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- ItemAcesso aberto (Open Access)No meio do caminho tinha uma estrela: o antipetismo das mobilizações à ascensão de Jair Bolsonaro (2013-2018)(Universidade Federal de São Paulo, 2021-03-09) Faria, Marcos Alexandre Gennari; Venturini, Fabio Cesar; http://lattes.cnpq.br/2195755771242135; http://lattes.cnpq.br/6760836704953727As eleições de 2018, com o resultado da eleição de Jair Bolsonaro, passaram a ser analisadas por diversos autores, retratando a complexidade do tema. O objetivo tem sido a compreensão dos motivos que levaram ao resultado que, em um primeiro momento, parecia inesperado do ponto de vista do padrão observado nas outras disputas eleitorais. Para a compreensão desse processo, o período de análise ficou estabelecido entre 2013 e 2018. O intuito desse recorte é a possibilidade de análise dos antecedentes e da estratégia utilizada por Bolsonaro em uma perspectiva histórica. Assim, essa pesquisa possui como objetivo analisar e demonstrar a participação do antipetismo nas eleições de 2018, tomando como elemento central o seu caráter histórico. Os resultados indicam que o antipetismo passou a ser utilizado como instrumento político, o qual foi analisado como categoria convergente no recorte a partir das manifestações de junho de 2013. Daquele momento em diante, observa-se a possibilidade da utilização de postulados antipetistas como um ponto focal de reivindicações e pautas por parte dos movimentos de oposição, levando em conta que o objetivo era a destruição do legado petista e a desestabilização do sistema político. O impeachment de 2016 foi o segundo marco de uso do antipetismo como instrumento político. Após a desestabilização do governo em 2013, a crise econômica em conjunto com pressão midiática e parlamentar resultou na deposição de Dilma Rousseff, abrindo espaço para novas possibilidades de utilização do antipetismo agora que o Partido dos Trabalhadores havia sido destituído do governo. Em 2018, essa hipótese se confirma com a eleição de Bolsonaro. A forma como o antipetismo atuou em 2018 teve como base a angariação da reação às pautas morais sintetizadas no movimento definido como “#EleNão”, a partir do momento que a campanha petista reivindica essas articulações como principal propaganda. Essa alteração do debate econômico, estratégia tradicional dos presidentes petistas eleitos antes de Fernando Haddad, abriu espaço para a mobilização da pauta moral dentro da lógica de notícias falsas e de editoriais da imprensa compromissada com a agenda neoliberal, aumentando a sua rejeição o suficiente para perder a eleição para Jair Bolsonaro.