Navegando por Palavras-chave "Lupus Erythematosus, Systemic/mortality"
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- ItemSomente MetadadadosPerfil da mortalidade por lupus eritematoso sistêmico no Estado de São Paulo de 1985 a 2007(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2010) Souza, Deborah Colucci Cavalcante de [UNIFESP]; Sato, Emilia Inoue [UNIFESP]Objetivo: Descrever as principais causas de morte relacionadas ao LES e o perfil de mortalidade por LES no Estado de São Paulo, no período de 1985 a 2007. Material e Métodos: Os dados analisados foram obtidos da Fundação SEADE, considerando-se todas as DO nas quais o LES foi listado como causa básica ou associada de morte, totalizando 4.815 mortes. As variáveis estudadas foram: sexo, idade na morte, causas básicas e associadas de morte, comparando o perfil de mortalidade nos primeiros e nos últimos 5 anos do período estudado. As análises estatísticas foram realizadas pelo teste t-Student e teste do qui-quadrado. Foram considerados significantes p<0,05. Resultados: LES foi selecionado como causa básica de morte em 65% do total das DO. A razão sexo feminino:masculino foi de 9:1. A média de idade na morte, em todo o período, foi de 35,77 anos (DP=15,12) e de 40,80 anos (DP=16,10) para LES como causa básica e associada de morte, respectivamente. Houve um aumento da média de idade na morte recentemente. As principais causas associadas de morte foram: insuficiência renal, pneumonias, DAC e septicemias. Houve um aumento significativo da proporção de menção de causas infecciosas e DAC com diminuição concomitante de insuficiência renal. As causas básicas de morte mais frequentes foram: DAC, Doenças do aparelho respiratório, Algumas doenças infecciosas e parasitárias, Doenças do aparelho geniturinário e Doenças do aparelho digestivo. A razão O/E para o LES em relação à mortalidade da população geral, nas mortes em todas as idades, foi maior que 1 para insuficiência renal (5,59), tuberculose (4,86), septicemias (4,48), pneumonias (1,91) e doenças do aparelho digestivo (1,75) e, nas mortes < 50 anos para DAC (4,75), infarto agudo do miocárdio (2,20) e doenças cerebrovasculares (3,35), indicando que estas causas ocorreram mais vezes no LES que na população geral. Conclusões: A diminuição de mortes por afecção renal e o aumento por DAC, concomitante com o aumento da média de idade mais recentemente, sugerem mudança no perfil da mortalidade, compatível com maior longevidade. Entretanto, o aumento das infecções é preocupante. O uso judicioso de imunossupressores juntamente com o vigoroso tratamento das comorbidades, especialmente as cardiovasculares, são imperiosos para melhora da sobrevida do paciente com LES.
- ItemSomente MetadadadosTendência da Mortalidade por Lupus Eritematoso Sistêmico no Estado de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2007) Souza, Deborah Colucci Cavalcante de [UNIFESP]; Sato, Emilia Inoue [UNIFESP]Objetivo: Estimar a tendência na mortalidade por LES no Estado de São Paulo em duas décadas. Material e método: A fonte dos dados utilizados neste estudo foram os bancos de óbitos de residentes no Estado de São Paulo, fornecidos pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados constando LES como causa básica de morte, de janeiro de 1985 a dezembro de 2004. As taxas de mortalidade por LES foram ajustadas pelo método direto utilizando a população padrão do Brasil, ano 2000. As taxas foram estimadas por milhão de habitantes (hab). Para análise da tendência da mortalidade foi usado o coeficiente de correlação de Pearson e considerados significantes valores de p menores que 0,05. Resultados: Um total de 2.601 mortes foi atribuído ao LES durante o período estudado. Noventa por cento das mortes ocorreram em mulheres. A média de idade na morte durante todo o período foi de 35,3 anos. As taxas de mortalidade ajustadas à idade foram de 3,4 e 4,01 óbitos/milhão de hab/ano nos períodos de 1985-1995 e 1996 -2004, respectivamente. No sexo feminino e masculino as taxas foram, respectivamente, 6,1 e 0,7 óbitos/ milhão/hab/ ano para o período 1985-1995 e, para o período de 1996-2004 foram de 7,1 e 0,8 óbitos/milhão hab/ano. Houve um aumento significativo nas taxas de mortalidade nas mulheres acima de 40 anos, ao longo de todo o período, sem diminuição significativa das taxas de mortalidade nas mulheres abaixo dos 40 anos. Não houve alterações significativas nas taxas de mortalidade no sexo masculino. Para o ano 2000 foi observada mortalidade mais alta nas mulheres não-brancas em relação às brancas, porém, as diferenças nas taxas de mortalidade não foram significativas. Conclusão: Pacientes com LES no Estado de São Paulo, falecem em idade muito jovem em relação aos países mais desenvolvidos. As curvas de mortalidade mostraram poucas alterações nestas duas décadas. O aumento das taxas de mortalidade nas mulheres acima de 40 anos de idade, sem diminuição das mesmas abaixo dos 40 anos, sugere aumento de diagnósticos nesta faixa etária e não melhora na sobrevida. Além de possível background genético diferente, dificuldades de acesso a tratamento e cuidados médicos adequados, podem contribuir para o prognóstico desfavorável nos nossos pacientes..