Navegando por Palavras-chave "Saúde baseada em evidências"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Custos de hospitalização por infecções respiratórias causadas por três coronaviroses, vírus sincicial respiratório e vírus parainfluenza tipo 3 em países emergentes: uma revisão sistemática(Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-09) Rocha Filho, César Ramos [UNIFESP]; Trevisani, Virginia Fernandes Moça [UNIFESP]; Saconato, Humberto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7796541560355173; http://lattes.cnpq.br/9054730236021091; http://lattes.cnpq.br/8701943491830962Objetivo: Identificar e avaliar as evidências disponíveis sobre os custos relacionados aos cuidados hospitalares da COVID-19a, SARSb, MERSc e as infecções respiratórias agudas relacionadas ao VSRd e VPIH-3e em populações de países emergentes. Métodos: Revisão sistemática padrão Cochrane, com alterações metodológicas para recuperação e análise da qualidade de estudos econômicos. Os custos extraídos foram convertidos em dólares internacionais (U$ 2021), a partir da paridade do poder de compra ajustada. Resultados: Não foram identificadas evidências para SARS, MERS e VPIH-3. No total, foram incluídos nove estudos, sendo cinco avaliações econômicas para COVID-19 e quatro para VSR. Em relação a COVID-19, os custos menor e maior por paciente em enfermaria foram observados na Turquia (U$ 900,08) e no Brasil (U$ 5.093,38), respectivamente; enquanto em cuidados críticos (UTIf) foram observados na Turquia (U$ 2.984,78) e na China (U$ 52.432,87), respectivamente. “Serviços hospitalares” foram os maiores direcionadores de custos na enfermaria (58%-88%) e em cuidados críticos (54%-87%), apesar de “tratamento” (72%-81%) ter sido outro componente importante para esse último grupo. Para o VSR, entre pacientes na enfermaria pediátrica um menor e maior custo total foram estimados em hospitais da Malásia (U$ 347,60) e Colômbia (U$ 709,66), respectivamente. Na UTI pediátrica, um menor e maior custo foram estimados em hospitais da China (U$ 1.068,26) e México (U$ 3.815,56), respectivamente. Não houve consenso sobre o principal direcionador de custo. No entanto, as evidências descreveram que os medicamentos (tratamento) foram responsáveis por mais de 30% do custo total. Em todos os estudos, foi observada uma alta heterogeneidade nos métodos de análise, impedindo o agrupamento por país ou região. Conclusão: A COVID-19 e infecção pelo VSR apresentam um impacto econômico substancial para os sistemas de saúde e para a sociedade. O reporte adequado de características de participantes e do contexto em estudos futuros poderão otimizar a análise de validade externa dos achados, bem como de influenciadores de custo.
- ItemEmbargoQualidade metodológica de diretrizes clínicas internacionais: houve melhora ao longo do tempo?(Universidade Federal de São Paulo, 2023-01-30) Silva, Lucas Caetano Araújo [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937; http://lattes.cnpq.br/3530250251065908Introdução: A saúde baseada em evidências é uma alternativa para promover tomada de decisão que considere os melhores e mais atualizados estudos científicos, a fim de orientar especialistas na prática clínica. As diretrizes clínicas (DC) são documentos que sintetizam as evidências e as traduzem em recomendações usuais para a saúde. Tem sido observada uma quantidade maior de DC desde o início do século XXI, ainda que nem sempre com rigor metodológico. A segunda versão do Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation (AGREE-II) é o instrumento mais conhecido e usado pelo mundo para avaliação da qualidade metodológica de DC, mas seu uso deve ser adequado. Objetivo: Analisar a evolução da qualidade metodológica das DC ao longo do tempo relatada em estudos que reportaram cuidados mínimos na aplicação do AGREE-II. Métodos: Foi realizada revisão sistemática, sendo conduzidas buscas nas bases de dados Medline (via Pubmed), Embase, Cochrane Library e Lilacs, em 12 de junho de 2020. Dos estudos elegíveis, extraíram-se dados de características das DC, como ano de publicação, instituição elaboradora, região/país de origem, área clínica e os resultados das avaliações para cada domínio do AGREE-II, bem como nota geral, se disponível. Foi conduzida análise estatística com teste de Kruskal-Wallis (α=0,05) para avaliação da evolução da qualidade ao longo do tempo para todas as DC e para subgrupos desses documentos, de acordo com região de origem, instituição elaboradora e área clínica. Resultados e Discussão: Um total de 3.211 DC foram avaliadas nos 186 estudos incluídos. Para 23 DC, não foi possível identificar ano de publicação, fazendo que com a análise da qualidade ao longo do tempo compreendesse resultados da avaliação com AGREE-II para 3.188 DC, publicadas entre 1977 e 2020. Observou-se melhora da qualidade das DC para todos os domínios e para o escore geral do AGREE-II, a qual foi confirmada estatisticamente pela diferença significativa dos resultados dos escores medianos comparados entre os períodos de anos utilizados, com p<0,001 em todos os casos. Contudo, os domínios 2 (envolvimento das partes interessadas), 3 (rigor de desenvolvimento) e 5 (aplicabilidade) tiveram mediana dos escores no período final de análise próxima ou abaixo de 50%. A qualidade foi maior ao longo do tempo em todos os domínios somente para DC provenientes da América do Norte e Europa (p≤0,001), inclusive quando excluídos os resultados para DC de instituições com maior tradição na elaboração desses documentos (p<0,05). A melhora também foi observada quando analisadas separadamente as DC de acordo com o grupo elaborador: governos (p<0,001), sociedades profissionais (p<0,001) e grupos de pesquisa (p<0,001, exceto no domínio 5). Quando a qualidade das DC foi avaliada em subgrupos de 20 diferentes áreas clínicas, apenas para duas delas foi observada aumento de qualidade metodológica em todos os domínios do AGREE-II: neurologia (p<0,001) e ginecologia (p<0,001). Conclusão: Houve melhora na qualidade metodológica das DC publicadas ao longo do tempo tanto no geral, quanto para vários dos subgrupos analisados. Apesar disso, principalmente para os domínios 2, 3 e 5, ainda há oportunidade para melhoria observando as medianas calculadas, que permanecem aquém do desejado.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Revisão de escopo sobre biossimilares: o que dizem as revisões sistemáticas?(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-23) Silva, Júlia Pereira da [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; Lira, Andreia Ramos; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937; http://lattes.cnpq.br/6274493510346556Introdução: Nos últimos anos observou-se um aumento no número de medicamentos biológicos. Com a quebra das patentes, o desenvolvimento dos biossimilares tem ganhado cada vez mais espaço no mercado, surgindo a necessidade de novas regulamentações, reformulação de conceitos, como imunogenicidade e intercambialidade e a condução de estudos que avaliem a eficácia, segurança e os impactos da implementação destes produtos. Objetivo: Mapear as evidências de estudos de revisão sistemática que tenham avaliado diferentes aspectos sobre medicamentos biossimilares, identificando lacunas existentes na produção científica sobre o tema. Materiais e métodos: Realizou-se uma revisão de escopo incluindo-se apenas revisões sistemáticas, empregando busca abrangente nas bases de dados MEDLINE (via Pubmed), EMBASE, Cochrane Library, LILACS e EPISTEMONIKOS incluindo revisões publicadas até 30/04/2022. Não foi adicionada nenhuma restrição de período. Os artigos que consistiam em revisões sistemáticas e que avaliavam aspectos relacionados a medicamentos biossimilares, como eficácia, segurança etc., publicados em português, inglês ou espanhol foram considerados elegíveis. Toda a elegibilidade foi realizada por dois pesquisadores de forma independente e as discrepâncias resolvidas por um terceiro. Resultados: Através das buscas nas bases de dados, foram encontradas 988 publicações, sendo que, após elegibilidade, 51 foram incluídas. Destas 34 (64,2%) consideraram o risco de viés ou a qualidade metodológica dos estudos ao discutir os resultados e 19 (37,3%) realizaram meta-análise. Em relação aos produtos estudados, 32 (62,7%) revisões sistemáticas focaram em anticorpos monoclonais. Entre as 51 publicações incluídas, 40 (78,4%) avaliaram uma ou mais populações específicas, sendo mais frequente aquelas que avaliaram pacientes com doenças inflamatórias (31; 60,8%). Além disso, os desfechos mais avaliados foram de eficácia (37; 72,5%), segurança (33; 64,7%) e imunogenicidade (10; 19,6%), enquanto a retransição para o biológico comparador (2; 3,9%), os impactos econômicos (4; 7,8%) e percepção e aceitação de pacientes e profissionais de saúde (4; 7,8%) foram os tópicos menos abordados. Discussão e Conclusão: Os artigos, no geral, apontam que os biossimilares possuem eficácia e segurança similares aos produtos comparadores. Entretanto, há um acúmulo de estudos em anticorpos monoclonais e pacientes com doenças inflamatórias, sendo necessárias mais pesquisas para outros produtos e outras patologias. Ainda há muitas lacunas referente ao impacto econômico que os biossimilares produzem, sendo necessários mais estudos sobre o tema, assim como para a percepção sobre a intercambialidade.