descritiva (média±desvio-padrão) e, para análise entre grupos, teste GLM univariado e teste Mann-Whitney. Para pesquisa dos fatores associados, foi realizada uma regressão logística múltipla, e, para pesquisa de fatores preditivos, foi realizada regressão linear multivariada, o p significante foi ? 0.05. Resultados: A amostra foi composta por 107 indivíduos, 35 no grupo controle e 72 no grupo AOS leve. Em um subgrupo com 30 pacientes em cada grupo, sem diferença entre idade, IMC e sexo, não houve diferença entre o grupo AOS leve e o grupo controle para variáveis de PA de 24 horas, frequência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e função endotelial. Quando avaliado apenas mulheres nesta sub-amostra, o grupo AOS leve apresentou maior frequência de HAS que o grupo controle. Nas análises sobre fenótipos de AOS leve, não houve diferença entre sonolento e não sonolento para variáveis da PA de 24 horas e função endotelial. No fenótipo obesidade, o subgrupo AOS leve obeso apresentou maior PA sistólica do sono e variação da PA diastólica do sono que o grupo AOS leve não obeso. No fenótipo descenso da PA noturna, o subgrupo AOS leve sem descenso da PA noturna apresentou maior rigidez arterial e média da PA de 24 horas que o grupo AOS leve com descenso da PA no sono, o que não foi encontrado comparando o grupo com e xvii sem descenso da PA noturna no grupo Controle. Conclusão: O grupo AOS leve não apresentou alterações na PA de 24 horas e na função endotelial comparado com grupo controle. Entretanto, no subgrupo feminino, a AOS leve apresentou maior frequência de HAS. Comparando apenas fenótipos de AOS leve, o grupo de AOS leve obeso apresentou maiores valores da PA do sono e quem não apresentava descenso da PA noturna apresentou maior rigidez arterial e maior PA, comparado com quem apresentava descenso da PA noturna normal.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Alterações dos eixos adrenocorticotrófico e somatotrófico relacionadas à apneia obstrutiva do sono(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2016-02-29) Lima, Suelem Izumi [UNIFESP]; Zanella, Maria Teresa [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0797782255785305; http://lattes.cnpq.br/2186475661738549; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A avaliação do eixo adrenocorticotrófico de homens com sobrepeso e obesos portadores de AOS demonstrou: Maiores níveis de cortisol livre urinário; Ritmo de cortisol salivar inalterado; Supressão adequada a baixas doses de dexametasona A dosagem do cortisol pode ser feita de várias maneiras e o método ideal ainda não está claro. A medição do cortisol urinário pode representar uma ferramenta útil para a investigação do eixo HHA em indivíduos com AOS. A elevação dos valores do cortisol livre urinário não foi associado ao aumento do IMC, mas apenas à gravidade da AOS. A hipoxemia durante o sono REM foi o fator que mais se associou à hiperatividade do eixo HHA, sugerindo assim uma relação causal. O eixo somatotrófico foi avaliado através da dosagem do IGF-1. Homens com sobrepeso e obesos portadores de AOS moderada a grave apresentaram níveis de IGF-1 mais baixos. O IGF-1 sofreu influência de parâmetros da obesidade e também da fragmentação do sono e da hipoxemia, porém a hipoxemia foi um fator de risco independentemente associado aos níveis de IGF-1. Demonstramos que a síndrome metabólica foi mais presente nos portadores de AOS moderada a grave e houve associação da síndrome metabólica com níveis de IGF-1. Além disso, os indivíduos que tinham menores níveis de IGF-1 (no percentil 1), apresentavam maior prevalência de síndrome metabólica. A HBA1c se correlacionou com IGF-1, de forma independente da saturação mínima de O2 e da circunferência da cintura. Conclusões? Nossos dados sugerem que em homens a apneia obstrutiva do sono moderada a grave: A. Induz hiperatividade no eixo adrenocorticotrófico relacionada à hipoxemia; B. Induz uma disfunção do eixo somatotrófico, caracterizada por menores níveis de IGF-1, também relacionada à hipoxemia, que por sua vez favorece o desenvolvimento da síndrome metabólica.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise do comprimento médio de telômeros de leucócitos em indivíduos com apneia obstrutiva do sono, insônia e ambos os distúrbios associados: um estudo de base populacional(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-06-30) Tempaku, Priscila Farias [UNIFESP]; Tufik, Sergio [UNIFESP]; Hirotsu, Camila [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0254842686561012; Lattes http://lattes.cnpq.br/1375290481822767; http://lattes.cnpq.br/1848763194021358; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Analysis of mean leukocyte telomere length in individuals obstructive sleep apnea, insomnia and both disorders associated: a population-based study. 2017. 129p. MSc Dissertation - Department of Psychobiology. Universidade Federal de Sao Paulo, Sao Paulo, Brazil. Throughout life, there is significant alterations in quantity and quality of sleep, characterized by reduction in its duration and higher prevalence of sleep disorders such as insomnia and obstructive sleep apnea (OSA). Although the sleep pattern of the elderly is well-known, the relationship between sleep and the aging-related mechanisms is not clarified. Thus, the present study aimed to determine the relationship between the mean leukocyte telomere length (LTL) with sleep parameters and the presence of OSA, insomnia, insomnia associated with sleep duration and both associated sleep disorders in an adult population. For this, we used DNA collected and extracted from peripheral blood of 928 individuals from the EPISONO. All individuals were subjected to one full-night polysomnography. OSA was determined according to apnea-hypopnea index (AHI). Iindividuals with an AHI≥15 were classified as OSA, while those with AHI<15 were considered as controls. Insomnia was evaluated following the 4th edition of Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV) and when associated with sleep duration, it was additionally evaluated through weighted self-reported total sleep time. For the measurement of LTL, we used the quantitative real-time polymerase chain reaction method in a multiplex format. The results showed negative correlations between LTL and the following variables: apnea-hypopnea index, desaturation index and wake after sleep onset. LTL was also positively correlated with sleep efficiency, total sleep time and basal, lowest and mean oxygen saturation. LTL was significantly shorter in OSA (1.27 ± 0.1) compared to controls (1.38 ± 0.1) (p=0.047). However we did not find a significant association between OSA severity and LTL (p=0.437). Insomnia was not statistically associated with LTL (p=0.823). However, among the long sleepers, insomnia individuals presented shorter LTL (1.28 ± 0.1) compared to controls (1.45 ± 0.1) (p=0.021). Moreover, we did not observe a significant association of both sleep disorders (insomnia+OSA) (1.32 ± 0.1) on LTL (p=0.466). Our data indicates that, differently from insomnia, OSA by itself may have a significant role in the shortening of telomeres. Added to this, when associated with sleep duration, the present study suggests that insomnia may be associated with cellular aging. Thus, we conclude that there is a relationship between the pathophysiological mechanisms of sleep and the molecular pathways of cellular aging related to telomere length maintenance.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Aplicação, eficácia e segurança do Sham-CPAP em ensaios clínicos com pacientes com apneia obstrutiva do sono moderada e grave(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-04-28) Mello, Luciane Impelliziere Luna de [UNIFESP]; Poyares, Dalva Lucia Rollemberg [UNIFESP]; Cintra, Fátima Dumas [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8836659601497424; http://lattes.cnpq.br/4176832922554657; http://lattes.cnpq.br/3150882510083170; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) moderada e grave, tem como principal tratamento a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP). Nos estudos clínicos randomizados (ECRs) em pacientes com a AOS, a eficácia do CPAPfoi comparada a procedimentos “placebo” não ideais. O desenvolvimento do Sham-CPAP, já foi validado, no entanto, o tempo máximo de seu uso, sua eficácia e segurança ainda não foram adequadamente avaliados. Objetivo: Verificar a eficácia e segurança do uso do Sham-CPAP durante 6 meses, em um ECR, em pacientes com AOS moderada e grave. Desenho do Estudo: ECR duplo-cego. Método: Pacientes de ambos os sexos, com diagnóstico de AOS e com índice de apneia e hipopneia (IAH) ≥ 20 eventos/hora, diagnosticados por polissonografia (PSG) de noite inteira e com idade 35-65 anos, randomizados para uso de CPAP ou Sham-CPAP. As variáveis antropométricas, polissonográficas, ecocardiográficas e laboratoriais dos pacientes tratados, foram coletadas e analisadas durante 6 meses. Os valores normais do Dióxido de Carbono (CO2) e do Dióxido de Carbono Exalado (EtCO2) foram medidos na máscara durante a noite da PSG para a titulação do Sham-CPAP. Resultados: Dos 212 pacientes com a AOS, 72 foram randomizados para o tratamento com o CPAP ou o Sham-CPAP. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos no momento basal, com exceção do IAH e do índice de despertares que foram maiores no grupo CPAP (31,5±11,3Sham-CPAPvs.49,3±24,7CPAP e 25,3±11,9Sham-CPAPvs35,9±19,0CPAP, p<0,001).O número de desistências foi similar nos dois grupos durante o protocolo (p=0,59). Durante o acompanhamento do grupo Sham-CPAP foi observado um aumento da Pressão Arterial Diastólica (PAD), um aumento no Índice de Massa Corpórea (IMC) e uma redução da Lipoproteína de Alta Densidade (HDL) no sexto mês do protocolo (respectivamente p<0,001; p=0,01; p=0,001). A adesão ao Sham-CPAP foi menor no sexto mês de acompanhamento, em relação aos meses anteriores. Em relação às variáveis sanguíneas, houve queda progressiva e significativa nos valores da Hemoglobina (Hg) e do Hematócrito (Ht) no grupo estudado (respectivamente p<0,001; p=0,04; p=0,01). Conclusões: Os resultados reforçam o uso do Sham-CPAP como placebo efetivo em ECRs nos pacientes com a AOS, em relação à adesão, ao cegamento e à ausência de retenção do CO2 na máscara. No entanto, o Sham-CPAP mostrou não ser seguro após o terceiro mês de tratamento, devido ao aumento da PA, do IMC e da redução do HDL.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Apneia obstrutiva do sono em crianças e adolescentes com asma: existe diferença entre os sexos?(Universidade Federal de São Paulo, 2021-07-01) Santos, Cristiane Fumo dos; Moreira, Gustavo Antonio [UNIFESP]; Moura, Sonia Maria Guimarães Pereira Togeiro [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6468650044481017; http://lattes.cnpq.br/8220911805401542; http://lattes.cnpq.br/4630408194005888Objetivo: comparar a frequência de apneia obstrutiva do sono em meninos e meninas com asma. Métodos: foram selecionados 80 voluntários asmáticos com idade entre 7 e 18 anos incompletos. Os voluntários responderam questionários, foram examinados e realizaram prova de função pulmonar e poligrafia domiciliar (tipo III). Resultados: a idade média dos voluntários foi 11,6 anos, 51,3% do sexo feminino, 82,5% com rinite moderada/grave, 18,5% obesos, 21% em estágio pré puberal. Asma leve, moderada e grave foi observada em 4, 10 e 86% dos voluntários, respectivamente. Estavam controlados da asma em curto prazo 43,7% e em longo prazo, 33,7% dos voluntários. Distúrbio ventilatório obstrutivo leve foi observado em 30 voluntários e moderado, em 2. A mediana do índice de eventos respiratórios obstrutivos foi 1,8 eventos/h. Apneia obstrutiva do sono foi encontrada em 62,5% da amostra. Não houve diferença na distribuição do apneia considerando-se: sexo, estágio puberal, gravidade ou controle da asma ou gravidade da rinite. Não foi observada interação entre o Índice de Eventos Respiratórios Obstrutivos e sexo, z escore do índice de massa corporal, classificação da asma, níveis de controle da asma, diagnóstico de rinite, de refluxo gastroesofágico ou com o volume expiratório forçado no primeiro segundo. O questionário TuCASA (ponto de corte de 8) foi preditor da apneia do sono moderada/grave. Estar controlado da asma no último mês associou-se a menos crises de asma nos últimos 12 meses, enquanto estar controlado da asma em curto e longo prazo associou-se a menos internações por asma nos últimos 12 meses. Conclusões: encontramos apneia obstrutiva do sono em 62,5% de nossos voluntários (em 75% dos meninos e em 57,5% das meninas). Não observamos outros fatores associados à apneia obstrutiva do sono em nossa amostra, além do questionário TuCASA (valor maior ou igual a 8) para apneia moderada/grave. O controle da asma em curto e longo prazo estão associados aos desfechos de número de crises de asma e de internação por asma nos 12 meses anteriores. O questionário TuCasa como preditor de apneia do sono moderada/grave tem grande utilidade na prática clínica uma vez que estudos do sono em crianças são de difícil acesso devido à falta de leitos, custo e poucos profissionais capacitados ao atendimento pediátrico.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Associação entre pré-eclâmpsia e apnéia obstrutiva do sono: uma revisão da literatura(Universidade Federal de São Paulo, 2022-11-30) Santos, Luana Cristina dos [UNIFESP]; Hachul, Helena [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0292346083994904Objetivo: O presente trabalho propõe-se a revisar os estudos da literatura sobre a associação entre a Pré-eclâmpsia e a Apnéia Obstrutiva do Sono. Métodos: Este estudo é uma revisão narrativa de ensaios clínicos randomizados, estudos descritivos e relatos de casos. Foram incluídos artigos cujas amostras eram compostas por gestantes diagnosticadas com Pré-eclâmpsia (PE) e Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS). A estratégia de busca restringiu-se a artigos publicados entre os anos de 2012 e 2022, identificados pelos termos da língua inglesa seguidos pelo Medical Subject Headings (MeSH), sendo eles pre-eclampsia e obstructive apnea sleep. O levantamento bibliográfico, ocorreu por consulta à base de dados PubMed, da qual, foram inicialmente encontrados 33 resultados. Dentre eles foram excluídos 02 textos incompletos, 11 revisões da literatura, 03 artigos de acesso restrito, 01 artigo com população gestante sem Pré-eclâmpsia, e 01 artigo em língua estrangeira sem tradução oficial da publicação para o inglês. Dessa maneira 15 publicações foram incluídas nesse estudo. Dentre elas, 01 identificou níveis alterados de fatores TNF-Alfa, IL-1Beta, IL- Gama e IL-10 em mulheres diagnosticadas com AOS; 01 estudo relacionou a incidência de cesáreas e partos pré-termos com a ocorrência de AOS e insônia; 04 estudos relacionaram o risco de ocorrência de PE com o diagnóstico de AOS na gestação; 01 estudo relacionou pontuações acima de 10 na Escala de Sonolência Excessiva Diurna com alterações hipertensivas; 01 publicação mostrou que o Teste de Mallampati quando apresenta altos resultados não está associado a resultados adversos no período perinatal; 01 estudo relacionou o Questionário de Berlim com resultados adversos na gestação; 01 estudo determinou que a taxa de AOS na gestação com DMG foi de 51.8%. 02 estudos mostraram-se favoráveis ao uso de CPAP no tratamento de AOS associada a PE; 01 estudo relacionou a ocorrência de AOS a morbidade materna severa, morbidade cardiovascular e morte intra-hospitalar; 01 publicação relacionou a PE como risco independente para morbidade neuropsiquiátrica; 02 estudos tiveram maior incidência de PE em mulheres que relataram AOS em comparação ao grupo controle. Conclusões: A Apneia Obstrutiva do Sono em gestantes pode estar associada a Pré-eclâmpsia, tendo como denominador comum entre as patologias a hipóxia tecidual. A investigação de AOS durante a gestação é importante pela sua possível associação a PE, porém é pouco explorada pelos profissionais de saúde. O uso de CPAP é eficaz no tratamento de AOS durante a gestação acometida por PE e pode ser utilizado em terapia combinada a anti-hipertensivos, melhorando desfechos neonatais. A presença de fatores TNF-Alfa, IL-1Beta, IL- Gama e IL-10 aumentados está associada ao diagnóstico de AOS.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação craniofacial e de via aérea superior utilizando fotografias padronizadas em indivíduos com apneia obstrutiva do sono em amostra clínica e populacional(Universidade Federal de São Paulo, 2021-04-28) Vidigal, Tatiana de Aguiar [UNIFESP]; Bittencourt, Lia Rita Azeredo [UNIFESP]; Haddad, Fernanda Louise Martinho [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2110917250638917; http://lattes.cnpq.br/6882391059348792; http://lattes.cnpq.br/6612505734898295; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: Alterações anatômicas estruturais da via aérea superior e craniofaciais estão associadas à presença e gravidade da apneia obstrutiva do sono (AOS), porém os achados anatômicos de análise fotográfica facial quantitativa em amostra populacional ainda não foram testados. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar medidas de fotografias padronizadas craniofaciais e intraorais entre amostras clínica e populacional e a interação com grupos de indivíduos com índice de apneia e hipopneia (IAH) ≥15 e IAH<15, bem como a relação com a presença e gravidade da AOS moderada a grave na amostra total e nas amostras separadamente. Métodos: A amostra total foi composta por um total de 929 participantes, sendo a amostra clínica com 309 pacientes e a populacional composta por 620 voluntários. Todos os indivíduos foram submetidos a fotografia padronizada craniofacial e intraoral e polissonografia. Resultados: AOS moderada a grave (IAH≥15) foi observada em 30,3% da amostra total, sendo 37,2% na amostra clínica e 26,9% na amostra populacional geral. Houve interações entre as medidas faciais, grupos de IAH e amostras clínica e populacional, em que as medidas do ângulo da posição natural da cabeça (p<0,01), volume mandibular (p<0,01), volume maxilo-mandibular (p<0,01), distância esternomental (p=0,04) e altura da face lateral (p=0,04) foram maiores no grupo IAH≥15 da amostra clínica, em comparação com o grupo IAH≥15 da amostra populacional e em relação ao grupo IAH<15 da amostra clínica. O comprimento mandibular (p=0,04), a área maxilo-mandibular (p=0,01) e a área do triângulo mandibular (p=0,01) foram maiores no grupo IAH≥15 na amostra clínica apenas em comparação com o grupo IAH≥15 na amostra populacional. O grupo IAH≥15 na amostra clínica apresentou menor curvatura da língua (p<0,01) e maior frequência do índice de Mallampati modificado classes III e IV (p<0,01) em relação ao grupo IAH<15 na amostra clínica. A regressão multivariada sugere que variáveis baseadas em fotografias capturaram associações independentes com a AOS em ambas as amostras. Após o ajuste de sexo e idade, a maior largura da mandíbula (p<0,01) associou ao maior IAH e presença de AOS moderada/grave, tanto na amostra clínica quanto na amostra populacional; a medida de menor curvatura da língua (p<0,01) refletiu a gravidade e a probabilidade de AOS na amostra clínica; e a maior altura posterior mandibular (p=0,04) mostrou relação com maior IAH e maior risco de AOS moderada a grave na amostra populacional. Após o ajuste de sexo, idade e IMC, apenas a medida de menor curvatura da língua (p<0,01) mostrou relação com risco de AOS moderada a grave na amostra clínica. Conclusão: Os achados das medidas fotográficas craniofaciais e intraorais quantitativas distinguiram as amostras estudadas, mostrando que medidas da língua e da mandíbula foram associadas ao aumento do risco da AOS na amostra clínica e uma medida de altura facial na amostra populacional.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da disfagia e do refluxo laringofaringeo em pacientes com apnéia obstrutiva do Sono(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-06-28) Caparroz, Fabio de Azevedo [UNIFESP]; Haddad, Fernanda Louise Martinho [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2110917250638917; http://lattes.cnpq.br/6982046861974842; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objectives: to evaluate whether the presence of signs and symptons suggestive of laryngopharingeal reflux are associated with the presence of dysphagia in patients with moderate and severe obstructive sleep apnea (OSA), and also evaluate whether endoscopic signs of dysphagia could be reverted by treatment with CPAP in patients with OSA. Methods: 70 patients among 18 and 70 years old with moderate or severe OSA were included in the study. The following questionnaries were applied: RSI (Reflux Sympton Index) and Quality of Life in Swallowing Disorders (Swal-Qol). Functional Endoscopy Evaluation of Swallowing Safety (FEESS) and video-laryngoscopy, in order to obtain Reflux Finding Score (RFS), were also performed. The patients with diagnosis of dysphagia on FEESS were followed-up to 3 months, and then reavaluated according to the same protocol. Results: the prevalence of laryngopharingeal reflux on our sample was 59,7%, and the prevalence of dysphagia was 27,3%, inferior than previous studies. Association between laryngopharingeal reflux and dysphagia was found on 17,1% of the patients, with no statistical significance. Lower quality of life scores were observed in only one domain of Swal-Qol in patients with dysphagia and OSA. There was a significantly improvement of deglutition disorders on FEESS after treatment with CPAP (p=0,004), as well as quality of life measured by Swal-Qol (global score, p = 0,028), in patients with dysphagia and OSA, after 3 months. Conclusions: There was no association between laryngopharingeal reflux and dysphagia in patients with OSA on the present study. Prevalence of dysphagia, showed mostly by premature oral leakage, was 27,3% on our sample, inferior to previous studies. It seems to be a lower additional impact on quality of life, measured by Swal-Qol, in patients with dysphagia and OSA. Treatment with CPAP was capable of reverting endoscopic signs of dysphagia on FEESS in patients with OSA.
- ItemEmbargoAvaliação das arcadas dentárias por escâner intraoral em pacientes com distúrbio respiratório obstrutivo do sono(Universidade Federal de São Paulo, 2023-06-13) Brassanini, Guilherme William [UNIFESP]; Haddad, Fernanda Louise Martinho [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2110917250638917; http://lattes.cnpq.br/9792824914263910Introdução: O escaneamento intraoral emergiu como uma técnica inovadora adotada na odontologia, de fácil realização e ausência de radiação. Por décadas, a cefalometria tem sido empregada na avaliação das estruturas ósseas em pacientes com distúrbios respiratórios obstrutivos do sono (DROS). No entanto, o escaneamento intraoral ainda não é rotineiramente utilizado para essa finalidade, e não existem estudos comparativos entre esses dois métodos nessa população específica. Objetivos: Avaliar se existe correlação entre medidas dos arcos dentários da maxila e da mandíbula obtidas através de modelos digitais por escâner intraoral com medidas cefalométricas em pacientes com DROS, e correlacionar as medidas dos arcos dentários da maxila e da mandíbula obtidas por escaneamento intraoral com parâmetros respiratórios polissonográficos. Métodos: Foram revisados 147 prontuários de pacientes em uma clínica odontológica atendidos entre 2018 e 2023, com DROS e indicação de tratamento com aparelho intraoral de avanço mandibular. Destes, foram incluídos no estudo 117 pacientes que apresentaram dados completos da cefalometria e do escâner intraoral (iTero). Dos pacientes incluídos, 99 apresentavam dados da polissonografia tipo I ou II. Resultados: Houve correlação entre medidas das arcadas dentárias superiores e inferiores e as medidas obtidas por cefalometria (SNB: Correlação positiva com área (p=0,006), distância interpremolar (p=0,007) e intermolar (p=0,031)). As correlações encontradas entre as medidas cefalométricas e as medidas das arcadas dentárias inferiores (mandíbula) foram: SNA: correlação positiva com área (p=0,007), distância interpremolar (p=0,04) e comprimento da arcada (p=0,022). SNB: Correlação positiva com área (p=0,005) e distância interpremolar (p<0,001). Correlação negativa com a razão comprimento/medida interpremolar (p=0,045). ANB: Correlação positiva com o comprimento da mandíbula (p=0,009) e a razão comprimento/ medida interpremolar (p<0,001) e razão comprimento/ medida intermolar (p=0,007). Correlação negativa com a medida interpremolar (p=0,049). Houve correlação positiva entre maiores valores do índice de apneia e hipopneia (IAH) com menores medidas das arcadas dentárias superiores (maxila) e aumento da razão comprimento/medida interpremolar da maxila (p=0,05). Conclusão: Houve correlação entre medidas das arcadas dentárias superiores e inferiores com as medidas obtidas por cefalometria, sugerindo que o escaneamento intraoral possa ser, também, um método de avaliação anatômica da região maxilomandibular de fácil realização em pacientes com DROS. Além disso, houve correlação entre maiores valores do IAH com menores medidas das arcadas dentárias superiores (maxila).
- ItemAcesso aberto (Open Access)Caracterização da pressão de lábios e língua em pacientes com apneia obstrutiva do sono(Universidade Federal de São Paulo, 2021) Ferreira, Amanda Santiago [UNIFESP]; Bommarito, Silvana [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5606969949793059; http://lattes.cnpq.br/8261261163049175Introdução: A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é um distúrbio comum caracterizada pelo colapso repetitivo das vias aéreas da faringe durante o sono, sendo a principal estrutura colapsante a língua . Objetivo: Correlacionar a pressão de lábios e língua com a Apnéia Obstrutiva do Sono, segundo o índice de apnéia e hipopnéia, o índice facial, idade e dimorfismo sexual. Método: Trata-se de um estudo observacional e transversal. A amostra foi composta por 42 pacientes com idades entre 30 e 79 anos, (13 homens e 29 mulheres), diagnosticados com Apneia Obstrutiva do Sono (Grupo Pesquisa - GP). Um segundo grupo, denominado controle (GC) foi composto por 22 indivíduos saudáveis, com idades entre 17 e 37 anos, sem queixas relacionadas à deglutição e/ou fala. Os aspectos avaliados foram: tônus e mobilidade de lábios, língua e bochechas, índice de Mallampati, medidas antropométricas e prosopométricas. A avaliação objetiva da pressão dos lábios e da língua foi realizada por meio do aparelho PLL Pró-Fono (BIOFEEDBACK: PRESSÃO DE LÁBIOS E DE LÍNGUA), durante as provas de pressão dos lábios, protrusão da ponta da língua, elevação do dorso da língua contra o palato. Resultados: Ao compararmos a pressão da ponta da língua, dorso da língua e pressão dos lábios obtidos do grupo AOS e do grupo saudável encontramos diferenças estatisticamente significantes quanto a pressão de dorso de língua (p=0,002) e de lábios (p=0,20). Verificamos que a média do Índice de Massa Corporal foi 28,57 e do Índice de Apnéia e Hipopnéia foi 18,52, em indivíduos do GP. Ao compararmos a circunferência cervical e circunferência abdominal em função do sexo em indivíduos com AOS verificamos que a circunferência abdominal dos homens foi significativamente maior que das mulheres (p=0,001). Houve frequência significativamente maior de mobilidade de língua (82,93%) e bochechas (80,49%) adequadas. Quanto à análise do tipo facial encontramos 61% dos pacientes euriprósopos, seguido do tipo facial mesoprósopo (24,40%) e do leptoprósopo (14,60%), respectivamente. Os pacientes com mobilidade de língua adequada apresentaram maiores valores de pressão na ponta de língua, que os com mobilidade de língua diminuída (p=0,033). Conclusão: Pacientes com AOS apresentam menor pressão de dorso de língua comparados com indivíduos sem AOS. Houve correlação entre o IAH e a circunferência abdominal, indicando assim sobrepeso como um fator de risco para a Apnéia Obstrutiva do Sono. Não houve correlação entre a pressão da língua e a circunferência cervical e abdominal, segundo a idade e sexo. O tipo facial leptoprósopo apresentou maior pressão de ponta e dorso de língua que os tipos euriprósopo e mesoprosopo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito da apneia obstrutiva do sono sobre o comprimento telomérico e seus mecanismos associados(Universidade Federal de São Paulo, 2022-04-25) Tempaku, Priscila Farias [UNIFESP]; Tufik, Sergio [UNIFESP]; D´Almeida, Vania [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7220411418339421; http://lattes.cnpq.br/1375290481822767; http://lattes.cnpq.br/1848763194021358A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio de sono de elevada prevalência e morbidade. Dentre os fatores associados à sua fisiopatologia, destaca-se o papel da hipóxia intermitente, a qual contribui com o desenvolvimento do estresse oxidativo e da inflamação. Sabe-se que níveis cumulativos desses fatores influenciam negativamente a porção final do cromossomo, denominada telômero. Portanto, hipotetizamos que a AOS seja capaz de acelerar o processo de envelhecimento por meio do encurtamento telomérico mediado por marcadores inflamatórios e oxidativos. Assim, o objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito da AOS e do seu tratamento com aparelho de pressão contínua positiva nas vias aéreas (CPAP) sobre a variação do comprimento dos telômeros e seus mecanismos associados. Foi conduzido um estudo clínico randomizado duplo-cego e sham- controlado com duração de 6 meses. Recrutamos participantes do sexo masculino, com diagnóstico de AOS (índice de apneia-hipopneia ≥20/hora), idade entre 35-65 anos e índice de massa corpórea <35 kg/m2; os quais foram randomizados para uso de CPAP ou sham-CPAP ao longo de 6 meses. Os participantes realizaram 7 visitas (basal e após 1, 2, 3, 4, 5 e 6 meses), nas quais foram submetidos à avaliação clínica e otorrinolaringológica, aplicação de questionários de sono, polissonografia e coleta de sangue para extração de DNA e mensuração do comprimento médio dos telômeros de leucócitos (CMTL), bem como ensaios de quantificação de mediadores inflamatórios, metabólicos e oxidativos. Dentre a amostra total (n=127) que entramos em contato no período de coleta, cumpriram os critérios de inclusão e exclusão e participaram do protocolo 46 indivíduos (36,2%), sendo 30 (65,2%) para o grupo CPAP e 16 (34,8%) para o grupo sham-CPAP. No geral, os grupos foram homogêneos nas avaliações basais, inclusive no CMTL (p=0,106). A adesão apresentada durante a intervenção foi de 5,29 ± 1,09 no grupo sham-CPAP e de 5,71 ± 0,19 no grupo CPAP. Após 6 meses de intervenção, observamos um efeito estatisticamente significativo do tratamento (p=0,001) sob o CMTL, em que o grupo sham-CPAP (1,0117 ± 0,1552, 0,9457 ± 0,0747, 0,8482 ± 0,2163) apresentou uma redução mais expressiva do que o grupo CPAP (1,0960 ± 0,1122, 1,0521 ± 0,1094, 1,0675 ± 0,1225) comparando as médias das Visitas 1, 4 e 7. Além disso, encontramos uma correlação negativa entre os deltas CMTL e delta TNF-α da Visita 7 e Visita 1 (rho=- 0,216, p=0,003), devido à intervenção sham-CPAP (rho=-0,383, p=0,009) em relação ao uso de CPAP (rho=0,021, p=0,800). Podemos concluir que o CPAP, ao compararmos com o placebo sham-CPAP, causou um efeito na estabilidade do CMTL, potencialmente pela modulação do TNF-α.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito da expansão rápida da maxila na qualidade de vida de crianças com distúrbios respiratórios do sono(Universidade Federal de São Paulo, 2021-10-18) Bariani, Rita Catia Brás [UNIFESP]; Fujita, Reginaldo Raimundo [UNIFESP]; Moreira, Gustavo Antônio [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8220911805401542; http://lattes.cnpq.br/1780341325141181; http://lattes.cnpq.br/4553284220889866Faltam estudos para avaliar alternativas de tratamento em crianças com distúrbios respiratórios do sono (DRS) refratário à adenotonsilectomia. A expansão rápida da maxila (ERM) pode representar uma opção de tratamento para crianças com DRS e anomalias craniofaciais ou para as quais a adenotonsilectomia ou outras modalidades de tratamento falharam ou quando a cirurgia é contra-indicada. Objetivo: Avaliar a eficácia em curto prazo da expansão rápida da maxila na qualidade de vida em crianças com distúrbios respiratórios do sono após adenotonsilectomia tardia 2 anos ou mais, usando o questionário OSA-18. Método: Estudo de ensaio clínico prospectivo, utilizando a terapia com expansão rápida da maxila. Os critérios de inclusão dos participantes foram: crianças de 5 a 12 anos, que fizeram adenotonsilectomia, mas cujos pais/responsáveis relataram que ainda roncam ≥4 noites por semana, têm atresia maxilar e índice de apneia-hipopneia obstrutivo (IAHO) > 1. Participaram deste estudo 24 crianças com distúrbios respiratórios do sono, incluindo 13 pacientes com ronco primário e 11 pacientes com apneia obstrutiva do sono (AOS) antes e após seis meses da ERM. Os pacientes foram submetidos a nasofaringoscopia e polissonografia completa, questionário de qualidade de vida (OSA-18), questionário de sono pediátrico (PSQ), Escala Abreviada de Conners, Escala de Sonolência de Epworth (ESS), avaliação tomográfica e testes neurocognitivos. Resultados: Os escores totais do domínio OSA-18 reduziram significativamente em ambos os grupos (diferença intragrupo, p < 0,001). Na avaliação do ronco, houve redução devido ao efeito do tratamento em ambos os grupos, mas mais significativa no grupo AOS. A sonolência diurna, o déficit de atenção e os transtornos de hiperatividade foram reduzidos em ambos os grupos. Conclusão: A ERM pode ser um tratamento alternativo que melhora o ronco, a sonolência e a qualidade de vida em crianças com distúrbios respiratórios do sono após adenotonsilectomia. Sugere-se uma abordagem multidisciplinar para o tratamento dos distúrbios respiratórios do sono. Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC): número RBR-463byn.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito das diferentes regras de marcação de eventos respiratórios na classificação da apneia obstrutiva do sono(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2016-06-30) Garbuio, Silvério Aparecido [UNIFESP]; Bittencourt, Lia Rita Azeredo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6882391059348792; http://lattes.cnpq.br/9543235017267891; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introduction: Despite the high relevance of the Apnea and Hypopnea Index (AHI) and the Respiratory Disturbance Index (RDI) in the diagnosis of Obstructive Sleep Apnea (OSA), there is still a high disagreement in the definition of sleep-related respiratory events indexes. Objectives: To compare the different methodologies of scoring respiratory events related to sleep in an epidemiological sample. To evaluate the impact on the diagnosis of OSA and to determine the cut-off values according to severity. Methods: We evaluated 891 polysomnography of the epidemiological study Episono of individuals who represented the city of São Paulo in 2007 according to age, gender and socioeconomic. Sleep staging, arousals, apneas, hypopneas, and Respiratory-Effort Related Arousal (RERAs) were manually scored. A polysomnographic analysis system performed the association of decrease of the flow with oxygen desaturations and / or arousals and allocated them in different indices: AHI4: hypopnea associated with a drop of the SpO2 ?4%, AHI3: hypopnea associated with a drop of the SpO2 ?3%, IAH3A: hypopnea associated with a drop of the SpO2 ?3% or an arousal, and IDR: AHI3A + RERA Index. The equivalent cutoff points for AHI3, AHI3A and RDI (for 5, 15, 30 events / hour of sleep) were calculated using the AHI4 as a reference. Results: Using the SpO2 ? 3% and the addition of arousal in the rule, we observed higher rates than those with a drop ? 4% (Index: AHI4: 6.2±11.5/h; AHI3: 7.8±12.9/h; AHI3A: 9.5±13.9/h; RDI: 10.6±14.1/h). This trend was the same for the prevalences considering different values of severity (> 5,> 15 or> 30/h). In the comparative analysis between the indices and the AHI4 in their respective severities, we observed that 12.7%, 25.8% and 33.1% of the 16 individuals would be reclassified by the AHI3, AHI3A and RDI indices, respectively. We maximized the sum of sensitivity and specificity by the ROC curve for the determination of equivalent values by severity and observed an increase from 6.6 to 9.6/h for AHI4 = 5, from 16 to 19.7/h for AHI4 = 15, and from 34.3 to 35/h for AHI4 = 30/h. These values were 5 events/hour higher than the AHI4 cut-off. In analyzes separated by sex, age and BMI, we observed that the equivalent values for women, individuals between 20 and 40 years and eutrophic, were higher, between 10 and 15 more events in the cut-off values for AHI4?30. Using appropriately adjusted cut-off points, the agreement was between 92% and 99%. Conclusions: When the same cut-off value is used, the different definitions of hypopnea and the addition of RERA in the rule lead to large differences in the rates of OSA diagnoses. The AHI cut-off point using oxygen desaturation ? 3% and / or arousal, and RDI, should be adjusted to approximately 5 events/hour to be comparable to the AHI4 cut-off point and to maintain agreement > 92%. This adjustment should be greater when analyzing specific groups.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito do tratamento com CPAP na qualidade da voz em pacientes com apneia obstrutiva do sono(Universidade Federal de São Paulo, 2022-08-17) Rocha, Bruna Rainho [UNIFESP]; Behlau, Mara Suzana [UNIFESP]; Poyares, Dalva Lucia Rollemberg [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4176832922554657; http://lattes.cnpq.br/2274436726620746; http://lattes.cnpq.br/7664517668044679Introdução: Pacientes com Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) frequentemente apresentam sintomas laringofaríngeos e nasais, que podem, por sua vez, interferir na qualidade vocal. O método mais comum e eficaz de tratamento da AOS envolve a aplicação de pressão positiva contínua nas vias aéreas - continuous positive airway pressure (CPAP). Atualmente, o equipamento CPAP de maior indicação inclui umidificação aquecida. O uso do CPAP pode ser positivo para a qualidade vocal, uma vez que pode reduzir o refluxo gastroesofágico noturno, evitar o ronco e o ressecamento da via aérea superior (VAS). Apesar dessa hipótese, o impacto do uso do CPAP com umidificador sobre a qualidade vocal não está esclarecido. Objetivos: Verificar a qualidade da voz em pacientes com AOS antes e após o uso contínuo do CPAP. Métodos: Quarenta e três voluntários do sexo masculino diagnosticados com AOS por exame de polissonografia e com indicação de terapia por CPAP foram randomizados em dois grupos de terapia: 1. Grupo de terapia por CPAP com umidificador; 2. Grupo de terapia por Sham-CPAP (placebo). Cada participante foi utilizado como seu próprio controle, permitindo a comparação dos dados coletados dentro de cada condição e entre condições adjacentes para a verificação do tratamento implementado, com testes estatísticos pertinentes. Os participantes responderam a um protocolo desenvolvido para esta pesquisa e tiveram as suas vozes gravadas em quatro momentos: pré-terapia por CPAP, após 1, 3 e 6 meses de uso contínuo do CPAP. As respostas aos questionários foram comparadas a um julgamento perceptivo-auditivo das amostras vocais e uma mensuração acústica multiparamétrica, o Acoustic Vocal Quality Index (AVQI). Resultados: Após 6 meses de tratamento, observou-se melhora nos padrões de sono para o grupo CPAP, porém sem diferença entre os grupos para os questionários relacionados à voz, avaliação acústica e julgamento perceptivo-auditivo. Conclusão: A terapia por CPAP com umidificador não alterou a qualidade vocal dos indivíduos nem do ponto de vista da avaliação clínica fonoaudiológica e nem da autoavaliação do participante. A terapia por CPAP se mostrou segura para a qualidade vocal em uma população de homens.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito do tratamento da apneia obstrutiva do sono de grau leve, sobre a qualidade ee vida, humor e atenção sustentada: estudo randomizado, paralelo, simples cego e controlado(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-05-31) Luz, Gabriela Costa Pontes [UNIFESP]; Bittencourt, Lia Rita Azeredo [UNIFESP]; Nery, Luiz Eduardo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2605106957934146; http://lattes.cnpq.br/6882391059348792; http://lattes.cnpq.br/6552172920168051; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introduction: The effect of Continuous Positive Airway Pressure (CPAP) or Oral Appliance (OA) treatment on obstructive sleep apnea (OSA) in the domains of quality of life, mood and cognition is still controversial and especially in mild OSA. Objective: To evaluate and compare the effect of treatment with CPAP and OA in patients with mild OSA in improving quality of life, mood and sustained attention. Methods: Patients of both genders were included; body mass index (BMI) ≤ 35 kg /m2; age between 18 and 65 years; diagnosis of mild OSA - apnea and hypopnea index (AHI) ≥ 5 events per hour of sleep and ≤ 15 events per hour of sleep independent of the presence of excessive daytime sleepiness (EDS), but with at least one sign and/or symptom and with a minimum mandibular protrusion of 7mm. Patients were randomly assigned to 3 groups: group 1 - CPAP, group 2 - OA and group 3 - control without treatment. The patients were submitted to two evaluations: baseline and after 6 months of treatment. The subjects performed the following procedures in these evaluations: Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), physical examination, otorhinolaryngological examination, baseline polysomnography (PSG) (and using CPAP in group 1), Epworth Sleepiness Scale (ESS), Beck Anxiety and Depression Inventories (BAI and BDI), Functional Outcomes of Sleep Questionnaire (FOSQ) and 5 measures of Psychomotor Vigilance Task (PVT). For statistical analysis, we used a descriptive analysis (means ± standard deviation) and for assessment of the groups at different times we used General Linear Model (GLM). Results: 48 patients participated in the study, 15 in group 1, 15 in group 2 and 18 in group 3. Regarding the PSG, we observed better results in several variables, after six months of treatment in group 1, compared to groups 2 and 3. No differences between groups were observed in ESS, PSQI, BAI and BDI. Regarding FOSQ, we observed that group 1 presented improvement in the followings domains: general productivity; social outcomes and overall mean, when compared to the other groups. Regarding PVT, we observed no difference between the groups. Adherence to OA was higher when compared to CPAP. Conclusion: CPAP was the best intervention for normalization of polysomnographic parameters and improvement of quality of life. There was no difference in mood and sustained attention between treatments. The OA showed greater adherence than CPAP during the six months of treatment.
- ItemRestritoEfeitos da donepezila no sono e cognição em pacientes com sonolência excessiva residual e apneia obstrutiva do sono: um estudo controlado por placebo e randomizado(Universidade Federal de São Paulo, 2021-12-06) Sousa, Ksdy Maiara Moura [UNIFESP]; Poyares, Dalva Lucia Rollemberg [UNIFESP]; De Mello, Claudia Berlim; http://lattes.cnpq.br/1758368777559433; http://lattes.cnpq.br/4176832922554657; http://lattes.cnpq.br/7866578619089145Objetivos: A Sonolência Excessiva Residual (SER) é uma condição debilitante que afeta uma proporção significativa de pessoas com Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) mesmo após o uso adequado da terapia de Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas (CPAP), cerca de 5% dos pacientes com AOS podem apresentar sonolência residual. Os mecanismos pelos quais isso ocorre ainda são desconhecidos, no entanto alguns estudos apontam que diminuição da atividade colinérgica pode desempenhar um papel potencial entre os mecanismos na fisiopatologia da SER. Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos da Donepezila, anticolinesterase, na sonolência residual em pacientes com AOS. Método: Este estudo piloto, duplo-cego, randomizado, cruzado, controlado por placebo, incluiu adultos com SER, com idades entre 35-65 anos, atribuídos a um dos braços de intervenção (Donepezila 5mg por 15 dias, seguida por Donepezila 10mg por mais 15 dias ou placebo pela manhã). Após um intervalo de 20 dias, o mesmo procedimento foi repetido de forma cruzada. A sonolência diurna foi medida pela escala de sonolência de Epworth e pelo Teste de Manutenção de Vigília (TMV), sendo esses os desfechos primários deste estudo. Parâmetros de Polissonografia (PSG), funções cognitivas e sintomas de depressão, avaliados pelo inventário de depressão de Beck, foram considerados desfechos secundários. Entre os Modelos Lineares Gerais (GLM), o teste estatístico para medidas repetidas foi utilizado para realizar a comparação com as respostas de intervenção, e o Ômega Square foi utilizado para medir o tamanho de efeito. Os Eventos Adversos (EAs) foram avaliados por questionário. Resultado: 202 pacientes após diagnosticados com AOS moderada/acentuada iniciaram tratamento com CPAP e foram avaliados sistematicamente por 6 meses para avaliação do diagnóstico de SER. Dessa forma, após todas as etapas realizadas 8 pacientes foram incluídos no estudo, pois apresentavam todos os critérios para sonolência excessiva residual. A sonolência diurna avaliada pela escala de sonolência de Epworth foi reduzida no braço Donepezila em relação ao placebo (8,9±4,4 vs 15,7±4,1, p<0,05. O tamanho do efeito da Donepezila para reduzir a sonolência foi considerado alto (w2 0,43). Outras variáveis não apresentaram diferenças estatísticas entre os braços de estudo. Os EAs raros relatados foram insônia e ansiedade. Conclusão: Donepezila melhorou a sonolência subjetiva em indivíduos com SER. Não foram observados efeitos significantes na cognição. SER pode ser uma condição frequente entre pacientes com AOS tratados e a transmissão colinérgica pode ter um papel na sua fisiopatologia, sendo considerada um potencial terapêutico para essa condição.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos da sonolência excessiva diurna ou da insônia associadas á apneia obstrutiva do sono no risco cardiovascular: um estudo longitudinal prospectivo de base populacional.(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-03-29) Kim, Lenise Jihe [UNIFESP]; Andersen, Monica Levy [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4951931552005515; http://lattes.cnpq.br/9426936592794461; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: Diversas são as apresentações clínicas da apneia obstrutiva do sono (AOS), as quais possuem associações distintas com comorbidades. Sonolência excessiva diurna (SED) e insônia são sintomas comuns da AOS. Uma susceptibilidade distinta à mortalidade e a doenças cardiovasculares entre pacientes com AOS sintomática e assintomática ainda é incerta. Objetivos: Investigar os efeitos das apresentações clínicas da AOS com sintomas de SED e insônia na mortalidade, incidência de doenças cardiovasculares e níveis de marcadores metabólicos e inflamatórios. Avaliamos também os possíveis fatores sociodemográficos associados aos efeitos da AOS nos desfechos cardiovasculares. Métodos: Nós conduzidos uma análise prospectiva em uma amostra de base populacional de 1.061 participantes provenientes do Estudo Epidemiológico do Sono (EPISONO) com um tempo médio de seguimento de 8 anos. AOS foi definida como um índice de apneia-hipopneia >5, SED por escores >10 na Escala de Sonolência de Epworth e a insônia pelo auto-relato de 1 ou mais queixas de dificuldade de iniciar o sono (DIS), dificuldade de manter o sono (DMS) ou despertar precoce (DP) por pelo menos 3 vezes/semana. Desfechos primários consistiram na mortalidade por todas as causas e por doenças cardiovasculares. Desfechos secundários incluíram a incidência de eventos cardiovasculares não-fatais e combinados, além dos níveis de marcadores metabólicos e inflamatórios. Resultados: Nos modelos ajustados, AOS foi um fator preditor de riscos 3,02 e 5,85 vezes maiores de eventos cardiovasculares combinados independentemente da SED e insônia, respectivamente. O risco cardiovascular aumentado na AOS foi ainda mais proeminente somente em mulheres (OR: 6,19; IC95%: 1,52-25,28; P=0,01). A insônia foi também um fator de risco de eventos cardiovasculares não-fatais (OR: 5,52; IC95%: 1,12-27,12; P=0,04) e combinados (OR: 6,74; IC95%: 1,39-32,63; P=0,02), com o subtipo da DMS apresentando as únicas associações positivas. A mortalidade e os níveis de marcadores metabólicos e inflamatórios não diferiram entre as apresentações clínicas da AOS. Conclusões: Nossos achados de um seguimento de 8 anos indicaram que a AOS assintomática para SED e insônia é uma apresentação de maior risco de desfechos cardiovasculares. Um risco cardiovascular aumentado foi também observado em pacientes com insônia, especificamente o subtipo de DMS, e em mulheres com AOS.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos de uma intervenção dietética com elevado teor de proteínas em parâmetros de sono, composição corporal e metabólicos em indivíduos obesos com apneia obstrutiva do sono(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-05-31) Melo, Camila Maria de [UNIFESP]; Mello, Marco Tulio de [UNIFESP]; Antunes, Hanna Karen Moreira [UNIFESP]; Togeiro, Sonia Maria Guimarães Pereira [UNIFESP]; Antunes, Hanna Karen Moreira [UNIFESP]; Togeiro, Sônia Maria Guimarães Pereira [UNIFESP]; Hanna Karen Moreira Antunes : http://lattes.cnpq.br/1464519773053362; Sônia Maria Guimarães Pereira Togeiro : http://lattes.cnpq.br/6468650044481017; http://lattes.cnpq.br/4215971444001756; http://lattes.cnpq.br/4215971444001756; http://lattes.cnpq.br/4982218385500562; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Background: Obesity represents the major risk factor for the development od Obstructive sleep apnea (OSA) and weight loss can contributes with OSA and metabolic improvements. Diets with higher protein contents have been used successfully to weight loss in obese individuals. Aims: To evaluate the effects of an intervention with moderate energy restriction and high protein content on body composition, energy expenditure, risk factors for chronic diseases and sleep parameters in obese and OSA patients. Methods: Male, obese and OSA patients were included in the study. Participants were distributed into two dietary intervention groups of one month duration. Both groups were instructed to follow a 30% of total energy expenditure energy restriction diet. The control group (CTL) consumed a normal macronutrient composition diet (0.8g of PTN/kg/day), and the protein group (PTN) was instructed to consume a high protein diet (1.6g of PTN/Kg/day). Before and after the intervention, all participants were submitted to the following evaluations: nocturnal polysomnography, body composition measurements by plethysmography, resting energy expenditure (GER) by indirect calorimetry, food consumption, blood collection for glucose, lipide and hormonal profile determination. Results: There were no differences in body composition, GER and energy intake among OSA severity groups. The mean reduction in body mass was similar in both groups (-3.7 ± 2.0% for the CHO group and -4.0 ± 1.5% for the PTN group). Changes in anthropometric measurements and body composition were also similar among groups. There were no significant changes in resting energy expenditure between groups, but a reduction of ≈180kcal / day in the CHO group and 110kcal / day was observed. There was a 38% reduction in AHI in the CHO group and 46% in the PTN group. In addition, both interventions were able to contribute to reducing metabolic diseases risk. Conclusion: We concluded that only one month of diet intervention for weitgh loss with moderate energy restriction result in significant improvements in OSA severity and metabolic profile. Also, increased protein intake during a short-term intervention does not present any additional effects on OSA severity, body composition, GER and biochemical parameters than a normal composition diet.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Estudo da função sexual feminina na apneia obstrutiva do sono de grau leve(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-08-31) Coelho, Glaury Aparecida [UNIFESP]; Campos, Helena Hachul de [UNIFESP]; Bittencourt, Lia Rita [UNIFESP]; Andersen, Monica Levy [UNIFESP]; Lia Rita Bittencourt: http://lattes.cnpq.br/6882391059348792 ; Monica Levy Andersen: http://lattes.cnpq.br/4951931552005515 ; http://lattes.cnpq.br/0292346083994904 ; http://lattes.cnpq.br/2364122418762451 ; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: As mulheres costumam apresentar apneia obstrutiva do sono (AOS) menos grave quando comparadas aos homens, sendo a AOS de grau leve mais prevalente do que outros graus. A associação entre AOS e disfunção sexual feminina (DSF) ainda é pouco explorada na literatura. Objetivo: Investigar a prevalência de disfunção sexual feminina (DFS) em mulheres com AOS leve, avaliar o impacto da AOS na DSF, bem como determinar os preditores de risco para DSF. Métodos: Estudo transversal, observacional e analítico, realizado a partir do ambulatório dos distúrbios do sono e setor de sono na mulher da Universidade de São Paulo, Escola Paulista de Medicina (UNIFESP - EPM) e do Instituto do Sono. A amostra foi composta por mulheres entre 26 e 65 anos, distribuídas em 2 grupos: AOS leve (com Índice de Apneia e Hipopneia-IAH entre 5 e 15 eventos/hora e associado a pelo menos um sintoma), e grupo controle (com IAH<5 eventos/hora e índice de despertares - IDR<15 eventos/hora) sem queixas relacionadas ao sono. As pacientes responderam aos questionários Escala de Sonolência de Epworth, Índice de Função Sexual Feminina (FSFI), Índice de Menopausal de Kupperman (IMK) e Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB); foram submetidas ao exame físico, à mensuração da dosagem dos hormônios sexuais femininos e ao exame de Polissonografia (PSG) de noite inteira. A comparação entre os grupos foi realizada pelo teste GLM univariado e os fatores associados para DSF foram investigados pela Regressão Linear. Resultados: As mulheres do grupo AOS leve foram mais velhas (48,88 anos ± 8,87) que o controle (40,07 anos ± 11,22). Apresentaram mais sintomas pelo IMK (14,20 ± 10 vs 5,90 ± 7,90), maior IMC (29,51 ± 4,29 vs 23,69 ± 2,96), maior escore no IDB (12,30 ± 7,50 vs 8,70 ± 9,51) e menor CCEB (30,29 ± 11 vs 43,38 ± 11,41). O escore total do FSFI foi baixo em ambos os grupos sendo AOS leve (18,06 ± 11,62) e controle (21,88 ± 9,77). Conclusão: Encontramos alta prevalência de DSF tanto no grupo AOS leve, assim como no grupo controle. A presença de AOS leve não impactou a função sexual nesta amostra. Foram fatores associados para a diminuição da função sexual depressão, maior IMC e idade avançada.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Estudo de prevalência e incidência da associação entre insônia e apneia obstrutiva do sono (COMISA) em uma amostra populacional(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-17) Luciano, Ygor de Matos [UNIFESP]; Pires, Gabriel Natan [UNIFESP]; Andersen, Monica Levy [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4951931552005515; http://lattes.cnpq.br/7799496784629692; http://lattes.cnpq.br/3368814234611794Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) e a insônia representam os distúrbios de sono mais prevalentes, afetando negativamente a saúde física e mental. Tanto a insônia quanto a AOS possuem grande relevância clínica e social. Mais recentemente, tem-se dado ênfase à discussão sobre a presença simultânea de ambas as doenças, denominada como COMISA – comorbid insomnia and sleep apnea. Nesse sentido, o estudo de prevalência e incidência é imprescindível para se estabelecer os primeiros avanços no que diz respeito aos desdobramentos desse fenômeno. Objetivo: Investigar a prevalência e a incidência da COMISA com base no Estudo Epidemiológico do Sono da cidade de São Paulo – EPISONO. Métodos: Foram utilizados como base deste projeto o EPISONO: a 3ª edição (2007) e o estudo de seguimento da 3ª edição (2015). A avaliação dos sintomas de insônia foi feita por meio do índice de gravidade de insônia (IGI), categorizando os participantes nos seguintes níveis de gravidade: normal (0-7), leve/subclínico (8-14), moderado (12-21), ou grave (22-28). A AOS foi diagnosticada com base no índice de apneia e hipopneia (IAH) obtido por meio da polissonografia, considerando os seguintes níveis de gravidade: leve (5-15, desde que associado a sintomas), moderada (5-15) ou grave (>15). Resultados: A amostra final contou com 585 participantes com dados válidos no IGI e de IAH em ambas as edições. Em 2007 a prevalência de COMISA na população geral foi de 17,64% [IC95%=15,14%-20,14%]. Após 8 anos, a prevalência de COMISA aumentou em 5,31%, chegando a 22,95% [IC95%=19,80%-26,10%]. A incidência de COMISA foi calculada apenas em 2015, baseado nos participantes que não haviam apresentado esta condição em 2007. A incidência geral de COMISA na amostra foi de 16,67% [IC95%=13,75%-19,59%]. Conclusão: A prevalência de COMISA entre a população geral é alta e apresenta aumento significativo ao longo de um seguimento de 8 anos. A incidência de COMISA também é alta, acometendo aproximadamente 1/6 das pessoas que não apresentavam esta condição na primeira avaliação. Em conjunto, esses dados corroboram a importância da associação entre AOS e insônia na medicina do sono.