Navegando por Palavras-chave "Sacroespinhal"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Fixação da cúpula vaginal utilizando o ligamento sacroespinhal ou o ligamento uterossacro (McCall modificado) durante a histerectomia vaginal de pacientes com prolapso uterino estádio III e IV(Universidade Federal de São Paulo, 2012-06-27) Martins, Sérgio Brasileiro [UNIFESP]; Girão, Manoel João Batista Castello [UNIFESP]; Castro, Rodrigo de Aquino [UNIFESP]; Novoa, Claudia Cristina Takano [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6590913930590292; http://lattes.cnpq.br/7517709931754634; http://lattes.cnpq.br/0973903299568770; http://lattes.cnpq.br/3092252367216163Objetivo: Avaliar comparativamente a eficácia e as complicações do tratamento cirúrgico do prolapso uterino acentuado por meio das técnicas de fixação da cúpula vaginal nos ligamentos uterossacros (FUS) ou sacroespinhal (FSE). Pacientes e Métodos: O estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética Local e registrado no ClinicalTrials (NCT01347021). 51 pacientes foram randomizadas e divididas em dois grupos de acordo com o procedimento empregado: (1) grupo FUS (n=26) e (2) grupo FSE (n=25). As pacientes foram avaliadas no pré-operatório no 7º dia, 6 e 12 meses após a cirurgia. Foram analisados: os resultados anatômicos de cúpula e dos compartimentos anterior e posterior da vagina; a qualidade de vida; e as complicações decorrentes dos tratamentos cirúrgicos. Consideramos como critérios objetivos de cura: prolapso genital estádio ≤ 2 (POP-Q). Para cura subjetiva, consideramos a melhora nos parâmetros de qualidade de vida por meio do questionário P-Qol validado para a língua portuguesa. Utilizamos os testes de (t de Student para amostras independentes; Mann-Whitney; Qui-quadrado de Pearson, Exato de Fisher; Análise de Variância (ANOVA) com medidas repetidas paramétricas e não paramétricas) para as análises estatísticas. Resultados: Os grupos do estudo foram homogêneos considerando-se as variáveis demográficas, os parâmetros clínicos tais como estádio do prolapso e presença de IUE, bem como os escores obtidos no questionário de qualidade de vida. Após 12 meses de seguimento, observamos melhora significativa nas medidas anatômicas de todos os compartimentos avaliados em ambos os grupos do estudo se comparados com os achados pré-operatórios (p< 0,001). As taxas de cura anatômica dos compartimentos anterior, apical e posterior nos grupos FUS e FSE foram de 34,6% VS 40%; 100% para ambos; e 73,1% VS 92%, respectivamente. A maioria das pacientes era assintomática com relação ao compartimento anterior apesar de não caracterizados como curadas segundo nosso rigoroso critério de cura. Não houve diferença significativa nas medidas dos compartimentos anterior e apical entre os grupos, porém houve melhora significativa no compartimento posterior (ponto Bp) favorável ao grupo FSE (p=0,043). Observamos melhora significativa nos parâmetros de qualidade de vida nos dois grupos de estudo, porém não houve diferença significativa na comparação entre os mesmos. 11 (42,35) pacientes do grupo FUS e 11 (36%) do grupo FSE apresentaram algum tipo de complicação (p=0,654). 3 pacientes do grupo FUS e 1 do grupo FSE apresentaram sangramento aumentado no intra-operatório, sem necessidade de hemotransfusão. Uma paciente do grupo FSE evoluiu com lesão de reto no 47º pós-operatório. Dor glútea em 5 pacientes do grupo FSE e 1 parestesia de coxa no grupo FUS foram evidenciadas. ITU ocorreu em 2 pacientes do grupo FUS e 3 do grupo FSE, enquanto que infecção vaginal foi observada em 3 do grupo FUS e 1 do grupo FSE. Não houve diferença no tempo cirúrgico, nas taxas de hemoglobina pós-operatórias e no tempo de internação hospitalar entre os grupos. Conclusão: As duas técnicas cirúrgicas são seguras e efetivas no tratamento do prolapso uterino. FSE apresentou melhor resultado anatômico do ponto Bp, enquanto que as duas técnicas cirúrgicas estão associadas a elevadas taxas de falha anatômica do compartimento anterior. Ambos os procedimentos estão associados com a melhora na qualidade de vida e poucas complicações.